sexta-feira, 4 de abril de 2025

SIMBIOGÊNESE: não desenvolver, mas reciclar


Simbiogênese

Gilson Lima[1]

 

História do Conceito

 

Primeiro irei apresentar a Simbiogênese, que creio que muitos não conhecem.

A SIMBIOGÊNESE[2] é um conceito central para uma nova teoria social em busca da evolução para uma civilização pró-biótica, simbiótica. É um conceito fundamental integrado num esforço que venho realizando para demonstrar uma nova  Teoria Social.

Então, a simbiogênese integra o espectro das abordagens evolucionistas. Porém, com rupturas significativas com a moderna tradição evolucionista de Charles Darwin aos desenvolvimentistas de todos os matizes de direita, centro e esquerda.

Vou em primeiro lugar gostaria de esclarecer um pouco mais sobre a origem do conceito simbiogênese. Quando falamos em simbiogênese estamos no universo da vida. É o que interessa para simbiótica. Bio = vida. Veremos que quando aliamos a teoria social da sociedade e civilição simbiótica não aceitamos a idéia de “meio ambiente”. Não há ambiente pela metade e nunca sem estarmos acontecendo nele juntos (SYMBIOS = fazer juntos sempre - iseparável).

Desde a Eco 1992 no Rio de Janeiro uma das primeiras e mais importantes conferências mundiais em defesa da saúde de nosso Planeta, defendi contra o reducionismo ambiental e as escolas predadoras dos desenvolvimentistas de todos os matizes. Considero aqui, tabém, mesmo de modo diferenciado os defensores do desenvolvimento “sustentável”.

Em diversos encontros internacionais – principalmente fora do país – muitos sociólogos e alguns cientistas incrédulos torcem o nariz quase um brasileiro, ainda pro cima situado numa província desse país semiperiférico, ter a petulância de querer construir uma nova teoria, que permita uma melhor compreensão de nossa sociedade contemporânea?

Pois, respondo que, por incrível que pareça, foi na periferia e na margem dos grandes centros intelectuais e tecnológicos que se produziram muito do que hoje vivemos como grandes conquistas da humanidade: realizações de hereges e críticos marginalizados.

Penso que, as teorias sociológicas são, ainda, marcadamente presas ao mundo moderno e industrial e, cada vez mais, perdem a sua potência explicativa. A teoria da simbiogênese é um esforço que se soma à grandiosidade da obra de outros vários sociólogos e pensadores sociais, muitos inclusive, físicos, cientistas da informação computacional, cientistas da vida e da mente que já descobriram que todas as ciências, diferentemente do que legisla oficialmente o paradigma moderno, são sociais, ou seja, cada pensamento, por menos humano que possa parecer é uma parte endógena integrada a uma simbiose complexa, também, na vida social.

Não tenho a pretensão de estar criando uma teoria totalmente nova com a teoria da simbiogênese. Ao contrário, penso, inclusive, que ela não é sequer, uma teoria em si mesma, mas, antes de qualquer coisa, uma religação profunda com outras teorias e uma conexão com saberes que se encontram ilhados e isolados. Nisso, quero resgatar um princípio, que os sábios pré-modernos operavam para a produção de seus conhecimentos e que foi marginalizado e deixado de lado pelo paradigma moderno, ou seja, o princípio da similitude. A similitude nos indica que tudo no mundo está ligado e tudo no mundo tende a aproximar-se. Os modernos, ao contrário, pressupõem a separação como um imperativo da produção do saber científico disciplinado.

Segundo lugar tentarei demonstrar - de um modo bem geral - como se integra e dialoga a simbiogênese junto ao universo das discussões e questões ambientais da nanociência e nanotecnologia que é a temática central dessa mesa.

Terceiro lugar tecerei uma rápida crítica as escolas desenvolvimentistas, questionando o ambiente predador de suas intenções na sociedade moderna. A escolas do desenvolvimento encontram-se inseridas num movimento teórico e empírico amplamente praticado na América Latina pelas forças do Estado através de política e práticas econômicas de mercado e do Estado tanto pela  direita autoritárias e suas ditaduras militares, quanto pelos idólatras do mercado puro, como pelo centro que defende um desenvolvimento mediador induzido por um Estado forte até mesmo pelas diferentes matrizes desenvolvimentas da esquerda da ortodoxia ao desenvimentismo sustentado.

Por fim farei rádidas considerações finais.

 

A SIMBIOGÊNESE

 

Um dos maiores desafios da formação escolar e acadêmica é a de reencontrar numa teia nova e complexa às ciências humanas e o saber das humanidades com as ciências da vida. A alienação disciplinar da ciência moderna nos afasta das compreensões das questões complexas básicas, como é o caso da evolução e suas implicações sobre nossas visões sobre o humano e o humanismo. Essa falta de borramento[3] entre as fronteiras disciplinares tem um efeito perverso de estagnação e precarização reflexiva entre todos os saberes humanos, ou seja, a ideia de que devemos proteger as ciências sociais e a humanidade do pensamento evolucionário é uma receita para o desastre.

Um conjunto de realidade BORRADA evoca novas abordagens paradigmáticas. Um conjunto de realidade borrada evoca novas abordagens paradigmáticas. O "borramento" é uma propriedade particular dos sistemas complexos no que se refere à natureza arbitrária dos limites infrassistêmicos impostos e à abertura das relações supersistemicas dos contextos e respectivos observadores e experimentadores.

Não há um ambiente lá fora de nós. Quando também estamos falando em “ambiente” no universo namométrico não estamos falando de o que encontramos no universo do mundo visível a olho nu.

Darwin publicou sua teoria em 1859, em sua obra monumental On the Origin of Species e a completou doze anos mais tarde com The Descent of Man. Darwin baseou-a teoria em duas idéias fundamentais: variação casual, que seria posteriormente denominada mutação aleatória, e seleção natural.  Certa vez Darwin resumiu a seleção natural em poucas e precisas palavras: “multiplicar, variar, que o mais forte sobreviva, que o mais fraco morra” (WRIGHT, 1996: 07)[4].

Reconhecemos com Georges Comte de Buffon[5] que todos somos parte da grande trama comum da vida existente neste planeta, mas ainda estamos à procura do salto singular do homem-macaco, mas Darwin nos legou duas ideias “perigosas” que até hoje foram pouco consideradas pelo atual reducionismo científico, mesmo com elevada produtividade de mais de milhões de cientistas da vida e, sobretudo, da vida humana.

 Darwin publicou sua teoria em 1859, em sua obra monumental On the Origin of Species e a completou doze anos mais tarde com The Descent of Man. Darwin baseou-a teoria em duas idéias fundamentais: variação casual, que seria posteriormente denominada mutação aleatória, e seleção natural.

Em 1982, Lynn Margulis lançou a idéia de que as mitocôndrias descendem de bactérias especializadas em conversão de energia que que foram parasitas de bactérias maiores e que com o tempo passaram a fazer parte dessas bactérias (Lynn Margulis, 1981)[6]. A conclusão óbvia é que houve um estágio na evolução da vida em que havia pelo menos dois códigos genéticos diferentes numa mesma complexidade organizada, ressaltando a importância do parasitismo mutuamente benéfico (conhecido pelo nome de simbiose) como forma de um organismo adquirir novas integrações.

À medida que estudava mais minuciosamente esse fenômeno, Margulis descobriu que quase todos os “genes indisciplinados” derivam de bactérias e, aos poucos, veio a compreender que eles pertencem a diferentes organismos vivos, pequenas células vivas que residem dentro de grandes células vivas.

A simbiose, a tendência de diferentes organismos para viver em estreita associação uns com os outros e, com freqüência, dentro uns dos outros (como as bactérias dos nossos intestinos), é um fenômeno difundido e bem conhecido.

No entanto, Margulis deu um passo além e propôs a hipótese de que simbioses de longa duração, envolvendo bactérias e outros microorganismos que vivem dentro de células maiores, levaram, e continuam a levar, a novas formas de vida.

Margulis publicou, pela primeira vez, sua hipótese revo­lucionária em meados da década de 60 e ao longo dos anos a criou uma teoria madura, hoje conhecida como “simbiogênese”, que vê a criação de novas formas de vida por meio de arranjos simbióticos permanentes como o principal caminho de evolução para todos os organismos superiores. (apud CAPRA, 1998, p.185)[7].

A teoria da simbiogênese implica em uma mudança radical de percepção no pensamento evolutivo. Enquanto a teoria convencional concebe o desdobramento da vida como um processo no qual as espécies apenas divergem umas da outras, Lynn Margulis alega que a formação de novas entidades compostas por meio da simbiose de organismos, antes considerados independentes, tem sido a mais poderosa e mais importante das forças da evolução.

Essa nova visão tem forçado biólogos a reconhecer a importância vital da cooperação no processo evolutivo. Os darwinistas sociais do século XIX viam somente competição na natureza — “a natureza, vermelha em dentes e em garras”, como se expressou o poeta Tennyson —, mas agora estamos começando a reconhecer a cooperação contínua e a dependência mútua entre todas as formas de vida como aspectos centrais da evolução. Nas palavras de Margulis e de Sagan: “A vida não se apossa do globo pelo combate, mas sim, pela formação de redes."( MARGULIS; SAGAN, 1986, p. 15) .

Na visão de Lynn Margulis (apud Capra, 1998), o neodarwinismo e podemos incluir os pesquisadores da vida artificial são fundamentalmente falhos, não somente pelo fato de basearem-se em conceitos reducionistas, que hoje estão obsoletos, mas também porque seus procedimentos foram formulados numa linguagem matemática inapropriada, afirma Margulis: “A linguagem da vida não é a aritmética e a álgebra comuns, a linguagem da vida é a química. Os neodarwinistas práticos carecem de conhecimentos relevantes a respeito, por exemplo, de microbiologia, de biologia celular, de bioquímica e de ecologia microbiana”(apud CAPRA, 1998, p. 181)[8].

O problema conceitual de importância central do neodarwinismo é, pelo que parece, sua concepção reducionista do genoma (infogens) à coleção dos genes de um organismo. As grandes realizações da biologia molecular, com freqüência descritas como “a quebra do código genético”, resultaram na tendência para representar o genoma como um arranjo linear de genes independentes, cada um deles correspondendo a uma característica biológica.

Apenas muito recentemente, os biólogos começaram a entender o genoma de um organismo como uma rede intensamente entrelaçada e a estudar suas atividades a partir de uma perspectiva mais integrada e complexa.

Na abordagem da simbiogênese o ambiente Planetário é um sistema vivo, um planeta simbiótico, um sistema auto organizado que diferente da visão de evolução da vida proposta Darwin que é focada primordialmente no conflito. A Simbiogênese que também compartilha da vida em evolução considera e  demonstra que o salto evolutivo e a manutenção dos estágios de evolução conquistados por uma rede de vida acontece quando numa cooperação de longo agora entidades de vida em symbios com o ambiente em que acontecem no mundo é uma rede de vida é superior aos ataques antibióticos e dos predadores frente a processo em evolução. Na simbiogênese, não é uma espécie individual que se torna superior e mais forte devora quando devora o mais fraco. Mas a qualidade e sustentação dos saltos qualitativos de longevidade e da qualidade da rede de vida na simbiose conquistada são adquiridas na cooperação de longo agora. Evolui quem coopera num, longo agora, que coopera melhor, com mais qualidade e complexidade.

 No Planeta simbiótico, não existe um conjunto aqui sem o conjunto ali. Não existe natureza separada da cultura. Não existe virtual que não seja real. Não existe sequer o “homem” aqui e a natureza lá.

Uma das mais significativas implicações para uma reflexão complexa e borrada entre disciplinas é a de realizarmos a quebra do dogma moderno e iluminista da noção de humanismo e sua centralidade de Homo Universalis com a derivação normativa nos estatutos dos mesmos direitos. Trata-se de uma matriz humana – narcisista, onde tendemos a pensar que sozinhos dispomos de todos os recursos necessários para manter nossa saúde.

As implicações para a saúde e a vida é imensa. Por exemplo, quando pensamos em micro-organismos que vivem em nosso corpo (e no mundo em geral) pensamos em entidades patogênicas. Os seres malignos (a nós).

Assim, descobrimos que não vivemos numa ilha fisiológica. Nosso microbioma é simbiogênico. Nossa espécie é também produto de uma aliança de longo agora integrada em cooperação com uma rede simbiótica, uma gama imensa de micro organismos benéfica a nossa complexidade em evolução. Em nosso corpo, de cada 11 células, apenas uma é humana. A maioria das células humanas (internas ao nosso corpo vital humano), não é realmente humana. As células bacterianas superam as humanas numa relação de 10 para 1 e não ameaçam nossa saúde e são de vital importância para nossos processos fisiológicos básicos (da digestão à autodefesa).

