quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Rede Social: Uma geração cada vez mais conectada numa imensa rede de si mesma

Gilson Lima
Sociólogo, escritor e pesquisador. IPA



Abaixo foto de Mark Zuckerberg criador do facebook



O filme Rede social inicia mostrando o clima que envolve um tímido e talentoso estudante da centenária Universidade de Harvard nos Estados Unidos. Desde as primeiras cenas fica claro a imensa diferença entre estudar numa Universidade Norte Americana de uma Brasileira qualquer. Estar numa determinada universidade por lá é antes e ter um acesso institucional quase determinado em uma ou outra casta de elite frente a portas e marcas simbólicas que abrem e fecham caminhos numa sociedade moldada cada vez mais pelo conhecimento informacional.

A Rede social é um filme importante para entender a nova geração em formatação. É interessante também acessarmos o cotidiano e os micro ritmos corporais e de valores de uma nova geração eletrônica (rápida e intempestiva) modelada pela alta habilidade da computabilidade cognitiva (informacional) e pelo culto da conformidade da vaidade frente à exposição egocêntrica em escala planetária. Totalmente diferente de Forrest Gump (um filme que retrata a minha geração dos anos 60 e início dos 70). São realmente novos tempos.

A história “ficcional” é espelhada em Mark Zuckenberg e sua turma. Zuckenberg senta-se em 2003 à frente deu seu computador e começa a trabalhar em uma nova ideia de uma rede. Um menino com seu dilema individual, um jovem estudante ao ser largado pela namorada para se vingar torna-se um blogueiro sociopata destruindo a reputação dela e, em seguida, cria ao lado do programador brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield) um aplicativo batizado de Facemash, cujo mote é ranquear e criar uma disputa de beleza entre as universitárias. Hoje o dilema pessoal de Zuckenberg o tornou bilionário, o mais jovem da história mundial. Uma equação interessante entre inteligência cognitiva, egocentrismo e exibicionismo banhado em audiência de egos e volumosos interesses financeiros cada vez mais presentes em escala planetária.
Bauman (sociólogo polonês), já havia nos alertado que viemos em uma sociedade líquida, não sólida como a sociedade industrial. Porém ele nos diz pouco da organização líquida da vida em sociedade. O líquido é altamente aderente as travessias dos fluxos, penetrável, maleável, dispersivo e interage de modo caótico em movimento.
Para essa nova geração de comunidades liquidas o conteúdo que foi tão significativo e significante para os intelectuais até então, torna-se cada vez menos sólido e mais interativo ou comunicacional, um novo tipo de intérprete que vive num de átomos em interação, o conteúdo dilui, dispersa e submetesse a audiência interativa. Trata-se não mais de conteúdos que são algo, a saber, em si, mas de conteúdo-meio, transportador provisório da comunicação interativa.

No Brasil, essa geração em seu conceito pleno ainda não chegou as Universidades, mas como professor universitário, tenho clareza de que essa geração já está batendo as nossas portas e que devemos estar atentos para ao que nos espera adiante. Como disse mais ou menos assim um cientista Americano: “Os seres humanos quanto mais se complexificam menos aptos se tornam para resolver os problemas coletivos complexos que eles mesmos criam. Diferentemente das formigas, que se comportam como geniais agentes coletivos e profundas idiotas individuais, os humanos estão se transformando em geniais agentes individualizados e cada vez mais um profundo idiota coletivo”. (Joël de Rosnay – adaptado).

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Cientistas fazem tecido de DNA

Cientistas fazem tecido de DNA: (Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/12/2010).
 "Com o advento da nanotecnologia, as moléculas de DNA se transformaram em um estupendo material de construção de estruturas submicroscópicas."
O que é nanotecnologia? Divida um metro por um bilhão e entrará o universo nanoscópico. Lembre-se a micro informação coimputacional, a genética e o DNA é imensamente maior que isso (uma metro dividido por um milhão). Uma diferença e tanto.


















Uma das grandes vantagens do origami de DNA é que, ao contrário dos tecidos comuns, ninguém precisa ficar colocando fibra por fibra em um tear - as fitas de DNA se organizam por um processo de automontagem. [Imagem: Liu et al./Wiley]

Tijolos de DNA

As fitas de DNA são famosas por conterem toda a nossa informação genética.
Mas esta não é a sua única função. Com o advento da nanotecnologia, as moléculas de DNA se transformaram em um estupendo material de construção de estruturas submicroscópicas.
Nanorrobôs feitos de DNA já deram seus primeiros passos e a IBM é uma das empresas que está pesquisando formas de fabricar chips eletrônicos feitos de DNA.
Agora, a equipe de Ned Seeman, da Universidade de Nova Iorque, nos EUA, criou o primeiro tecido de DNA, uma trama cruzada de fitas de DNA que atinge dimensões de até 2 x 3 micrômetros.

