Vendo novamente essa filmagem temos uma ideia de como não é
fácil fazer pesquisa de ponta sem grandes volumes de recursos, mas de como
modestos experimentos podem mudar conceitos e revolucionar conhecimentos.
O mundo mudou e hoje a pesquisa de exoesqueleto para reabilitação a assistência
de exoesqueleto para idosos é uma realidade.
Relato da visita ao Instituto de Natal em 2008!
Em outubro de 2008 estive apresentando no V Encontro Internacional de Nanotecnologia sociedade e meio Ambiente meus conceitos e experimentos em simbiogênese aplicada em Reabilitação pela teoria simbiótica que desenvolvo (aliás com a presença de muitos pesquisadores Internacionais, americanos inclusive, como de praxe ouvindo por tradutores minha palestra filmada e tranmitida em Português - única língua que domino - por esse desconsiderado cientista brasileiro independente).
Em 2008, Nicolelis não realizavam atividades de pesquisa com reabilitação – nem com animais e muito menos com humanos.
A experiências de Nicolelis e sua equipe eram muito controvertidas, pois exigia
muitos sacrifícios de animais, inclusive, primatas. Os animais morriam em
poucos dias com seus eletrodos implantados cirurgicamente e diretamente no
córtex motor e seguir os sinais de algumas dezenas de seus neurônios mapeados.
Minha recepção no centro de pesquisa não foi tão fácil, mesmo marcando antecipadamente a visita. Acho que o Centro sofria de alguma pressão de sigilo (padrão americano de pesquisa).
No entanto, passei na primeira fase do cadastro. Tive
que deixar tudo de lado. Nada de fotografar, nada de registrar (caneta), papel
nada). Só o corpo desconectado e que se integrou a mesas de pesquisadores
silenciosos (sem acesso a nenhum deles - só funcionários técnicos).
Vide uma síntese parcial do meu relatório de visita. Não faço nem sequer crítica - só descrevo pelo que pude lembrar de cabeça o que vi.
INTRODUÇÃO: apresentando o Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS)
O Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e
Lily Safra, propõe a produção e a disseminação do conhecimento científico como
forças propulsoras importantes para o que eles chamam de “progresso social e
econômico de países em desenvolvimento como o Brasil”.
Aqui claramente apenas registro, para quem conhece o que
produzi - a divergência de fundo e radical com a abordagem da escola
desenvolvimentista tão em voga até hoje pela direita, centro, esquerda e os que
nem sequer se vincula a ideologia políticas.
Esse Prédio do Centro de Estudo e Pesquisa Cesar Timo-Iaria, está funcionando desde o final de 2005 em Natal.
O primeiro prédio de Natal do projeto inicial ainda em 2004. Era um hotel de albergue de estudantes. Já em 2004 foi realizado o primeiro simpósio de neurociências Internacional produzido pelo Centro. Começou a operar o instituto a seguir. Nesse ano também cria-se a OSCIP uma organização da sociedade civil intitulada de Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa – AASDAP. Em 2005, inaugura nesse prédio uma nova fase da O Instituo nesse momento contava apenas com duas áreas uma seca (eletrônica) e outra molhada (orgânica).
Em 2007, um outro momento se inicia. Inaugura-se o Centro Internacional como se encontra hoje. Atualmente são nove laboratórios, mais diversas salas de trabalho, biblioteca, áreas administrativas, centro cirúrgico, 3 biotérios dois de ratos e um de camundongo.
Com isso futuras inaugurações estão previstas entre 2008
e 2009. A Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa
(AASDAP) pretende com isso:
O Campus do Cérebro terá no final então atividades de atendimento a saúde e atividades educacionais integradas. Serão assim 3 centros: pesquisa, saúde e de educação.
Essa ideia é baseada não somente nas importantes contribuições econômicas que a expansão da produção científica propicia a esses países, mas também na convicção de que o crescimento da prática científica de alto nível, com seus princípios éticos, pode ter um papel determinante na formação cultural das futuras gerações de brasileiros.
Segundo o que está documentado a principal missão do
Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra
(IINN-ELS) é:
...“promover a realização e o crescimento da pesquisa
científica de ponta que pode contribuir para o desenvolvimento educacional,
social e econômico do Rio Grande do Norte e de toda região nordeste do Brasil.
Por isso, todos os programas de pesquisa desenvolvidos no IINN-ELS estão
vinculados em iniciativas sociais e educacionais que visam a assistir à
população das cidades de Natal, Macaíba e circunvizinhanças. Esses programas
concentram-se principalmente no desenvolvimento e na educação da criança, e na
atenção primária a saúde da mulher. Esperamos que no futuro o IINN-ELS seja um
catalisador para o desenvolvimento de iniciativas econômicas baseadas no
conhecimento, que favoreçam um crescimento sustentável e ecologicamente
equilibrado na região nordeste do Brasil”.
