sábado, 11 de abril de 2020

UMA PROPOSTA DE MODELO MACRO REGIONAL PARA TOMADA DE DECISÕES PELO PODER PÚBLICO NA PANDEMIA


Gilson Lima

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POR QUE DESSA GRITARIA TODA PELA SOLUÇÃO MÁGICA  DA MASSIFICAÇÃO DOS TESTES 
DA COVID-19



É óbvio que só um ensandecido não pensaria que a massificação de testes é importante e um fundamental recurso de tomada de decisão.

UMA PROPOSTA DE MODELO PARA TOMADA DE DECISÕES PELO PODER PÚBLICO NA PANDEMIA

  Quero apenas entender por  que essa gritaria de testagem em massa como se fosse a SOLUÇÃO dos nossos problemas da pandemia atual.


Somos um país sem cultura de massificação de testagens viróticas. Algumas coisas em animais para exportação e não muitas. Não temos laboratórios  para isso? Não temos. Temos insumos disponíveis  e gente preparada a curto prazo nessa guerra de agora para isso? Não temos. Temos dinheiro sobrando para isso em vez de comprar respiradores, por exemplo? Não temos.

Temos coisas muito mais importantes que podem ser feitas e ajudar enfrentar em curto prazo com tomada de decisões e salvar vidas. 

SARS-Cov-2 apesar de não ter um elevado poder de agressão fatal de imediato, ele replica com muita intensidade e estressa muito o sistema imune. Qualquer janela de oportunidade ele aproveita. Ao penetrar numa célula vai replicando lá dentro rapidamente até a célula explodir e liberar mais de 100.000 novos vírus para novos ataques
A grande maioria dos infectados tem um sistema imune que dá conta do recado, mas pela escala do contágio com assintomáticos e sintomáticos o índice de hospitalização com pacientes graves é altíssimo. 
É  um vírus atípico porque ataca e é mais fatal para a sociedade, o sistema de saúde do que para os humanos. Sem respiradores e recursos de intensivas o óbito é irreversível para pacientes gravíssimos.

PROPOSTA

Uma ESTRATÉGICA campanha de prevenção  de fortalecimento do Sistema Imune AJUDARIA BAIXAR O ÍNDICE DE INTERNAÇÃO.

1. Divulgar práticas de comportamento e alimentação que fortalecem o Sistema imune. 
2. Como já se sabe que o SARS-Cov é traiçoeiro. ele pode  diminuir a oxigenação do fluxo sangue sem visíveis sintomas da respiração. Isso baixa a imunidade e aos poucos vai debilitando o organismo. Se agirmos antes de atingir o fluxo visível da respiração isso ajudaria a impedir a  necessidade de Internação. 

O que precisa para isso:

1. Um  um oxímetro portátil. Atrelando ele junto ao dedo, por exemplo,  permite  indicar o percentual de oxigênio no fluxo sanguíneo. Se ele estiver menor do que 89% é uma indicação para agir.
O que fazer nesse caso. Fortalecer a oxigenação com aparelhos portáteis de suporte à respiração. Quem tem Asma faz isso. Alguns minutos duas a três vezes ao dia. Acompanhando com o oxímetro e monitorando  se o fluxo de oxigênio melhora ou não. Se ele não melhorar e ou cair, deve-se então procurar algum atendimento médico. A grande maioria melhora.
 

UMA PROPOSTA DE UM MODELO DE PRESCRIÇÃO E DE TOMADA DE DECISÃO:

Ps. Tem que ser Regional. Não apenas nos Estados. Mas por macro regiões dentro dos Estados.

1. Uso de recursos rápidos como o geomonitoramento EM TEMPO REAL dos celulares para controle e indicação dos vazamentos definidos pela política de isolamento a fim de  poder tomar medidas rápidas de contenção nas comportas de aproximação. 
Ter um termômetro com um indicador de percentual do isolamento urbano (creio que 60% é o máximo indicado e menos de 40% começa a ser crítico).

2. Construção rápida de indicador regional de número de  óbitos por 100.000 habitantes, e cruzar com o número de óbitos atuais. COMO? Cruzando o número atual de óbitos com os  dados genéricos ( se possível) dos últimos 5 anos de óbitos de SARS antes da COVID-19.  Medir os casos de internação e óbitos de SARS é chave. Temos os históricos gerais dos últimos 10 anos de internação e óbitos?
Quando puder e tiver - integrar junto com os dados históricos de óbitos com  de pneumonia comum (bacteriana/fungos) separada da asiática (SARS - virótica) independente se era influenza ou evolução de gripes comuns ou evolução de outras infeções e cânceres para pneumonia. 

                  Obs.  Creio que os dados históricos tem que ser bem minerados por geralmente não diferenciávamos muito e é tudo genérico. O que não é novidade. Nunca se deu importância para a qualidade do registro no Brasil. O que faz parte da nossa cultura. 

3. Construir um indicador de risco. Para isso  precisa-se cruzar os dados atuais e em tempo mais real possível dos óbitos COVID-19 com os dados históricos.
Até por amostragem da base atual com a histórica permite um possível ir acompanhando os óbitos, mesmo com os atrasos dos resultados dos testes e aiim ter uma posição bem precisa em tempo real para decisões.

4. Indicador da passagem do estágio grave para o estado gravíssimo até o limite do colapso do Sistema.  Cruzar o número de óbitos com o número de internação. Ajudaria criar uma ferramenta de predição da passagem do estado de internação grave para o gravíssimo que gera dependência de recursos intensivos (UTI). Isso permitiria chegarmos no indicador de colapso do Sistema da Região ou macro região. Envolve os dados do número de recursos do Sistema Regional (profissionais, leitos, respiradores, oxigênio, medicação, etc..), cruzados com o número de internação e óbitos e assim construiríamos um indicador com o percentual de enfrentamento por cada localidade do colapso do sistema ( cruzar também com o histórico).


ENTÃO. EM SÍNTESE:

 Medir maciçamente os assintomáticos. Isso tem custo. Tiraria recursos de produção de leitos. Respiradores, etc... Seria ótimo se fosse possível e temos coisas mais importantes a se preocupar diante dos carência dos recursos disponíveis. 
Poderíamos para compensar esse déficit fazer Survey regionais - de amostragens - tipo pesquisas eleitorais - tais como estão sendo feitas no Rio Grande do Sul.  Isso ajudaria complementar o cruzamento de dados para tomada de decisões também.

Ter modelos epidemiológicos sofisticados seria importante claro, mas tenho visto alguns professores e matemáticos querendo apenas e apressadamente validar, testar seus modelos matemáticos deterministas. Me dá um tempo.

    Numa guerra, quando estamos tomando um laço do inimigo é preciso inteligência para um giro rápido na estratégica com movimentos rápidos.


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NOTA. Diferença entre pneumonia e SARS . Pneumonia é o nome dado a vários tipos de infecção nos pulmões. Ela pode ser causada por agentes como bactérias, fungos e vírus. A forma mais frequente de pneumonia é a bacteriana, também chamada de “pneumonia típica”. A versão da doença batizada de SARS (sigla em inglês para “síndrome respiratória aguda grave”) também ficou conhecida como pneumonia asiática, devido aos primeiros casos e focos da doença, desenvolvidos na Ásia, sobretudo na China. A principal diferença entre as duas pneumonias é o agente causador. Na típica, uma bactéria: o pneumococo (Diplococcus pneumoniae). Na asiática, diferentes vírus.

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