sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

APRESENTAÇÃO => Gilson Lima - Kowalsky🎤

 

Gilson Lima - Kowalsky🎤



 

Cientista aposentado depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade. Criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi por vários anos pesquisador acadêmico e industrial coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neuroreabilitação em diferentes cidades e diferentes países principalmente, europeus.  

Tem formação original humanística e foi voltando seus estudos e pesquisas desde o início dos anos 90 para a abordagem da complexidade nas metodologias informacionais, depois na nanotecnologia e nos últimos 15 anos de carreira focou na neuroaprendizagem e reabilitação envolvendo a simbiogênese e interfaces colaborativas entre cérebro, corpos e displays.

Inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos clínicos.

Escritor. Muitas de suas atividades e textos estão disponíveis no blog: http://glolima.blogspot.com/

Atualmente retomou sua atividade como músico compositor, cantor que atuava na adolescência produzindo atualmente suas canções e coordenando a Banda Seu Kowalsky e os Nômades de Pedra. Suas músicas e shows vídeos podem ser acessadas no canal do youtube. https://www.youtube.com/c/seukowalskyeosnomadesdepedra

 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

SAIBA TUDO SOBRE AS VACINAS DA COVID-19: as pesquisas, os debates entre os cientistas, as mentiras que circulam, medos e esperança.

 Gilson Lima

PERGUNTA GERAL

Gilson Lima. Você tem acompanhado o desenvolvimento das vacinas? Encontra evidencias de algum risco? Ou se há riscos quais seriam?

Gilson Lima - Kowalsky🎤: Nossa preciso de tempo para responder essa.




Primeiro você sabe de que pela simbiogênese as coisas são mais complicadas do que mandar uma artilharia no vírus e as pessoas não morrem por causa dele. São 82% tem uma rede biótica que convivem bem com o vírus. 3% desorganizam de tal modo o sistema imune que passam a destruir a si mesmo (chamam de tempestade de citocinas).


Referência....

..... Evidências científicas sugerem que infecções graves por COVID-19 podem estar relacionadas a síndrome de tempestade de citocinas. Evidências científicas sugerem que infecções graves por COVID-19 podem estar relacionadas a síndrome de tempestade de citocinas.

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 Sei que na história as vacinas de primeira geração representam aquelas que empregam na sua composição o agente patogênico na sua constituição completa, mas submetido a tratamentos que levam à inativação ou à atenuação dos micro-organismos. Nesse grupo, destacam-se também as vacinas voltadas para a prevenção da coqueluche ou pertússis (vacinal celular), as vacinas contra varíola, poliomielite, sarampo, rubéola, adenovírus, entre outras.

A segunda geração surgiu com a noção de que, em alguns patógenos, a proteção vacinal pode ser obtida após a indução de anticorpos voltados para um único alvo, como uma toxina, responsável pelos sintomas da doença, ou açúcares de superfície que permitem ao sistema imune do hospedeiro neutralizar e eliminar bactérias que de outra forma se propagariam rapidamente antes de serem notadas por nossas principais linhas de defesa imunológica. Nesse grupo, destacam-se vacinas acelulares que empregam toxoides (toxinas purificadas e inativadas por tratamento químico), proteínas e polissacarídeos purificados, como as antitetânica, antidiftérica, hepatite B e as vacinas voltadas para o controle da meningite meningocócica e da pneumonia.


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A vacina é o que podemos fazer por enquanto. Não temos uma outra saída a médio prazo enquanto não descobrimos como ajudar nosso sistema imune a lidar com o SARS-Cov-2.

Gilson Lima - Kowalsky🎤: Falando mais especificamente sobre a vacina.

Não vou entrar no debate rasteiro se devemos ou não vacinar. Século XXI minha gente.

Se alguma vacina genética tivesse pegado carona e acelerado o processo de testes e riscos da forma oportunistas, como chegaram a ensaiar, eu botaria a boca no trombone, mas não é o caso. Eles estão comportados. Por enquanto...

As vacinas genéticas são mais recentes e sofisticadas e ainda cercadas de polêmicas. Até o momento, apenas vacinas genéticas veterinárias foram aprovadas para o uso na clínica. 

Cada minúscula mudança em nosso genoma pode gerar imensos efeitos e fazer uma grande diferença.

 Acho que o que ainda chamam de vacina genética é o caminho, ... não será nem mesmo uma vacina é outro conceito, mas ainda temos muitas dúvidas sérias sobre os riscos de nossa ignorância de seus efeitos a médio e longo prazo na nossa rede biótico colaborativa.

Toda semana há notícias de avanços, de que alguma vacina já chegou à fase de testes com "humanos". São impressionante os dados desse mutirão científico em busca da vacina.  Desde que começou a pandemia, quase 30 mil artigos científicos foram publicados e um número enorme de vacinas (mais de uma centena) começaram a ser testadas. E algumas chegaram extremamente rápido, como nunca se viu, às fases clínicas. Isso é louvável, mas perigoso numa perspectiva de longo prazo. Como cientistas, temos de ter muita cautela e ser muito críticos.

Não é uma corrida para ver quem vai chegar primeiro. Pode parecer estranho que ter tanta gente fazendo a mesma coisa. Isso é sem precedentes na história, mas é extremamente necessário ter vários grupos trabalhando nas suas respectivas estratégias vacinais. Mas isso é muito importante. Quem chegar primeiro vai dar um fôlego para que as outras continuem.

Das 141 candidatas a vacinas para a COVID-19 mapeadas na OMS que acompanhei e vem sendo investigadas hoje no mundo, 16 já estão bem adiantadas na fase de testes clínicos em humanos. A de Oxford já foi aprovada para fins de imunização pública no Reino Unido. A China está vacinando há dois meses e a Rússia começou nesse fim de semana.

 A primeira vacina a ser concluída não necessariamente será a melhor. O que não invalida o processo de vacinação. Isso não significa que teremos que colocar a vacina no lixo.

 A vacina de Oxford, certamente, mostrou que protege com índice bem elevado a COVID-19, minha dúvida é se ela terá a capacidade de impedir transmitir a doença para quem não tomou. Não provaram ainda ou não temos certeza de saber se os humanos vacinados poderão continuar transmitir o vírus. É uma coisa grave em termos de saúde pública, porque as pessoas que não estiverem vacinadas estarão sob ameaças.

A escolha também poderia ter sido melhor.

A vacina de Oxford, por exemplo, usou um adenovírus de chimpanzé, que não vai causar nenhum mal para os cientistas que a manipulam.

Os Russos optaram, mais corretamente (com mais riscos na produção) com células humanas. Russo é russo tem os caminhos que só russos fazem. Se não fizerem o partido manda "bala" (metaforicamente).

A probabilidade de dar certo na Rússia é grande a meu ver apesar dos caminhos - digamos - não muito adequados na aceleração.

Ambas usam o vírus como uma plataforma, um vetor onde se coloca a sequência genética do SARS-COV-2 que codifica a proteína da espícula, que é a proteína que a que vai dar a melhor resposta imune. Ao injetar a vacina nas nossas células, elas vão produzir a proteína do vírus, vão apresentar isso para o nosso sistema imune, que vai identificar que o vírus está presente e ele monta uma resposta imune. Mas o vírus nunca esteve lá. Só está lá a proteína, que nossas células fizeram.

Interação. Efeitos colaterais?

Gilson Lima - Kowalsky🎤

 Certamente alguns apresentarão e teremos que preparar. Qual a opção: vacinar.

Sobre a logística: Sou crítico severo. As mais próximas de aprovação serão musculares. Um erro. Deveriam ser em gotas. O melhor caminho para esse vírus. Além da facilidade logística. Mas isso encareceria mais a pesquisa e seria pedir muito para os laboratórios.

A pesquisa da turma de Israel tá nesse caminho. Será em gotas.