Da noção de desenvolvimento.
Segundo os documentos do Centro é:
Com um IDH/renda de apenas 0,636 e uma taxa de analfabetismo
de 34% (de acordo com os dados do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento - PNUD), a cidade de Macaíba, no Rio Grande do Norte foi
intencionalmente escolhida como sede da maioria das instalações e dos projetos
do IINN-ELS.
O objetivo a longo prazo é, sobretudo:
Investimento
A neurociência moderna está gerando uma variedade de novas terapias e tecnologias. Juntos, esses novos produtos constituirão uma indústria revolucionária, a chamada “indústria do cérebro”, que certamente trará um profundo impacto na sociedade.
Desde membros mecânicos controlados diretamente pelo
pensamento até novos tratamentos para a doença de Parkinson, uma série
de achados e descobertas científicas apontam para um futuro muito promissor da
neurociência. De fato, mais de 500 empresas, somente nos EUA, estão
concentrando suas pesquisas nas diversas maneiras de tratar doenças
neurológicas. Essas empresas vêm investindo em pesquisa de ponta e
desenvolvimento tecnológico desde o início dos anos 90.
Nesse campo, o propósito do Centro é:
...“trazer esse novo campo de desenvolvimento industrial ao
Brasil e criar joint-ventures entre o IINN-ELS e lideranças internacionais
interessadas em investir na criação e no desenvolvimento da “Indústria
Brasileira do Cérebro”.
Intercâmbio de Ideias
Como integrante de uma rede internacional de grandes
instituições científicas patrocinadas pela “International Neuroscience
Network Foundation”, o Instituto Internacional de Neurociências de
Natal Edmond e Lily Safra recebe regularmente pesquisadores do mundo inteiro
interessados em participar:
1. Dos programas de doutorado e pós-doutorado, sabáticos e
cursos internacionais ministrados por neurocientistas de grande prestígio
internacional.
O intercâmbio contínuo de ideias entre neurocientistas de
todo o mundo também será incentivado através do recrutamento de
pesquisadores estrangeiros como membros da equipe permanente de cientistas do
IINN-ELS. A primeira instituição comprometida com esse objetivo, o
Centro de Estudo e Pesquisa Cesar Timo-Iaria, está funcionando desde o final de
2005 em Natal.
Enfim, na época o Centro de Estudo e Pesquisa Cesar
Timo-Iaria, operava 9 laboratórios. Tinha também um centro de educação no
prédio em Natal; 25 alunos de iniciação científica e ao todo totaliza em
torno de 60 pessoas, sendo uns 20 cientistas. Verifiquei, na época que não
tinha nenhum pesquisador do Rio Grande do Sul.
Para conhecimento dos laboratórios visitados na época:
- Laboratório
de Eletrofisiologia de ratos.
- Laboratório
de Eletrofisiologia de camundongos.
- Laboratório
de Neurobiologia Celular
- Laboratório
de Pesquisa computacional em Neurociência.
- Laboratório
de Neurobiologia Molecular (equipamentos mais potentes e mais
específicos).
- Laboratório
de Eletroencéfalograma (quarto do sono).
- Neuroengenharia
(produz equipamentos e artefatos, inclusive manufatura matriz de
eletrodos, aparatos experimentais, caixas de comportamentos,...
O restante do relatório implica em conhecimentos que não são
públicos e que necessitaria de autorização para publicá-los.
Espero que essa introdução dê uma amostra do que já
poderíamos vislumbrar no período por onde andaria as pesquisas futuras. Troquei
ideias com alguns funcionários técnicos sobre minhas pesquisas em reabilitação
e interface cérebro máquinas de modo não invasivo que já realizávamos por aqui.
De resto continuamos a acompanhar o desenvolvimento das pesquisas. Houve
problemas com a equipe. Nicolelis perdeu parte importante de sua equipe para a
Universidade Federal de Natal.
Agora na copa - como disse antes - esperamos a tão falada
revelação midiática de 300.000.000,00 de quem pensa estar descobrindo a
interface máquina e vida. Certamente quem trabalha a tempo em pesquisa de ponta
de reabilitação no mundo, aqui no Brasil muito poucos, nem sequer vão
assistir.
Mas que dê certo. Estaremos torcendo pelo Brasil no campo e
fora dele para que a ciência moderna o mais rapidamente possível deixe
humanista e se torne simbiótica.
GILSON LIMA
O que em mim sente está pensando
Dr. Pesquisador - CNPQ - Porto Alegre.
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