A evolução nos mostra que estamos corretos com a perseguição de nossa hipótese simbiogênica, ou seja, nos seres humanos, complexos acontecemos no mundo em redes de cooperação de longo prazo e além de nós mesmos e juntos no ambiente em que acontecemos n mundo. Não devemos preocupar conosco apenas quando falamos de saúde e doença. Além do ambiente e hábitos onde acontecemos, o nosso próprio corpo tem outros seres que como nós acontecem junto quando acontecemos no mundo.

Nós, humanos, somos parte de um microbioma (híbrido, simbiótico) – mesmo não nascendo com ele. Mesmo que em nossa infância ele não esteja nem sequer formado. Começamos a compor essa rede nos primeiros segundos após o nascimento (amamentação, contatos com familiares, ambiente social geral...).

Nos últimos cinco anos, estamos desvelando a complexa teia microfísica de nosso ecossistema microbiótico. Por exemplo, algumas das bactérias benignas do nosso organismo contêm genes que codificam compostos benéficos que o corpo não consegue produzir sozinho. Assim, mudanças no bioma microbiano intestinal contribuem significativamente para o aumento das taxas de doenças e do nosso equilíbrio biótico saudável. Sabemos, hoje que muitas doenças crônicas ainda existentes são decorrências de uma bioenergia nutricional que modelou nossos corpos desde o Paleolítico. nas sociedades modernas – entre elas obesidade, hipertensão, doenças coronarianas e diabetes – seriam o resultado de uma incompatibilidade entre padrões dietéticos modernos e o tipo de dieta que nossa espécie desenvolveu para se alimentar como caçadores-coletores pré-históricos.

Em síntese, a evolução nos obriga a enfrentar algumas certezas “milenares” e a arrogância humanista tomada por uma visão deturpada do micromundo.

Sabemos que as Bacteróides fragilis vivem em 80% das pessoas no planeta e ajudam a manter o sistema imune em equilíbrio. Desde o vexame que os racionalistas a-simbióticos tiveram com a publicação aberta da ciência do censo dos genes microbianos em 2010, verificamos que apenas do sistema digestivo de humanos existem 3,3 milhões de espécies – com assinatura de gene próprio cada uma catalogada. Todos nós humanos, compartilhamos um núcleo complementar básico de genes bacterianos úteis, que podem provir de diferentes espécies e, pasmem, significam 99,9% do DNA. O extraordinário é que que os cientistas agora tem que lidar com algo que significa 150 vezes os 20 a 25 mil genes catalogados do genoma humano. Isso significa muito o quanto é imensa a nossa insignificância solitária.

Descobrimos também a ontogênese no ecossistema onde a vida acontece é vital para a espécie humana e suas singularidades, nem mesmo gêmeos idênticos compartilham a mesma constituição microbiana.

A visão da evolução simbiogênica da vida tem nos levado a revisar as reputações de muitos micros organismos. Por exemplo, a Helicobacter pylori. Recentemente descobriu-se que se trata, na verdade, de um microrganismo comensal (benigno). Sua ausência pode desregular a acidez do estômago, até facilitar a obesidade (atua na grelina- hormônio da fome). Muitas bactérias espirais presentes no ambiente ácido do estômago são conhecidas, pelo menos, sabemos isso desde 1875, mas até pouco tempo ela foi considerada apenas um patógeno (provoca doenças). Os americanos – como sempre – apontaram suas armas e ela foi combatida com antibióticos. Hoje, menos de 6% de jovens americanos apresentam testes positivos de| Helicobacter pylori.

Enfim, não existe possibilidade de enfrentar de modo complexo e aberto os desafios da elucidação da vida sem o contágio e ligação dos saberes desligados. Esse contágio inicia-se pelo borramento entre as sólidas fronteiras disciplinares.

A indústria de alimentos também. Ao contrário, nosso conhecimento sobre a vida é mais sobre a doença é mais antibiótico, do que simbiótico. Quando pensamos em investir em saúde, políticos e população em geral pensam em médicos e hospitais. Nos hospitais onde reinam as doenças e os micro-organismos mais perigosos a teia da vida humana em cooperação. É lá que devemos evitar e se deslocar para lá apenas para situações complexas e críticas. O saber da vida deve ser socializado e distribuído entre farmacêuticos, agentes de saúde, familiares, mídia, produtos domésticos, a indústria da saúde, etc. Não devemos reduzir a ciência da vida a disciplinas médicas ou de qualquer especialidade perital segmentada e, deixar a sociedade fluir o saber e o conhecimento sobre a vida, a saúde. Os médicos devem se deslocar para um conhecimento de nível mais complexo. Quase tudo – em matéria de simbiótica (saúde da vida) pode ser resolvido nessas frequências menos complexas e distribuindo conhecimentos antigos e represados.

A abordagem pró-biótica (simbiótica) nos abre um leque de oportunidades para a evolução da nossa rede de vida. A indústria fármaco está colonizada por princípios não simbióticos e antibióticos. Nós, humanos, já aprendemos a alterar a bionatureza e a intervir sobre o curso da evolução proveniente meramente das interações biológicas com a nossa biosfera. Por exemplo, pesquisadores aprenderam como transformar bactérias em fábricas capazes de produzir hormônio de crescimento humano (responsável pelo crescimento dos ossos longos e, portanto, pela altura das crianças) em grandes quantidades.

Outra questão que precisamos enfrentar frente à matriz humana – narcisista é significativa implicação da noção de evolução que Darwin nos legou foi a de que não somos humanos, estamos humanos, somos provisoriamente humanos. Toda espécie biológica é derivação do tempo em troca de recursos com a natureza.   Os humanos chegaram até aqui se envolvendo em uma complexa simbiose de significativas trocas entre a natureza e recursos.

Uma outra significativa implicação desse novo diálogo complexo é a de, depois de Darwin, a noção histórica de tempo não é mais monopólio da cultura dos humanos. O tempo, agora, faz parte da natureza e da bionatureza.

Darwin, estranhamente para muitos cientistas reducionistas, demonstrou que a natureza biológica em si tem história, integrada ao ecossistema onde essa vida acontece. A noção de tempo não é mais monopólio da cultura humanista. A vida tem história e se produz na história. Os reducionistas modernos, com suas peritagens exatas e congeladas, pressupõem que a vida natural não é uma geometria sedentária. Ela se movimenta, recria-se, auto organiza sempre quando acontece junto no mundo natural. A dicotomia, natureza e cultura, vida social e vida natural torna-se uma visão simplificadora e reducionista que a modernidade nos legou.

A natureza tem temporalidade. A própria natureza e não somente a cultura tem tempo, história. Distinções artificiais entre matéria e vida perdem sentido. O mundo não é dado como organizado (não existe uma ordem dada). É uma possibilidade. Leis e devir. Percepção não é uma fotografia positiva da realidade: diagnóstico. Relatividade. Princípio da incerteza. Matéria se expande (tempo mesmo na matéria). Matéria se auto-organiza. O universo evolui e o simplificador tempo flecha seja como uma flecha ascendente (evolução) e ou descendente: entropia (LIMA, 2007[9]).

A implicação metodológica para a ciência dessa complexidade da vida acontecendo “online” num mundo em história permanente é imensa. Por exemplo, temos que dar um adeus tardio à pretensão simplificadora de traçados racionais em busca de exatidão congelada no tempo. Há um tempo não racionalizável nos quadrantes dessa geometria. Tentativas de mensurações reducionistas de uma matemática universal, dada como acesso ao universo de uma ordem dada e objetiva (sem valoração subjetiva, sem intencionalidade,...) diante de uma realidade geométrica dotada de uma ordem dada a ser medida se esfumam diante de uma natureza que fica ali, parada, sem tempo; a nosso dispor e pronta para ser medica, mensurada ou descrita em espelhada exatidão. O universo e o mundo natural não sendo dados mais como organizados, capazes de serem capturados por representações mecanicistas e construções reducionistas da realidade em porções cada vez menores ou maiores, divididas em incontáveis parcelamentos e funções para reduzir a matéria a poucos atributos, não ajudam a entender a complexidade do real.

Outra significativa implicação da ideia de evolução é a da ruptura de que nosso corpo humano não é perfeito. Assim, como produtos históricos de interação entre natureza e recursos disponibilizados onde acontecemos, também não fomos projetados, a priori, para funcionar durante muito tempo e agora estamos obrigando nosso corpo a continuar em atividade muito depois de expirada a sua data de validade.

O corpo humano tem grande beleza artística, mas, do ponto de vista da engenharia, é uma rede complexa de ossos, músculos, tendões, válvulas e articulações que tem uma analogia direta com as polias, bombas, alavancas e dobradiças das máquinas,... (todas  falíveis).

Uma das mais complicadas façanhas da evolução é o nossa conquista ontogenética de ficarmos sobre os dois pés. Nos tornamos imperiais no Planeta. Somos uma espécie única com tamanha complexidade e adaptabilidade fisiológica. Até hoje, um dos momentos mais significativos da aprendizagem de uma criança humana é quando ela, deixa de engatinhar e entre tentativas e erros aprende a ficar  sobre os dois pés: torna-se um bípede.

No entanto, ser bípede, mesmo para os modernos humanos (cerca de 200.000 anos atrás), não é da nossa natureza filogenética. É uma conquista ontogenética da nossa adaptação à natureza onde acontecemos, mas é também um problema.

Os humanos ficaram de pé e adaptaram a postura bípede ereta num projeto corporal complexo e somos os únicos entre os mamíferos (mesmo entre os primatas). Não há dúvida de que, ao ficarmos de pé sobre as patas traseiras, promovemos o uso de novos instrumentos, aumentando significativamente a nossa inteligência.

Porém, os complexos processos fisiológicos da caminhada bípede geram também uma série de problemas. Por exemplo, o andar humano.

Embora a gravidade ajude uma rede intrincada de tendões nos ajuda a conectar os órgãos à coluna vertebral, impedindo-os de cair e de imprensar uns aos outros. Nossa coluna vertebral teve que sofrer algumas adaptações: as vértebras inferiores ficaram maiores para suportar a maior pressão vertical, e nossa coluna curvou-se um pouco para nos impedir de cair para a frente. No decorrer de um único dia, os discos da parte inferior das costas são submetidos a pressões equivalentes a várias toneladas por centímetro quadrado. Ao longo da vida, toda essa pressão cobra o seu tributo.

Muitas das enfermidades debilitantes e até fatais do envelhecimento decorrem em parte de nossa locomoção bípede e da postura ereta. Cada passo que damos coloca uma pressão extraordinária em nossos pés, tornozelos, joelhos e costas – as estruturas que sustentam o peso de todo o corpo acima delas.

No decorrer de um único dia, os discos da parte inferior das costas são submetidos a pressões equivalentes a várias toneladas por centímetro quadrado. Ao longo da vida, toda essa pressão cobra o seu tributo, assim como o uso repetitivo de nossas articulações e o esforço constante que a gravidade impõe a nossos tecidos.

Quando jovens, nem sentimos suas imperfeições e, com o tempo, desgastamo-nos e de alguma outra forma os problemas de saúde se tornam mais comuns. A questão é como não ter tantos defeitos que nos deixarão ou nos deixam relativamente incapazes em nossos últimos anos. Nossa espécie está envelhecendo a passos rápidos e colocando novos desafios conquistados pelo conhecimento da própria teia da vida.

Com a conquista do envelhecimento, as doenças não podem ser evitadas apenas com pequenas orientações de comportamento, mas precisamos, então, de um novo design de cooperação corporal. Nossos corpos não foram projetados para durarem muito mais do que algumas poucas décadas. A vida é um sistema aberto e que acontece num ambiente adequado a receber e manter a vida, mas um rearranjo simples pode resolver problemas, mas criar outros.

Na verdade, muitos fornecedores de juventude em receitas gostariam de nos fazer acreditar que os problemas médicos associados ao envelhecimento são culpa nossa, decorrentes principalmente de nosso modo de vida decadente.

É claro que qualquer pessoa pode diminuir a duração de sua vida por comportamentos sedentários, má alimentação, fumo,..., mas isso por si não é suficiente.

Nenhuma intervenção simples compensaria as inúmeras imperfeições espalhadas por toda a nossa anatomia. As ciências da vida, ao alterarem suas concepções não simbióticas da natureza vital, vão conquistar rapidamente avanços incríveis que vão compensar muitos dos defeitos de concepção contidos em todos nós.

Pensemos no olho e no ouvido. A versão humana da visão é uma maravilha evolutiva. Com a idade, nossa visão diminui à medida que o líquido protetor da córnea vai perdendo a transparência, os músculos que controlam a abertura da íris e a focalização das lentes atrofiam-se, a lente engrossa e amarela, reduz nossa precisão visual e a percepção das cores.

Algumas modificações anatômicas podem ajudar muito, e podemos manter com alterações tecnológicas a preservação da audição dos idosos. Podemos também criar sistemas mais precisos de visão e de audição que dos humanos médios.

Se os seres humanos tivessem sido feitos para durar mais, seríamos diferentes.
Para vivermos mais tempo, estamos co-fabricando um corpo simbiótico distinto dos que a natureza nos desenhou com seus discos abaulados, ossos frágeis, quadris fraturados, ligamentos rompidos, veias varicosas, catarata, perda da audição, hérnias e hemorroidas: a lista das mazelas corporais que nos afligem à medida que envelhecemos é longa e muito familiar.

Estamos nos dirigindo para a emergência de uma nova espécie simbiótica altamente duradoura com partículas minúsculas dedicadas totalmente aos bilhões de esforços jeitosos e cooperativos necessários para nos manter intactos e que nos farão experimentar um estranhamento sobre o que conhecemos como existência ou sobre o que é o real movido pela nossa atual singularidade humana.

Se informação não é conhecimento, e se conhecimento não é sinônimo de sabedoria, não é preciso lembrar que essas conquistas geram riscos, desafios éticos e sociais imensos que julgamos não estarmos, ainda, à altura de enfrentá-los.

Temos, cada vez mais uma compreensão da importância da simbiogênese, não apenas a demonstrada nas nossas interações com os micro organismos (Margulis, 2002[10]),  mas um borramento amplo de fronteiras entre o mundo físico, social e biológico, que, há décadas, Michel Foucault demonstrou com a emergência do biopoder, da transubstancialização do poder-corpo para o poder-vida.

Nossa hipótese da simbiogênêse social é que estamos – como espécie -  borrando uma passagem evolutiva da era simbiótica e não parabiótica. No lugar de transformar o mundo nós vamos agora mudar o próprio ser em evolução. Como disse antes: não somos humanos, estamos ainda apenas humanos, mas o futuro duradouro é do simbiótico e estamos a caminhos acelerados nessa direção. Caminhamos aceleradamente, com a manipulação molecular, para a saída da era neolítica, em que logramos a tarefa de dominar nosso ambiente, para uma nova era da programação simbiótica. As nossas próximas tarefas serão o domínio de nosso próprio corpo e dos organismos vivos em geral.

Nessa nova era de uma evolução borrada entre os recursos orgânicos e os inorgânicos em cooperação com a vida estaremos transferindo para as criaturas vivas e para as máquinas ou para matérias inorgânicas parte das suas propriedades singulares, um borramento de uma nova ecologia simbiótica. Isso já está demonstrado. Por exemplo, o marca-passo tem sido utilizado com sucesso na medicina desde 1958. Hoje, a taxa anual é da ordem de 400.000 implantes. O marca-passo tem sido utilizado com sucesso na medicina desde 1958. Hoje, a taxa anual é da ordem de 400.000 implantes (KEMPF, 1998)[11].

Outros dispositivos, já foram demonstrados em diferentes experimentos e estão sendo também implantados no corpo humano ao largo dos últimos anos. Por exemplo, eletrodos para fazer conexão elétrica à espinha dorsal, de modo a estimular órgãos paralisados (utilizado em Larry Flynt, o famoso editor da revista pornográfica Hustler, para recuperar sua virilidade, após uma tentativa de assassinato que o deixou paraplégico) e o incrível implante de olhos artificiais (na verdade, câmeras CCD ligadas a processadores de imagens) para os cegos, projeto desenvolvido pelos oftalmologistas norte-americanos John Wyatt e Joseph Rizzo. (LIMA, 2005).

A vida tecnologicamente inteligente está constituindo uma potente beta natureza (seca, inorgânica) e gerando um novo recurso simbiótico com a alfa natureza (úmida e orgânica). São exatamente os recursos da ciência e da tecnologia modelados por uma sociedade do conhecimento que estão nos impelindo para entrar numa nova era da evolução. Estamos iniciando a embarcação de uma nova era simbiótica. (LIMA, 2005).

Nossa indicação final é que não vivemos apenas uma nova convergência neurodigital ou uma nova emergência do pós-humano, ou pós-evolutiva, ao contrário, estamos deixando para trás o humano demasiadamente humano e emergindo novos seres simbióticos modelados por uma aceleração envolta de uma evolução simbiótica, uma evolução geradora de seres bióticos mais duradouros numa nova ecologia simbiótica, mais recursiva, ou seja, com novos e potentes recursos e sentidos parabióticos.

Nos últimos anos, artistas como Stelarc[12] se dedicaram à discussão cultural e política da possibilidade de ultrapassar o humano através de radicais intervenções cirúrgicas, de interfaces entre a carne e a eletrônica, ou ainda de próteses robóticas para complementar ou expandir as potencialidades do corpo biológico. Mais que apenas antecipar profundas mudanças em nossa percepção, em nossa concepção de mundo e na reorganização de nossos sistemas sociopolíticos, esses pioneiros anteciparam transformações fundamentais em nossa própria espécie. Essas transformações poderão inclusive alterar nosso código genético e reorientar o processo darwiniano de evolução.

 

A SIMBIOGÊNESE E A NANOCIÊNCIA E NANOTECNOLOGIA

 

código genético e reorientar o processo darwiniano de evolução.

O desdobramento evolutivo da vida ao longo de bilhões de anos constitui uma história empolgante acionada pela criatividade inerente a todos os sistemas vivos. Expressa troca entre recursos e natureza ao longo de caminhos distintos de mutações, intercâmbios de genes e simbioses aguçadas.

Como todos sabem a unidade mínima da vida é a célula. Descoberta em 1665 pelo inglês Robert Hooke.

Na nanotecnologia, uma nanopartícula, por exemplo, não tem vida. Assim, como um vírus não é um ser vivo, pois é uma unidade menor que uma célula e é incapaz de auto-organizar-se como unidade de vida. Os vírus são partículas em busca de uma célula hospedeira para numa simbiose interagir de forma tóxica, inceciosa ou colaborativa com a vida. A Aids, a gripe, adengue, a catapora, o sarampo, por exemplo, são virus. Por isso não se existem antibióticos para um vírus, mas para uma bactéria que têm uma célula e é bio (vida), sim. Por isso a palavra antibiótica (antibio - o que é contra a vida: morte).

A indústria fármaco e muito da prática médica tem por base a doença e não a saúde da vida. Na simbiogênese, defendemos que a rede de células humanas e de bactérias amigas que formam uma rede de cooperação de longo agora, quando são atacadas e é necessário agir, a indústria fármaco precisaria dotar de muito mais atenção ao princípio simbiótico, de fortalecimnento da vida com procedimentos e fármacos próbióticos e muito menos do uso de antibióticos a serem utilizados apenas em situações muito extremas. Falarei mais adiante sobre a importãncia disso quando falamos na defesa do ambiente vivo.

Os vírus e as bactérias são os verdadeiros donos do mundo.

Os vírus isoladamente não fazem parte do universo da vida. Os vírus isoladamente não conseguem produzir proteina em seu material genético. Precisam de uma célula hospedeira para isso. Sem elas vagueiam por si mesmo.

Como sabem o universo da nanociência é de um metro partido em bilhão de vezes iguais. O universo micron é do tamanho apenas de um milhão de vezes de um metro. Tamanho do vírus vai de 0,001 milímetro podendo chegar em torn de 350 milimicros de diâmetro.

Um microm  (0,000 001) e nanometro é  (0,000 000 001). Os vírus não podem ser vistos a olho nú.

Para compararmos, os glóbulos vermelhos do sangue humano, têm 7.500 milimicros de diâmetro e dentro de uma célula bacteriana podem caber uma multidão de partículas de vírus.

As células animais veriam de 10 a 20 micrômetros, enquanto as vegetais medem de 20 a 50 micrômetros. Nas bactérias a média de tamanho são de  2 a 5 micrômetros. As células humanas em geral possuem o tamanho de 10 a 50 micrômetros.

Os vírus – em geral bem, são partículas bem memores que a unidade mínima de vida que é uma célula. Isso é o que pensávamos. Em 2015 cientistas de um Laboratório em Berkely realizaram a proeza de registrar uma imagem da menor forma de vida encontrada no Planeta, uma bactéria de 0,009 microns de diametro ou seja, 9 nanometros, ou seja, menor que um vírus. Apesar de ser uma forma de vida abundante no Planeta  sabemos muito pouco sobre ela por ser muito pequena, mas também por ser muito frágil e morrerem.

Por outro lado existem células que podem ser vistas sem auxílio de microscópio, como por exemplo, o olho humano. Uma célula esférica com 200 micrômetros de diâmetro.

O que de menor um olho humano pode nos permitir ver depende do tsmanho do objeto e da relação entre itensidade da luz e da distância. Já se conseguimos registros que permitiram enxergarmos com apenas 5 fótons e a noite conseguimos enxergar a noite milhares de estrelas da Galáxia de  Andrômedra que se encontra a 2.54 milhões de anos luz da Terra.

 

DESENVOLVER É DEIXAR DE SE ENVOLVER

 

É cada vez mais visiveis as impasses gerados pelo esgotamento do ciclo industrial, principalmente pelo seu impacto aniquilador no ecossisterna vivo do Planeta. Hoje, 99% das espdcies vivas ja se extinguirame ''tres quartos dos seres humanos estão aglemerados em apenas dois por cento das terras do planeta (Chaisson, 1984: 257).

Ao decompormos a palavra desenvolver (des = menos envolver), verificaremos que ela se origigina da ideia de envolvimento. Portanto, sua raiz e envolver, envolver-se sobre algo, um objeto. Porém, chama-nos a atenção que o prefixo des implica uma direção oposta. Desenvelver-se, é retirar-se do envolvimento, distanciar-se da base material de um objeto – e no caso da vida -  retirar-se fo envolvimento com ecossistema vivo - nada mais eoerente com relação às praticas desenvolvimentistas.

Crescer no desenvolvimeno é crescer o distanciamento do nosso ecossistema vivo. É colocar o homem narcisista – antropocêntrico – predador - num pedestal superior a natureza que é dada como inesgotável. Essa obsessão ao cresciento desse desenvolvimento – para uma nova beta natureza suprior, uma natureza de uma ordem racional está aniquilando os recursos necessários para a produção da vida em nosso planeta. 

As escolas do desenvolvimento sustentáveis ou não induziram a um verdadeiro genocídio do capital genético construído a milhões de anos pela evolução.

Vejamos por ordem de prioridade para a manutenção da vida em nosso Planeta: o ar, a água, os solos férteis, os animais, as plantas, os minerais.

A primeira coisa que a vida precisa é de AR. Esse elemento é tão essencial para a vida que segundos sem ele começam a gerar efeitos desatrosos para qualçquer ser vivo. Sem repirar não aguentamos muitos minutos. Vamos óbito. O oxigênio é gerado pelça fotosíntese e as fontes da sua produção são bem conhecidas: ele é produzido em pequena escala pelos vegetais presentes nas estepes e terrascultivadas, em grau bem maior pelas formações florestais e, em nível exttraordinariamente elevado (cerca de 70% do total), pelo fictoplânction oceânico, responsável por cerca de 70% de todo o oxigênio que paassa na atmosfera.  Todas essas fontes compõe um estoque finito de oxigênio produzido diariamente no Planeta. Todas essas fontes estão sendo ameaçadas peço atual modelo desenvolvimentisda da civilização. O problema não está apenas na destruição do oxigênio, mas da intensificação de seu consumo pela tecnologia industrial. Um automóvel, por exemplo, consome, ao percorrer mil quilômetros, o equvalente ao consumo de um homem adulto durante um ano (LAGO et All, 1985, 74-75)[13].

O segundo elemento essencial para a vida é a ÁGUA. Dos140 milhões de quilômetros cúbicos de ágia em nosso Planeta, apenas 3% constituem em água doce, sendo que ¾ dessa água encontra-se imobilizada em geleiras e neves. A civilizaão industrial tem criado situações nunca antes vistas de contaminação e desperdício no uso dessas reservas. Um habitante de um Oásis no Saara, por exemplo, usa cerca de 3 litros de água por dia, um habitante do Rio de Janeiros gasta em média 450 litros, em Moscou 600 litros e de Nova York, 1045 litros.

O terceiro elemento são os SOLOS FÉRTEIS. Da área Planetária de 149 milhões de km², apenas 30% são potencialmente aráveis, issso porque o restante se compõe de desertos, áreas glaciais, montanhas incultiváveis, etc. O quadro geral é preocupante, principalmente devido ao fato de observarmos uma perda permanente e acelerada de solo fértil. Um solo não é siplesmente um arcabouço de matéria morta.

Os solos abrigam um quarto da biodiversidade do planeta – uma colher de terra saudável tem mais organismos que pessoas no planeta Terra. Nossa alimentação depende dos solos férteis, já que 95% vêm deles. Apenas um grama de solo fértil, por exemplo, pode conter 2,5 bilhões de bactérias e 6.400 fungos. Atualmente, 33% da área dos solos já foram perdida. Nosso Planeta perde 24 bilhões de toneladas de solo fértil por ano.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou que por ano, perdem-se 50 mil quilômetros quadrados  de solo, o equivalente a área da Costa Rica. Atualmente, 33% da área dos solos já foi perdida.

A degradação do solo deve ser impedida porque ela não é recuperável na escala humana, alerta a organização no vídeo. Isso porque, para gerar 1 centímetro de solo fértil, levam-se 1.000 anos. O problema é agravado pela expansão urbana, responsável pela constante impermeabilização do solo. Na Europa, por exemplo, 11 hectares de solo são impermeabilizados a cada hora, segundo a FAO.

O quarto recurso são as diversas espécies de ANIMAIS E VEGETAIS que habitam em nosso Planeta. Estima-se que já houve uma redução de 30% na vida nos oceanos.  A acidificação do oceano, o aquecimento global e a poluição agem de forma conjunta coloca em risco de severo declínio e extinção 75% dos corais mundiais correm o risco de sofrerem um severo declínio. Os distúrbios no ciclo de carbono, acidificação e baixa concentração de oxigênio na água faz com que os níveis de CO² que estão sendo absorvidos pelos oceanos já sejam bem mais altos que aqueles registrados durante a grande extinção de espécies marinhas que ocorreu há 55 milhões de anos.

Um trabalho de investigação da Universidade de Stanford analisou o padrão de desaparecimento de 2.500 espécies nos últimos milhões de anos. Em cerca quatro bilhões de anos de história da vida na Terra, ocorreram cinco mega extinções, momentos em que muitos dos seres vivos foram arrastados de repente para a desaparição por vários cataclismos. E agora, segundo todos os dados recolhidos pela ciência, a civilização humana está causando uma nova extinção em massa: somos como o meteorito que dizimou os dinossauros do planeta. Estudo liderado por pesquisadores de Stanford, mostraram como que uma sexta extinção está acontecendo com os seres aquáticos de maior tamanho.

Mantendo nosso ritmo “desenvolvimentista”, os grandes animais que vão povoar os mares dentro de milhões de anos não serão descendentes de nossas baleias, tubarões e atuns porque estamos matando todos eles para sempre. A eliminação seletiva dos maiores animais nos oceanos modernos, algo sem precedentes na história da vida animal, pode alterar os ecossistemas durante milhões de anos, conclui um estudo apresentado pela revista Science.

É um padrão “sem precedentes” no registro das grandes extinções e que com muita segurança acontece por causa da pesca: hoje em dia, quanto maior o animal marinho, maior a probabilidade de se tornar extinto.
Os cenários pessimistas preveem a extinção de 24% a 40% dos gêneros de vertebrados e moluscos marinhos; o cálculo mais trágico é comparável à extinção em massa do fim do Cretáceo, quando os dinossauros desapareceram (Science).

Sem uma mudança dramática na direção atual da gestão dos mares, nossa análise sugere que os oceanos vão sofrer uma extinção em massa de intensidade suficiente e seletividade ecológica para ser incluída entre as grandes extinções.

Quanto às espécies de mamíferos um levantamento da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) revela que uma em cada quatro espécies de mamíferos corre o risco de desaparecer do planeta.

Quanto as aves e pássaros em cada 8 espécies de aves está ameaçada de extinção, diz estudo. Uma em cada oito aves está ameaçada de extinção no mundo. Das 11 mil espécies catalogadas, 40% podem desaparecer do planeta, segundo estudos da BirdLife Internacional.

Quanto os vegetais, as plantas estão entrando em extinção pesquisadores mostram que as plantas estão desaparecendo 500x mais rápido que o normal — graças aos humanos.   Saber quantas espécies estão sendo extintas não é uma resposta fácil de ser obtida. Faltam dados precisos sobre extinções contemporâneas na maior parte do mundo. E as espécies não são distribuídas uniformemente – por exemplo, Madagascar é o lar de cerca de 12 mil espécies de plantas, das quais 80% são endêmicas (não encontradas em nenhum outro lugar). A Inglaterra, por sua vez, abriga apenas 1.859 espécies, das quais 75 (apenas 4%) são endêmicas.

Os resultados cobrem o período após a primeira Revolução Industrial, que ocorreu na segunda metade do século 18. Segundo os pesquisadores, a taxa de extinção é 500 vezes maior do que seria esperado ocorrer naturalmente, sem a intervenção humana.

Estudos assustadores realizados apontaram que nos últimos séculos 571 espécies de plantas foram extintas. Nature - https://www.nature.com/articles/s41559-019-0906-2).

Algumas partes do planeta ainda são pouco estudadas em termos de biodiversidade. Por isso, é provável que ainda mais plantas estejam funcionalmente extintas — ou seja, o número de espécimes é tão baixo que não há mais chances que eles se reproduzam para repovoar a espécie.

O quinto são os MINERAIS E COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS. A discussão numérica sobre o tamanho de suas reservas estão em aberto. Entretanto os dados existentes já delimitaram os seguintes prazos para sua exaustão supondo que o consumo continue a crescer nos padrão da civilização industrial. Alumínio – 33 anos; Cromo 115 anos; Chumbo 28 anos; manganês 106 anos; .... etc.

Embora mênos de 10% da capacidade de petróleo no mundo tenha sido gasta, a Opep afirmou que a demanda mundial de petróleo em 2019  ultrapassará os 100 milhões de barris diários (mbd), aumentando em 1,47% em relação ao consumo de 2018.

Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) calculou em 100,3 mbd a demanda petrolífera do planeta, superando a expectativa média de 98,85 mbd prevista para 2018.

Nesse ritmo as reservas restantes se esgotarão até o final do Século. Cerca de uma geração. Isso quere dizer que em pouco mais de 100 anos mais ou menos, nossa civilização terá exaurido um recurso que foi preciso milhões de anos para acumular.

Em poucos anos em torno de 10 bilhões de seres humanos estarão Habitando no Planeta. A maioria deles em cidades ocupando apenas cerca de 2% do território de terra existente em todo nosso globo.

A recomendação básica é que – no mínimo estamos caminhando do lado oposto da evolução da espécie. Sem evoluirmos junto com o Planeta simbiótico, em symbios não temos futuro, ou seremos uma espécie sem futuro. Nossas novas gerações não poderão viver em plenitude de uma civilização evoluída, pós- industrial. Em vez de desenvolver a cidade, a vida, o país precisou é reciclar e o mais importante. Reciclar a nós mesmos para uma relação simbiótica com as múltiplas formas nano, micro e macro de vida e reciclarmos nossa relação com o Planeta da vida. Nosso Planeta simbiótico.

 

   

Para minhas palavras finais, termino com as palavras iniciais do meu mais importante livro: Nômades de Pedra: Teoria da sociedade simbiogênica

 

A terra a terra gira para nos aproximar.  Não gira como nos indicou a “revolução copernicana”,* que nos revelou estranhamente, que nosso planeta gira, mas que o homem não. Muitos e muitos cientistas do mundo ocidental centraram-se nessa crença, na qual renascia um potente, ainda que imóvel, e poderoso homem decifrador moderno.

Agora, o moderno homem imóvel - ao centro, muitas vezes acima e, quase sempre, ausente - construiu um sistema de mundo já dado como estruturado, sem diferenciação de espaço e sem tempo. Portador de uma linguagem geral – da ciência moderna – descreve e traça as linhas de particularidades do cosmos, revelando as leis da natureza e a funcionalidade dos objetos e das coisas.

Surgem massas inanimadas atravessadas por forças de interação gravitacional em movimentos e trajetórias circulares e elípticas, que vão até ao infinito do finito. Ao mesmo tempo, desconsidera as diferenciações do espaço, a presença perturbadora do tempo e os efetivos limites constitutivos do mundo natural.

Junto com a prepotência racional dos modernos e a cada grande explicação do mundo, revelávamos seus segredos mecânicos de funcionamento e desnudávamos pequenas e grandes descobertas, mas deixávamos de ver-nos juntos e dentro desse mesmo mundo.

A ampliação de nossa prepotente visão do mundo era proporcional ao tempo do longo sono que dormimos tranquilamente junto com os modernos cientistas e, assim, éramos também incapazes de junto com eles, pensarmos acordados, ou seja, estávamos acima e, ao mesmo tempo, ausentes desse mesmo mundo que pensávamos estar revelando.

No entanto, uma perturbação ronda o tranquilo sono da ciência. Descobrimos, agora, que estamos imersos simbioticamente nesse giro copernicano, que fazemos parte dele e giramos juntos com a Terra, dentro de um iô-iô cósmico em expansão e dispersão, em complexa auto-organização. A Terra gira ao redor de si mesma e também dentro de nós, unindo-nos, finalmente, nesse fantástico sonho de vivermos a vida numa dança cósmica.

 

  

Referências

 

DARWIN, Charles. A Origem das Espécies. Rio de Janeiro. Editora Jorge Zahar, 2007.

DENNETT, Daniel. Darwin's Dangerous Idea: Evolution and the Meanings of Life (Simon & Schuster; reprint edition 1996) (ISBN 0-684-82471-X)

___________. A Perigosa Ideia de Darwin. Rio de Janeiro: ROCCO, 1998.

________ Brainstorms: Philosophical Essays on Mind and Psychology (MIT Press 1981) (ISBN 0-262-54037-1)

KEMPF, Hervé. La Révolution Biolithique: Humains Artificiels et Machines Animées. Paris: Albin Michel, 1998.

LIMA, Gilson. Nõmades de pedra: teoria da sociedade simbiogênica contada em prosas. Porto Alegre: Escritos, 2005.

LIMA, Gilson. Sociology in Complexity. Sociologias – V 1. PPGS/UFRGS, 2007

LUKASIEWICZ, Jan. Aristotle's Syllogistic from the Standpoint of Modern Formal Logic, Oxford University Press, Amen House, London, 1958.

MARGULIS, Lynn. Microcosmo. São Paulo: Cultrix, 2002.

MARGULIS, Lynn; SAGAN, Dorion. O que é Vida. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2002a.

MARGULIS, Lynn; SAGAN, Dorion. O que é Sexo. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2002b.

SMALL, Gary; VORGAN, Gigi. The tecnhologicgary; al alteration of the modern mind por Gary Small e Gigi Vorgan. Nova York: HerperCollins Publischers, 2009.

STELARC. “Das estratégias psicológicas às ciberestratégias: a protética, a robótica, e a existência remota”. Em D. Domingues (org.), A arte no século XXI: a humanização das tecnologias. São Paulo: Ed. Unesp, 1997.

WRIGTH, Robert. O Animal Moral: porque somos como somos: a nova ciência da psicologia evolutiva. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

ZADEH, A. Fuzzy Sets.  Information and Control, 8:338 – 353, 1965.

 

Referências bibliográficas eletrônicas


STELAC. Pseudônimo de Stelios Arcadiou (19 de junho de 1946, Limassol, Chipre) é um artista performático cujas obras concentram-se fortemente no futurismo e na extensão das capacidades do corpo humano.
http://stelarc.org/_.swf (última visita 14/08/2015).

LIMA, Gilson. Encontro com Daniel Dennet. Reinventando o universo do humano com a ciência em ação. http://glolima.blogspot.com.br/2010/11/encontro-com-daniel-dennet-reinventando_28.html (última visita 14/08/2015).

LIMA, Gilson. Vídeo que mostra coordenei um experimento onde batemos o record de 512 passos sequenciais com um paciente tetraplégico num exoesqueleto não robótico. Mapeamos também o consumo de oxigênio-energia no trajeto. http://glolima.blogspot.com.br/2011/07/exoesqueleto-para-alem-da-cadeira-de.html (última visita 14/08/2015).

LIMA, Gilson. Tese de Doutorado: A Reconstrução da Realidade com a Informação Digital: a emergência da dupla competência sociológica. (UFRGS, 2004). https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4226/000453996.pdf?sequence=1 (última visita 14/08/2015).

LIMA, Gilson. Seu Cérebro no Google. A nossa hipótese de pesquisas com usos de computadores e outras atividades online é que esses usos – cada vez mais intensos - causam alterações rápidas e mensuráveis para um circuito neural do cérebro, particularmente, em pessoas sem prévia experiência com computador. http://glolima.blogspot.com.br/2012/12/seu-cerebro-no-google.html (última visita 14/08/2015).



[1] Gilson Luiz de Oliveira Lima. Graduado em Ciências Sociais. Mestre em Ciência Política.  Doutor em Metodologias Informacionais pela UFRGS. Pós-doutor em Neuroreabilitação. MEMBERSHIP do RESEARCH COMMITTEE CLINICAL SOCIOLOGY da ISA- International Sociological Association. Criador e coordenados do NITAS. Núcleo interdisciplinar de tecnologia assistiva e simbiogênse.

[2] A origem de meus esforços por uma nova teoria social tem como referência inicial um conceito da simbiogênese proveniente da genética molecular, mais precisamente proposto por Lynn Margulis. A teoria da simbiogênese implica uma mudança radical de percepção no pensamento evolutivo. Enquanto a teoria convencional concebe o desdobramento da vida como um processo no qual as espécies apenas divergem umas das outras, Lynn Margulis alega que a formação de novas entidades compostas por meio da simbiose de organismos, antes independentes, tem sido a mais poderosa e mais importante das forças da evolução. Essa nova visão tem forçado biólogos a reconhecer a importância vital da cooperação no processo evolutivo. Pensamos que a abordagem da simbiogênese é um recurso teórico importantíssimo para darmos conta dos dilemas e da complexidade proveniente da emergência da esfinge informacional e sua interação com o corpo e o ambiente que nele acontecemos.

[3] A noção de borrosidade (entre fronteiras, bordas), surgiu de um problema matemático na teoria de conjuntos fuzzy proposto pelo lógico polonês Jan Lukasiewicz. Trata-se de uma abordagem crítica das noções de limite e de precisão, essenciais à teoria dos conjuntos que funda a analítica formal da ciência moderna (ZADEH, 1982). Uma boa metáfora para o mundo do conhecimento complexo da compreensão da vida e uma abordagem crítica das noções disciplinares e superespecialistas que reinam até hoje na ciência moderna.

[4] WRIGTH, Robert. O Animal Moral: porque somos como somos: a nova ciência da psicologia evolutiva. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

[5] Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon (Montbard, 7 de Setembro de 1707 - Paris, 16 de Abril de 1788) foi um naturalista, matemático e escritor francês. Foi precursor de Lamarck e Darwin, com suas concepções filosóficas e o estudo das espécies, que foram ótimos subsídios para o progresso da biologia. É considerado um dos maiores biólogos do seu tempo, Buffon, segundo Darwin, foi um dos primeiros a estudar cientificamente a origem das espécies.

[6] MARGULIS, Lynn. Microcosmo. São Paulo: Cultrix, 2002; MARGULIS, Lynn; SAGAN, Dorion. O que é Vida. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2002ª; MARGULIS, Lynn; SAGAN, Dorion. O que é Sexo. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2002b.

[7] CAPRA, Fritjof.  A Teia da Vida. São Paulo: Cultrix, 1996.

[8] Ibd.id.

[9] LIMA, Gilson. Nômades de Pedra; Teoria da sociedade simbiogênica. Porto Alegre: Escritos, 2005.

[10] Ibd

[11] KEMPF, Hervé. La Révolution Biolithique: Humains Artificiels et Machines Animées. Paris: Albin Michel, 1998.

[13] LAGO, Antonio et al. O que é Ecologia. São Paulo: Ática, 1988.

* Relativo a Nicolau Copérnico, astrônomo polonês Nicolau Copérnico que publicou sua obra maior "Das revoluções dos corpos celestes". Nessa obra, diferentemente da tese adotada pela Igreja Católica durante toda a Idade Média, de que a Terra era o centro do Universo e era fixa, Copérnico, defendeu a teoria de que a Terra se move em torno do Sol e não o contrário. Essa teoria foi mais tarde desenvolvida por Galileu e seu contemporâneo Johannes Kepler culminando na síntese final com a Teoria da Gravitação Universal, formulada pelo físico e matemático inglês Isaac Newton que, por coincidência, nasceu em 1642, o mesmo ano em que Galileu morreu.


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Gilson Lima. É cientista aposentado depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade. Criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi por vários anos pesquisador acadêmico e industrial coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neuroreabilitação em diferentes cidades e diferentes países principalmente, europeus.

Tem formação original humanística e foi voltando seus estudos e pesquisas desde o início dos anos 90 para a abordagem da complexidade nas metodologias informacionais, depois na nanotecnologia e nos últimos 15 anos de carreira focou na neuroaprendizagem e reabilitação envolvendo a simbiogênese e interfaces colaborativas entre cérebro, corpos e displays.

Inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos clínicos.

Escritor. Muitas de suas atividades e textos estão disponíveis no blog: http://glolima.blogspot.com

Atualmente retomou sua atividade como músico compositor, cantor que atuava na adolescência produzindo atualmente suas canções. Suas músicas e shows podem ser acessados no canal do youtube @seukowalsky

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

O DNA TEM INTELIGÊNCIA INATA FRACTAL E NÃO CEREBRAL

[1] Gilson Lima. 



Vamos então à uma consequência simbiótica mais importante e mais perturbadora: onde é o centro da atividade da rede magnética corporal? Qual sua linguagem? Como acessá-lo?



quanto elevado nos podemos pensar o próprio pensar se entendermos que mesmo o pensamento, as sinapses dele decorrente depende de um painel de comando que não está centralizado no corpo. É fractal. Está em todo o corpo: o DNA. 

O pensamento viria então incialmente do DNA. Ali está a origem de tudo. O modo como pensamos, como podemos julgar como iremos reagir ao um patógeno invasor e até como vamos relacionar com o ambiente onde acontecemos aqui fora. Seria surpreendente, não? 

Mas se mantivermos uma visão linear e tridimensional não podemos ir adiante. Porém, como podemos ir adiante, como podemos alterar isso?

O cérebro armazena experiência e constrói padrões. É reativo, mas integrado a contextos. Mas como o cérebro age sobre o que ele não conhece. O que não decidiu e programou fazer conscientemente? 

Nem nos damos conta o quanto. Mas isso é quase tudo quando acontemos no mundo.

 Pensamos que só às vezes ele é intuitivo. Veja o quanto de comunicação está acontecendo lá dentro de seu corpo agora mesmo. No seu sistema inato e que você nem sabe o que está ocorrendo e nem imagina como saber. Então o que é ser intuitivo?

Para isso é preciso consultar a inteligência inata que está lá embaixo e em todo lugar do seu corpo. Está no seu DNA. É onde você tem que atuar sobre o que não conhece ainda. Sobre o que não tem um padrão consolidado. Como agir? Tudo está lá acontecendo agora mesmo.

A implicação disso é imensa. O comando inteligente e centralizado do encéfalo está na verdade integrado a um comando inteligente que está distribuído em todo o corpo. É fractal. Onde estiver corpo, uma parte, o todo estará lá também. São em torno de 10 trilhões. Estão lá dentro do núcleo de cada célula. São todos os mesmos e todos são um e um são todos. 

Pensar um corpo fractal só é possível pelo DNA e não pelo encéfalo. Existe uma inteligência não encefálica no corpo. Ela é distribuída. Ela é inata. Ele é muito mais inteligente e complexa que o raciocínio lógico e consciente do cérebro cognitivo centralizado. 

 A INTELIGÊNCIA INATA FRACTAL 

 As sinapses de um pensamento tridimensional não estão nem mesmo no meio do caminho. Só será possível acessarmos esse caminho quando nos tornarmos multidimensionais, quando fazermos as dobras dimensionais e cooperar ativamente entre o cérebro consciente e a inteligência inata e essa linguagem não é lógica, mas pode ser conceitual. O subconsciente entende conceitos. O sistema inato entende padrões vibracionais e não dados lógicos e edições químicas de corte e costura. 

Não temos hoje controle sobre o não consciente sináptico em nós. Os ocidentais, desde que inventaram um tipo singular de razão consciente, que mensura e opera o mundo de modo muito eficaz, viraram as costas para a inteligência inata (inconsciente). 
Isso aconteceu por Séculos e Séculos, nas culturas escolarizadas pela razão ocidentalizada. Temos muito que aprender com a cultura oriental. Que se conecta com a energia. Que conversa com o silêncio. 

 FREUD E O DUALISMO

 Freud chamou atenção para isso. O que ele chamou a atenção é que a consciência não passa de uma película fininha de um imenso oceano profundo onde chamamos de intuição e inconsciente ou o não racional ou aquilo que ainda não é DO CONHECIMENTO CONSCIÊNTE. 

Agora dá para entender por que Freud não entra facilmente nas escolas. Nas Universidades aqui e ali marginalmente, meio quase que escondido. Porque ele revelou uma fragilidade do modo ocidental de pensar onde tudo que é entendido como um pensar nobre e superior está organizado pela consciência racional. Ele realmente fez um desserviço ao poder unilateral da razão. 

No entanto, o tal inconsciente não é como imaginou Freud, o que ainda não se revelou racional ou se tornou compreendido como razão. Se for racional o inconsciente deixará de ser o que é: uma Inteligência inata complexa. O que Freud fez? Começou a construir pontes. Com os sonhos. Buscar um diálogo compreensivo e colaborativo se integrando e rompendo com o dualismo ativo que fomos condenados. Inciou o caminho.

O novo ser simbiótico abandonará o veículo humano racionalizador do predador e integrará razão e ochamado inconsciente totalmente à inteligência inata. O cérebro da consciência sináptica passará a cooperar e não tentar controlar centralizadamente a dobra da complexa inteligência inata. Uma dobra simbiótica multidimensional integrada e em cooperação que romperá o dualismo.
 
A FONTE

 Agora vem o mais significativo. De onde vem a fonte da sabedoria inata do corpo? De onde vem lá embaixo nesse oceano tão profundo que Freud indicou? Ela vem lá de dentro da célula. Ela vem do DNA. 

Podemos saber agora então que a fonte do piloto do veículo simbiótico sempre foi os sinais do painel de comando do próprio DNA.

O DNA está distribuído em trilhões de lugares e sendo ele mesmo, como dissemos, o tempo todo um e o tempo todo o todo. Que não é e nem está centralizado no corpo. Isso pode ter um impacto muito relevante sobre o que pensamos ser o modo como às células se comunicam. Isso seria como uma comunicação não mais entre cabos, fios e uma mecânica material rudimentar, de edições de códigos tipo corte e costura, mas uma comunicação de energia, uma energia vibracional e a linguagem é fractal. Que está ligada numa conexão de uma ponta a outra por ondas que vagueiam no espaço compondo interações extracelulares, ou seja, não apenas pelas conexões físicas que conhecemos. 

Isso é uma ótima notícia, pois poderemos então acessar as células do DNA do corpo humano para modificar as nossas estruturas interações vibracionais. Certamente que podemos e já fazemos, mesmo não sabemos ou até esquecemos que fazemos por essa nossa maquinaria consciente e dual. 

 “INFORMAÇÃO” INATA É ENERGIA VIBRACIONAL 

 Para isso temos que começar a deixar de lado os velhos conceitos de informação COMPUTÁVEL OU EDITÁVEL como conhecemos.

Informação aqui é energia vibracional. Quando produzirmos as máquinas cognitivas conseguimos computar energia elétrica. Sabem disso. Conseguimos dominar a corrente dos fluxos elétricos e manipulá-los como informação editável em dimensão newtoniana típica. A informação passou a ser para nós uma energia manipulável cognitiva. Como isso que é tão relevante não é tão valorizado pelo tal cérebro “matemático”, consciente e racional? Isso é uma das mais importantes janelas de oportunidades que passamos a dominar com o universo e com nossa inteligência inata. 

Essa é a questão mais relevante e que não é considerada pelos cognitivistas. Aprendemos a computar, armazenar, modificar e transportar energia como informação. Não são os dados o mais importante, mas a nossa capacidade de manipular a energia de algum modo computável e manipulável no espaço e em todo o planeta.

Mas não olhamos para dentro de nós como energia que vibra. Na ânsia da conquista predadora que é parte dessa consciência de baixa frequência evolutiva do humano, do veículo humano esquecemos de olhar para dentro de nós mesmo e ver o quão muito mais inteligente somos e como podemos aprender com o que acontece no universo simbiótico de nossas células em nosso corpo. Campos morfogenéticos ou campos mórficos.
 
Rupert Sheldrake é um biólogo que ajuda a entender essa abordagem, desde que se afaste de alguns hábitos oriundos da velha biologia molecular que ele mesmo ainda compartilha.

Ele criou a hipótese dos campos morfogenéticos ou campos mórficos que são campos que levam informações, “não energia”, e são utilizáveis através do espaço e do tempo sem perda alguma de intensidade depois de ter sido criado. Eles são campos – para ele - não físicos que exercem influência sobre sistemas que apresentam algum tipo de organização inerente. Isso concordamos totalmente.

Ele advoga – como nós também - que estamos centrados nos mesmos padrões magnéticos que envolve desde a formação das galáxias, dos átomos, dos cristais, das moléculas, das plantas, dos animais, das células até as sociedades. Cobrindo todas as coisas que têm formas e padrões, estruturas ou propriedades auto organizativas. 

A dinâmica das ondas, os padrões atmosféricos, o fluxo turbulento dos fluidos, o comportamento da chuva, todas estas coisas são corretamente incertas, como são os eventos quânticos na teoria quântica. Os Campos Mórficos, segundo ele, funcionam modificando a probabilidade de eventos puramente aleatórios. Em vez de uma grande aleatoriedade, de algum modo eles enfocam isto, de forma que certas coisas acontecem em vez de outras. SIMBIOGÊNESE: a inteligência inata é múltipla e colaborativa.

É uma abordagem muito próxima de minha teoria ampliada da simbiogênese. Existem um campo invisível, mas diferente do que pensa Sheldrake é um campo de energia vibracional, em modo conceitual fractalizável que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas de comunicação do corpo. 

A fonte é um sistema altamente inteligente, muito mais inteligente que o cérebro consciente: a inteligência inata.

O sistema inato está no universo multidimencional. Todo átomo, molécula, célula ou organismo que existe gera um campo organizador de padrões fractais e possivelmente detectável por instrumento adequado, que afeta todas as unidades desse tipo. A vida se evolui por via de um atrator vibracional com padrões fractais moldados em base de cooperação de um longo agora.

Assim, sempre que uma célula-tronco aprende um comportamento, e esse comportamento é repetido vezes suficiente, o tal campo (molda) é modificado e a modificação afeta o entorno e até mesmo o próprio órgão por inteiro, mesmo que não haja formas convencionais de contato direto entre a comunidade de células. A ciência do computo dá um valor muito alto aos genes da química: tipo corta, emenda e cola.
 
É uma verdadeira panaceia: se não sabemos explicar algo, simplesmente “culpamos” os genes. Exemplo disso é o processo de diferenciação e especialização celular que caracteriza o desenvolvimento embrionário. Como explicar que um aglomerado de células absolutamente iguais, dotadas do mesmo patrimônio genético, dê origem a um organismo complexo, no qual órgãos diferentes e especializados se formam, com precisão milimétrica, no lugar certo e no momento adequado? Só é possível entender com a visão fractal do DNA. 

A biologia reducionista diz que isso se deve à ativação ou inativação de genes específicos, e que tal fato depende das interações de cada célula com sua vizinhança (entendendo-se por vizinhança as outras células do aglomerado e o meio ambiente). 

Sheldrake como todo biologia questiona o potencial do DNA fractal como se pudesse ter lá dentro numa cartola de mágica, da qual é possível tirar qualquer coisa. Ele diz que na vida real, porém, a atuação do DNA é bem mais modesta. Como em geral faz o biogeneticistas afirma que o código genético nele inscrito coordena a síntese das proteínas, determinando a sequência exata dos aminoácidos na construção dessas macromoléculas. Os genes – para eles - ditam essa estrutura primária e ponto. Mas para nós, o que importa mais é a ressonância vibracional dos campos magnéticos internos e externos.

Então vamos defender o contrário da biologia humanista. Acordamos é que a maneira como as proteínas se distribuem dentro das células, as células nos tecidos, os tecidos nos órgãos e os órgãos nos organismos não estão programadas no código genético. 

É certo que os dados de genes corretos geram isso e portanto com as proteínas adequadas, supõe-se que o organismo, de alguma maneira, se monte automaticamente. Porém, existe algo muito maior nesse campo que desmente a ideia de que apenas enviar, na ocasião certa, os materiais corretos para um local de construção faça com que a um órgão se construa espontaneamente. 

O que temos é uma cordenação do campo magnético, que a modelagem formal de sistemas biológicos como as células, os tecidos, os órgãos e os organismos não podem ser reprogramados a não ser por uma nova codificação de intervenção invasiva e direta de vibração magnética e não de conteúdo químico como o editável pela biologia reducionista. 

 Existe um campo magnético que pode ser capturado de modo fractal e compor uma estrutura conceitual que direcionaria a diferenciação celular, fornecendo e ou identificando erros moleculares, que tem uma espécie matriz em permanente interação com os sistemas vivos e se transformam o tempo todo graças ao processo de ressonância entre os campos. 

A hipótese dos campos morfogenéticos é bem anterior a Sheldrake, tendo surgido nas cabeças de vários biólogos durante a década de 20. O que Sheldrake fez foi generalizar essa ideia, elaborando o conceito mais amplo de campos mórficos, aplicável a todos os sistemas naturais e não apenas aos entes biológicos. O que foi fundamental. 
Ele propôs também a existência do processo de ressonância mórfica, como princípio capaz de explicar o surgimento e a transformação dos próprios campos mórficos. 

Sheldrake está muito perto da nossa visão simbiótica. O campo morfogenético que ele mesmo propõe seria uma região de influência que atua dentro e em torno de todo organismo vivo. 

Esse campo pode ser detectável em padrões fractais como algo parecido com o campo eletromagnético que existe em volta dos imãs, uma espécie de campo magnético invisível que contém uma memória. Esse memória é como um hábito gravado, enquanto ela não for alterada o comando será sempre reativo, reincidente ao que o veículo humano comanda. É uma ressonância de uma energia conceitual. O conceito que é gravado e opera a comunicação.

Não é uma ressonância mórfica por que para ele essa ressonância mórfica não é energia, mas ela é. Ele diz que não envolve do DNA, mas é do aumento da eficiência do DNA que virá o salto da evolução simbiótica. “Junk”  dizem sobre 95% do nosso DNA. Mas não é JUNK é energia vibracional não editável.

Quando olhamos para dentro de nosso corpo o fizemos por um viés cognitivo, da consciência dual do veículo humano e não vimos o quão esplêndido e evoluído e simbióticos nos tornamos. Não por causa de nosso cérebro, mas por causa de nossa sofisticada rede biótica e do nosso DNA que cada vez mais deixava de ser humano e se tornava simbiótico, múltiplo dimensional, complexo e muito mais evoluído. 

Até mesmo os cientistas racionais e duais já descobriram que apenas 5% do nosso DNA é químico. Um mecanismo codificador de proteínas produtor de genes. Descobriram também que 95% parecem não fazer nada. Eles chamam alegoricamente de alma. Mas chamam de alma como um espaço vazio sem física. Cientistas reducionistas não entendem e chamam de “Junk DNA” (DNA lixo), mas apenas não entendem como as coisas são ali dentro em quase tudo do DNA. 

Portanto o que temos é isso. Uma estrutura de DNA, um loop de DNA que tem 3 bilhões de químicos dentro e só 5% é o mecanismo do carro de corrida biológico chamado “ser humano”. 95% então é um motorista humano pilotando uma máquina espetacular, mas  usando apenas um modesto fragmento de sua potencia vital, de sua energia. O problema é o piloto. A consciência do piloto que precisa se expandir, mas o que acontece é que a energia que está pilotando o corpo aqui fora é de baixa consciência vibracional. É o humano que não captura o que tem de mais potente no DNA. É preciso evoluir para pilotar esse imenso espaço de energia vibracional que é energia e é uma energia enorme. 

Se pudermos manipular a “linguagem das ressonâncias e dos padrões vibracionais nessas partes do DNA o que aconteceria"?

Certamente poderemos comandar a realização de consertos de erros moleculares que possa alterar formações e realizar reconstruções de até de órgãos danificados. Poderíamos até mesmo alterar e mesmo desacelerar o processo do envelhecimento. A pergunta então é: Por que os erros não são consertados? Por que permanecem inalterados? Por que a “informação” no DNA permanece estática? 

Por que sem intervenção que mude a energia dos padrões dessa ressonância dentro do sistema inato no corpo humano ele sempre repetirá a computação "pré uterina programada" que ele a ele indicamos. Seria como poder conversar com nossas células sem trocar de assunto nunca. Enquanto não fazemos isso ele aplica os conceitos filogenéticos que herdamos da programação uterina. 

 RUPTURA COM O DUALISMO ENCEFÁLICO 

 Imaginem o que aconteceria se pudermos computar a “informação” desses dos 95% do DNA que sabemos que está lá e não sabemos o que é por causa desse dualismo ativo unidimensional. 

Imaginem poder mudar não apenas a informação de forma sistemática, mas até mesmo de modo inconsciente e não racional acessar e intervir de modo direto a dinâmica de forma energética (magnética) o DNA de modo que as células-tronco (a fábrica) receba um novo padrão de perfeição ao invés de estabilização de erros. E os erros moleculares puderem ser corrigidos e lentamente os órgãos começarem a se regenerar. E tudo se encaixar mais perfeitamente e nós começarmos até mesmo desacelerar o nosso envelhecimento.

Isso não é ficção científica. Já está sendo feito. Pode se fazer mais e muito com uma maior evolução da consciência de um piloto simbiótico, não mais um humano predador, de um condutor a favor da interação simbiótica direta com o corpo e o ambiente onde acontecemos. E acontecemos num Planeta que é também simbiótico. Que tem uma homeostase simbiótica e evolui com a vida dentro dele, por que ele é um Planeta vivo. É Gaya. Está vivo e é magneticamente simbiótico. Só precisamos nos integrar em symbios (fazer junto sempre). Romper o dualismo: matéria x energia.

Mais de 90% do nosso DNA são padrões de energia e não códigos. Apenas cerca de 3,5% dele contém a parte codificada da proteína que compõe os genes. Mas 90% do DNA são um manual de instruções vibrabórias gravadas. Um painel de controle para apenas gerenciar hoje 5% de nós mesmo. Então mais de 90% do DNA são instruções magnéticas vibracionais gravadas que estão lá e não sabemos como acessar. Ou o modo como pensamos que pode se dar o acesso não é possível acessá-lo. 

Se como já dizem os cientistas do velho paradigma que o veículo humano opera apenas cerca de um pouco mais de um terço desse painel de controle do DNA, como então ampliar essa baixíssima eficiência de todo o potencial de nosso DNA? Será que é apenas um problema de conhecimento? 

Se todo o potencial está lá não seria nossa baixa consciência do veículo humano que não permite acessar o resto do painel de controle que não é codificável? Que já está lá e permitiria que o usemos, que o manipulemos. 

Para isso é necessário romper o dualismo da matéria e da energia. É necessário ter uma abordagem multidimensional da energia física e do magnetismo. É preciso mudar a crença humana num tipo material de física. É preciso mudar a compreensão da física humana para uma física simbiótica, complexa e multidimensional de um corpo fractal. Aqui está uma questão chave: Porque uma lagartixa pode regenerar seu rabo e nós não? Por que uma estrela do mar pode regenerar um braço e nós não? 

A resposta é porque no programa na vibração magnética multidimensional do condutor do veículo humano está impresso num conceito que esse tipo de coisa apenas pode ser feito no útero.

É assim que está lá consolidada a programação da célula tronco no veículo humano. As instruções são sempre as mesmas. E ela se repete toda vez que uma célula se divide. Nisso a estrela do mar e a lagartixa são mais evoluídas na comutação de sua energia com suas células que os humanos.

Ela ocorre como o próprio Sheldrake verificou em espécies como a dos platelmintos, por exemplo. Se um animal desses for cortado em pedaços, cada parte se transforma num organismo completo. Tal organismo parece estar associado a uma matriz invisível, que lhe permite regenerar sua forma original mesmo que partes importantes sejam removidas. 

O próprio Sheldrake já realizou várias pesquisas para provar que o corpo possui um campo mórfico e, quando se perde uma parte desse corpo, o campo permanece. Um exemplo é uma das experiências que fez: Uma pessoa que não tem parte do braço age como se estivesse empurrando o membro fantasma através de uma tela fina. Do outro lado da tela, uma outra pessoa tenta tocar o braço fantasma. De acordo com Sheldrake, as duas pessoas envolvidas na experiência são capazes de sentir o toque. É uma prova (subjetiva) de que alguma coisa do braço ainda existe concretamente, e não apenas no cérebro da pessoa que o perdeu. OS SIMBIÓTICOS: para além do veículo humano.

Os simbióticos podem mudar a “informação” conceitual das vibrações gravadas e sermos assim capazes de regenerar até um órgão. Toda a química está lá. Nesse imenso vazio que a ignorância a limitada frequência do veículo humano não alcança. As instruções do veículo humano diz que não podemos fazer isso e, portanto, não alteramos os erros e nem regeneramos os órgãos e eles nem crescem novamente quando decepamos.

Imagine que temos uma máquina esplêndida. Um veículo que pode ir tão longe, mas com instruções que ele pode apenas dobrar para a direita. É isso que o motorista humano faz com seu DNA. 

 A IGNORÂNCIA DO COGNITIVISMO COM FALÁCIA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

 Eu fico impressionado quando cientistas tentam implantar diretamente no cérebro de pessoas com lesões na coluna eletrodos. Olhem. Direto no cérebro. Altamente invasivo. Imagine. Cobre. Fios. Soldas. Num sistema altamente complexo que é a máquina encefálica. Quanta ignorância. 

Às vezes chamam isso de inteligência. Ou mais comumente de inteligência artificial. 

Olha o que fazem cientistas experientes tentando “curar” reabilitar paraplégicos, tetraplégicos. Eles se intitulam com cientistas de ponta e em vez de buscar uma solução simbiogênica pretendem fazer experimentos invasivos no cérebro de pacientes lesionados.

É como você chegar com um defeito numa máquina magnética fantástica e na oficina você se depara com um mecânico que chega com uma chave de fenda e um martelo e começa destruir tudo. Toda aquela potencia do entorno é machucada e ferida com ferros e soldas. Na intervenção do mecânico rudimentar quando ele entra com seus cabos, fios e soldas de eletrodos naquela fantástica máquina magnética, no sistema nervoso central, as glias começam a se desorganizar intensamente tentando proteger os neurônios dos invasores bárbaros, começa a cicatrizar desorganizadamente a ponto até de diminuir sua complexidade das conexões locais ou mesmo levar a falência áreas inteiras de órgãos e até o óbito como acontece com os primatas nos experimentos tão famosos como o do cientista brasileiro Miguel Nicolelis. Em poucos dias os macaquinhos vão a óbito. 

As células neuroglias estavam ali para proteger desesperadamente as células nobres, os neurônios e de modo tão intenso e caótico por causa daquela intervenção inesperada, que acaba gerando a morte dos macaquinhos. 

Um parêntese. As células glias que são três vezes mais numerosas que o neurônio no cérebro. Até hoje não entendo por que a ciência do cérebro foca apenas no neurônio, a neurociência. O neurônio é uma célula genial, frágil, mas muito importante, mas e todo o resto do próprio cérebro? Ficamos presos na descoberta do neurônio no final do Século XIX. Foi uma descoberta genial do espanhol Santiago Ramón y Cajal (1852-1934), que em 1881, formulou a teoria Neuronal, demostrando que o neurônio é composto de corpo celular, dendritos e axônios e postulou a “Lei da Polarização Dinâmica”; por isso, é considerado o “pai da Neurociência moderna”. Agora, temos que ir adiante. 

Quando a coluna cerebral é lesada existe uma química que corre para o lugar de modo que ela não cresça, não regenere novamente. Existe uma estrutura hormonal e proteica que impede a coluna de crescer novamente, que impede que células-troncos possam regenerar a lesão. Isso está preso no piloto do veículo humano do DNA. 

Filogeneticamente os nervos são projetados para crescer novamente, mas eles não fazem isso. 

Por quê? Por que não acessamos o painel de controle, não alteramos a “informação” conceitual das vibrações gravadas de que é para as células-tronco tenham que fazer isso.  Certamente até mesmo os endereços e códigos que podem ser ativados para eles crescerem novamente, mas estão lá junto aos 95% do DNA que não acessamos. Porque o piloto humano manipulou uma “informação conceitual” que a medula não tem que regenerar-se. 

Em vez de pegar martelo, soldas e fios, temos que nos dirigir a para a decifração dessas instruções para as células tronco que existem distribuídas por todo o corpo humano.  Reprogramar o sistema das células-troncos vivas que padronizam o que acontece com o ser humano que está predisposto a doenças. Isso passa de geração a geração pelo piloto humano de que elas não devam fazer isso, pois está definido pelo o humano que sai do útero não a mais nada o que fazer a não ser remediar, remediar e remediar. 

Esse é caminho traduzir a vibração magnética gravadas em conceitos que acessam o DNA das células. Isso é informação transmutada em energia, não é química. Uma energia multidimensional que não é linear como é o humano a espera de uma nova tecnologia dualista e unidimensional inventada por ele que permitirá reprogramar pedaços e partes do corpo ou substituir por ferros, soldas e lascas de silício. 

Esse é um caminho que comecei a trilhas nas minhas pesquisas, mas apenas consegui alterar a plasticidade limitada a alguns campos e áreas encefálicas. Mas o caminho é aí. No campo magnético dessa energia vibracional. Com protocolos a descobrir e instruções conceituais dirigidas às células. 

As predisposições hereditárias a determinados tipos de doenças podem hoje até ser descobertas e serem até desativadas, mas hoje só tentamos impedir de elas serem ativadas, mas elas podem deixar de estar ali. 

Precisamos aprender a dominar essa energia vibracional que permitirá reescrever a dinâmica vibracional granada no DNA. 

O que são os milagres? A fé que cura? As curas milagrosas, se não a capacidade de acessar essa remissão inata, espontânea? Por ser extraordinária, ocasional, é um milagre. Às vezes de uma noite para o dia a doença desaparece. Não é por que num momento no tempo eles puderam capturar 100%, por um instante o seu próprio DNA? 

Existe um vasto oceano inacessível cujo caminho é seguir os instintos e o consciente. Não a dualidade da baixa consciência simbiótica do limitado veículo humano. 

 VIVER MAIS E MELHOR 

 Nós somos projetados para vivermos muito mais tempo. Mas não acessamos o DNA, o painel de controle que permita a manipulação também da causa do envelhecimento.

Usando de modo pouco eficiente o nosso DNA os biólogos tridimensionais estão corretos que não podemos viver tanto. Numa abordagem linear os biólogos estão realmente corretos. 

Os telômetros que são estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA não codificante que formam as extremidades dos cromossomos e que tem como principal função impedir o desgaste do material genético e manter a estabilidade estrutural do cromossoma. 

O DNA diminui os telômetros com cada divisão linear progressiva das células e os cromossomas começam a se transformar em algo que ele era menos do que ele era no nascimento. Assim, não temos uma molécula completa mais. Ela está um pouco diferente. É uma cópia de uma cópia. 

UMA ÁREA IMENSA A EXPLORAR

 Porém no grupo de instruções do DNA tem o projeto original nas células-tronco para toda e cada tipo de células que temos no corpo. O projeto original permite gerar uma célula nova. Perfeita. Umas que tá com você como você nasceu. Conforme o corpo aumenta a eficiência, começaremos a acessar as instruções originais e a invés de fazermos uma cópia pegaremos uma nova. O resultado disso é uma diminuição do processo de envelhecimento. Uma desaceleração que poderemos ver. Que os vizinhos ao nosso redor poderão ver. Não estaremos envelhecendo tão rápido quanto eles.
 
Isso pode acontecer se a parte do DNA que costumava ser RNA se torne um pouco mais multidimensional. A chave para isso é sair de um sistema químico tridimensional. Sair do paradigma tridimensional. Sair desse sistema que é apenas reativo e se abrir para uma linguagem fractal da energia vibracional multidimencional.

 Realmente é uma área imensa a explorar.

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Gilson Lima. É cientista aposentado depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade. Criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi por vários anos pesquisador acadêmico e industrial coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neuroreabilitação em diferentes cidades e diferentes países principalmente, europeus.

Tem formação original humanística e foi voltando seus estudos e pesquisas desde o início dos anos 90 para a abordagem da complexidade nas metodologias informacionais, depois na nanotecnologia e nos últimos 15 anos de carreira focou na neuroaprendizagem e reabilitação envolvendo a simbiogênese e interfaces colaborativas entre cérebro, corpos e displays.

Inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos clínicos.

Escritor. Muitas de suas atividades e textos estão disponíveis no blog: http://glolima.blogspot.com

Atualmente retomou sua atividade como músico compositor, cantor que atuava na adolescência produzindo atualmente suas canções. Suas músicas e shows podem ser acessados no canal do youtube @seukowalsky ou direto no https://www.youtube.com/@seukowalsky


terça-feira, 31 de dezembro de 2024

MENSAGEM PARA 2025: Que venha a civilização simbiótica!

 

A EMERGÊNCIA DA CIVILIZAÇÃO SIMBIÓTICA: 
depois da vida no humano, depois da civilização humana 

Gilson Lima [1]

 


A forma homem de viver e acontecer no mundo é presa na matéria de sua massa corporal até sua borda. O acontecer no mundo do mamífero humano é algo que acontece depois da fronteira da sua borda corporal, um lá fora.   Como se o mundo fosse algo externo e fora de si, um objeto, um meio. Um meio ambiente que está aí para utilizar, consumir, devastar ou até mesmo, sustentar para continuar consumir e devastar para viver. O mundo existe para ele. Um instrumento a seu serviço ao seu dispor.

O humanismo, foi a emergência do homem que renasce agora moderno, que descobriu que vive num Planeta que gira numa constante dança cósmica. Mas esse homem que agora renasce, será eternamente homem, mesmo que ontem não tenha sido, mas agora, imóvel em sua forma homem, não deixará de ser amanhã o que é: um homem decifrador moderno.

Como disse no meu principal livro da emergência da civilização a simbiótica:

Assim – com o humanismo - descobrimos que o Planeta gira, mas o homem não. Nasce junto a esse novo homem moderno a ciência do mundo ocidental centrada nessa crença, de um renascer de um humano potente, um poderoso homem decifrador, imóvel, ao centro, muitas vezes acima e, quase sempre, ausente desse mesmo mundo lá fora onde sua massa corporal acontece.

Interessante que esse homem que renasce aos poucos vai descobrindo um outro ambiente de si, interno a massa corporal, uma maquinaria interna, dentro dele, que permita que ele opere, que funcione e aconteça no mundo. Surge um dualismo do homem moderno até agora não resolvido. As vezes o que está lá dentro de mim, de minha massa corporal é algo também externo que faz com que essa massa corporal funcione para acontecer no mundo lá fora. Às vezes, olhando ainda de fora, parece fazer parte desse mesmo homem, que tem forças ainda não decifradas que gera sua forma homem acontecer em plenitude. Não importa.

Tudo será ainda decifrado pela nova linguagem - a ciência moderna – que descreverá e traçará as linhas de particularidades tanto do cosmos, como revelará todas as leis da natureza e a funcionalidade dos objetos e das coisas, inclusive das coisas que carrego dentro de mim. Essa é uma grande novidade do humano que renasce moderno ele pretende decifrar tudo com sua nova linguagem moderna da matéria. Caminhemos agora com o moderno homem imóvel - que construiu um sistema de mundo lá fora que já está dado como estruturado, sem diferenciação de espaço e sem tempo e ser assim devidamente decifrado.

“Surgem massas inanimadas atravessadas por forças de interação gravitacional em movimentos e trajetórias circulares e elípticas, que vão até ao infinito do finito. Ao mesmo tempo, desconsidera as diferenciações do espaço, a presença perturbadora do tempo e os efetivos limites constitutivos do mundo natural.

Junto com a prepotência racional dos modernos e a cada grande explicação do mundo, revelávamos seus segredos mecânicos de funcionamento e desnudávamos pequenas e grandes descobertas, mas deixávamos de ver-nos juntos e dentro desse mesmo mundo.

A ampliação de nossa prepotente visão do mundo era proporcional ao tempo do longo sono que dormimos tranquilamente junto com os modernos cientistas e, assim, éramos também incapazes de junto com eles, pensarmos acordados, ou seja, estávamos acima e, ao mesmo tempo, ausentes desse mesmo mundo que pensávamos estar revelando.

