Dr. Gilson Lima
Projeto Simbiogênese aplicada em processo de reabilitação.
Coordenadores:
Dr. Gilson Lima & Dr. Fleming Pedroso.
Dr. Gilson Lima |
Contatos:
E-mail: gilima@gmail.com
Sociologia e informática: http://www6.ufrgs.br/cedcis/arquivos_ladcis/informatica-sociedade/.index.htm
Complexidade: http://complexidade.ning.com/profile/GilsonLima
Tweets: http://twitter.com/#!/glolima
Curriculum Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4797676U0
Segue abaixo uma apresentação descritiva (detalhada) do Projeto de Simbiogênese aplicada em reabilitação do Núcleo Interdisciplinar de Tecnologia Assistiva e Simbiogênese do Centro Universitário Metodista IPA coordenado pelo Dr. Gilson Lima. Esse núcleo integra o Programa de Pós Graduação – Mestrado Profissional – do IPA em Porto Alegre/RS.
O projeto em questão prevê alternativa de comunicação e da imposição da necessidade de aprendizagem de Libras para fala e alfabetização de crianças em idade escolar com lesão celebral e que não possuem a plenitude dos atos de fala (verbalização).
A solução alternativa da simbiogênse informacional - (IPAVOX).
Este projeto experimental integra também o esforço de sistematização da Teoria Biossocial da Simbiogênese realizada pelo sociólogo Gilson Lima. A teoria da simbiogênese serve então de base e fundamentação teórica desse projeto. Pensamos que essa abordagem dota de maior complexidade os processos reabilitadores, envolvendo interface orgânica e inorgânica tratadas de modo dual como suportes de tecnologia assistiva.
O corpo em simbiogênese com as máquinas e suas interfaces musculares e cognitivas precisa ser redirecionado e situado numa simbiozona que envolve os limites genéticos da sua realidade orgânica, molhada e genética informacional, com a realidade seca, sílica, metálica, chumbada, do mundo inorgânico dos utensílios, artefatos e das máquinas que inter-co-agem em simbiose com a vida ( LIMA, Gilson. Nômades de Pedra: Teoria da Sociedade Simbiogênica contada em prosas. Porto Alegre: Escritos, 2005, p. 161).
Pretendemos difundir e sistematizar durante todo o projeto uma nova abordagem científica inovadora da convergência pela SIMBIOGÊNESE APLICADA À REABILITAÇÃO, que integra tecnologia assistiva com o movimento científico da convergência da performance do humano e com a epistemologia da complexidade.
Na nossa abordagem priorizamos basicamente três grandes famílias de interfaces e relações simbióticas entre a vida humana e as máquinas, ou seja, symbios de amplificação humana envolvendo a interface corpo, máquinas e softwares. São elas: a chamada muscular-motora, a sensória e a cognitiva.
Molar |
Também podemos encontrar três situações frente à escala do acoplamento simbiogênico. Uma primeira escala – MOLAR: Macro acoplamento simples com interfaciamento de melhoramento apenas clínico e re-educacional . O acoplamento molar não envolve intervenção cirúrgica e não envolve programação micro-eletrônica (lasca de silício ou outro dispositivo micro informacional como o infogene).
Micro |
A segunda escala – MICRO: Envolve acoplamentos com interface de programação microeletrônica (disparadores, lascas de silício com chips miniaturializados,...), ou seja, envolve acoplamento da escala micro (não visível) e macrofísica (visível) numa simbiose simultânea.
Molecular |
A terceira escala: MOLECULAR: É a escala do borramento da fronteira molecular, abaixo do universo da micro realidade. Entramos nas escalas de máquinas e dispositivos nanométricos com interfaciomanentos biomoleculares. Aqui encontramos o borramento da fronteira da realidade seca inorgânica com a realidade úmida – inorgânica.
A simbiogênese implica também numa convergência ampla de saberes – muito além das abordagens disciplinares – de modo a não reduzir a reabilitação e a simbiose do humano com as máquinas apenas na esfera da performance da engenharia física. A simbiogênese ampliou o reduzido significado de convergência para o melhoramento humano de padrão mais americano (tecnocientífico) queremos, ao contrário, uma simbiose muito mais ampla para convergir não apenas ao agenciamento da tecnociência, mas para um amplo agenciamento de todas as instituições numa efetiva sociedade do conhecimento. Por isso o projeto tem uma interface tecnológica, de engenharias informacionais, mas também uma interface clínica, pedagógica, escolar e social. Trata-se de uma convergência interdisciplinar ampla entre o conhecimento humano e o da natureza inter-relacionada na convergência e nos projetos de pesquisa.
