quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Acabou a eleição? Vamos falar sério sobre ciência. Ela está paralisada pela tecnologia

 Gilson Lima

 


A ciência hoje, tal como na época de Newton, estende-se diante de um vasto  universo a explorar. A era das descobertas básicas está longe de ter terminado, por mais que os tecnólogos insistem em seus brinquedinhos. Os físicos nem sequer compreendem:

Por que os objetos caem no chão;

Por que os prótons em meio aos átomos não se separam;

Por que os elétrons em órbita não são sugados para dentro do núcleo;

Não compreendem como o magnetismo permanente funciona;

O que faz as estrelas se agregarem;

Por que as galáxias têm formas espiraladas;

Como funcionam as manchas solares;

Por que não conseguimos juntar dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio para produzir água;

Não sabemos o que é o amor.

Não entendem o instinto e nem de onde um pássaro adquire conhecimento para produzir um ninho;

Não sabemos como viajar além da velocidade da luz sem se desintegrar e com esses foguetinhos de combustão não saímos sequer de nosso quintal cósmico.

Não podemos nem sequer considerar a simbiótica a medicina moderna como simbiótica, embora ela utilize as áreas de diferentes bióticas;

Um médico preocupa apenas com o corpo físico e rejeita 75% das informações disponíveis quando se tenta fazer um diagnóstico. 

Os protocolos de higiene mudaram desde 1888 por Pasteur, para evitar a exposição de bactérias. Os protocolos antissépticos mudaram desde a implantação de Joseph Lister, em 1850. Daí todas as bactérias e vírus foram entendidos como inimigos numa guerra imbecil e predadora.

Os antibióticos, são nobres produtos da lógica da fraternidade médica, desde Alexandre Fleming, 1940. O lado escuro da sua força foi desconsiderado. Como bombas que matam e destroem nossas bactérias amigas que levam a desbiotização, a fragilização da nossa rede simbiótica, envenenam o sangue com toxinas geradoras de doenças autoimunes. Nem vamos falar das bactérias fabricadas pelos antibióticos para se produzir mais antibióticos. Uma dinâmica da morte em nome da saúde.

Em vez de cuidar do ar, da terra e dos alimentos cuidamos de produzir mais farmácias, hospitais como se esse fosse o papel dos Ministérios da Saúde e não como de fato são: Ministérios da doença. 

Ministérios da Saúde cuidariam da terra, do ar e do que comemos. A agricultura é estimulada a processos antibióticos de venenos mortais a vida, os quais somos depois estimulados a colocar para dentro de nossos corpos vivos.

Aliás, a alimentação antibiótica, do veneno é mais barata do que a pro-biótica e isso faz parte da maquinada indústria da morte. Processamento de refinados é mais barato do que fibras.

A tributação serve para fazer caixa e não produzir políticas de acesso e cuidado da vida.

 Ainda têm as cirurgias, os processos invasivos, que como exceções se tornam regras.  Desde a anestesia, do éter e do clorofórmio em torno de 1840 recursos sem os quais um paciente morreria de choque e traumas de exceção, as cirurgias viraram regras.

Graças a aliança simbiótica das células, nossas redes bióticas se tornaram pouco humanas, muito mais duradouras e, conquistamos também a morte pelo envelhecimento, mas ainda como predadores de consciência sináptica humana, não conseguimos entender as doenças do envelhecimento como rede de múltiplas parcerias. Tratamos só das células humanas e transformamos idosos em páreas.

Até o câncer, não é entendido, como uma ruptura evolutiva prematura e sim como praga a ser devastado, os câncer³es  não são compreendidos e enfrentados em maturidade. Ao contrário, em vez de aprofundar a programação celular bombardeiam pacientes com raios x, venenos poderosos de quimioterapias transformando muitos a zumbis vivos.

Enfim. Os médicos não conseguem curar para sempre um simples resfriado, por não entenderem a dinâmica viral e cooperativa do sistema imune simbiótico. Em vez de apostarmos nas fábricas de células troncos e desprogramação da dinâmica da condenação uterina da replicação celular, apostamos em transplantes, mesmo sabendo que a dinâmica da rede biótica é de rejeitar permanentemente tecidos exógenos que com drogas poderosas expõe pacientes a vida toda aos martírios e riscos de morte a um simples resfriado comum.

A medicina quase sempre não visa a cura, a prevenção, mas vive da doença e de processos antibióticos (morte). Se 10% da energia de impedir a morte fosse dedicado a uma massificação de processos simbióticos da medicina estaríamos numa nova dinâmica simbiótica.

Então. Vamos falar da ciência e menos da tecnologia, dessa tendência infeliz, de uma cultura obcecada que se instalou para uma destruição criativa de star-ups frente a instituições tidas como “burocráticas”, por serem lentas, se tornam inimigas da dita inovação tecnológica, da aceleração ilusória de "saber" evoluídos por pseudos agentes livres, os mesmos que em nome da evolucão acelerada,  desvalorizam a lenta leitura de profundidade, a repetição e os aprendizados decorrentes dos erros da própria repetição, contra a rapidez superficial que não possui limites a exposicão da ignorância..., pois certamente, se quisermos evoluir simbioticamente numa escala global temos que mudar a estrada da tecnologia pela tecnologia e redescobrir as novas bases de refundamentação do conhecimento complexo, perdido pelo atalho das facilidades enganadoras do cognitivismo tecnólogo que nos paralisou.


Gilson Lima. [1] Cientista aposentado depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade, criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi por vários anos pesquisador acadêmico e industrial coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neurorreabilitação em diferentes cidades e diferentes países principalmente, europeus. 

Tem formação original humanística e foi voltando seus estudos e pesquisas desde o início dos anos 90 para a abordagem da complexidade nas metodologias informacionais, depois na nanotecnologia e nos últimos 15 anos de carreira focou na neuroaprendizagem e reabilitação envolvendo a simbiogênese e interfaces colaborativas entre cérebro, corpos e displays.

Inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos clínicos.

Escritor. Muitas de suas atividades e textos estão disponíveis no blog: http://glolima.blogspot.com/

Atualmente retomou sua atividade como músico compositor, cantor que atuava na adolescência produzindo atualmente suas canções e coordenando a Banda Seu Kowalsky e os Nômades de Pedra. Suas músicas e shows vídeos podem ser acessadas no canal do youtube. https://www.youtube.com/c/seukowalskyeosnomadesdepedra

Último Livro: 

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