No entanto, uma perturbação ronda o tranquilo sono da ciência. Descobrimos, agora, que estamos imersos simbioticamente nesse giro copernicano, que fazemos parte dele e giramos juntos com a Terra, dentro de um iô-iô cósmico em expansão e dispersão, em complexa auto-organização. A Terra gira ao redor de si mesma e também dentro de nós, unindo-nos, finalmente, nesse fantástico sonho de vivermos a vida nessa dança cósmica”.  (LIMA, Gilson: Nômades de Pedra: 2004)


 Evidente que o simbiótico sabe que a forma humana é muito precária, limitada e que opera em mutação de múltiplas dimensões além da matéria de sua massa corporal. Aliás a matéria sólida é apenas uma das dimensões da vida  acontecer no mundo.  Por essa limitada dimensão atravessa múltiplas forças e energias que sequer suas bordas físicas existem e acontecem em symbios e ao mesmo tempo. Aliás symbios é isso: um acontecer junto sempre.

Não há porque chorar da morte do homem moderno. Com efeito essa forma homem foi enriquecedora, preservou a força do humano de viver, de falar, de salvar-se. Mas é primitivamente predadora, violenta, até mesmo na sua forma de morrer. Não adiante chamar a Deus, ele não salvará o predador. Pois é ele mesmo que mata e salva.

O homem moderno aprisionou a vida na forma homem. Pensa em aprisionar a vida dentro do próprio homem. Aprisionou o som na sua linguagem cognitiva. O saber na lógica computável de dados e links. A vida no trabalho.

Foi preciso que a biologia saltasse para a biologia celular e molecular para descobrir que existe algo além da decifração de códigos lógicos genéticos.

Foi preciso encontrar com novas dobras dimensionais da realizada onde a vida acontece para além da forma homem tal como o humano moderno acreditava que nela a vida acontecia.

O simbiótico começa liberando a vida da forma homem. Liberta a vida presa dentro de si, de sua linguagem e suas crenças humanas. Não abandona suas células humanas em vida, mas agrega um caminhar de um longo agora em cooperação que evolui quanto mais a cooperação evolui.


 

QUE VENHA A CIVILIZAÇÃO SIMBIÓTICA!




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Gilson Lima. É cientista aposentado depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade. Criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi por vários anos pesquisador acadêmico e industrial coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neuroreabilitação em diferentes cidades e diferentes países principalmente, europeus.

Tem formação original humanística e foi voltando seus estudos e pesquisas desde o início dos anos 90 para a abordagem da complexidade nas metodologias informacionais, depois na nanotecnologia e nos últimos 15 anos de carreira focou na neuroaprendizagem e reabilitação envolvendo a simbiogênese e interfaces colaborativas entre cérebro, corpos e displays.

Inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos clínicos.

Escritor. Muitas de suas atividades e textos estão disponíveis no blog: http://glolima.blogspot.com

Atualmente retomou sua atividade como músico compositor, cantor que atuava na adolescência produzindo atualmente suas canções. Suas músicas e shows podem ser acessados no canal do youtube @seukowalsky ou direto no https://www.youtube.com/@seukowalsky

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

UMA REVOLUÇÃO SEM PRECEDENTES => O cérebro não só se comunica fisicamente pelas sinapses

FRAGMENTOS SIMBIÓTICOS DO BIOMAGNETISMO 

[1] Gilson Lima. 



Você certamente já ouviu falar de neurônios e sinapses e como essas conexões fazem nosso cérebro funcionar, não ouviu?  Claro que a descoverta dos neurônios e das sinapses no final do Século XIX foram muito significativas, a pontio dce sde contruir toda uma área da ciência do encéfgalo baseado numa úica célula: o neurônio (a neurociência).  

Os neurônios apresentam um comportamento coordenado mesmo quando não estão fisicamente conectados entre si por sinapses, realmente são células nobres e muito especais. Mas essa provavelmente essa não é a história toda. O neurônios não são sequer a maioria das células do cérebro, na verdade a minoria, também não é o cérebro o único lugar que encontramos neurônios no corpo. 

Além das células e sinapses de trocas bioquímicas existe toda a comunicação celular entre si e entre o ambiente dentrio e fora da massa corporal. Essa comunicação compõem um campo magnético, uma estrada por onde circula uma energia vibracional e onde acontece as interações e a linguagem da tradução conceitual é fractal da comunicação celular.

A conversa é fractal e simbiótica (todos DNAs operam simultaneamente e se entendem o tempo, nada centralizado).  Está demonstrado. 

Ondas magnéticas, sonoras, de luz interagem com esse campo continuamente. Recebemos esses sinais externos e eles invadem nosso organismo e tem implicações na interação e respostas com as nossas células do corpo todo.

O cérebro, estejamos acordados ou dormindo, está mergulhado em uma constante atividade magnética - uma atividade que não se limita às conexões entre neurônios se comunicando uns com os outros. 

Na verdade, o cérebro está envolvido em inúmeras camadas sobrepostas de campos magnéticos, gerados pelos circuitos neurais de inúmeros neurônios que se comunicam continuamente. 

Até alguns anos atrás esses campos ou não eram vistos ou vistos como uma espécie de 'bug' cerebral, que ocorrem durante a comunicação neural. 

Os campos elétricos do cérebro fazem muito mais e podem, de fato, representar uma forma adicional de comunicação neural, uma comunicação a distância, sem conexões diretas. Um tipo de neurônios wireless. 

Assim enquanto os neurônios ativos dão origem aos campos elétricos intercelulares de conexão, os mesmos campos magnético é extracelular, com células não conectadas diretamente e retroalimentam os neurônios e alteram seu comportamento. É isso. 

Acontecem mesmo que os neurônios não estejam conectados fisicamente - um fenômeno conhecido como conexão ou acoplamento efático (refere-se às interações entre neurônios por meio de fluxo de corrente através do espaço extracelular através de atividades oscilatórias, próprias por ressonâncias, intrínsecas, independentes da atividade química de canais de sódio e em menor grau de potássio, mas independente da atividade sináptica). 

Na verdade, o acoplamento efático pode ser observado também em células não neuronais como as glias, por exemplo, que são a maioria das células cerebrais. Então já sabemos que as células obedecem sinais a distância? E isso até mesmo inclui as sinapses. O ponto alto intelectual do humano que é o cérebro. 

O velho paradigma da ciência acreditava que a comunicação neural se localizasse apenas nas sinapses físicas. Porém, a simbiótica já identifica um meio adicional de comunicação neural através de comunicação de tipo energia vibracional de um espaço também extracelular, independente das sinapses. Estamos acontecendo no mundo sobre um magnetismo permanente no Planeta, na malha magnética que circunda o Planeta.

A gravidade, por exemplo, nos afeta desde que aqui nascemos e ela interage não apenas com nosso corpo físico visível. Estamos interagindo magneticamente com o ambiente o tempo todo. O magnetismo está na integração do Planeta com sua estrela. Dos vulcões, das marés  em todo ambiente onde a vida acontece. Animais, aves, bactérias se movem por orientação magnética e nunca ligamos isso ao que acontece no interior de nosso corpo. 

Lá dentro, de nosso corpo, numa dimensão onde mora a vida celular e molecular o magnetismo é ativo em simbioses intensas e operam em todo nosso corpo e com o mundo onde acontecemos. 

Estamos acontecendo no mundo sobre um magnetismo permanente no Planeta.

Está demonstrado que os campos magnéticos extracelulares existem em todo o cérebro, embora sejam particularmente mais fortes e robustos em regiões mais específicas que outras, como no hipocampo, que está envolvido na formação da memória, e no neocórtex. As flutuações contínuas desses domínios extracelulares são a marca registrada de um cérebro vivo e funcionando em todos os organismos, e a própria medicina diz que sua ausência é um forte indicador de um cérebro em coma profundo, ou mesmo morto.

Anteriormente, os neurobiólogos assumiam que esses campos eram capazes de afetar, e mesmo controlar, a atividade neural, somente durante condições patológicas graves, como convulsões epilépticas, as quais induzem campos muito fortes e concentrados.

Poucos estudos, entretanto, tinham efetivamente avaliado o impacto dos campos não epilépticos, muito mais fracos, mas muito mais comuns.

É muito difícil conduzir um experimento in vivo na ausência de campos extracelulares para observar o que muda quando os campos não estão presentes.

Isso já foi registrado experimentos realizados em cérebros de ratos, focando alguns campos oscilantes, chamados potenciais de campo local, que surgem a partir de poucos neurônios. Campos magnéticos então afetam o cérebro?  Sim. O cérebro está imerso numa mar de o ndas magnéticas. 

Se observarmos com muito cuidado uma interação sináptica veremos que nem mesmo nas sinapses normais existe um contato físico, um toque direto entre o tecido celular. Os axônios se aproximam e se aproximam e não se tocam para trocar dos conteúdos químicos, os neurotransmissores.

Campos magnéticos então afetam o cérebro?

Sim, o cérebro dos mamíferos, nós já sabemos operam campos magnéticos extracelulares que podem facilmente ultrapassar 2 ou 3 milivolts por milímetro. Nossos resultados sugerem que, sob tais condições, o efeito se torna significativo. Se um campo magnético imposto externamente vai impactar o cérebro também depende de qual área do cérebro o campo é dirigido. Se for induzido dependerá dos protocolos. 

A atividade de um campo magnético - mesmo de campos elétricos externos - sobre certas áreas do cérebro, durante estados cerebrais específicos, pode ter fortes efeitos, vibracionais que inteferrem até nos eventos cognitivos e comportamentais. Isso já está demonstrado. Basta ir adiante. Isso que demonstrei com meus pacientes de pesquisas. 

Isso também já foi registrado experimentos realizados em cérebros de ratos, focando alguns campos oscilantes, chamados potenciais de campo local, que surgem a partir de poucos neurônios.

Então campos elétricos então afetam o cérebro. É um achado mais inesperado e surpreendente, que minhas pesquisas em neurorreabilitação indicavam de que mesmo esses domínios extracelulares extremamente fracos são capazes de alterar a atividade neural e a plasticidade celular.

Antes eram necessário colocar microeletrodos dentro de um volume equivalente ao de uma única célula do corpo humano - a distâncias de menos de 50 milionésimos de metro um do outro. Nunca havia sido alcançado tal nível de resolução espacial e temporal, o que ajudar a explicar a novidade das descobertas.

Por exemplo, durante as crises epilépticas, que são anomalias patológicas no campo podem atingir até 100 milivolts por milímetro - esses campos interferem fortemente nos disparos neurais e dão origem a estados super-sincronizados.

A atividade de um campo magnético - mesmo de campos elétricos externos - sobre certas áreas do cérebro, durante estados cerebrais específicos, pode então ter fortes efeitos cognitivos e comportamentais. Isso já está demonstrado. Basta ir adiante. Isso que demonstrei com meus pacientes de pesquisas.

É uma área imensa a explorar.

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UMA APLICAÇÃO => O MAGNETISMO E ALZHEIMER 
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Encefolodiálise MAGNÉTICA

 Um caminho de pesquisa que indicquei e está começando a ser explorado é o de atuar seria sobre o cérebro de pacientes com Alzheimer utilizando ondas sonoras de baixa frequência. 

Essas ondas tem a capacidade de dissolver as placas que obstruem as interações sinapses, as conexões físicas e causam a aceleração do envelhecimento do órgão. 

Não ocorre uma remissão definitiva. Até porque já se sabe que as placas que degradam o malha encefálica é consequencia e não causa.
No entanto, atuariamos na produção da fábrica que produzem as placas que obstruem e degradam à saúde cerebral, mas elas retornam. Seria - provisoriamente - uma ação como uma diálise encéfalica tal como fazemos  provisoriamente com rins degradados até sua efetiva cura. 

Seria uma terapia de três em três meses que mantém o cérebro ativo e diminuem imensamente a desaceleração da degeneração. As implicações para o alongamento e qualidade de vida dos pacientes, será significativa. 

Não custa sempre repetir: é uma área intensa a explorar!

 
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[1] Gilson Lima. É cientista aposentado depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade. Criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi por vários anos pesquisador acadêmico e industrial coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neuroreabilitação em diferentes cidades e diferentes países principalmente, europeus.

Tem formação original humanística e foi voltando seus estudos e pesquisas desde o início dos anos 90 para a abordagem da complexidade nas metodologias informacionais, depois na nanotecnologia e nos últimos 15 anos de carreira focou na neuroaprendizagem e reabilitação envolvendo a simbiogênese e interfaces colaborativas entre cérebro, corpos e displays.

Inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos clínicos.

Escritor. Muitas de suas atividades e textos estão disponíveis no blog: http://glolima.blogspot.com

Atualmente retomou sua atividade como músico compositor, cantor que atuava na adolescência produzindo atualmente suas canções. Suas músicas e shows podem ser acessados no canal do youtube @seukowalsky ou direto no https://www.youtube.com/@seukowalsky