Equipe do Projeto
Coordenadores do Projeto:
Dr. Gilson Lima e Dr. Fleming Pedroso.
Pesquisadores Auxiliares:
Dra. Maria Inês da Costa Ferreira.
Ms. André Rodrigues da Silva.
Ms Simone Rizzo Nique da Silva.
Mestrando Jefferson Leal Couto
Dr. Omar Silveira
Aluno bolsista: Cristiano Angelo Pedroso - Curso Engenharia de Computação
Mestranda e auxiliar de pesquisa: Carmela Slavutzky
Objetivo Geral do Projeto
A diretriz básica do projeto consiste em atender crianças capazes de aprender todos os processos motores e cognitivos necessários a comunicação verbal, mas por causa de determinadas lesões neurológicas são incapazes organicamente de exercitarem a verbalização em plenitude de significação social. Mais especificamente o projeto visa também:
1) Favorecer a inclusão escolar;
2) Comparar os resultados clínicos e tecnológicos sem efetivos diálogos e práticas interdisciplinares;
3) Estimular a criatividade, integração social e autonomia das crianças com lesão cerebral;
4) Proporcionar espaço que possibilite a alfabetização digital.
O Projeto envolve atividades clínicas, pedagógicas e educacionais e de engenharia de hardware e software.
Dos casos Clínicos. Descrição do Caso (1)
Menino X, 7 anos. Lesão encefálica bilateral. Lesão diagnosticada com ressonância magnética como síndrome Peri-sylviana (SP). Trata-se de malformação congênita da região peri-sylviana, mais especificamente pela polimicrogiria, a qual corresponde a múltiplos pequenos giros entorno da fissura de Sylvius, e com sulcos pouco evidentes.
Sequelas:
1. Alterações e déficits motores nos membros superiores e inferiores, mais acentuado no lado esquerdo.
2. Sialorreia (perda do controle automático da “baba”) e problemas leves de deglutição.
3. Mesmo com capacidade de aprender a ler e escrever a lesão não permitirá a plenitude dos atos de fala (verbalização).
Solução
1. Órteses (membro superior e menbro inferior).
2. Atividades clínicas e educacionais de aprendizagem de fala, escrita e sons suportada por programas computacionais especialistas.
3. Produção de um aparelho IPAvox (móvel) um sintetizador artificial de fala (bateria). Esse aparelho móvel é integrado a um módulo clínico desktop onde o profissional da reabilitação, monitora e abastece os dados sempre voltados para finalidades comunicacionais, pedagógicas e de aprendizagem.
Metodologia
A Metodologia está montada em três operações realizadas de modo independente e às vezes simultâneo:
OPERAÇÃO 01. Que envolve atendimentos clínicos, processos de alfabetização suportados por computadores e metodologias informacionais com um minilaptop e softwares facilitadores para facilitar a consciência fonológica e a amplificação dos processos de significação e alfabetização junto a um caso clínico de uma criança com lesão cerebral em idade de inclusão escolar.
A operação 01 está em pleno andamento onde os casos clínicos escolhidos estão sendo submetidos a atendimentos clínicos e educacionais monitorados envolvendo familiares e professores de suas respectivas escolas.
Para isso foi instalado uma UNIDADE EXPERIMENTAL DE PESQUISA CLÍNICA DO NITAS NO HOSPITAL PARQUE BELÉM: Equipe interdisciplinar de Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e Fisioterapia, bem como uma unidade de Pesquisa com recursos computacionais e atividades integradas junto as Escolas dos pacientes envolvidos no projeto. Foi criado um conjunto de medidores de desempenho frente as atividades lúdicas, clínicas com ou sem o uso dos programas computacionais de aprendizagem. Foram realizadas entrevistas episódicas com familiares e professores e produzido dois relatórios parciais integrados (interdisciplinares) dos atendimentos clínicos.
Foram produzidas as órteses: uma superiora e outra inferiora.
Da órtese superior. Ela foi produzida pela equipe da terapia ocupacional e proporcionou uma melhora nos processos motores finos de brinquedos, digitação e mouse.
DIFERENÇA DA FORMA DE PEGAR O BRINQUEDO, SEM A ÓRTESE DE POSICIONAMENTO DO MEMBRO SUPERIOR ESQUERDO E POSTERIORMENTE COM A ÓRTESE.