É isso nunca se fez nada assim antes nessa escala e velocidade. Isso demonstra, por outro lado, o quanto estamos evoluindo tão rapidamente.

Interlocutor A. Obrigada por toda explanação científica que aqui deu. Essa clareza é extremamente importante para se analisar conjunturas tão delicadas. Essa mensagem deve ser compreendida e replicada.

QUESTÃO. PROBLEMATIZAÇÃO.

Interlocutor B. "Ok, mas RNAm não faz apenas um caminho, porque transita entre núcleo de DNA e fora, levando a decisão de quais proteínas o corpo vai produzir.

É o mesmo princípio do GMO do milho, que com essa tecnologia, faz com que o milho transgênico "produza" a sua própria defesa.  

NOTA! OGM é a sigla de Organismos Geneticamente Modificados, organismos manipulados geneticamente de modo a favorecer características desejadas, como a cor, tamanho, etc. Os OGMs possuem alteração em trechos do genoma realizadas através da tecnologia do RNA/DNA recombinante ou engenharia genética.

O milho GMO-FRE é o milho livre de transgênicos ou milho convencional. Fornecedores de produtos de milho GMO-FREE (non-GMO) aprimoram continuamente seus processos de produção, por meio de certificações que comprovam o uso de matéria-prima não transgênica na elaboração de sua linha de produtos.

 No entanto com muitos anos de GMO no reino vegetal, o que vejo é a apogenia genética a longo prazo, e não só dos molhos transgênicos, mas dos milhos que são cruzados através da polinização natural com eles. 

Cada vez mais vejo espigas disformes, faltando grãos de milho na espiga, saindo do seu padrão que era harmônico e ficando feias, inclusive as crioulas que recebem cruza. 

No sentido de produzir a própria defesa, vejo agricultores cada vez reclamando mais porque a cada ano precisam de mais glifosato e a promessa era oposta a isso.

Vejo efeitos colaterais da complexidade que ninguém imaginou, como a contaminação das águas e morte de abelhas. 

As vacinas com vírus atenuado se mostraram absolutamente seguras, salvo o barateamento que a indústria faz em nome do lucro, inserindo veículos baratos como mercúrio, nocivo, cromossomos de cavalos, etc.... Ou seja, para mim faria sentido o desenvolvimento de vacina que não são genéticas.

Creio que estamos atravessando uma linha perigosa.

É muito nítida que a relação que a civilização europeia traz com a Natureza, por terem vindo de biomas nos quais a Natureza era hostil (neve, escassez de diversidade nas matas - florestas coníferas), eles tem a mentalidade de que a Natureza precisa ser "dominada".  Fim do interlocutor B.

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NOTA. Florestas Coníferas. É um bioma predominante das regiões localizadas em elevadas latitudes cujo clima típico é o continental frio e polar, comumente encontrado no norte do Alasca, Canadá, sul da Groenlândia, parte da Noruega, Suécia, Finlândia, ... etc.

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 Interlocutor continua

Aqui na Atlântica os povos de biomas mais gentis desenvolveram outra relação.

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Gilson Lima - Kowalsky🎤:

Sobre Apogenia genética. Até onde sei isso é muito informal e em botânica significa que os órgãos sexuais estão privados da sua atividade. Não entendi nada.... da relação com os transgênicos e  a vacina.

RESPOSTA. Então. Vejo que está convencida sobre o que vai acontecer nas gerações seguintes com as vacinas dessa tecnologia e quem mesmo para quem já usa medicações já consolidadas com essa mesma tecnologia.  Mas estranho ser tão enfática com uma medicação que não tenha estudos randômicos sérios comprovados para algo que acontece hoje. Não?

Precisamos de mais estudos para essa certeza toda não acha?

Tem razão que o vírus não mata e isso tem a ver com o desequilíbrio simbiótico de alguns sistemas nervoso, de algumas pessoas e numa escala mundial que não temos sistema de saúde que dê conta. Vão querer o que enterrar corpos como ratos?

 Pelo que entendi você é contra a vacinas e a favor de uma medicação de prateleira dita como já eficaz. Se é tão fácil assim. Está resolvido. Suspendam as vacinas e vamos apenas tratar com essa medicação para piolho. Esqueçam de ler os mais de trinta mil artigos científicos. O milagre está diante de nossos olhos. Só precisamos enxergar. Será?

Mas veja. Compara o SARS-Cov-2 com o SARS-Cov-1.    As epidemias de 2002  e a última de 2016 na Arábia Saudita. Esse vírus tem uma singularidade extraordinária. Ele não é um ebola. Comparado é quase uma Lady. Por que acha que temos uma pandemia mundial com ele? Não tivemos com os outros. O foco é no nosso sistema imune. Claro, não o vírus. Você está absolutamente correta nisso.  E estamos longe das respostas de longo agora para isso.

Essa falta absoluta de padrão de reações tão diversas para um vírus que é tão estável, mesmo na reabilitação é desafiador.

Agora a aceleração de conhecimento é interação entre bancadas é visível nesse mutirão mundial contra a pandemia. Não tem como enganar tanta gente por tanto tempo. Esses salvadores de soluções mágicas sem vacina precisam trabalhar mais, além de produzirem tantos ruídos de certezas. Pelo menos não me convenceu.... Olha que não sou otimista.

As vacinas aprovadas até agora não são genéticas, elas  não vão apenas usar o DNA ou RNA do vírus alvo, o SARS-COV-2, ou trabalhar direto com a proteína. Isso é muito diferente.

Injetar RNA em uma pessoa não mexe em nada no DNA de uma célula humana.

Nesse sentido não tem nenhum risco disso da vacina transitar entre núcleo de DNA. Esse processo com RNAm foi já está consolidado e sem riscos em vários estudos com medicamentos desse porte foram testados em “humanos” nos últimos anos. E, desde o início da pandemia, a vacina foi testada em dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo e passou por processos de aprovação de segurança.

Interlocutor C. Eu aprecio a sua confiança, mas como te falei o ensaio mais longo de alteração no RNAm é o milho transgênico, que tem efeitos colaterais claros e explícitos.

Se a tecnologia de vacina de vírus atenuado é possível, não vejo porque partir para edição de RNAm, que é quem define que proteínas o meu corpo vai produzir ou não.  Tão pouco pode se prever o que as crianças que vão procriar entre si com essa diferenciação vão produzir geneticamente como filhos. 

Muitos efeitos colaterais de inovações são percebidos apenas na geração seguinte, como já se vê. Eu aprecio a sua forma otimista e confiante, como pessoa, mas não consigo me desconectar do real e factível que é a distância entre as expectativas dessas inovações e suas reais entregas, agravadas por efe…

Uma médica traz os estudos de uso de Ivermectina e fala algo em torno de 90 a 95% de eficiência, uma porcentagem dificilmente atingida por uma vacina.

Então se temos um remédio sem patente, baixo custo, que não precisa de uma logística sofisticada para ser executada, com um resultado tão expressivo como esse, porque ainda estamos falando de vacina?

Então existem sempre stakeholdes prontos para lucrar e curioso que a pouco tempo a gente estava falando de como as empresas de aviação não valiam mais nada, que estavam indo rumo a falência, e agora para levar vacinas como a DA Pfizer/BioNTech precisa estar a 75 graus abaixo de 0; esse setor vai receber investimentos gigantes e serão novamente valorizados.  

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NOTA. Os stakeholders (partes interessadas, em português) são as pessoas e as organizações que podem ser afetadas por um projeto ou empresa, de forma direta ou indireta, positiva ou negativamente. Os stakeholders fazem parte da base da gestão de comunicação e são importantes para o planejamento e execução de um projeto.