Bibliografia:
Crystalline Two-Dimensional DNA-Origami Arrays
Wenyan Liu, Hong Zhong, Risheng Wang, Nadrian C. Seeman
Angewandte Chemie International Edition
Vol.: Early View
DOI: 10.1002/anie.201005911

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cadeira de rodas elétrica ficará mais barata com peças nacionais

Cadeira de rodas elétrica ficará mais barata com peças nacionais: "O custo de produção das peças nacionalizadas chega a ser dez vezes menor do que as importadas."

Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica (Poli) da USP estão desenvolvendo módulos de controle (placas eletrônicas) e instrumentos para cadeiras de rodas motorizadas com tecnologia nacional.
O custo de produção das peças nacionalizadas chega a ser dez vezes menor do que as importadas. Click aqui para saber mais

sábado, 11 de dezembro de 2010

Quanto menos sinapses, melhor é o aprendizado

Quanto menos sinapses, melhor é o aprendizado: "A conclusão surpreendente pode parecer um contra-senso à primeira vista. Mas a verdade é que um número maior de sinapses estáveis torna mais difícil eliminar as conexões redundantes ou ineficazes."


Quanto menos sinapses, melhor é o aprendizado

Os pontos vermelhos nesta micrografia mostram as moléculas de SynCAM no interior de uma sinapse, entre dois neurônios. Elas funcionam como uma espécie de cola e são cruciais para o funcionamento dos neurônios. [Imagem: Yale University]

Vida e morte das sinapses

Os neurônios trocam informações por meio de conexões especiais, chamadas sinapses.
Novas sinapses são constantemente formadas, as sinapses já existentes são reforçadas e as sinapses redundantes são eliminadas.
Um grupo de cientistas estava estudando a proteína de adesão SynCAM1, que conecta as sinapses. Quando eles aumentaram a quantidade de SynCAM1 nos neurônios, o número de sinapses cresceu. Isso ofereceria aos neurônios mais rotas para a transmissão de informações.
No entanto, um experimento comportamental mostrou que as cobaias sem SynCAM1 tiveram um melhor aprendizado do que os animais com níveis normais da proteína.
Isto sugere que tanto a formação quanto a eliminação das sinapses são essenciais para o aprendizado e a memória - uma descoberta importante tanto para o conhecimento do cérebro quanto para o estudo e o tratamento de diversas doenças neurológicas.
A descoberta, feita por cientistas do Instituto Max Planck, da Alemanha, e da Universidade de Yale, nos EUA, foi publicada na revista científica Neuron.
Mais fácil aprender sem SynCAM1
"Poder-se-ia pensar que os animais com um maior número de sinapses seriam capazes de processar ou armazenar melhor as informações," comenta Valentin Stein, um dos chefes do estudo.
Na realidade, é exatamente o oposto - estes animais têm um aprendizado fraco.
O teste comportamental demonstrou que os ratos sem SynCAM1 aprenderam rápido e se lembraram melhor.
À primeira vista, esta conclusão pode parecer um contra-senso. É verdade que, com a SynCAM1, são formadas mais sinapses.
No entanto, as sinapses também ficam mais estáveis, o que torna mais difícil eliminar conexões redundantes ou ineficazes.
Os neurobiólogos propõem que a diferença observada na capacidade de aprendizagem pode ser explicada pela eliminação das sinapses não utilizadas. Sem a SynCAM1, é mais fácil quebrar novamente as ligações.

Importância de esquecer

"Nossos resultados mostram o quanto a eliminação das sinapses é importante para o aprendizado e a memória", diz Stein.
A SynCAM1 pode desempenhar um papel importante nas doenças que envolvem mudanças na formação das sinapses, como é o caso do autismo.
Há também a chance de que SynCAM1 possa ser usada no futuro para o tratamento, por exemplo, da doença de Alzheimer.
Estes são aspectos que os cientistas vão analisar no prosseguimento das pesquisas.
Veja mat;éria completa in: Quanto menos sinapses, melhor é o aprendizado: