quarta-feira, 29 de junho de 2011

Educação Inclusiva no Rio Grande do Sul

O secretário de Educação do Rio Grande do Sul Clovis Azevedo conhece projeto de tecnologia assistida para classe especial
http://www.educacao.rs.gov.br/pse/html/noticias_det.jsp?PAG=1&ID=6763


Gilson Lima – Sociólogo da Ciência. Pesquisador CNPQ. Sócio proprietário da NITAS: Inovação e tecnologia. 
Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA).
E-mail: gilima@gmail.com.


O secretário de Estado da Educação, Prof. Dr. Jose Clovis de Azevedo, esteve na manhã da sexta-feira dia 17/06/2011, na Escola Estadual Cônego Paulo de Nadal para conhecer o projeto “Simbiogênese aplicada a reabilitação sócio-educacional", desenvolvido pelos pesquisadores Dr. Gilson Lima (foto acima) e o neurocientista Fleming Pedroso (abaixo).,  
Foto abaixo: Fleming Pedroso

O trabalho que iniciou há um ano tem como centro de estudo: corpo, mente, máquina e aprendizagem. A experiência desenvolvida com uma aluna da classe especial de deficientes múltiplos da escola consiste em integrar os processos pedagógicos de aprendizagem interagindo com softwares específicos adaptados as necessidades de cada um. No caso da aluna Fernanda a sua interatividade com a máquina ocorre através de movimentos físicos com a cabeça e com o piscar dos olhos, já que suas lesões motoras são graves, além de não ter habilidade da fala.

Segundo o pesquisador para a “redescoberta da mente na educação” precisa considerar as singularidades dos casos para ampliar a discussão dos processos de aprendizagem. A intenção é fazer um projeto piloto com toda a turma, de seis alunos, para que posteriormente o sistema possa ser ampliado em outras escolas.

Após a demonstração do projeto o secretário solicitou para o pesquisador Lima que apresente ao setor de Educação Inclusiva da Secretaria as demandas necessárias para a implantação do projeto piloto. “A escola tem um histórico excelente nesta área e vamos analisar as possibilidades para a ampliação deste trabalho”, disse Azevedo. Além disso, parabenizou o trabalho das professoras, Maria Ângela Braga e Fernanda Santos, da sala de recursos, pelo trabalho desenvolvido com as crianças e reconheceu que a escola é referência na Educação Inclusiva.

terça-feira, 14 de junho de 2011

BLOG de GILSON LIMA - Visualizações de página por país 2011 - até maio

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

MATRIX 1 (1999): análises e reflexões


 O texto a seguir sobre o Filme MATRIX 1 é uma transcrição de uma palestra-análise realizada no evento Filocine-IPA em Porto Alegre por Gilson Lima.

Gilson Lima. Sociólogo da Ciência. Pesquisador CNPQ. Sócio proprietário da NITAS: tecnologia e inovação. Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA).

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Matrix, no dicionário quer dizer:

O útero. O que dá forma, origem ou fundamento de algo que envolve ou contém. Substância intercelular de um tecido. Substância terrosa ou rochosa em que se encontra um minério ou mineral. Molde para fundição de peça de bronze e em matemática quer dizer: arranjo de símbolos num quadro retangular que, desenvolvidos, resultam num determinante.

PRELIMINARES!

