quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

ENTREVISTA: a vacina é hoje a opção da simbiogênese!

 

Gilson Lima[1]



Se a criação de vacinas sempre foi tão demorada, se elas hoje foram feitas nesse prazo recorde,  por que devo tomá-las? Elas são seguras? O que é consequência do obscurantismo e de termos alguns psicopatas populistas no poder?

Quer saber? Leia a entrevista.

 

Por que a opção é por vacinar o mais rápido que pudermos?

Existem dois caminhos para enfrentarmos a pandemia. Um, de longo prazo: creio que levará uns 6 anos mais ou menos; e o outro, de curto prazo, mais paliativo, que é a vacina, mas que evita que milhões e milhões de vidas sejam ceifadas, mesmo podendo não ter acontecido.

Os laboratórios, no início, queriam confundir o primeiro caminho com o segundo e foram derrotados nisso, 30 milhões de cientistas, em uma ação nunca antes vista na história, milhares em bancadas, outros conectados em telas, se focaram no  caminho da vacina.

O caminho mais longo é de enfrentar a raiz simbiogênica do problema que é o da programação celular integrada ao DNA. Já sabemos que a questão não é o vírus, mas sim um erro genético no sistema imune para uma gama elevada de pessoas novas, que com o envelhecimento e com certas doenças crônicas típicas, levam a manifestação das doenças, seu agravamento e até a morte. A visita desse vírus no nosso sistema imune é então uma loteria de paz até a morte, que pode ser ainda muito aumentada com o índice de contaminação coletiva que gerará manifestações mais graves da doença e internações e falência dos sistemas de saúde, e muitos que não morreriam – com o que já sabemos hoje da doença – morrerão por plena incapacidade de recursos.

Como enfrentar isso a longo prazo? Investindo em pesquisas moleculares para diagnósticos genéticos e autocorreção do erro cromossômico: a ciência está – nos últimos anos – dominando esses processos. Essas pesquisas são recentes e estão se acelerando com a pandemia, mas isso levará uns 6 anos mais ou menos para ser resolvido. Não adianta colocar só dinheiro na pesquisa, falta conhecimento ainda a ser dominado. Coisas que não sabemos e que precisamos descobrir.

Os laboratórios tentaram no início iludir e chamar para si investimentos pesados para o que erroneamente chamam de vacinas genéticas. Isso seria um atalho, iludir um processo ampliado de acesso social de um conhecimento ainda não dominado e com muitos riscos frente a coisas que não sabemos das consequências da programação da vida celular e suas implicações no DNA. Esse caminho foi abandonado. Os laboratórios e as pesquisas se concentraram efetivamente no caminho mais curto. Isso não significa que a vacinação  em massa não deva ser feita com todos os esclarecimentos necessários e algumas limitações que ainda temos nesse caminho.

Mas como confiar nas vacinas se elas foram realizadas tão rapidamente?

O caminho mais rápido era mesmo o das vacinas. Claro, a vacina mais rápida, antes disso, foi feita em 4 anos. Até agora a vacina mais rápida a ser fabricada no mundo foi a da caxumba, e ainda assim ela levou quatro anos, na década de 1960. Mas ela não teve no máximo 1% de atenção da ciência, na época, para isso.

A aceleração de conhecimento científico que a pandemia gerou foi absurda e isso foi possível pela abertura e diálogos entre bancadas de pesquisa visíveis nesse mutirão mundial contra a pandemia. Não tem como enganar tanta gente por tanto tempo. Esses salvadores de soluções mágicas sem vacina precisam trabalhar mais, além de produzirem tantos ruídos de incertezas.

Nenhuma dessas vacinas oferece riscos severos. Mesmo as de tecnologias mais novas como as de RNAm. Injetar RNA em uma pessoa não mexe em nada no DNA de uma célula humana.

Nesse sentido, não tem nenhum risco da vacina transitar entre núcleo de DNA. Esse processo com RNAm já está consolidado e sem riscos em vários estudos com medicamentos desse porte, eles foram testados em “humanos” nos últimos anos. E, desde o início da pandemia, a vacina foi testada em dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo e passou por processos de aprovação de segurança. Essas vacinas novas - de RNAm - necessitam apenas de um pouco mais de cuidados para quem tem alergias severas, mas, no máximo, alguns terão efeitos colaterais irrisórios.

