sábado, 29 de maio de 2021

Estudo indica que humanos podem viver até 150 anos. Isso procede?

 

                                                                                                         Gilson Lima[1]

Link do estudo. https://rdcu.be/clwKZ  (pdf)


 


O record mundial registrado até hoje o recorde mundial é de 122 anos. Algo bem isolado e totalmente fora do padrão da longevidade média da população.



        Jeanne Calment, francesa que é o nosso recorde mundial de 122 anos de vida. Faleceu em 4 de agosto de 1997.

A ciência já conhece atualmente, seis teorias principais do envelhecimento, que são consideradas promissoras. Em termos gerais, as seis principais podem ser divididas em dois grupos. Existem duas grandes TEORIAS básicas da nossa finitude fisiológica na ciência.

O primeiro pode ser chamado de teorias das avarias (oxidação, radicais livres, etc...) e o segundo grupo de teorias do envelhecimento é conhecido como teorias de programa (tipo um relógio biológico).

Esse estudo está baseado no segundo grupo.

 O que diz o primeiro grupo. Os cientistas sugerem que o envelhecimento é o resultado de defeitos nos sistemas restauradores dentro das células ou entre os órgãos. Por exemplo, uma teoria atual das avarias propõe que o envelhecimento é o resultado de erros progressivos e cumulativos do ADN. Antes, os cientistas pensavam que o ADN fosse muito instável e se mantivesse o mesmo tanto durante a vida da célula como se mantivesse de geração a geração, somente com mutações ocasionais. Aprendeu-se, então, que uma quantidade de fenômenos provoca constantemente avarias ao ADN - desde agentes ambientais, como fumaça de cigarro, pesticidas, radiação, poluição visível na atmosfera, até processos metabólicos normais.


A maioria dos seres vivos criou uma complexa gama de mecanismos de reparo para enfrentar a constante investida dos danos, ou seja, o ADN permite à célula ou ao organismo se reproduzir. Em outras palavras, o envelhecimento, para esses cientistas, é apenas um subproduto do déficit de reparo e um efeito colateral da estratégia evolutiva da natureza. Se o envelhecimento é simplesmente um resultado do déficit de reparo, não necessitamos de nenhuma abordagem mais complexa para imaginar que, se o problema é o limite, algum dia esse limite será definitivamente vencido.

Dentro deste grupo existem outras teorias de dano do envelhecimento, conhecidas pela ideia das ligações cruzadas e ou dos radicais livres. As ligações cruzadas ocorrem quando duas moléculas ou partes de algumas moléculas se unem. Por exemplo, em um momento ou outro, todos notam que uma tira de borracha velha é mais fraca e menos resistente que uma nova. Ela enfraquece com o envelhecimento porque suas moléculas tendem a formar ligações cruzadas. O mesmo processo também acontece com a pele, o osso e outros tecidos. É por isso que a pele da pessoa idosa é menos coriácea do que a de um bebê recém-nascido. Por outro lado, os radicais livres são moléculas que possuem um elétron livre e, portanto, uma carga elétrica extra. Essa carga os torna vorazes, e eles se agarrarão e se combinarão quimicamente com uma vasta gama de moléculas que possam encontrar. No processo metabólico normal, nosso corpo produz grande quantidade de radicais livres. Agentes ambientais como poluição, radiação, pesticida e fumaça de cigarros também produzem funções de radicais livres no corpo.  Os radicais livres podem causar ligações cruzadas na pele e nos tecidos, bem como mudanças no ADN. Para alguns cientistas, existem indícios de que alguns tipos de câncer resultam de ataques dos radicais livres contra o ADN. Para contrabalançar os danos provocados, nosso corpo desenvolve uma grande quantidade de enzimas que “desligam” esses atacantes.

Também esses cientistas mostram a dinâmica das avarias no DNA: dos telômeros encurtados. Durante a vida da célula, os danos genéticos não ocorrem igualmente ao longo da molécula de DNA. Eles parecem atingir com mais frequência suas duas extremidades, regiões conhecidas como telômeros. Atribui-se a esses segmentos de material genético a função de proteger o restante da fita de DNA – alguns comparam o seu papel com o da ponta plástica do cadarço dos sapatos. Cada vez que o material genético duplica e a célula se divide, os telômeros encolhem 2%. Só uma enzima, a telomerase, é capaz de recuperar o comprimento dos telômeros. Nos mamíferos, porém, a maioria das células adultas não produz telomerase, geralmente sintetizada pelas células-tronco. Com capacidade restrita de recuperação, os telômeros encurtam com a idade. Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, já demonstraram que é possível encompridar os telômeros artificialmente, introduzindo nas células cópias extras do gene da telomerase. Essa estratégia, no entanto, pode ser arriscada, uma vez que alguns tumores se tornam malignos depois de reativar a produção da enzima telomerase.