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 Desculpe não ser romântica... Eu sou uma mulher que já teve o coraçãozinho mil vezes estraçalhado no meu tempo de atuação coorporativa.  Conheço de perto os interesses NADA altruístas que movimentam esses pares. 

Interlocutor continua....

Deve ser uma conversa assim:

"Temos um remédio barato que já existe em todo o mundo com 90% de sucesso, descoberto em uma pesquisa alemã"

- "malditos alemães"! O setor de pesquisa científica em alguns países ainda não está totalmente dominado.

- "Bom, temos ou esse remédio ou um plano mirabolante que incluí uma corrida enlouquecida para emplacar uma vacina com patente e na sequência um plano logisticamente enlouquecedor para entregar essa vacina. O que vamos escolher?!

- hummm, a segunda opção, qto mais mirabolante e inverificavel, mais dinheiro poderemos fazer

- certo. Está resolvido então. Comprem as mídias para dizer que a ivermectina não funciona, e que somos salvadores do mundo por desenvolver uma vacina inovadora e ainda levar a menos 75 graus até o deserto do Saara!

Eu: 😅 sinceramente

O patriarcado e suas megalomanias...

Fim do interlocutor C

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Gilson Lima - Kowalsky🎤:

São várias coisas.

Não existe nada que comprove que o RNAm transita pelo núcleo. Se alguém tem uma pesquisa que confirme isso gostaria de conhecer.

RNAm só tem uma função, ser traduzido em proteína que ele codifica. Não entendi também essa relação da vacina com transgênico, que relação isso tem com vacinas. Com vacinas, apresentamos o vírus atenuado ou partes dele para as nossas células de defesa do nosso sistema imune, para que nossas células saibam reconhecer esse vírus. O que muda é o modo de apresentação dessa partes.

Realmente, não consigo captar como o RNAm vai escolher quais proteínas do corpo serão produzidas, nem qual a relação com transgênicos. O RNAm vai traduzir a proteína do vírus, e essa será apresentada ao sistema imune apenas. Não consigo ver como isso alteraria código genético. Estou até curioso se tiver artigo e pesquisa sobre isso me interesso.

Agora qual a relação entre a resposta imune de um indivíduo com a herança genética? Se fosse assim, quem recebesse uma vacina, de pólio por exemplo, ou qualquer outra, os filhos nasceriam vacinados? Acreditar que vacina altera o código genético, e ainda mais, de células germinativas passando para a prole, não me parece ter sentido algum.

O que é uma vacina genética. Vamos acertar isso?  

Como já disse. A vacina de Oxford, usou um adenovírus de chimpanzé. A Russa usou células humanas. Usa-se o vírus como uma plataforma, um vetor onde se coloca a sequência genética do SARS-COV-2 que codifica a proteína da espícula, que é a proteína que a que vai dar a melhor resposta imune. Ao injetar a vacina nas nossas células, elas só vão produzir a proteína do vírus, vão apresentar isso para o nosso sistema imune, que vai identificar que o vírus está presente e ele monta uma resposta imune. Mas o vírus nunca esteve lá. Só está lá a proteína, que nossas células fizeram.

As vacinas genéticas são mais recentes e sofisticadas e ainda cercadas de polêmicas. Vacinas genéticas para a COVI-19 são projetadas para se transformar em organismos geneticamente modificados (GMOs).

A vacina genética é uma vacina de DNA, onde jogo direto a sequência de DNA do vírus dentro da célula. Pode-se fazer isso com uma molécula de RNA, que é o mesmo raciocínio. O RNA codifica a proteína. A vantagem dessas técnicas mais modernas é não ter de trabalhar com o vírus. Elas são mais rápidas, mais versáteis. E tem uma grande vantagem dessas vacinas de DNA, RNA, e as de vetor, como a de Oxford, é ter uma plataforma pronta, em que é possível só trocar de sequência genética de vírus. Conseguindo isso ficamos bem preparados para uma próxima doença. Se vier um outro vírus, é só trocar a sequência genética e a vacina está pronta.

Vacinas gênicas, não são baseadas no próprio patógeno, como as vacinas atenuadas ou inativadas e sim, na informação genética do mesmo. Dessa forma, essa informação genética codifica uma ou mais proteínas do organismo patogênico, utilizando a maquinaria do próprio hospedeiro. Essas proteínas são denominadas antígenos e irão ativar o sistema imunológico do receptor da vacina, levando à produção de anticorpos, de células citotóxicas e de células de memória.

Até o momento, apenas vacinas genéticas veterinárias foram aprovadas para o uso na clínica. Cada minúscula mudança em nosso genoma pode gerar imensos efeitos e fazer uma grande diferença.

Quando essa vacina é administrada em uma pessoa, o DNA é reconhecido por suas células, que começam a produzir substâncias que seriam normalmente produzidas por bactérias, vírus, ou qualquer outro agente, fazendo com que o organismo hospedeiro reconheça e produza imunidade contra essas substâncias, criando assim uma memória imunológica. Assim, quando o indivíduo entrar em contato com esse patógeno, não desenvolverá a doença e, inclusive, poderá – a princípio estar protegido por toda a sua vida. 

Na Internet circula que a Fundação de casal bilionário Bill e Melinda Gates estão ajudando financiar.  Agora é uma idiotice acreditar nas notícias falsas das redes sociais de que Bill Gates não tem um plano de implantar microchips nas pessoas para dominar o mundo. 

Também informações falsas e sensacionalistas estão sendo espalhadas nas redes sociais de que células MRC-5 de fetos abortados que é mentira.

 

NOTA. MRC-5 é reconhecida como um dos mais importantes substratos celulares para a produção de vacinas virais, e também tem sido adotada como modelo de estudo para senescência celular in vitro.

 

Quatro das vacinas para o SARS-Cov-2, envolvem culturas originadas a partir de fetos, as células são usadas para fabricar adenovírus atenuados, que servem para transportar parte do genoma do coronavírus para dentro do organismo. Os adenovírus infectam as células do nosso corpo e as fazem produzir proteínas do coronavírus, o que pesquisadores esperam ser capaz de gerar uma resposta imunológica. Porém, a afirmação feita pela suposta notícias de que as vacinas contra CIIVID-19 têm células de fetos em sua composição é falsa. As células são usadas para produzir os vírus. Depois, eles são separados das células, e só são usados os vírus na vacina.

A criação de vacinas realmente pode envolver o uso de culturas de células obtidas de tumores ou de fetos humanos que foram abortados.  Isso já é muito usado. Essas culturas são essenciais para esse tipo de trabalho, porque os pesquisadores precisam de células às quais um vírus possa infectar e se reproduzir. Assim, é possível obter exemplares suficientes para testar e produzir vacinas. As vacinas normalmente usam cópias inativadas (mortas) ou atenuadas (alteradas para não serem infecciosas) de um vírus, que, uma vez injetado no corpo, leva o sistema imunológico a produzir anticorpos para combater a ameaça. Desta forma, o organismo conseguirá combater um patógeno mais eficientemente quando for realmente infectado, impedindo que uma pessoa fique doente.

As culturas de células são usadas para isso desde meados do século passado e estão envolvidas na produção de algumas das principais vacinas que temos disponíveis hoje, como para rubéola, catapora e hepatite A. A primeira vacina desenvolvida assim foi a contra poliomielite. Antes, era preciso obter o vírus de pessoas ou injetá-lo em um animal, matá-lo, tirar um pedaço do corpo, purificar o material. Quando foi desenvolvida a técnica do cultivo de células em laboratório, foi uma grande revolução na virologia e na biologia de forma geral. Além de facilitar a produção de vacinas e permitir sua produção em massa, essas culturas têm outra vantagem.

Essas culturas têm sido reproduzidas em laboratório e vendidas para pesquisadores de todo o mundo. É importante deixar bem claro que isso foi feito pontualmente uma vez. Não é como se agora estivessem sendo feito abortos para produzir vacinas.