Da cabeça dos irmãos Wachowski Andy e Larry Wachowski (escritores e desenhistas) saiu MATRIX.
Eles produziam desenhos em quadrinhos e tudo começou com uma encomenda para uma história em quadrinhos. Eles foram se concentrando na ideia de Matrix e segundo Larry “todas as ideias que os dois tiveram na vida estão no filme desde quadrinhos, kung-fu e livros de ciência e ficção científica.
É perceptível além da dinâmica dos quadrinhos a simbiose entre oriente mais japonês com o ocidente. Eles sempre tiveram uma curiosidade maior: as lições da ficção científica sobre o que eles chamaram do problema da natureza da realidade.
Os dois enviaram o roteiro para Hollywood e que mandaram chamá-los e eles disseram. Tudo bem gostaram, mas somos nós que vamos dirigir escolher os autores e executar tudo.
Claro que tiveram que fazer quase tudo sozinhos e criaram também uma revolução no modo de produzir cinema de ficção na indústria cinematográfica. Como a de realizar cenas de 10 a 15 segundos com 12 pessoas simultâneas, lutas e perseguição de carros e animá-las com programas de imagens de movimento.
Os atores utilizavam uma roupa específica com sensores espalhados pelo corpo. A câmera capturava o movimento das pessoas com base nesses sensores. É uma roupa colada ao corpo (similar a de mergulho), com velcro para os sensores, colocados nas articulações (foram usados cerca de 50 sensores por ator). Cada sensor era como se fosse uma bolinha. Quando se abria a imagem no computador, só se via aqueles pontinhos. Tínhamos o trabalho de identificá-los e ligá-los, formando um esqueleto. Depois, era só adaptar a roupa e o rosto do ator a este esqueleto.
As marcas dos sensores eram capturadas por câmeras de motion capture[1] (em Matrix, foram utilizadas 32 delas). O Matrix não foi o primeiro filme a usar motion capture e, atualmente, todos os videogames de esporte são feitos com esse sistema. Pode-se modelar um brócolis, e ele vai se portar da forma desejada. Para os movimentos faciais do King Kong quando ele fala, por exemplo, foram postos sensores na boca de uma pessoa para capturar a sua expressão labial
A técnica de motion capture também foi utilizada nas cenas em que câmera e ator estavam muito próximos a carros - durante perseguição na auto-estrada principalmente em Matrix Reloaded. Nessa série de Matrix, as partes da sequência de Morpheus (personagem de Laurence Fishburne) em cima de um caminhão, por exemplo, foram construídas em 3D
No computador, esses pontos eram lincados, formando um "homem de palitinhos". Como se fosse um molde. Depois, esse esqueleto é texturizado em um software 3D (em Matrix, foi utilizado o Filme Box, da Kayadara). Chama-se de texturização da cena quando se aplica a imagem do ator esse tipo de molde (por exemplo, o rosto do agente Smith em vários personagens). Ou seja, o software dá vida aos esqueletos em movimento. Para isso, foi feito um escaneamento da superfície facial - desde tamanho do nariz a poros e pelos - e do corpo do ator. E os agentes Smith ainda foram duplicados depois, para se chegar à centena deles presente em algumas sequências.
Nesse programa, modela-se no esqueleto corpo e rosto desejados (é feito um escaneamento da superfície facial e corpo desses personagens que serão modelados). No ambiente 3D, tudo pode ser animável, inclusive a câmera. A técnica permite que o ator faça uma cena inviável com película. É possível, então, fazer com que objetos fiquem estáticos e a câmera continue em movimento. Isso pode ser visto nas cenas de briga com coisas paradas no ar e as câmeras passando.
A técnica expressa bem um mundo atual onde, em nosso mundo, todos os habitantes são cada vez mais nômades, conectados a uma realidade abstrata expandida, onde, depois de cada curva surgem novas curvas, depois de cada parada ou nódulo, surgem novos fluxos, novas e múltiplas bifurcações.
Somos nômades simbólicos. Vivemos ema a situação de estarmos ou não, com os nossos corpos inertes e fixos, não nos impede de experimentar a sensação de que sempre somos alguém no lugar, mas não inteiramente do lugar.
Encontramos no filme Matrix essa ideia, no qual corpos inertes de humanos, deitados sobre uma cadeira reclinável, navegam numa intensa simbiose por lugares, conexões e simulacros tão abstratamente autônomos da matéria corpórea como efetivamente reais.


EM BUSCA DE REFERÊNCIAS => Sobre Matrix na ficção científica: Realidade é um sonho!


É claro que a primeira fonte explícita influenciadora dos escritores e roteiristas de Matrix é Neuromancer.
Em 1984, o escritor norte-americano Wiliam Gibson lançou uma obra de ficção para adolescentes, chamada Neuromancer.[2] Poucos anos mais tarde, o autor transformou-se numa celebridade, por ter sido o primeiro a perceber o surgimento de uma realidade imaginária compartilhada nas redes dos computadores e que ele denominou cyberspace. Para Gibson, o cyberspace (ou ciberespaço, como o termo é conhecido na versão brasileira da obra) não é um espaço físico ou territorial, ele compõe-se de um conjunto de redes de computadores através das quais todas as informações (sob as suas mais diversas formas) circulam. O ciberespaço gibsoniano é uma “alucinação consensual” em que podemos nos conectar através de “chips” implantados no cérebro. A Matrix, como chama Gibson, é a mãe, é o útero da civilização pós-industrial onde os “cibernautas” vão penetrar. Ela será povoada pelas mais diversas tribos nômades que circulam em busca de informações vitais para as suas empresas ou para as suas vidas. A Matrix de Gibson, como toda a sua obra, constitui-se numa caricatura do real, do cotidiano pós-industrial. [3]
Na busca de suas referências teóricas de Matrix os irmãos Wachowski Andy e Larry Wachowski declararam explicitamente algumas. Eles exigiram da indústria hollywoodiana, eles mesmos roteirizar e escolherem os atores. Quando Keanu Reeves foi chamado para fazer o papel de Thomas Anderson de dia e de “Neo”, que de noite era hacker.
A primeira tarefa que os irmãos Wachowski Andy e Larry Wachowski deram ao ator Keanu Reeves foi a de ler antes do roteiro três livros:

1. O livro de Jean Baudrillard: Simulacro e Simulação[4]. As idéias de Baudrillard nesse livro são um realmente um argumento importante para esse filme. Os ícones religiosos passam a representar Deus (simular) estabelecer a simulação da ligação com ele possível com o próprio ícone. É simulação do ícone. Ele vira a medalhinha do painel do carro. Degrada o significado e acaba se tornando o próprio simulacro uma nova realidade em si mesma.
Numa cena inicial do filme com o hacker Neo os irmãos Wachowski querem explicitamente demonstrar suas influências teórica. 

A imagem acima é uma "foto" tirada de uma cena inícial do filme Matrix I. Nessa cena um grupo de pessoas bate na porte de "Neo". O hacker "Neo"atende a porta e vai buscar uma encomenda que está dentro de um livro. Ele vai na prateleira pega o livro e algo dentro dele, trata-se de um programa pirata (um disco) ali guardado. A surpresa é que nessa "foto" torada do filme podemos identificá-lo. Trata-se de Simulacro e Simulação de Jean Baudrillhard.


 Vamos ver o que disse o próprio Baudrillard antes de morrer sobre essa questão e homenagem:
Perguntado se ele gostou de Matrix sabendo que os autores atribuem uma grande influência dele sobre os personagens da trilogia Matrix ele respondeu que:

Baudrillard – “É uma produção divertida, repleta de efeitos especiais, só que muito metafórica. Os irmãos Wachowski são bons no que fazem. Keanu Reeves também tem me citado em muitas ocasiões, só que eu não tenho certeza de que ele captou meu pensamento. O fato, porém, é que Matrix faz uma leitura ingênua da relação entre ilusão e realidade. Os diretores se basearam em meu livro Simulacros e Simulação, mas não o entenderam. Prefiro filmes como Truman Show e Cidade dos Sonhos, cujos realizadores perceberam que a diferença entre uma coisa e outra é menos evidente. Nos dois filmes, minhas idéias estão mais bem aplicadas. Os Wachowskis me chamaram para prestar uma assessoria filosófica para Matrix Reloaded e Matrix Revolutions, mas não aceitei o convite. Como poderia? Não tenho nada a ver com kung fu. Meu trabalho é discutir idéias em ambientes apropriados para essa atividade”.

2. Out of Control. (Fora do controle – descontrolado. Livro de ficção científica de Kevin Kelly que fala dos sistemas de evolução de robôs.

3. Introducing Psycology. (introdução à evolução da psicologia onde na capa do livro vemos um primata com um cérebro humano moderno exposto em destaque). Autores Dylon France e Oscar Zarate.

Uma cena significativa entre o andróide e o Matrix. O agente Smith é produto da Matrix que aprendeu a dominar com sucesso as tecnologias da Inteligência artificial. O ódio de Smith pela humanidade foi programado pela IA. O discurso do agente com Neo apresenta claramente sua programação:

... os humanos são mamíferos obviamente (... um mamífero, que diga de passagem continua a mamar leite depois de ser desmamado pela sua mãe a custa de outros mamíferos). Todo animal procura instintivamente o equilíbrio com seu meio. Todo animal se vê a competir com outras formas animais. Os humanos são os únicos, dentre todas as espécies, capazes de sobrepujar os competidores”.
Smith chama os humanos de um câncer.

As células cancerígenas nos humanos são humanas assim como os seres humanos são mamíferos. Matrix tinha sido infectada pelo vírus da humanidade e o filme deixa claro que o agente Smith quer se libertar também de Matrix e que quer ter acesso aos códigos de Sião, não para aniquilar os revolucionários para se libertar.
Assim de modo quase bíblico o filme deixa demonstrar que a nossa escravidão tecnológica é uma servidão criada pela própria humanidade, produto do livre arbítrio precisamos de um novo renascimento para por fim a escravidão. No universo judaico cristão escravidão é pecado. No Éden, nosso primeiro útero era perfeito, mas os humanos se definiram pelo pecado. A primeira versão tecnológica do pecado é a roupa uma das nossas primeiras utilidades da tecnologia, por isso o renascimento de Neo se faz nu. Para libertar-se da escravidão da matrix.
Porém no filme a Salvação humana não está na humanidade e nem no andróide da Matrix e sim na simbiose.

