terça-feira, 27 de outubro de 2015

BRASIL: Um país do Futuro. O FUTURO CHEGOU!

O FUTURO CHEGOU! (último livro do italiano Sociólogo: Domenico De Masi).

Um aparte inicial!!!!
É preciso de alguém de fora da província tupiniquim, meu caro colega DOMENICO DE MASI, parceiro de projetos e programas que até hoje me marcaram muito pelos desafios e a alegria e sensibilidade típica dos latinos. De Masi fez o prefácio de meu principal livro (Nômades de Pedra) - no entanto - mesmo concordando em muito, lembro que discordo de algo essencial para meu amigo italiano, ou seja, não compartilho sua abordagem de que vivemos numa sociedade pós-industrial. Como defendi em meu livro, creio que a espécie humana já conquistou um movo modo evolutivo superior interfaciado de cooperação entre moléculas, células, corpos, objetos e recursos do ambiente em que a vida simbiogênica acontece com a novidade de que a simbiogênese evolutiva de longo prazo de nossa espécie se acoplou com as redes de conhecimento e tecnologias globalmente interconectadas em nosso lar planetário.
Ok. Vamos minha concordância com o De Masi. O FUTURO CHEGOU E O FUTURO É AQUI = BRASIL!!!!

Citando Da Masi (O futuro chegou).
Um ato criativo. Em 1930, Jorge Amado, aos 18 anos, escreveu O país do Carnaval, um romance que se inicia assim:
“O Senador, com prestígio que lhe dava à posição, resumiu toda a conversa:
- É o país de mais futuro no mundo!
- Perfeitamente! – falou um rapaz que chegara no momento. – O senhor acaba de definir o Brasil. (o senhor sorriu raivoso). O Brasil é o pais verde por excelência. Futuro, esperançoso... Nunca pensou nisso...
Vocês brasileiros, velhos que já foram rapazes que são a esperança da pátria, sonham o futuro.
Dentro de Cem anos o Brasil será o primeiro país do mundo. Garanto que aquele detestável cronista Pero Vaz Caminha teve essa mesma frase ao achar Cabral, por um acaso, o país que viera expressamente descobrir”. (página 618).
Onze anos depois, em 1941, o escritor austríaco Stefan Zweig retornou ao conceito de Jorge Amado num livro intitulado exatamente: Brasil um país do Futuro.
Nessa época, os brasileiros falavam num país continental já falavam a mesma língua portuguesa, mas, pasmem, com uma singularidade com entonação e sintaxe, bem como, um vocabulário mais evoluído que o falado em Portugal.
O brasileiro que o próprio Zweig via que viverá como futuro evoluído por aqui era menos corpulento, maciço e alto que o europeu e o americano, mas era muito mais tranquilo, sonhador, sentimental, desprovido de brutalidade, violência grosseira, prepotência e presunção, além de propenso a melancolia nessa terra desleixada de tanta abundância. Isso num século passado onde – nesse período - em 1940, o Brasil a alegria era refreada. Tabu. Diversão no universo privado era privilégio de alguns e pecado para outros.
Hoje, continuamos sentimentais, mas a violência continua grosseira, a prepotência e presunção se mescla com um sentimento de apequenamento de nós mesmos, onde dar errado é nosso destino.
Os intelectuais de bem poderiam ajudar a reinventar um país cujo destino é dar certo, por que, por que já estamos nos caminho. Estamos deixando de ser escravos em nossa própria casa.
Um dado. Vejam o que estão fazendo as velhas elites e velhas raposas do poder. Fizeram tudo isso e muito ainda a vir a tona e, pasmem, não quebraram o Brasil. Estamos vivos ainda depois de tudo isso. Somos mesmo dotado de uma potência inquebrável. Nem mesmo mercenários e bandidos conseguem quebrar. Enfim, não somos o país do futuro.
O Brasil, como, nos lembrou o poeta Vinícius de Moraes: “entender o Brasil. Não é para principiantes”. Então concordo Da Masi: O futuro já chegou! Não é pós-industrial é simbiótico. Aqui temos, o futuro do mundo. O futuro da espécie em longo prazo nesse planeta, passa e muito pelo Brasil!
Não sabem disso? Vão descobrir.

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