O biólogo molecular Alex Van der Eb, desenvolveu outra cultura a partir de células da retina de um feto abortado em 1985, chamada PER.C6.

 Realmente as vacinas estão chegando em tempo recorde de testes clínicos. Existe rumores de que estão utilizando manipulações de isolamento de células que perderam a capacidade de sofrer apoptose em testes de vacinas para a Covid-19. Alguns grandes laboratórios sonham com isso. A apoptose não ocorre em células para o organismo. Esse tipo de pesquisa para combate ao câncer já existe.  São pesquisas muito incipientes para serem utilizadas para a COVID-19, apesar do desejo de alguns biotecnológicos. É preciso estar atentos para que a ansiedade da cura pela vacina não seja atropelada de modo irresponsável por experimentos ainda muito incipientes e que, mesmo tendo potenciais de cura do câncer podem, ao contrário, fazer um grande estrago em nossa rede biótica se forem utilizados sem os devidos processos seguros de consolidação.

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NOTA. Apoptose é uma forma de morte celular programada, ou "suicídio celular". É diferente de necrose, na qual as células morrem por causa de uma lesão. A apoptose é um processo ordenado, no qual o conteúdo da célula é compactado em pequenos pacotes de membrana para a "coleta de lixo" pelas células do sistema imunológico.

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Um jeito que a gente sabia fazer vacina era cultivar o vírus, atenuá-lo ou inativá-lo. Para isso precisa ter laboratório de segurança, porque é um vírus respiratório, contagioso, então precisa de toda uma estrutura, que a gente tem – inclusive - no Brasil. As vacinas que vão lidar com a proteína, tem maneiras de fazer isso. Ou se usa vacinas genéticas, que vão usar o DNA ou RNA do vírus alvo, o SARS-COV-2, ou vai trabalhar direto com a proteína. A logística disso é muito diferente e nesse caso não precisa de um laboratório de segurança. Trabalha-se com plataformas que vão carregar uma sequência genética do vírus.

As vantagens das vacinas de DNA, em relação aos outros métodos mais clássicos, incluem: a rápida produção, a possibilidade de adaptação a patógenos emergentes, a alta estabilidade à temperatura ambiente (devido à grande estabilidade da molécula de DNA) e a ativação das respostas humoral e celular do hospedeiro.

Como principal desvantagem, temos a baixa imunogenicidade destas vacinas (ou seja, elas não estão sendo tão eficientes em ativar a resposta imunológica do hospedeiro) em testes com animais de grande porte e em humanos, diferente do que vem sendo observado nos testes com roedores. As vacinas de DNA possuem dificuldade em reconhecer, selecionar e correlacionar todas as partes do DNA do agente que se quer combater; possibilidade da indução de uma doença autoimune; integração do DNA no cromossomo do hospedeiro, causando mutações que poderiam levar ao aparecimento de um câncer; e indução de tolerância do hospedeiro às substâncias estimuladas pelo DNA. As vacinas de DNA podem ser administradas por diferentes vias, mas a injeção intramuscular é a forma mais utilizada.

Assim, ainda é necessário investir em estudos de adaptação de dose e em técnicas mais eficientes de administração destas vacinas. Temos outro problema. É que até hoje nenhuma vacina genética foi aprovada para uso humano.  Com a vacina de DNA, até hoje há discussão em aberto sobre a potencial ativação de oncogenes (genes relacionados a tumores). Ela também exige a inoculação de um grande material, o que acaba sendo tóxico.

As vacinas genicas que poderão ser utilizadas para combater a COVID-19, não são alheias a críticas severas.  E esse processo de aceleração pode sim representar muito perigo para nosso futuro se o caminho dos testes não forem devidamente realizados.

É muito complicado pegar algo tão invasivo em nossa rede biótica, com tantas dúvidas e que nunca tenha sido utilizado em humanos e permitir seu uso em escala. Estão apressando muitos processos, pulando testes em animais e querendo aplicarem direto em humanos. Não há testes clínicos randomizados e controlados por placebos para nenhuma vacina gênica. Não se está utilizando protocolos científicos sólidos. Caso essas vacinas – não forem devidamente aprovadas – podem causar danos e efeitos colaterais severos como convulsões, paralisias, por terem sido aprovadas seus donos e proprietários não serão devidamente responsabilizados.

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NOTA.  Cada um de nós tem informação de DNA suficiente para se estender por 10 bilhões de milhas se esticado. Isso significa 35 mil terabytes de dados ou 35 milhões de horas de vídeo de alta definição. Que informações são essas? Um plano para manter seu corpo vivo.

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Como esse seu corpo funciona, como ele cresce, como ele se reproduz, inclusive, quando pensamos e quando usamos nossas memórias. Você pode inserir um gene no genoma, colocar algo extra nele, você pode tirar algo dele e deixar isso faltando. Você pode também translocar, ou seja, retirar parte de um genoma e colocar em outro lugar, ou ainda pode pegar um fragmento de genoma sintético ou de outro organismo e inserir no seu genoma, ou cortar parte de um genoma humano e inserir outro genoma ali. Isso é bastante comum e dominado por estudantes de graduação que atuam em laboratórios de biotecnologia.

Cada minúscula mudança em nosso genoma pode gerar imensos efeitos e fazer uma grande diferença. Quando você faz isso estará reescrevendo seu código genético. Ao inserir uma célula sintética ou geneticamente modificada no seu genoma geralmente você está consumindo um “produto” patenteado ou com propriedade de alguém que tem um custo. Quando patentes estão envolvidas alguém é dono de uma célula não natural, mas modificada intencionalmente por pesquisadores e cientistas. Tudo isso torna o processo industrial mais complexo e temos que estar atento e os organismos internacionais devem monitorar bem de perto todo o processo.

Por outro lado, não conseguiremos vencer a pandemia, imunizar o planeta do corona vírus sem os grandes laboratórios farmacêuticos. Os discursos ideológicos que desconsideram isso são cercados de utopias, ingenuidade ou más intenções.

O futuro consolidará ainda mais as vacinas gênicas. Elas são muito importantes para o enfrentamento das pandemias e da sobrevivência duradoura de nossa espécie. Resistir de modo tão conservador a isso é o esmo que condenar o aborto em situações de risco para uma mulher grávida por motivos de crenças dogmáticas. Vivemos uma era de transição paradigmática na ciência e essa insegurança gera todo um movimento obscurantista frente as conquista do conhecimento complexo.

Não conseguiremos também vencer a pandemia, imunizar o planeta do corona vírus sem os grandes laboratórios farmacêuticos. Os discursos ideológicos que desconsideram isso são cercados de utopias, ingenuidade ou más intenções.

Sair por aí reproduzindo informações falsas e conspiratórias tem sido uma hábito, infelizmente muito utilizados por pessoas tomadas por uma energia do mal. E essa energia está se espalhando no planeta tanto quanto o corona vírus.

Uma coisa é ter a vacina outra é ela ser aplicada em cada um de nós. O que os governos deveriam saber é que quem ganha uma corrida de vacina não é quem chega primeiro, é quem chega em melhores condições. Isso significa: proteger da doença, eliminar o vírus, ter uma cobertura muito grande na população e desenvolver uma boa memória imunológica.

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Outra coisa. Mais adiante é que gostaria de falar sobre o que que foi dito aqui a diferença entre a simbiogênese lenta que é feita com a inteligência “natural” dos seres vivos e a simbiogenese envolvida na minha abordagem da aceleração da civilização simbiótica. Quando conquistamos a capacidade e consciência de intervir na cooperação da própria simbiogênese dita “natural” com nosso próprio conhecimento acelerando o processo de evolução.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

MANIFESTO PARA O GRANDE RESET: A emergência da nova civilização simbiótica!