Da órtese inferior. Foi produzida uma órtese inferior de interface neuroarticulada. A utilização dessa órtese além de melhorar o desempenho motor, correr, brincar, gerou, sobretudo, um significativo resultado de autoestima contribuindo para uma melhora frente as demais atividades educacionais e clínicas.
Quanto aos atendimentos clínicos e educacionais o paciente progrediu consideravelmente nas diversas áreas: emocional, motora, cognitiva. Está adaptado em uma escola regular e sendo devidamente alfabetizado.
Também na escola foi criada uma unidade de recursos visando acompanhar o processo de aprendizagem escolar do menino x e atuando sempre em parceria com as professores e a família da criança.
O desafio da inclusão escolar
Estudos da literatura envolvendo casos de lesão cerebral e de situações idênticas as lesões Bilaterais Perisylvian como o caso do menino x estudado no projeto indicam a necessidade de produção de um programa genérico e inovador de avaliação situacional de conhecimentos pré-escolares para crianças com lesões cerebrais e com dificuldades de fala. Esse mesmo programa poderia ser também facilitador do complexo processo de inclusão escolar dessas crianças. 75% dos casos de paralisia cerebral apresentam restrição intelectual em diferentes graus.
Para a inclusão escolar, nosso principal objetivo inicial visou identificar as habilidades pré-escolares existentes como suporte para o início da alfabetização em determinados casos clínicos.
Na síndrome Peri-sylviana (SP) as crianças inicialmente apresentam atraso de fala e, depois, problemas para articular os sons. Na pesquisa estamos identificando habilidades necessárias para predizer o desempenho ulterior em leitura e escrita nessas crianças em estudo.
Estamos tentando implementar uma unidade de pesquisa na Escola Municipal Jardim do Sol para acompanhar todo o processo de alfabetização do menino x onde estaremos também subsidiando a escola e ajudando o menino x nas suas dificuldades de aprendizado e de fala.
Infelizmente os dados mostram que a maioria dos pais de crianças com lesões cerebrais somente com a proximidade da idade escolar é que vão procurar um tratamento sistemático (uma lástima, pois quanto mais cedo for o início do tratamento de reabilitação das lesões maior será a probabilidade de resultados positivos e reversíveis de suas consequências, sobretudo, de possíveis reversões orgânicas neuronais).
Essas crianças apresentam, na sua maioria, deficiências múltiplas, onde se incluem deficiências motoras e de linguagem (dificuldades de expressão através da linguagem oral e ou escrita). Essas crianças podem ter inteligência normal ou até acima do normal, mas também podem ter atraso intelectual, não só devido às lesões cerebrais, mas também pela falta de experiências resultante das suas deficiências.
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OPERAÇÃO 03. Indicar, explicitar, descrever, desenhar e demonstrar um protótipo funcional (IPAVOX) como um dispositivo móvel encapsulado por um sistema especialista operando de modo integrado dois módulos: 1. O módulo do usuário (dispositivo móvel) e 2. O módulo clínico (Desktop). Trata-se de um artefato móvel (multitarefa) para pessoas com diferentes tipos de perda da capacidade de expressão da fala como afasias e apraxias severas.
O projeto de pesquisa instalou uma Unidade de pesquisa HARDWARE/SOFTWARE do NITAS (Núcleo interdisciplinar de tecnologia assistiva e simbiogênese), localizada no DC Negantes do Centro Universitário Metodista IPA. O produto IPAVOX está sendo desenvolvido numa célula de trabalho localizada nessa unidade de pesquisa. Essa unidade conta com a participação direta dos professores Jefferson Couto, Omar Silveira, André Rodrigues. Esse projeto trata de uma pesquisa financiada pelo CNPQ coordenada pelo Sociólogo Dr. Gilson Lima e pelo neuologista Dr. Fleming Peixoto. O projeto propõe a criação de novos processos de reabilitação clínica e educacional integrados em simbioses digitais com um hardware móvel de sintetização “artificial” de voz.
Como vimos diante das dificuldades enfrentadas por crianças com lesões cerebrais portadores de habilidades funcionais deficitárias de atos de fala, sobretudo, em idade escolar, observou-se o potencial de aplicar a abordagem simbiogênica na cooperação da interface entre a realidade orgânica e inorgânica mediada pelas tecnologias assistivas visando suprir, reduzir ou ampliar essas funcionalidades orgânicas sensitivos-sensoriáis, motoras, comunicativas deficitárias dos atos de fala.
A operação 03 em pleno andamento. Plataforma do hardware escolhida => ARM7, linha de processadores de 32 bits estabelecida no mercado e utilizada em diversos dispositivos móveis. O protótipo está sendo desenvolvido junto a um kit de LPC 2478 que conta com controlador ARM7, display touch screen, interfaces de comunicação (serial, usb, cartão SD, som, e outros) para o desenvolvimento de drive de controle para cada periférico (tela, touch screen, comunicação, som, etc).
Alguns dos principais elementos da base de elaboração do HARDWARE/SOFTWARE
Diretriz básica: Interface facilitadora. O hardware contará flexibilidade adaptativa de processos simbiogênicos nômades e bateria com autonomia para longo tempo de uso adequada, interface de toque de tela e provável apoio de teclado virtual e interface de comunicação com desktop para alimentação de dados. Recurso de apresentação de imagens associando atividades frequentes: Bom dia, Boa tarde, Boa noite. Nome. Identificação. Situações (fome, desejos,...). Essas imagens integradas a recursos de fala serão executadas após um estido de proposições também mais frequentes.
1. Mobilidade. O protótipo deve ter uma ampla mobilidade e flexibilidade adaptativa a processos simbiogênicos nômades. Bateria com tempo de uso longo. A Produção e integração do software de sintetização de voz num protótipo no aparelho móvel denominado IPAVOX proposto inicialmente para ser utilizado num dos braços do paciente logo acima das mãos. Esse aparelho deve permitir dotar o paciente de um suporte de sintetização artificial de voz através de uma interface amigável.
2. Ter um módulo clínico e um módulo de usuário. Integração do dispositivo periférico e sistema operado em desktop. A carga de dados e controle do módulo clínico (em desktop) deve estar integrada entre o desktop e o dispositivo móvel.
3. Interface de toque de tela com provável apoio de teclado virtual. Trata-se de um projeto que envolve alguns anos de construção. Estamos chegando na fase final do protótipo 1.0 e já foi construído para o produto os drives para controle do display (função de escrita e captura de coordenadas de toque na tela), mapeamento de dados em memória e tratamento de eventos. Estamos iniciando a integração do IPAVOX com Desktop e os efetivos programas de conteudo e fala.
O IPAVOX é um produto chave no processo integrado de inclusão escolar e comunicação alternativa envolvendo interface computacional, com o auxilio do software que será desenvolvido para facilitação da consciência fonológica e da amplificação dos processos de significação e alfabetização beneficiará casos gerais de crianças com lesões cerebrais em idade de inclusão escolar.
Desafio para o futuro. Na versão 2.0 – proximo projeto estamos propondo:
1. Integração a banco e dados para opções verbalização rápida on-line e em tempo histórico, banco de proposições, banco de perguntas freqüentes e banco de respostas freqüentes.
2. Teclado virtual de texto no dispositivo móvel.
3 Teclado com recurso priming. Esse reurso visa também aplicar no artefato uma abordagem de interface amigável tipo janelas gráficas dentro do paradigma de priming onde no mesmo momento da digitalização antes de cada estimulo de enter completo da execução vocal, permite ir se formando léxicos a serem escolhidos por tecla de atalho rápido – tanto para destros como para canhotos – e sendo apresentada uma palavra.
4 Estudos futuros e indicações para o uso de um suporte em dicionário de apoio para as conversações.
Dos casos Clínicos. Descrição do Caso (2). Uma lesão mais grave de paralisia celerebral
Menina Y, 14 anos Tetraplegia.
Identificação da codificação da comunicação alternativa com a irmã mais nova; Atendimento interdisciplinar de: Terapia Ocupacional- Fonoaudiologia- Fisioterapia.
Implantação de programas computacionais especiais com infra-vermelho para fins de aprendizagem escolar.
O primeiro passo foi realizar uma ressonância magnética para estabelecer uma diagnosemais precisa tanto das áreas anatômicas, massa encefálica atingidas como os potenciais problemas funcionais. A Ressonância indicou:
Presença de múltiplas anomalias do córtex cerebral incluindo => 1. Áreas perisilvianas, rolândigas e ;
2. Áreas Parieto-occipitais superiores
Situação: Compreensão verbal sem linguagem expressiva: oral e fala.
Quadro sintético: Tetraplegia => Solução sedentária/avatar – situação mais crítica da lesão.
tendimento clínico-educacional interdisciplinar. Etnografia do cotidiano e mapeamento de comunicação alternativa.
Solução sedentária: acoplamento de infravermelho com interação de interface de boca e olhos integrando minilaptop e recursos computacionais de interface.
O aparelho será acoplado na cadeira de rodas (sedentário).