Matrix I pode gerar um oceano de DEBATES e reflexões POSSÍVEIS. De possibilidades de Matrix fazer sentido filosófico, científico, acadêmico: ficção científica e realidade. Vamos publicar mais adiante em nosso Blog 3 novas postagens sobre um conjunto de laços que a rede reflexiva de Matrix 1 pode nos levar. Vejamos:


NÓ (1).  MATRIX: Da abordagem computacional da mente.

Da abordagem computacional da mente: computadores, cavernas e oráculos! Inteligência e inteligência artificial.
Memória, Cognição e cognitivismo: ABORGAGEM COMPUTACIONAL DO CÉREBRO E DA INTELIGÊNCIA DE MATRIX ESTÁ MUITO EQUIVOCADA.


NÓ (2)MATRIX: Da Realidade


O paradoxo da Realidade. Boudrilhard + desrealização vital. Da “natureza” da realidade. Simulacro e simulação (pós-modernidade).O dualismo das cenas do verde (Matrix) e do azul (fora da Matrix).
Baudrillard – “A noção de pós-modernidade não passa de uma forma irresponsável de abordagem pseudocientífica dos fenômenos. Trata-se de um sistema de interpretações a partir de uma palavra com crédito ilimitado, que pode ser aplicada a qualquer coisa. Seria piada chamá-la de conceito teórico”.
Vivemos na Matrix”O argumento da simulação e do simulacro. Ela existe? Gênero Real e Filosofia Virtual.  (pós-modernidade – de novo).
Baudrillard – “Os signos evoluíram, tomaram conta do mundo e hoje o dominam. Os sistemas de signos operam no lugar dos objetos e progridem exponencialmente em representações cada vez mais complexas. O objeto é o discurso, que promove intercâmbios virtuais incontroláveis, para além do objeto”.


NÓ (3).  MATRIX: Da simbiogênese:


Fusão corpo e máquina = estamos no rumo de Matrix? Corpo e Máquina (neomaterialismo – morte do corpo – morte do sujeito – o pós-humano). Ou por que o futuro não precisa de nós (humanos). Marx, materialismo e a infra-estrutura virou energia sedentárias ou nômades em movimentos e baterias localizadas. Nilismo e Matrix. Destino s Liberdade. Religião: Somos nós os escolhidos? Aprender a manipular a Matrix para ilusões próprias? Matrix. Budismo, mitologia e Matrix. Estamos na Matrix. Sabemos alguma coisa? Imortalidade e reencarnação. Felicidade Os postulados de Deus.


 O homem, a cultura, a técnica e a tecnologia. Homem nú (apenas a linguagem). Cultura x tecnologia. (dualismo) Quanto mais conhecemos o homem como um animal nu, desprovido de qualquer prótese instrumental mais sabemos de sua extinção. Existe razão nas máquinas? Sentimento e máquinas. Prótese simula o humano ou o humano é simulado pela prótese? No tempo em que as máquinas usurpam as atividades criadoras a pouco a fazer além de filosofar sobre a nossa própria impotência. Diagnósticos, preconceitos e auto defesa.  Catastrofismo e opositores do futuro sem nós.
Um dos problemas mais significativos da simbiogênese envolta na era da explosão criativa possibilitada cada vez mais pelos avanços da moderníssima indústria eletrônica e de outro o repasse da criação, do verdadeiro movimento criador para sistemas e programações pré-configuradas e o homem tornando-se funcionário da máquina. A prótase da máquina no homem transmuta o homem numa verdadeira prótese da máquina (não é a máquina que se torna extensão do homem (McLuhan, mas o homem, ao contrário que torna a extensão das potencialidades da máquina – um funcionário da máquina).


Aguardem as três novas publicações (sempre identificadas com o nome Matrix no título) elas darão continuidade a nossa rede de nós reflexivos de Matrix 1.


NOTAS:


[1] Motion capture (movimento de captura) é uma técnica em que os movimentos das pessoas são capturados a partir de sensores fixados em seus corpos. No esqueleto formado a partir desses sensores é feita a modelagem e texturização do corpo desejado. Origens: A técnica foi adaptada da medicina, onde era utilizada nos anos 70 para reconstruir as articulações de pacientes mutilados ou deficientes físicos. Em meados da década de 80, um amigo do médico italiano que desenvolveu a técnica a apresentou em uma feira de animação gráfica em Las Vegas.
[2] GIBSON, Willian. Neuromancer. São Paulo: Aleph, 2003.
Vejam minha resenha do livro in: http://www6.ufrgs.br/cedcis/arquivos_ladcis/informatica-sociedade/livros_e_referencias/neuromancer_-_william_gibson.htm
[3] A criação da idéia de sociedade pós-industrial foi ampla e originalmente difundida em BELL, Daniel. O avento da sociedade pós-industrial: uma tentativa de previsão social. São Paulo: Cultrix, 1977.
[4] JEAN BAUDRILLARD. Nascimento Reims, na França, em 1929. Sociólogo, filósofo e fotógrafo. Em 1966 começou a lecionar na Universidade de Paris X-Nanterre. Baudrillard refutou o pensamento científico tradicional, e baseou sua filosofia no conceito de virtualidade do mundo aparente. Além de criticar a sociedade de consumo e considerar as massas como cúmplices dessa situação, o francês desenvolveu nas últimas décadas uma crítica radical aos meios de comunicação. Faleceu em março de 2007 com 77 anos. Baudrillard, foi um dos fundadores da revista "Utopie", publicou além de Simulacro e Simulação (ainda não traduzido pelo português falado no Brasil) mais de 50 livros ao longo de sua carreira, dentre os quais: O Sistema dos Objetos (1968), A Sociedade de Consumo" (1970), À Sombra das Maiorias Silenciosas (1978), Simulacros e Simulação (1981), América (1988), Cool Memories I (1990), A Troca Impossível (1999), O Lúdico e o Policial (2000).


Gilson Lima - Doutor em Sociologia das Ciências. Professor CNPQ (aposentado). Pesquisador Industrial. Pesquisador do CEDCIS – Centro de Estudos e Difusão de Conhecimento, inovação e sustentabilidade e pesquisador do LaDCIS - Laboratório de Difusão de Ciência, Tecnologia e Inovação Social. Colaborador do Núcleo de Violência e Cidadania do Programa de Pós-Graduação em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Dr. em Sociologia das ciências. Pesquisador da Rede Nanosoma – nanociência, nanotecnologia e sociedade.  Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA). Pesquisador Colaborador do Núcleo de Robótica Social in http://robotica.udl.cat/ r
Escuela Politécnica Superior
Universitat de Lleida - UdL (España / Spain) 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

CIÊNCIA DAS REDES

TESTANDO UMA NOVA ABORDAGEM:
As redes têm centros: são centros simbióticos de atividades informacionais

A imobilidade me faz pensar em grandes espaços onde acontecem movimentos que não tem fim. (Joan Miró)


RESUMO

A teoria e epistemologia das redes integra a metodologia de um campo de pesquisa denominado mineração de dados (Data Mining) que envolve diferentes métodos computacionais que possibilita a descoberta de conhecimentos através de procedimentos recursivos e relacionais envolvendo grandes volumes de dados numéricos, caracteres ou imagens.
Para tanto é necessário mais do que recursos tecnológicos. Necessitamos uma mudança no paradigma das gestões modernas embasadas no fortalecimento apenas do controle e do tráfego racional das rotinas. A mudança de paradigma organizacional é de vital importância para uma aproximação com o potencial da concepção de que eventos se encadeiam em redes de informações.
Defendemos a exploração de uma metodologia de mineração de dados específica para as redes e ao mesmo tempo estamos propondo experimentar uma nova abordagem complementar de redes com as diferentes técnicas de mineração de dados. Trata de defender a noção contrária a abordagem comum de que as redes não têm centros e que, ao contrário, elas têm e  esses são Centros de Atividades não apenas informacionais, mas também de atividades sociológicas, ou seja, elas possuem centros de representações simbólicas e que ajudam a entender os centros atividades de eventos sociais.
A tese aqui lembra muito do que defendeu o lógico Charles Pierce. Para esse autor houve um tempo em que um simples teorema poderia constituir numa contribuição considerável para a ciência. Atualmente, todavia, teoremas são produzidos por varejo. Um simples tratado sobre algo bem simples contém centenas deles. Hoje, os métodos podem chamar a atenção, mais que os teoremas e estes estão surgindo em tamanha quantidade que o próximo passo seguramente será descobrirmos um método para descobrir métodos (PIERCE, 1990.p.36). Foi o que Pierce se propôs a realizar, desde muito jovem ele se dedicou a um estudo profundo sobre significativos pensadores que lidam com seus problemas, em todos os detalhes, perseguiu métodos utilizados e criados por homens de ciência, matemáticos, filósofos, lógicos e pensadores diversos procurando entender e generalizar as suas concepções de métodos, tanto quanto poderia ser feito, sem destruir a eficácia desses métodos.

O PROBLEMA

No final da década de 1970, a análise de redes sociais tornou-se universalmente reconhecida entre os cientistas sociais e as contribuições da informática se apresentaram, desde então, de forma indispensável ao desenvolvimento desse campo de conhecimento, posto que a construção de softwares capazes de organizar e computar dados relacionais em grande escala foi o que tornou possível realizar trabalhos tão abrangentes quanto a literatura atual é capaz de nos proporcionar. (Molina, 2004).
No entanto, a possibilidade de formalização matemática do fenômeno das redes sociais deu-se através do conceito de grafos introduzido pelo matemático Leonhard Euler no século XVII (Barabási, 2002; Newman, 2001; 2003; Freeman, 1979).
Os conceitos básicos da análise de redes são: o de dado-ator, laço relacional, relação e estruturação. São conceitos numa rica abordagem teórico-metodológica além dos importantes conceitos da teoria dos grafos.
Um grafo é um conjunto de pontos, chamados vértices (ou nodos), conectados por linhas, chamadas de arestas (ou arcos). Um grafo é a representação de uma rede através de pontos e linhas.
Uma discussão adequadamente aprofundada em várias facetas dessa abordagem, voltada para uma análise de cunho estrutural (que deve ser diferenciada do “estruturalismo” convencional) nos é oferecida por Wasserman e Faust (1999).
Vários autores (Freeman, 2004; Molina, 2004, Newman, 2001, 2003) apontam como marco inicial dos estudos sobre a análise de redes na sociologia, por exemplo o trabalho de Jacob Levy Moreno (1934) que introduziu os sociogramas para representar redes de relações interpessoais na Hudson School for Girls.
Nas décadas de 1940 e 1950, os estudos sobre redes sociais passaram pelo que Freeman (2004) chama de “Idade das Trevas” (Dark Ages), onde poucos estudos foram desenvolvidos dentro da temática e nenhum deles sucedeu em gerar um paradigma geral para a análise de redes sociais. Os esforços de psicólogos sociais tiveram um impacto maior nesse sentido, no entanto eles aparentemente se restringiram à área de Psicologia Social.
Molina (2004),  reconheceu o ineditismo e a importância da chamada “Escola de Manchester” com sua rica tradição de estudos sociais que deu ênfase às estruturas das relações humanas combinando técnicas formais de análise de redes com conceitos substantivos da sociologia.
O “Renascimento” dos estudos sobre redes sociais na década de 1960 é marcado pelo retorno à Harvard de Harrison Coyler White que realizou estudos consistentes conseguindo finalmente construir uma base para a investigação das redes sociais por meio de estudos sobre estruturas sociais complexas.
Azarian (2000) credita esse sucesso de White à sua formação em Física, que teria proporcionado modelos e ferramentas adequadas ao estudo quantitativo de estruturas e processos que envolvem as redes sociais.
Na literatura vamos encontrar como uma das primeiras possibilidades de formalização matemática do fenômeno da teoria das redes o conceito de grafos introduzido pelo matemático Leonhard Euler já no século XVII (HARARY, 1972).
No Brasil o número de estudos que utilizam a ARS está crescendo nos últimos anos – entre eles podemos citar o trabalho de Marteleto (2001); Marteleto e Silva (2004); o estudo de que enfatiza a importância da análise de redes sociais para o desenvolvimento econômico e de comunidades e grupos sociais; o estudo de Di Chiara et al. (2006), os trabalhos de Matheus (2006) e em parceria com Vanz e Moura (2007) onde realizam a análise de redes visando comparar as produções científicas e, por fim, Eduardo Marques um dos autores que mais têm pesquisado as redes sociais na área de política pública (2000, 2003, 2006)
As teorias sociais de redes e dados relacionais é uma área ainda em consolidação (apesar de não ser nova), na qual ainda se dá mais importância às informações sobre o processo e as relações do que sobre as categorias e os atributos estabelecidos.