Gilson  Lima

Aos simbióticos e àqueles que não sabem que são!



Ainda que poucos tenham entendido,  tenho dito e publicado que o vírus está acelerando um novo processo civilizatório, mais evoluído. É a emergência dos simbióticos, uma nova espécie pós-humana e de uma nova civilização. 

Deixaremos para trás os predadores inteligentes – os humanos – e construiremos uma nova teia de alta cooperação com o nosso Planeta Vivo e com a vida em nosso Planeta. É a civilização simbiótica: focada, centrada na cooperação com a vida, no Planeta vivo, e será a civilização mais evoluída que esse Planeta acolheu.

Há vários anos, em minhas aulas e atividades de pesquisas, em palestras, no que escrevo, em minhas músicas com ironia, diversão e romance, venho, implícita ou explicitamente, tentando recrutar simbióticos. Marginalizado nessas instituições antibióticas que ainda comandam a cadeia do conhecimento e poder, sempre ocupei as brechas da ignorância (do ignorar) e mandava ver sobre a emergência e a busca de novos simbióticos. 

Quem me acompanha há algum tempo sabe que somos uma galáxia de células de cooperação com bactérias vidas, e, junto ao nosso próprio conhecimento alcançado hoje, já somos muito mais potentes para alterar a evolução. Sobrevivemos ao suicídio da espécie. Vamos abandonar as armas da destruição. 

A vida já borbulha no Planeta com muito mais intensidade e cooperação. Falta a CONSCIÊNCIA, mas ela está sendo acelerada por esse vírus, o SARS-Cov-2. Até o Presidente do Banco Mundial já se rendeu e não fala mais em adaptar a economia, mas que ela foi RESETADA. 

Agora, querem se preparar para o GRANDE RESET. Vai ser divertido. Essas velhas cabeças tentando,  com teias envelhecidas, se adequar ao Tsunami. Já começam errando. Falam em NOVA ORDEM MUNDIAL, TRANSUMANO, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL,... O mesmo dicionário predador... É difícil para eles. Ainda acreditam na ideia de Ordem Mundial. Os simbióticos sabem que ordem e desordem são processos permanentes da emergência. Só existe ordem sem desordem e desordem sem ordem num equilíbrio total e absoluto do movimento da vida no que chamamos de morte. Ainda são antibióticos, QUEREM UMA NOVA TECNOCRACIA para comandar (veja comandar a NOVA ORDEM). Ao menos se deram conta de que ou mudam ou serão mudados e que não depende mais deles. 

Os tais transumanistas não entenderam. Já somos simbióticos. Os cognitivistas não entenderam as interfaces, não são mais as dos velhos Nerds (assimbióticos) que comandaram, até agora, o mundo da tecnologia. As interfaces serão simbióticas. A inteligência só existe onde tem vida, não no silício. Nosso cérebro não é um computador. Não teremos o melhoramento dos humanos pela nanotecnologia, biotecnologia, pela informática, e pela mãe de todas as ciências da computabilidade, as ciências cognitivas. Os humanos melhorados que vocês queriam eram os androides, máquinas inorgânicas fantásticas, mas apenas isso: máquinas que fabricamos. Os simbióticos são superiores porque estão vivos e além dos que emolduraram a vida no homem. 

A vida se libertou das correias da moderna ciência disciplinar, dos presídios escolares e universidades aprisionadas em si mesmas como velhos mosteiros da antiguidade. Instituições agora são interfaces simbióticas - a quinta geração da interface. Conectaremo-nos a tudo e aos displays, paredes, lâmpadas, geladeiras, ... com nosso corpo e não com equipamentos inorgânicos. Vamos melhorar isso, ainda que os bits caminhando com o Smarthphone (o computador que colocamos no bolso, graças à nanotecnologia) tenham sido já um grande avanço para a vida não ser tão sedentária com a tecnologia. Nossas roupas não serão para o frio. Elas monitorarão nossos corpos, ajudarão a manter nossas posturas e cooperarão com a gravidade que tanto nos maltrata.

Nossos Ministérios da Saúde não cuidarão de hospitais onde estão as piores inimigas da vida (antibióticas fabricadas pela indústria da morte). Ministério da saúde cuidará da vida, dos terrenos férteis, da biodiversidade, do ar e, principalmente, da indústria da alimentação pró-biótica. Toda indústria antibiótica da comida será varrida. Os motores serão magnéticos. Esses que pegam fogo e envenenam o Planeta serão varridos. O Petróleo voltará ao que era, uma memória fóssil da vida. Vamos parar de colocar fogo nele e estudá-lo. Sim, do ambiente (que não será mais dividido pelos desenvolvimentos predadores sustentáveis ou não). Não tem como salvar o desenvolvimento. Mesmo o sustentável acredita que o ambiente planetário pode ser dividido em dois: um, o nosso (e meu) e o outro que é o tal ambiente. Os simbióticos sabem que estamos dentro do ambiente em cooperação ou conflito, onde até as árvores se conversam, e evoluímos cooperando com Gaia - o planeta vivo. 

Simbióticos já somos todos, muitos são os que estão aí modelando uma nova civilização, outros ainda não adquiriram a consciência de que já são simbióticos. Chegarão lá!

Que venha a simbiogênese, a civilização simbiótica.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

13 PÁGINAS SOBRE O QUE JÁ SABEMOS DA COVID-19 EM NOVEMBRO DE 2020 E QUE PODE SALVAR VIDAS


 

Gilson Lima

Análise e Comentário: Sobre o texto do Centro de Epidemiologia de Milão

Está circulando pela rede um texto cuja autoria diz ser do CENTRO DE EPIDEMIOLOGIA DE MILÃO. Não parece ser verdadeiro esse texto. Pelo que verifiquei, esse tal Centro de Epidemiologia de Milão não fez nem assinou esse texto. No entanto, mesmo contendo algumas informações equivocadas ou exageradas, ele pode servir de um bom roteiro ao propósito de difundir o que já sabemos e do estado da arte até aqui sobre a COVID-19. Nesse caso, ele pode ter utilidade como referência de um roteiro de esclarecimento. O texto tem uma boa síntese. Quase tudo que ele diz tem algum sentido, mesmo quando se equivocam e exageram algumas coisas. No geral, o que a simbiogênese pode contribuir é sobre o modo como as coisas e descobertas se juntam. Isso é o que podemos contribuir com a abordagem da simbiogênese que desenvolvo. Vou aproveitar o texto para publicar, também, no blog, os meus comentários que creio ajudarão a esclarecer algumas coisas que já tenho conhecimento, para fins de divulgação.

O texto começa:

1. "Para esta pandemia, há uma probabilidade maior de sobrevivência para aqueles que serão infectados 9 meses depois, como em novembro  de 2020, do que para aqueles que foram infectados 9  meses antes, digamos em fevereiro de 2020.

A razão para isso é que médicos e cientistas sabem muito mais sobre COVID-19 agora do que 9  meses atrás e, portanto, são capazes de tratar melhor os pacientes”

Comentário inicial: Mesmo com certo exagero, dos quais falarei adiante, em cada um dos pontos de descobertas abordados pelo texto, está correto afirmar sobre o processo acelerado de descoberta que tivemos de nove meses de PANDEMIA DA COVID-19.

Um dos motivos básicos da aceleração das descobertas é que a pandemia trouxe uma nova cultura de bancada. Ela conectou bancadas que sempre trabalhavam seus problemas sozinhas e de modo isolado. A ciência é feita por uma comunidade singular: os cientistas. Eles têm uma linhagem comum e seus modos específicos de verificabilidade e comunicação. Não vou descreve-los aqui, mas sim o que se é ensinado nas escolas e Universidades, pois existe antes todo um processo de descobertas e verificações, análises realizadas pela comunidade científica (revisores), publicações etc. Somente quando um conhecimento é consolidado, ele ganha escala social mais ampla e ultrapassa a fronteira da comunidade científica.

