Eram os deuses astronautas? Não acho que eles eram Juristas e do Supremo Tribunal Federal do Brasil
E-mail: gilima@gmail.com
Essas últimas semanas estamos novamente surpreendidos com a habitual arrogância de uma Instituição cartorial quase intocável desde a Proclamação da República, vê-la manifestando tão explicitamente sempre surpreende, não é mesmo? A Justiça não se se considera pública e muito menos uma atividade pública do Estado. Ela está inacessível aos mortais comuns há Séculos.
Dizem alguns que o Conselho Nacional de Justiça extrapolou solicitando dados anônimos de contas correntes de funcionários públicos como são os Juízes do Estado Brasileiro. Afirmam que o cidadão comum não pode ser considerado suspeito por que é Juiz. Mas que lógica é essa? Deveria ser totalmente, ao contrário, todo funcionário público - por ser funcionário público - deve ter seus dados bancários e de impostos totalmente abertos a sociedade. Afinal eles são pessoas que optaram para serem funcionários públicos e não privados.
A imagem que retenho do Supremo Tribunal Federal é de um local de altos palanques e togas, diversas e negras onde até o servidor do Estado que serve o cafezinho tem uma capa mini esvoaçante. Não é fácil nem servir aos deuses.
A aguerrida Dra. Eliana Calmon já afirmou que quase metade dos magistrados paulistas esconde seus rendimentos e que por trás da crise está um movimento corporativista para enfraquecer o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Mesmo que fosse necessário o Conselho Nacional de Justiça quebrar sigilo bancários de juízes - a ministra negou que isso ocorreu. Para ela, não houve quebra de sigilo fiscal ou bancário e muito menos devassa e vazamento de informações sigilosas. O mais interessante é que as inspeções repercutidíssimas em São Paulo – já foram realizadas há quatro anos - e só agora veio a tona, bem depois, do mesmo ter ocorrido em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Amapá Estados que já passaram pelo mesmo processo sem quase nenhuma repercussão ou crítica.
Em vez dos altos magistrados estarem incentivando a abertura ainda mais ampla da representatividade do Conselho Nacional de Justiça para que a sociedade possa realmente cobrar que a Justiça efetivamente se seja sinônimo de ações precisas e rápidas de punições a todos os nos ameaçam a vida, que defenda sempre o direito de ser feliz e de ter a garantia da realização de nossas felicidades e paz em nossas sociedades.
Vivemos num país de bacharéis onde delegado não é da carreira, tem que ser advogado e exógeno da estruturação das carreiras policiais federais e estaduais. É preciso ser advogado, jurista, não apenas saber do código penal com precisão, mas ser jurista de nascença. Na verdade é quase necessário para tudo ser jurídico nesse país ser bacharel de direito, sobretudo, quando o assunto trata de representação do “público”.

Ora Excelência nós também não lemos. Também não encontrei lá meu nome e meu endereço (na constituição) e nem por isso continuo a não saber voltar para casa.
Não é sobre isso que estamos falando Excelência. Estamos falando em ampliar os poderes e a representação interdisciplinar e social do Conselho Nacional de Justiça para que tenhamos uma Justiça de Primeiro Mundo. Nada contra sua indicação política por estar aí, apenas nos faça nos façam o favor de ajudar e não atrapalhar a consolidação da modesta democracia dos pobres mortais comuns daqui da terra. Excelências.
Gilson Lima. Doutor em Sociologia das Ciências. Professor e Pesquisador da pós-graduação do Centro Universitário Metodista IPA. Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA).
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