A capacidade de reparar as avarias é o foco desse grupo na ampliação da taxa do envelhecimento saudável.

No segundo grupo. A teoria dos programas os cientistas sugerem que a natureza, de fato, programou o processo de envelhecimento nos seres vivos. Cada órgão tem um programa integrado (as células se dividem até um ponto programado e depois só envelhecem, ... quantas vezes seu coração vai bater, tem um momento que você não vai mais enxergar... qualquer organismo se envolve numa competição entre a produção de novos tecidos e atividades de sustentação da vida. A quantidade total de energia disponível é calculada como a potência fracionária da massa corporal 3/4 de  acordo com a lei alométrica universal de Kleiber-West (veja Kleiber, M. et al. Tamanho corporal e metabolismo. Hilgardia. 6, 315–353 (1932). Por um lado, assim as necessidades de energia para a manutenção do organismo aumentam linearmente à medida que a massa corporal cresce e, portanto, o excesso de energia metabólica inicial impulsiona o crescimento do organismo até atingir o equilíbrio dinâmico correspondente ao estado do animal maduro e depois vem a decadência.... e assim vai...



Para muitos cientistas existe um pedacinho no nosso ADN que literalmente força o envelhecimento de nosso corpo. Isso implica que, um dia, poderemos controlar o processo. A cada dia que passa, novas técnicas de manipulação genética são criadas por bioquímicos e biólogos. Transplantes de núcleos de células de pele, por exemplo, já demonstraram que podem, no mínimo, reverter o processo do “programa” de envelhecimento do ADN.

Outra teoria de programa propõe que o acontecimento que inicia o envelhecimento pode ser a liberação de algum agente destrutivo, como o fluxo maciço de um hormônio deletério. Numa mesma linha, outra teoria do programa postula que o envelhecimento pode ser devido ao lento desenvolvimento de um desequilíbrio hormonal. Alguns cientistas acreditam que o “relógio” de envelhecimento se oculte no hipotálamo, uma área do tamanho de uma ervilha, no cérebro, que controla outras atividades, como a fome, a raiva, o sono e o desejo sexual. Foi observado em um animal, um decréscimo significativo do nível dos neurotransmissores que o hipotálamo libera com o envelhecimento destes mesmos animais. Outra teoria de programa afirma que não é que o corpo esteja programado para envelhecer por si mesmo, mas sim, que o corpo não é programado para cuidar de si mesmo depois de ter servido a seus propósitos evolutivos.

O envelhecimento pode ser resultado de um, dois e até mais desses processos acima.  É certo que o envelhecimento é resultado de uma dupla destruição: de uma parte, o declínio das atividades vivas e orgânicas e, de outro, uma destruição programada e ativa localizada nos genes. Podemos concluir que, cada dia mais, a morte deixa de ser encarada como natural, e cirurgias que repõem órgãos deficitários são cada vez mais comuns. A ciência já garante que existem informações disponíveis para permitir que se viva até mais de 120 anos, caso se comece cedo o bastante e se adira religiosamente a um regime perpétuo de restrição dietética. Já, durante os anos 30, do Século XX, experiências científicas com ratos subnutridos permitiram que esses aumentassem sua longevidade em até 50%, apesar de que muitos cientistas e intelectuais não acolheram essas experiências e questionaram sua adequação à vida humana.

A busca de interferir na programação molecular do envelhecimento é o foco desse grupo é interferir no  “ritmo de envelhecimento”.

No Estudo que fala a reportagem eles se ativeram a questão do sangue onde a pressão arterial e contagem de células sanguíneas tem uma faixa saudável conhecida. "relógios biológicos" cada vez mais confiáveis ou estimativas de "idade biológica" refletindo a idade variações relacionadas nos marcadores sanguíneos. Fizeram muitas relações com diversos estudos existentes, mas a base empírica dos resultados envolve o estudo do sangue.