As atividades de atendimento clínico e os processos de alfabetização da menina y serão suportadas por programas especialistas integrada na interface Avatar um suporte informacional com infravermelho e padrão de reconhecimento de face com interação com de comandos por olhos e boca.
No minilaptop é adaptado uma câmara especial voltada a leitura da musculatura orbicular (do olho) e dos micro movimentos da boca. Hoje já é possível encontrarmos avançados sintetizadores de comunicação alternativa falante, com falas, palavras e letras pré-armazenadas, que, inclusive, conjugam os verbos automaticamente e pode ser acionada pelo piscar de olhos ou pela leitura de varredura da boca. Nosso projeto envolve todo o rosto e a boca como os principais acionadores de comando e navegação e os olhos apenas para conectar e desconectar a paciente junto ao minilaptop. Ao se conectar a paciente e a máquina ficam integras, torna-se um avatar sua face e sua boca passam a compor e a comandar a máquina. A interface avatar permite acesso a programas windows, sintetizador de texto, jogos de aprendizagem e navegação hipertextual. Uma experiência difícil, mas altamente desafiadora e reveladora, permitindo não apenas uma expansão simbiótica motora, mas uma expansão do córtex da paciente (hipercórtex) agora integrado na aprendizagem e comunicação computacional.
Diferente do primeiro caso onde começamos com as atividades clínicas para depois ir integrando os processos de engenharia e construção do produto no caso periférico mais grave (sedentário) fez-se um caminho ao contrário. Toda a solução tecnológica foi realizada e está sendo instada. Agora nesse primeiro semestre de 2011 será iniciada as atividades clínicas e educacionais interdisciplinares integrando a solução avatar com diferentes programas especialistas de aprendizagem.
CONCLUSÃO
Conclui-se que os atendimentos interdisciplinares proporcionaram Inclusão social, inclusão digital e inclusão escolar e a abordagem interdisciplinar ampla apesar de ser muito mais complexa ao mesmo tempo produz diferentes olhares e diferentes resultados nos processos e produtos de reabilitação.
A simples produção de processos clínicos ou de produtos que envolvem o modelo de reabilitação disciplinar e reducionista não permitiria que enxergássemos tão longe e que resolvêssemos inúmeros problemas tanto técnicos como sociasis quen encontramos no caminho da execução do projeto. Isso repercute em todas as áreas que atuam na pesquisa e todos se enriquecem mutuamente tanto as atividades clínicas, as de engenharia, as atividades pedagógicas e as relações sociais permanentemente estabelecidas juntos aos familiares e as escolas dos pacientes envolvidos.
Enfim, muitas soluções só foram possíveis diante do amplo diálogo e das interfaces entre as fronteiras de conhecimento envolvidas, juntamente com a atenção desta ampla simbiose de saberes.
REFERÊNCIAS
1. PROJETO DE PESQUISA SIMBIOGÊNESE APLICADA EM PROCESSO DE REABILITAÇÃO: reabilitação sócio-educacional interdisciplinar. Coordenadores: Dr. Gilson Lima e Dr. Fleming Pedroso.
2. PROJETO CNPQ – Processo Número: 400750/2009. Coordenador: Dr. Gilson Lima.
3. Relatório parcial da situação do NITAS – projeto 400750. Centro Universitário Metodista IPA. Agosto 2009 – Agosto 2011. Centro Universitário Metodista IPA. Pós-graduação em Reabilitação e Inclusão. Núcleo Interdisciplinar de Tecnologia Assistiva e Simbiogênese. Dr. Gilson Lima.
4. LIMA, Gilson, Dr. Fleming Pedroso , Dra. Maria Inês Dornelles da Costa Ferreira , Ms. André Rodrigues , Ms. Jefferson Leal Couto. A broad interdisciplinary convergence of knowledge for rehabilitation and inclusive education: a case study.
5. LIMA, Gilson. Nômades de Pedra: Teoria da Sociedade Simbiogênica contada em prosas. Porto Alegre: Escritos, 2005.
6. MARGULIS, Lynn. O Planeta Simbiótico: nova perspectiva da evolução. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.
7. _______________ ; SAGAN, Dorion. O que é vida? Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
8. PEDROSO, Fleming Salvador; ROTTA, Newra Telleche. In: Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre, ArtMed, 2006.
9. POMBO, Olga. Interdisciplinaridade: ambições e limites. Lisboa: Relógio d'Água, 2004, p. 73-104.
10. ____________. Práticas interdisciplinares. Revista Sociologias, Porto Alegre, Ano 8, número 15. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2006, p. 208-249.