sábado, 30 de agosto de 2025

Verissimo, Rolling Stones e a geração net

 



Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2006.        Edição nº 14790

Artigos / Primeiro Caderno


Verissimo, Rolling Stones e a geração net

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Um adendo:


Na passagem dos Stones pelo Brasil (2006) –, escrevi um artigo na mesma para o Jornal Zero Hora (em anexo). Foi o maior show da carreira da banda até aqui.

Eles provaram para os Beatles, Cazuza e tantos outros que Rock e música divertida e de conjunto não é só overdose, destruição de parcerias, confusões privadas e públicas. Quantas bandas que se desmancham no ar sem a referência de longevidade. 


Eles provam também que é possível fazer rock com muita diversão e com muita longevidade. 


Um exemplo para minha geração (um pouco mais nova - é claro).


Em 2017, 11 anos mais tarde da publicação deste artigo sobre a nova geração e Rolling Stones, Seu Kowalsky compus junto com Fernando Machado e gravou a música: Geração Smartphone, Geração Smartphone tratada no artigo. 

Abraços


Gilson Lima/ Seu Kowalsky.


 Segue lembrança da matéria!

Verissimo, Rolling Stones e a geração net

Acho que vale a pena relembrar.

Abraços

Gilson Lima/ Seu Kowalsky.


PS. Essa matéria foi publicada nesse blog em Julho de 2012. 

Segue lembrança da matéria!

Zero Hora. 

Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2006. Edição nº 14790

Artigos / Primeiro Caderno


Verissimo, Rolling Stones e a geração net

GILSON LIMA

Rolling Stones estourou no sábado, dia 18 de fevereiro de 2006, com cerca de 1,2 milhão de pessoas no seu megashow. Para mim, o mais significativo do show dos Stones não foi o número do público, mas o fato de a nova geração net integrar junto aos velhos "dinossauros" da geração da TV em preto-e-branco uma mesma celebração eufórica. Por que será?

Acho que Luis Fernando Verissimo, na sua coluna do dia 20 de fevereiro (2006) no jornal Zero Hora, matou a charada. O rock sempre teve uma conotação sexual, para essa nova geração erotizada. Mick Jagger, com seus rebolados tomados por uma sensualidade corporal e energética, está em casa com essa garotada. Conforme Verissimo, "a base do roquenrol era a progressão harmônica do blues e uma das suas raízes estava no blues branco, misturado com música caipira, do sul dos Estados Unidos, de onde saíram Jerry Lee Lewis e Elvis Presley. O rhythm and blues negro continuou a existir e gerou muitas das formas que o roquenrol tem hoje, mas foi o roque branco nascido há 50 anos da encampação da música popular negra que tomou conta do mundo e o domina até hoje".

Quando os blues ficaram brancos para o mundo surgiram bandas mundialmente famosas como os Beatles e os Rolling Stones. Desde o início, os dois grupos disputavam com o público jovem suas posições adversárias dentro do universo do rock. Novamente, Verissimo explica: "Os dois grupos vinham da mesma origem proletária, mas os Beatles tinham se sofisticado e, com o álbum do Sergeant Pepper, enveredado para uma coisa mais intelectualizada, enquanto os Stones se mantinham fiéis ao backbeat básico e à pura energia hormonal, a mesma que atrai os jovens até hoje embora eles já pareçam as suas próprias múmias".


É isso, Verissimo, os Beatles terminaram e venceu a energia hormonal sem sentido mais profundo. A busca da eternidade juvenil plastificada da nova geração net, no entanto, se contradiz com as faces mumificadas dos velhos Stones eletrizados, com seus quase 70 anos, de "caras de acabados" e energias de moleques... No entanto, essa mesma geração se liga a uma pseudobusca de uma eterna energia juvenil. Talvez aí esteja uma novidade para a geração net. Começando a se dar conta de que a completa juventude plastificada não seja tão eterna assim e que talvez seja mesmo impossível. Assim, quem sabe seja bom se contentar apenas com uma parte dela, mesmo sendo uma parte significativa: a energia corporal, vital. Essa mesma energia que torna Mick Jagger eterno até que dure.

DESTAQUE DA MATÉRIA PELA ZERO HORA: 

essa mesma geração se liga a uma pseudobusca de uma eterna energia juvenil. Talvez aí esteja uma novidade


Foi em 2006, que os Rolling Stones fizeram um show histórico na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no dia 18 de fevereiro, para um público estimado em mais de 1 milhão de pessoas. A apresentação gratuita foi parte da turnê "A Bigger Bang" e se tornou um dos maiores concertos de rock da história, atraindo multidões e movimentando a cidade.

Na mesma semana esse artigo foi publicado na Zero hora. Aqui no blog a matéria foi publicada Julho de 2012. Quando os Stones completanram seus 50 anos de banda.

12 anos mais tarde da matéria Seu Kowalsky junto com Fernando Machado compõem a música Geração SmarthPhone. 

GILSON LIMA

O que em mim sente está pensando

Dr. Pesquisador - CNPQ - Porto Alegre.

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