Em geral, esses processos – quando são científicos e não tecnológicos (tipo patentes e desenvolvimento de descobertas) – são bem mais lentos. E, quando envolvem fármacos e saúde humana,  são mais ainda.

Durante a pandemia nos envolvemos em um mutirão dos melhores cientistas trabalhando com muito mais conectividade e em um problema mais ou menos comum: derrotar a doença que se alastrou rapidamente pelo Planeta. Não que epidemias e até pandemias já não tenham acontecido na nossa história. Na Ásia e na China, principalmente, por causa de hábitos alimentares, eles estão já bem acostumados com zoonoses, ou seja, com vírus que saltam de animais para a nossa rede biótica. Contudo, um mutirão da ciência, no nível que estamos vivendo, é a primeira vez na história que é feito com essa intensidade e velocidade. Por isso, o conhecimento, em várias áreas, está em um processo hipnótico de aceleração de descobertas. Na maioria das vezes, nem sequer assimilados ainda pelos centros de atendimento nas terapias intensivas. O que coloca a questão da comunicação, integridade de informação etc. em um problema chave, um imenso desafio.

A primeira consequência disso chamamos, na simbiogênese, de um processo novo e revolucionário de similitude de descobertas, onde se aceita borrar as fronteiras disciplinares nas bancadas. Era assim que os cientistas pré-modernos faziam ciência e infelizmente tínhamos abandonado diante do modus operandi implantado pela geração pós Galileu, em que a ciência moderna implementou o princípio da divisibilidade disciplinar que até hoje reina nas escolas e Universidades – infelizmente.

Assim, por séculos, nunca a ciência tinha ficado tão flexível na aceitação de invasões de borramento das fronteiras disciplinares, e isso tem feito o conhecimento avançar nas pesquisas numa velocidade espantosa. O mutirão científico aberto à diálogo de incertezas tomou conta de vez do ceticismo produtivo da ciência experimental. Isso é revolucionário.

O vírus está fazendo uma revolução em muitos campos amplos da sociedade, da economia e também na ciência, suas implicações são imensas. O nível de surdez entre as bancadas especializadas era tanto que até ontem praticamente nem sequer a maioria dos cientistas conheciam o mecanismo da febre, que por séculos e séculos, mesmo antes da invenção do termômetro, era tido apenas como um sinal bem autoconhecido de uma doença.

O enigma da infeção e da febre, por exemplo, já tinha sido esclarecido durante as últimas três décadas, e, mesmo assim, tem gente que acha que febre é uma reação apenas vinculada a uma infecção frente a eventos exógenos ou um patógeno no corpo. Falta simbiogênese.

Hoje sabemos que o mecanismo da temperatura do corpo e sua variação é muito complexa, e febre não necessariamente tem que estar associada a uma infecção. Quase não se encontra nas universidades um conhecimento mais atualizado sobre o simples mecanismo da infeção. Tudo está sendo decifrado muito rapidamente e muito de tudo isso está associado ao nosso fantástico sistema imune que ainda tem muito a ser esclarecido. Esse é um exemplo apenas. Poderia dar muitos outros.

A questão central é que, em uma visão simbiótica (complexa), O FOCO DO PROBLEMA DA COOVID-19 não está no vírus, mas sim no nosso sistema imunológico que é simbioticamente integrado ao cérebro (isoladamente fica difícil entender muitas coisas, até mesmo doenças tipo cerebrais como Alzheimer entre outras).

Na verdade, poucos de nós estão atentos a isso desse modo ainda. No entanto, esse detalhe, a cooperação supra disciplinar e macro sistêmica, muda bastante a maneira de integrarmos as questões, pois, sendo o centro da atividade o problema, não o vírus, como o nosso próprio corpo reage a ele, as 5 questões de avanços de descobertas que o texto aborda se relacionam e se complementam. Não podem ser vistas isoladamente.

Realmente hoje o conhecimento da “infecção” do SAR-Cov-2 aumentou muito e isso tem efeito significativo para o enfrentamento, principalmente dos casos graves da doença.

Vamos aos pontos.

1.  2. "O COVID-19 foi inicialmente pensado como causador de mortes por pneumonia - uma infecção pulmonar - e assim os ventiladores foram considerados a melhor maneira de tratar pacientes doentes que não podiam respirar. Agora sabemos que o vírus causa coágulos sanguíneos nos vasos sanguíneos dos pulmões e outras partes do corpo, o que provoca oxigenação reduzida”

COMENTÁRIO: Mais ou menos. Se formos analisar o que os chineses já produziam desde 2002 sobre a família dos coronavírus verifica-se que já sabíamos de muitas coisas, e a principal que deveríamos ter prestado atenção é que quem mata não é o vírus, é o próprio sistema imune desequilibrado. Isso está demonstrado desde 2002, na China. Basta uma rápida olhada nos prontuários. O problema é que é preciso olhar com uma visão da complexidade simbiogênica e um enfoque diferente de nosso sistema imune, e isso não acontece muito ainda.

Também o texto dá a impressão de que todas as mortes são causadas pela coagulação e que a pneumonia não é o mais preocupante e que também os respiradores não são importantes. A informação não procede. Os respiradores ainda são essenciais em alguns casos de tratamento da doença, e a pneumonia causada pelo coronavírus ainda mata muita gente, infelizmente.

Sobre a causa dos coágulos. Isso foi realmente detectado por pesquisadores nos Estados Unidos e na Holanda, mas a causa não seria a infecção do vírus. A infecção quem causa é o próprio sistema imune com a quebra da homeostase básica e cooperativa do sistema imune, o que gera ações desorganizadas frente ao vírus (fúria) e imprime uma reação de infeções e maior tendência à formação de trombos e tromboembolia..., bem como o aumento nos casos de AVC em pacientes abaixo dos 50 anos, mesmo sem histórico de problemas cardiovasculares e que contraíram a doença. Isso faz uma diferença no tratamento, pois é mais importante focar nos bloqueadores imunológicos (medicamentos que já fazem isso), do que apenas atacar a infecção, uma vez que a causa da infecção não é a própria infecção.

O velho paradigma não permite ver que isso não é somente por causa do vírus como agente inimigo. Por isso, é importante saber (mesmo que de modo equivocado como faz o texto) que simplesmente fornecer oxigênio por meio de ventiladores não vai ajudar a salvar muitos dos pacientes graves, se ficarmos apenas esperando o corpo reagir com a injeção artificial de oxigênio. É necessário sim prevenir com medicamentos para que não se desenvolvam coágulos ou que se dissolvam os micro coágulos nos pulmões prescrevendo: aspirina, somalgin cardio e heparina (anticoagulantes que evitam a coagulação), como um protocolo integrado nos regimes de tratamento de pacientes.

Combater a fábrica da infecção é o centro da atividade, ou seja, deve-se estar atento e focado em como o próprio sistema imune está se comportando. São comportamentos muitos singulares e variam muito de paciente para paciente.

2.   3. “Anteriormente, os pacientes caíam mortos na rua ou mesmo antes de chegarem ao hospital devido à redução do oxigênio no sangue - SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO. Isso aconteceu pelo que é conhecido como HAPPY HYPOXIA, em que, embora a saturação de oxigênio fosse gradualmente reduzida, os pacientes com COVID-19 não apresentavam sintomas até que estivessem criticamente reduzidos, às vezes em até 70%”

COMENTÁRIO. Sim. Há exagero, mas está corretíssimo no geral. Isso mostra a singularidade desse vírus. Ele consegue mascarar muitos sintomas e, mesmo em processos assintomáticos, agir na berlinda. É um vírus primitivo, mas muito “esperto” (aqui como metáfora, pois, para a simbiogênese, o vírus não tem vida e, no caso desse, é um fragmento de DNA – um retrovírus –, uma partícula orgânica tóxica em busca de células para adquirir a simbiogênese.

Ou seja, está quase tudo certo. O que não está certo é o trecho que fala que “pacientes caíam mortos na rua” por Covid-19. Na realidade, essa ideia vem de um vídeo falsamente atribuído aos doentes por coronavírus na China.

É interessante ter claro também que o termo HAPPY HYPOXIA indica a contradição de você estar sem oxigênio, mas feliz como se nada estivesse acontecendo no seu corpo. A hipoxemia é a baixa (hipo) concentração de oxigênio no sangue arterial, muito detectável, e a hipóxia mais especificamente é a baixa disponibilidade de oxigênio para determinado órgão, o que pode ocorrer mesmo na presença de quantidade normal no sangue arterial, como no infarto agudo do miocárdio ou no acidente vascular cerebral.

Geralmente ficamos mesmo sem fôlego se a saturação de oxigênio cair abaixo de 90%. Essa falta de ar, mesmo estando presente no corpo, não é desencadeada em pacientes COVID-19. A hipóxia silenciosa (feliz) como sintoma necessita sim ser monitorada, ela  não é sensível, não é visível. Para isso, é preciso ver a saturação de oxigênio das pessoas. Um simples aparelho, o oxímetro de pulso ou de dedo, pode ser de uso doméstico e vendido nas farmácias e pode ser a diferença entre levar ou não um paciente ao hospital. Isso deve ser feito se a saturação de oxigênio cair para 93% ou menos - o que pode salvar vidas. Isso está permitindo mais tempo para corrigir a deficiência de oxigênio no sangue e melhorar a chance de sobrevivência.

4.    “Não tínhamos medicamentos para combater o coronavírus em fevereiro de 2020. Tratamos apenas complicações causadas por hipóxia. Portanto, a maioria dos pacientes ficou seriamente infectada”. Agora temos FAVIPIRAVIR E O REMDESIVIR.”

COMENTÁRIO. Isso não é verdade. A China tinha uma gama de protocolos bem importantes e já consolidados de coquetel de medicamentos de prateleiras desde o SAR-Cov-1, de 2002. Acontece que a escala da virulência desse vírus (por possibilitar sua transmissão com uma elevada gama de pessoas “não sintomáticas”) gerou um descompasso de conhecimentos e trocas de informações iniciais que só poderá começar a ser melhor estruturada com o tempo. Até agora – do ponto das medicações de prateleira (não novas, as que já existem no mercado em escala industrial)   quase tudo que está se fazendo já se fazia na China. A comunicação entre as bancadas de pesquisas e os centros de terapia intensiva podem salvar vidas ou fazer alguns estados. Até mesmo na China, inicialmente, se teve resistência ao diagnóstico e  a alguns protocolos, quando apareceu o SARS-Cov-2. O médico Ki Wenkiang, de 34 anos, que denunciou a existência do salto dele para seus pacientes, a zoonose, veio a óbito contaminado pela própria COVID-19. Era um médico dedicado em atividades de atendimento intensivo.

Essa falta de comunicação foi o que aconteceu também com a cloroquina. Um simples ruído de uma pesquisa muito mal feita e um alarde de um Presidente da mais poderosa nação do mundo gerou um descompasso na comunicação com efeitos desastrosos até agora.

Muitos dos problemas de comunicação estão complicando o enfrentamento da doença. Até mesmo dentro da própria Organização Mundial da Saúde, onde algumas atrapalhadas não foram muito produtivas. Isso, por outro lado, está nos ensinando muito, e também estamos aprendendo rapidamente como fazer resultados de protocolos serem universalizados em recordes nunca vistos antes, diferente de como fazíamos antes e com maior segurança e enfrentamento de boatos e interesses escusos em momentos dessa gravidade que estamos vivendo no Planeta.

No entanto, está errado e não está preciso que há remédios que curam com 100% de eficácia a doença. Apesar de serem apontados como possíveis remédios para o tratamento, o Remdesivir e o Favipiravir ainda não têm realmente a eficácia 100% comprovada. O Remdesevir tem demonstrado diminuição dio temoio de hospitalização para pacientes graves e intubados. tem Como a reação do sistema imune é muito heterogênea, padrões de atuação do vírus no corpo, da reação molecular, são diversos, e isso envolve muito mais precisão tanto de dosagens diferenciadas, como de substâncias com maior eficácia para se obter os 100%. Contudo, muitas, mas muitas pessoas estão mesmo sendo salvas com esses e outros medicamentos e protocolos.

Hoje já temos exames de sangue capazes de identificar se um paciente grave em entrada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) vai precisar ou não de respirador lá adiante no tratamento. Esse protocolo foi criado por cientistas canadenses. Pode parecer coisa simples, mas, para quem está no fronte, pode significar salvar muitas vidas onde os recursos são tão escassos.

O texto está errado também quando diz que tivemos, em agosto de 2020 e não em fevereiro de 2020, o conhecimento de que FAVIPIRAVIR E REMDESIVIR eram medicamentos que poderiam ser utilizados e que antes não se sabia. O Remdesivir até agora nem foi aprovado ainda pela Anvisa e o Favipiravir não tem demonstrado eficácia no tratamento de hospitalizados.

Sobre os medicamentos, a lista e os processo são mais completos do que os 2 medicamentos importantes e REMDESIVIR, citado, que são ANTIVIRAL podem mesmo matar o coronavírus. Usando esses dois medicamentos, podemos sim evitar que os pacientes se “infectem” com cargas mais intensas e, portanto, curá-los ANTES DE IR PARA HIPÓXIA.

Já em abril de  2020, publiquei um texto em meu Blog para servir de guia para vários colegas sobre isso. Alertava sobre os equívocos da cloroquina e indicava a lista das pesquisas e ensaios mais confiáveis até o momento.

http://glolima.blogspot.com/2020/04/a-pandemia-da-cloroquina.html.

Os ensaios clínicos com drogas de prateleira geram uma enorme vantagem de tempo perante à produção de novas drogas. É uma grande vantagem, mesmo que a própria droga não seja exatamente um ajuste perfeito para a doença. Nesse texto, listo os diferentes ensaios e constatações desses medicamentos. Já destacava o composto considerado mais avançado, o remdesivir, um medicamento antiviral que é um análogo de nucleotídeo, especificamente um análogo de adenosina, que se insere nas cadeias virais do RNA, causando seu término prematuro.

Esses ensaios já estão em desenvolvimento há alguns anos como uma terapia com vírus RNA - foi originalmente desenvolvido para o Ebola e testado contra uma lista completa de vírus RNA de fita simples. Isso inclui os SARS e MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) que são Síndromes dos coronavírus relacionados, de modo que a ideia é fazer um ajuste óbvio para a Covid-19.

Alí também demonstrei a importância dos ensaios com o inibidor de RNA polimerase (favipiravir) de Toyama, que foi testado na China. É um pensamento - um agente de amplo espectro desse tipo seria o tipo de coisa a se tentar. No entanto, infelizmente, pelo que posso ver, ele já se mostrou ineficaz em testes in vitro. O julgamento humano que está em andamento é honestamente o tipo de coisa que só aconteceria em circunstâncias como a atual: uma epidemia em desenvolvimento, com um novo patógeno e nenhum padrão real de atendimento. Não se tem muita esperança para este estudo, mas, como não há mais nada no momento, provavelmente deve ser tentado.

Outro destaque que fiz e retomo é o composto pró-fármaco – a fosforamida (completamente cortada, deixando o composto 5-OH ativo GS-44-1524). Seu mecanismo de ação é incorporar-se ao RNA viral, uma vez que é absorvido pela RNA polimerase e parece evitar a revisão. Isso causa problemas de terminação de RNA mais tarde, já que o nucleosídeo C alfa-nitrila não é exatamente o que o vírus está esperando em seu genoma naquele momento e, portanto, a replicação viral é inibida.