Segundo Margulis, minha grande referência na evolução, o envelhecimento e a morte originalmente surgiram em alguns de nossos ancestrais microbianos, pequenos nadadores, membros de um imenso grupo chamado de “protoctistas”. Há uns 2 bilhões de anos atrás, esses ancestrais desenvolveram o sexo por fertilização e também a morte programada.

 

Minha posição simbiogênica.

 O envelhecimento pode ser o resultado de mais de um desses processos acima. Ainda tem a questão do biomagnetismo que não é muito considerado na ciência mais ortodoxa.  É certo que o envelhecimento é resultado de uma múltiplos processos: de uma parte, o declínio das atividades vivas e orgânicas e, de outro, uma destruição programada e ativa localizada nos genes. Podemos concluir que, cada dia mais, a morte deixa de ser encarada como natural, e cirurgias que repõem órgãos deficitários são cada vez mais comuns. A ciência já garante que existem informações disponíveis para permitir que se viva bem mais do que a francesa Jeanne Calment, com seu recorde mundial de 122 anos, mas caso se comece cedo o bastante e se adira religiosamente a um regime perpétuo de restrição dietética. Já, durante os anos 30, do Século XX, experiências científicas com ratos subnutridos permitiram que esses aumentassem sua longevidade em até 50%, apesar de que muitos cientistas e intelectuais não acolheram essas experiências e questionaram sua adequação à vida humana. O que não concordo.

Ainda não conhecemos os mecanismos das fábricas de células troncos no nosso corpo. Tudo indica que existem muito mais dessas fábricas inatas. Creio que isso alterará tudo. Veja. Uma lagartixa perde um rabo inteiro e ela restitui esse órgão. Porque não podemos restituir os nossos? Porque temos por princípio que do que vem do útero não podemos reconstituir. Então. Algumas sabemos que o corpo restituí. Vem a turma do reparo e fabrica de novo, mas é muito pouco. Uma ferida. Porque não reconstruir uma medula? Por que ainda não usamos muito de nossa inteligência inata. Estamos presos numa bolha centralizada da inteligência cerebral. Isso a evolução simbiótica vai alterar junto ao DNA.

Tem a outra questão que é a minha hipótese simbiótica da cooperação. Em determinado momento deixamos de ser humanos e aumentamos imensamente a rede de cooperação na nossa rede biótica. Os pesquisadores desse estudo encontraram uma curva acentuada no envelhecimento entre 35 e 40 anos que os surpreendeu, mas não me surpreende. Existe um programa da espécie básico de duração em torno de quarenta anos. Recentemente nós rompemos essa barreira quando nos tornamos simbióticos.

Os humanos já eram. Foram uma espécie de baixa simbiogênese... tinham uma rede egocêntrica - quase toda formada por células deles mesmo... lá embaixo na dimensão microfísica nossa inteligência inata rompeu com isso... Deixamos de ser humanos - esse mamífero predador inteligente..., mas ainda nossa consciência aqui em cima é cerebral, linear e dualista. Somos ainda portadores de uma consciência de baixa simbiogênese., egocêntricos e predadores.

Agora veja. Porque acham que duramos mais que nossos antepassados recentes? Que conquistamos a morte pelo envelhecimento...isso não existia nos anos 40 do Século passado... quase ninguém chegava aos 50 anos e quando chegava era muito debilitado. Ainda nem sequer entendemos as doenças do envelhecimento... recém estamos entrando em contato com elas, nunca chegamos tão longe...

Somos agora uma rede múltipla de vida, simbiótica, muito mais ampla de cooperação num longo agora... nós somos simbióticos... os humanos tem uma baixa consciência simbiótica... São egocêntricos... não usam a inteligência inata são colonizados ainda pela domínio da inteligência cerebral centralizadora, nada fractal... São dualista cérebro (consciência) que é quase nada x inconsciente que é quase tudo... São crianças que acreditam em brinquedinhos como se fosse grandes descobertas...são  infantilizados ainda no campo da evolução simbiótica.  Ainda de consciência humana vivemos uma dualidade... temos uma rede simbiótica cada vez mais evoluída e somos colonizados por uma baixa consciência controladora, predadora...