ALGUMAS PALAVRAS SOBRE REDES


Na verdade existe uma 'babilônia conceitual’ que pode ser encontrada quando garimpamos e pesquisamos tentando encontrar uma definição de rede e suas aplicações na literatura ora as redes constituem uma mera metáfora, ora um método, ora uma ferramenta analítica ou ora uma própria teoria (Börzel, 1997). O uso do conceito de rede varia consideravelmente entre e dentro das disciplinas diferentes. Todos eles compartilham uma compreensão comum, uma definição de denominador comum mínima ou mais baixa de uma rede como um jogo de relações relativamente estáveis que são de natureza não hierárquica e interdependente.
Para Castells uma rede pode ser definida como um conjunto de nós interconectados (Castells, 1999). Tais nós podem ser pessoas, grupos ou outras unidades e as interconexões são relações, conjuntos de laços que respeitam um mesmo critério de relacionamento, dado um conjunto de nós. Também Costa define rede como uma estrutura não-linear, descentralizada, flexível, dinâmica, sem limites definidos e auto-organizável, estabelece-se por relações horizontais de cooperação. Costa et alii (2003, p. 73) atestam que a rede "é uma forma de organização caracterizada fundamentalmente pela sua horizontalidade, isto é, pelo modo de inter-relacionar os elementos sem hierarquia". Perguntaremos mais adiante: será mesmo?
Há muitos anos, e mais intensamente nos últimos cinqüenta anos, matemáticos estão discutindo se as redes se formam por agregações aleatórias ou se elas se constituem totalmente ao acaso. Na Matemática, por exemplo, os estudiosos que privilegiaram o acaso na estruturação das redes aleatórias criaram belíssimas fórmulas, pois seus interesses estavam mais voltados à expressão da beleza da Matemática do que à obtenção de uma compreensão profunda das estruturações das redes.
Alguns estudiosos, também no mesmo caminho desses matemáticos, encantados com as agregações aleatórias das redes, estudaram e buscaram suas expressões e manifestações em fenômenos sociais e na natureza. É o que nos aponta Steven Johnson em Emergência: a dinâmica de rede em formigas, cérebros, cidades e softwares (JOHNSON, 2003).
Johnson segue toda a trajetória do seu livro encantado com a complexidade do modo aleatório da estruturação emergente das redes complexas, que reafirmam a tese da organização emergente, segundo a qual a beleza da auto-organização é produto de uma complexidade tipo botton-up, ou seja, agentes individuais que residem em uma escala baixa começam a produzir comportamentos que irão residir em uma escala acima deles: seja formigas que criam colônias, seja cidadãos que criam comunidades e cidades, seja softwares que criam recursos de apoio cognitivo aos seus usuários.


Pensamos diferente: as redes têm centro, um centro de atividades informacionais e sociológicas, e queremos demonstrar aqui o
potencial do conceito de Centros de Atividades, também conhecidos como conectores, a partir de uma abordagem de redes que pode ser a menor diferença que faz a diferença.





Dito de outro modo, o centro de atividade é tão vital para a rede de eventos que mexer nele, extrair dele qualquer intervenção implica em alterar profundamente ou até mesmo desconstruir totalmente toda a rede de eventos constituída. Mexer em outros pontos e conectores não centrais da rede apenas afeta dinâmicas parciais da rede.
Em um estudo de relacionamentos em redes Barabãsi demonstrou que as redes têm-se constituído em um fenômeno que se dá como se o mundo fosse pequeno. Segundo cálculos de Albert-Lászlo Barabãsi, uma página da Web está a somente 19 cliques de qualquer outra, ainda que uma esteja sediada no Japão e a outra em Honduras. A explicação para o fenômeno é simples. Preferimos conectar-nos a quem já é conectado. Páginas da Web com muitos links têm uma chance maior de receberem ainda mais links, pois já são conhecidas. (BARABÃSI, 2002b: 36).
Assim, se realizarmos uma simulação em um computador sobre os links da Web, veremos que alguns poucos sites (como Amazon, Yahoo e eBay) funcionam como centros de atividade. Encontraremos milhares de outras páginas da Internet apontando (com apontadores) para eles e milhares de pessoas tentando acessar esses sites ao mesmo tempo (LIMA, 2005: 252).
De um modo sintético podemos resumir que estamos opondo à idéia de emergência simples, que tem uma característica espontânea e aleatória, uma abordagem (centro de atividade) que tenta descobrir na estruturação relacional de uma rede de eventos os padrões chaves que compõem o núcleo central da cadeia de relações entre dados e eventos de uma rede. Esses padrões são constituídos pelos próprios encadeamentos de relacionamentos nas redes.
A noção de que as redes têm centro envolve a abordagem que estamos chamando de Centro de Atividade. Isso tem implicações analíticas profuindas. Nós buscaremos encontrar no contexto da produção da rede social de dados um conjunto de atratores (ou nódulos de atração forte) muito atuantes (expresso por índices de presença). É importante estarmos atentos ainda para o fato de que um índice de ausência pode indicar também informação estruturante para um sistema (um atrator ao avesso ou o que Prigogine denominou de dissipação na estrutura) e a ausência e presença de atratores fracos e fortes são vitais nessa abordagem para constituir uma efetiva análise do fluxo estruturante da produção do evento social em questão (Lima, 2005a).
Assim essa abordagem não hierárquica, descentrada, rizomática da rede não é por nós compartilhada de modo generalizado. É importante também saber que o conceito de redes foi há muito criticado intensivamente na literatura para citar alguns mais conhecidos estudos-autores Rhodes 1986b; Atkinson e Coleman 1992; Pântano e Rhodes 1992; Schumann 1993; Smith 1993; Dowding 1994; Moinhos e Saward 1994; Bressers e O'Toole 1994; Kassim 1994; Thatcher 1995; Rhodes, Bache e George 1996. Não poderemos aqui tratar e nem sequer endereçar todos as críticas.
Barabãsi resume essa questão em uma grande lição: se até o século XX vivemos uma era de descobertas, relacionadas à forma como entendemos e usamos as propriedades individuais de objetos tão diferentes como moléculas, aviões e sites, o século XXI está revelando que será o que permitirá estudarmos e descobrirmos como as propriedades individuais de todos esses objetos e fenômenos se relacionam (BARABÃSI, 2002a).
Enfim, pensamos, então, que as redes têm centros, que são centros significativos de atividades informacionais. Encontrá-los pode ser a importante e significativa diferença que faz toda a diferença. Certa vez, o filósofo Gregory Bateson afirmou que informação não é dado, definindo informação como a menor “diferença que faz a diferença” (HILLIS, 2000, p. 12). Perguntaríamos, então, onde residiria a diferença que faz a diferença por exemplo para a prevenção social da violência?
Para nós, aqui apenas vamos indicar apenas duas coisas. A idéia da dobra e de dualidade entre evento e representação simbólica dos registros e a noção de que as redes têm centro.
Sobre a dobra é importante então que ao invés de pensarmos que os objetos de uma rede estão se movendo através do espaço com identidade permanente, como no ponto de vista mecanicista, entendemos que tudo está basicamente se desdobrando. O que importa aqui é chamar a atenção para a convergência de informações matemáticas, onde a dobra nos remete ao dobro, à bifurcação e também a um processo exponencial e dissipativo. A ideia de desdobramento tem sua aparição na matemática de Leibniz, através dos conceitos de cálculo diferencial e de mônada.
Geralmente a expressão rede é aqui tratada, não como uma rede social convencional, mas como uma rede de dados ou de eventos, ou seja, um tipo específico de rede em que os nós ou atratores não são de pessoas ou grupos, mas de uma população de dados em rede. Nesse caso, os nós interconetados (os nódulos) possuem e expressam um desdobramento (dobra): a dualidade estrutural (Giddens, 1978, 1989, 1999). Giddens chama esse processo de dupla hermenêutica.
Como qualquer estrutura, as redes de registros de dados costumam ser duradouras. Isso porque, embora elas se transformem continuamente com a construção ou o rompimento de vínculos, a parcela em transformação tende a ser relativamente pequena comparada ao conjunto dos vínculos. Redes de dados e instituições formam um contexto estrutural dinâmico no qual políticas têm que operar de um modo flexível.
