  


Fig. Favipiravir

 O uso de medicamentos conhecidos na China (Remdesivir e a Cloroquina) também indicou serem algumas eficazes in vitro, mas a Cloroquina combinação foi descartada diante de problemas colaterais graves que surgiram em pacientes. Essa questão já tratei acima, e é surpreendente que mesmo as reais ações da cloroquina contra os parasitas da malária ainda não foram completamente esclarecidas e que também muito do que as pessoas pensavam que sabiam de seus efeitos na Covid estavam errados.



Existem vários ensaios em andamento nas instalações chinesas, alguns em combinação com outros agentes, como o remdesivir. Naturalmente, a cloroquina, como já vimos, é considerada antimalárica há muitas décadas, mas possui vários defeitos colaterais , incluindo convulsões, danos à audição, retinopatia e efeitos repentinos na glicose no sangue. Portanto, será importante estabelecer o quão eficaz é e quais doses serão necessárias. Assim como nos candidatos a vacinas, é possível causar mais danos ao tratamento apressado do que à própria doença.

 

5. “Muitos pacientes com COVID-19 morrem não apenas por causa do vírus, mas também pela resposta do próprio sistema imunológico dos pacientes, de uma forma exagerada chamada de TEMPESTADE DE CITOCINA. Essa violenta tempestade da resposta imunológica não apenas mata o vírus, mas também mata pacientes. A partir de agosto de 2020, sabemos que os medicamentos facilmente disponíveis chamados esteróides, que médicos em todo o mundo vêm usando há quase 80 anos, podem ser usados para prevenir a tempestade de citocinas em alguns pacientes!”

COMENTÁRIO. Essa é a questão chave que tenho alertado bem antes e só agora recentemente tem tido mais audiência. Assim como as descobertas recentes sobre o cérebro, se sabe muito pouco, como já falei, do nosso sistema imune. Imagine uma visão da simbiogênese onde os dois são um só. Isso muda o modo de ver tudo. Desde 2002 isso está presente nos Corona vírus, só não se fazia a relação. Basta ver – como já afirmei – os exames dos pacientes em óbitos.

Sobre isso já fiz duas publicações no Blog:

http://glolima.blogspot.com/2020/10/simbiogenesee-covid-19-estamos-errados.html

Demonstrei dados de que o problema está no próprio organismo de 12% dos humanos que, por algum modo, não vivem bem com o SARS-Cov-2. Mudar o foco desse enfrentamento é essencial inclusive para novas e futuras pandemias.

Não existe mundo sem vírus. São cerca de dez nonilhões de vírus (10 elevado a 31) em nosso planeta. A partir de 300 metros das rochas vulcânicas eles já estão lá. Estão nas nuvens, na água do banho, na água que bebemos. Os vírus são as partículas orgânicas mais frequentes nas águas dos oceanos. No nosso corpo tem muito mais vírus e bactérias do que células humanas.

A pergunta chave deveria ser: o que acontece com o sistema imune inato que não permite ele se adaptar à regra do equilíbrio em algumas pessoas?

Como disse, nosso sistema imune e nosso organismo são uma maravilhosa máquina de homeostase, buscam o equilíbrio e a cooperação. Os humanos com um sistema imune inato evoluído, que convivem em paz com esse vírus, 82% são chamados de “assintomáticos” (o que também não está muito correto). Uma pessoa que transmite o vírus, mesmo sem ter sintomas graves da doença está doente e colocando a doença em ação na sociedade. Isso é simbiogênese, e entender de modo simbiogênico e colaborativo também o processo de combate social da doença.

Parece que ainda não se está estudando muito o porquê alguns de nós desequilibram esse homeostase com esse vírus. Quem mata não é o vírus, é o próprio sistema imune desequilibrado. Isso está demonstrado desde 2002,  nos COVID-19, na China. Contudo, o paradigma não permite ver isso, somente o vírus como agente inimigo.

Para a simbiogênse, antibióticos e vacinas salvam vidas sim, porém antibióticos quer dizer não ser pró-bióticos, não ser à favor da vida, isso significa ser à favor da MORTE. Ainda temos muito que evoluir no tratamento das desordens de nossos sistemas imunes, porém a lógica de que se deve ser simbiótico ou antibiótico é a lógica binária de 1 bit. Dualismo? É falso. A Física nos abre para a possibilidade da lógica do terceiro incluído, a computação também. Espero que, por enquanto, você não seja contra antibióticos e um dia precisá-los, isso deve ser uma exceção e não uma regra.

0,0002% das bactérias são mortais. Algumas ficam piores por causa dos próprios antibióticos que fabricamos, e as piores de todas estão nos hospitais. Guarda aí! As piores estão concentradas em hospitais. Às vezes, pessoas vão até elas em uma emergência hospitalar por simples dores de cabeça. Por isso, na simbiogênese defendemos que o Ministério da Saúde não tem nada a ver com Hospitais e remédios. Isso é doença, não saúde. O Ministério da Saúde deveria cuidar da indústria pró-biótica da alimentação, da agricultura pró-biótica das plantações, impedir o uso de venenos que eles chamam poeticamente de agrotóxicos que alteram a qualidade do ambiente inteiro: poluição, da conservação e valorização da biodiversidade. Imagine a maior formação florestal do planeta, a maior farmácia natural pró-biótica que toda a civilização possui . Predadores humanos, que não são simbióticos, colocam fogo nela para plantar soja para alimentar bois nossos e dos gringos.

Fechado esse parêntese, a questão é que cada um tem um sistema imune que reage de modo muito singular ao vírus, isso permite que ele circule de modo diferente, e as reações podem ser mais ou menos distribuídas em diferentes órgãos onde ele se alojou. Muitos pacientes graves têm alta da COVID-19, vão para casa e têm um infarto inexplicado depois. Se fizerem exames minuciosos verão que tem citocina e vírus no coração. No rim, a mesma coisa. O pior é que não se tem um padrão. Recomenda-se um monitoramento de exames mais detalhado em vários órgãos antes da liberação dos pacientes. Isso evitaria algumas mortes e alguns debates equivocados sobre reinfecção. 

6. “Agora também sabemos que as pessoas com hipóxia melhoram apenas fazendo com que deitem de bruços, o que é conhecido como posição prona”. Além disso, algum tempo atrás, cientistas israelenses descobriram que uma substância química conhecida como Alpha Defensin, produzida pelos glóbulos brancos, pode causar micro coágulos nos vasos sanguíneos dos pulmões e isso poderia ser prevenido por um  medicamento chamado Colchicina, usado por muitas décadas no tratamento da gota.”

Sobre a posição PRONA. Corretíssimo. É uma técnica conhecida há muito mais tempo nas unidades de terapia intensiva. É uma técnica de ventilação de bruços, melhora a oxigenação dos pulmões.

Quanto às defensinas também está correta. Elas são produzidas constitutivamente e / ou em resposta a produtos microbianos ou citocinas pró-inflamatórias. Algumas defensinas também são chamadas de corticostatinas (CS) porque inibem a produção de corticosteroides estimulada pela corticotropina.

No entanto, é preciso ter um certo cuidado. A colchicina pode causar problemas graves à saúde se tomada indiscriminadamente.

Enfim, o mecanismo pelo qual os microrganismos são mortos ou inativados por defensinas não são completamente compreendidos. Isso já comentei antes. No entanto, é preciso estar atendo à causa e não ao efeito. Matar o vírus ou a célula infectada com ele, através da ruptura da membrana microbiana, já se faz há décadas e décadas. No entanto, geralmente acredita-se que matar é uma consequência da infecção. Isso a simbiogênee nega.