Assim vejo a simbiogênese... é a vida... a simbiogênese é sempre relacionamento... e ampla capacidade de resiliência.  O humano moderno descobriu que a Terra se move,  gira e o homem... não!  Fica estático. É o fim da história... mesmo o pós é humano... Os seus deuses também... se focam em si mesmo.

 Os simbióticos irão bem mais longe e com muito mais qualidade porque entendem que somos conexões que se relacionam e estamos todos ligados em vibrações...  como dizem os Africanos mergulhados numa dança cósmica. 


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Agradecimento.

Agradeço a Norval Batista Cruz por ter me enviado o estudo com a provocação da pergunta.

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[1] Gilson Lima. É cientista. Aposentou-se depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade. Hoje atua na ciência como atividade voluntária. Criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi por vários anos pesquisador acadêmico e industrial coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neuroreabilitação em diferentes cidades e diferentes países principalmente, europeus.

Tem formação original humanística e foi voltando seus estudos e pesquisas desde o início dos anos 90 para a abordagem da complexidade nas metodologias informacionais, depois na nanotecnologia e nos últimos 15 anos de carreira focou na neuroaprendizagem e reabilitação envolvendo a simbiogênese e interfaces colaborativas entre cérebro, corpos e displays.

Inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos clínicos.

Escritor. Muitas de suas atividades e textos estão disponíveis no blog: http://glolima.blogspot.com

Atualmente retomou sua atividade como músico compositor, cantor que atuava na adolescência produzindo atualmente suas canções e coordenando a Banda Seu Kowalsky e os Nômades de Pedra. Suas músicas e shows vídeos podem ser acessadas no canal do youtube. https://www.youtube.com/c/seukowalskyeosnomadesdepedra

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Variante B.1.617 - Indiana

                                                                                                    Gilson Lima[1]
As boas e a má notícia da Variante B.1.617.

As boas é que como todas as variantes até aqui ela não altera a sua morfologia principal, ou seja, a proteína de ligação e as modificações capazes de fazer o vírus mais fatal em si.


No entanto, ele aperfeiçoa apenas o plano básico desse virus (SARS-CoV-2) que é a sua habilitade alta na capacidade de replicação. Então essa variante ainda adquiriu uma capacidade ainda maior de acelerar a replicação maior do que a potente  P1 até aqui dominante no país. Nada além disso.
O lado ruim é que ela aumenta ainda mais a capacidade de contágio. Com uma CARGA VIRAL BEM MAIS BAIXA, ela consegue alcançar sua capacidade de burlar o sistema imune inato... mais do que era exigido em carga viral maior das variantes anteriores.
Não ganha potência de capacidade na mortalidade em si pelo seu conteúdo morfológico.
Continuamos na situação onde cerca de 40% das pessoas em condições normais tem um sistema imune inato é evoluído  para dar conta desse patógeno.
A má noticia é que o alto poder de contágio com baixa carga viral acelera o impacto no estrangulamento do Sistema de Saúde e aumenta assim o número de óbitos até mesmo de jovens não  vacinados.
A melhor de todas as notícias é que as vacinas aprovadas até aqui dão conta da proteção em quase totalidade dos casos graves de hospitalização da doença COVID-19.

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[1] Gilson Lima. É cientista. Aposentou-se depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade. Hoje atua na ciência como atividade voluntária. Criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi por vários anos pesquisador acadêmico e industrial coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neuroreabilitação em diferentes cidades e diferentes países principalmente, europeus.

Tem formação original humanística e foi voltando seus estudos e pesquisas desde o início dos anos 90 para a abordagem da complexidade nas metodologias informacionais, depois na nanotecnologia e nos últimos 15 anos de carreira focou na neuroaprendizagem e reabilitação envolvendo a simbiogênese e interfaces colaborativas entre cérebro, corpos e displays.

Inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos clínicos.

Escritor. Muitas de suas atividades e textos estão disponíveis no blog: http://glolima.blogspot.com

Atualmente retomou sua atividade como músico compositor, cantor que atuava na adolescência produzindo atualmente suas canções e coordenando a Banda Seu Kowalsky e os Nômades de Pedra. Suas músicas e shows vídeos podem ser acessadas no canal do youtube. https://www.youtube.com/c/seukowalskyeosnomadesdepedra