Gráfico extraído de pesquisa sobre prevenção de homicídios coordenada por Gilson Lima.
Quanto mais detalhado e próximos for a integração entre a ocorrência do evento e sua representação estruturada desse evento em um sistema de registro maior será o potencial de constituição de uma centro de atividade informacionais e sociológicos. Além disso, estudos recentes sugerem a existência de elementos associados ao comportamento matemático das redes (Watts, 1999).

Na perspectiva da dupla hermenêutica Giddens defende que a reflexividade na modernidade informacional ocorre por intermédio e existência de uma “hermenêutica dupla”, em que o primeiro meio de interpretação é o agente social e o segundo meio de interpretação é o sistema especialista. Neste último é possível identificar padrões que, em uma dada ordem, produzem e se reproduzem em âmbito simbólico, econômico, político e de legitimação (Giddens, 1978).
Não há nada, no entanto, que assegure que esses padrões serão reproduzidos da mesma maneira, pois é sempre pela posição no fluxo que podemos identificar os padrões, a sistemidade, a mobilidade dos atores nas várias situações interativas. A(s) posição(ões) é que permite(m) a construção da identidade pessoal e grupal de uma população de eventos ou dados. Essas posições e os fluxos das posições podem ser mais ou menos afetadas por tempos de normalidade interativas e por tempos de crise pessoais, institucionais e sistêmicas (Giddens, 1999).
Quanto maior for a tentativa de aproximação da relação estrutural entre o evento social e registros dos eventos informacionais maior será a capacidade de utilizar recursos mais adequados de análise sociais de redes de dados.

VER FILME:


REFERÊNCIAS:

BARABÃSI, Albert-László. Linked: the new science of networks. New York: Plume Books, 2002a.
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Gilson Lima – Sociólogo da Ciência. Cientista em rabilitação. Pesquisador CNPQ. Pesquisador industrial junto a Ortobras (fábrica de acessibilidade). Pesquisador do Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA).E-mail: gilima@gmail.com Blog: http://glolima.blogspot.com/