O único grande equívoco foi o de não apostarem na vacina por gotinhas. Seria o melhor caminho, demoraria algumas poucas semanas a mais e algum recurso maior de bancada, mas  que seria compensado com o processo industrial e de logística da vacinação de massa posterior às pesquisas. Eu alertei sobre isso, mas não tive muita audiência. Seria,  inclusive, o melhor caminho de proteção do contágio, visto também a trajetória desse vírus.

As vacinas injetáveis, que foi o principal caminho seguido, são seguras, e foi o que conseguimos.

Por que médicos, professores e algumas pessoas esclarecidas são contra a vacina?

É importante entender que no mundo simbiótico do conhecimento em que vivemos hoje, os profissionais de saúde, médicos, professores e a mídia em geral não são cientistas. São operadores do conhecimento descoberto em pesquisas e conhecimentos complexos que exigem um tipo específico e mais duradouro de dedicação e aquisição... Por exemplo, cientistas que dominam interfaces simbióticas multidimensionais no Planeta são poucos, e os laboratórios e experimentos cabem nos dedos de duas mãos.

O que é a indústria se não um operador social de massificação de escala de um produto. É tecnologia, não ciência de base.

Leva tempo para um conhecimento complexo descoberto ganhar escala social. Ele tem que ser estudado, compreendido, ensinado e massificado em acesso de conhecimento e de produto de prateleira acessível ao consumo.

Muito do que já sabemos sobre essa doença sequer chegou nos médicos, nas indústrias, nos plantões da medicina intensiva de muitos hospitais .

A vacina não é o fim. Não é sequer a imunização. Não vai nos dar o salvo conduto, mas, sem ela, não podemos flexibilizar a economia e o convívio social, e condenamos à morte milhões de vidas que poderiam ser salvas pelo conhecimento que adquirimos.

Então um movimento antivacina é um movimento da ignorância?

Não chamaria de um movimento. Nem que é da ignorância. É uma ação organizada de uma elite que também tem conhecimento avançado.

O importante é que o movimento obscurantista, antibiótico, contra a simbiogênese é anticientífico só na aparência. Ele é manobrado por uma inteligência social. Tem ciência ali também. Alguns cientistas que  o defendem são neodarwianianos e defendem esse cainho de extermínio de massas. 

A ciência foi também predadora como são e foram ainda os humanos. Hitler teve seus cientistas e pensava assim também. A humanidade tem que ser purificada pelos mais fortes. 

É assim que eles pensam que se evolui na natureza. Eles sabem que estão causando mortes e querem isso. Querem que os mais fracos sejam eliminados nesse processo de elevação da raça superior. Apostam no conflito, na discórdia e na desorganização das massas "ignorantes". Apoiam líderes psicopatas e até financiam armas e muitos recursos para seus apoderamentos. Sabem dos riscos de apostarem em alguns psicopatas populistas no poder, mas, mesmo assim, acham que é o melhor caminho para um extermínio de massas. Isso não é conspiração.  Está acontecendo. Eles estão aí assessorando governos e promovendo as discórdias.

São poucos, mas organizados, e aos poucos estão sendo anulados. Estão desesperados porque seus recursos estão acabando. Não tem volta para a emergência da simbiogênese. Para a evolução na cooperação. Experimentamos isso no planeta e vimos que funciona, e nada será mais como antes depois da pandemia. 

Estamos emergindo uma nova civilização simbiogênica: da paz, cooperativa e amplamente integrada com a vida no Planeta. A inquisição está quebrando, e aos poucos os cenários estarão mudando. Sou muito otimista sobre isso.



[1] Gilson Lima. Cientista aposentado, depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade. Criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução do cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi, por vários anos, pesquisador acadêmico e industrial, coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neuroreabilitação, em diferentes cidades e diferentes países, principalmente, europeus. Tem formação original humanística e voltou seus estudos e pesquisas, desde o início dos anos 1990, para a abordagem da complexidade nas metodologias informacionais, depois, na nanotecnologia e, nos últimos 15 anos de carreira, focou na neuroaprendizagem e reabilitação envolvendo a simbiogênese e interfaces colaborativas entre cérebro, corpos e displays. Inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos clínicos. Escritor. Muitas de suas atividades e textos estão disponíveis no blog: http://glolima.blogspot.com/

Atualmente retomou sua atividade como músico compositor, cantor que atua desde a adolescência e atualmente produz suas canções e coordena a banda Seu Kowalsky e os Nômades de Pedra. Suas músicas, shows e vídeos podem ser acessadas no canal do YouTube. https://www.youtube.com/c/seukowalskyeosnomadesdepedra

 

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