Gilson
Lima[i]
Quando terminei meu doutorado no início dos anos 2.000 em metodologias informacionais na sociologia, deixei uma marca aberta para a continuidade da relação entre informática e uma sociobiologia simbiótica. Deixei aberto uma crítica a ser mais profundamente verificada sobre as questões relativas a informática e o cérebro.
Os cientistas fundacionistas da informáticas
acreditavam, ao seu modo, que com a cibernética computável estavam replicando
um modelo reduzido de cérebro humano, mas eles estavam cercados de confusões e
limitações frente as recentes descobertas sobre o cérebro. No entanto, as
crenças dos fundacionistas continuavam até hoje a exercer seu poder de verdade
como diz Foucault. Queria enfrentar isso com pesquisas de bancada dentro dos
moldes dos padrões de verificabilidade que a ciência moderna tanto enfatiza.
Então fui, no pós-doutorado, estudar e realizar pesquisas clínicas com
pacientes com lesões neurais severas e informática para demonstrar as
incompletudes da gênese das crenças dos cientistas fundacionistas da
informática.
Comecei selecionando com uma equipe múltipla de profissionais desde a
engenharia de hard e softwares até neurocientista e profissionais da
reabilitação envolvendo pacientes pediátricos, jovens com lesões nas regiões
próximas a fissura de rolando, mais especificamente próximas do sulco
lateral (também chamado de fissura de Sylvius), que é uma das mais
proeminentes estruturas do cérebro humano, que separa o lobo frontal e o lobo parietal do lobo temporal.
O
sulco
é uma fenda no topo do cérebro de mamíferos superiores,
incluindo seres humanos. Toda e qualquer
manifestação clínica decorrente de lesão ou malformação que comprometa a região
da fissura de Sylvius é conhecida por Síndrome
Perisylviana.
Me foquei nessa
região encefálica porque estava interessado no estudo da localização do comando
na execução mecânica da linguagem e sua relação com a compreensão da linguagem.
Pesquisa que coordenei envolvendo neurorreabilitação em bases simbiogênicas com display em fala assistida
A primeira pergunta importante que precisa ser feita para se entender a relação entre o ato de fala e a compreensão da linguagem é: Qual a diferença na herança civilizatória entre essas duas: a filogenética e a ontogenética? Descobri que os educadores com as crianças com lesão cerebral severa nas áreas encefálicas responsável pela execução mecânica da fala não faziam essa distinção.
A filogenética é o que vem de fábrica, nasce com a
gente é um processo de acúmulo civilizatório assimilado na nossa espécie. Está
lá gravado ao núcleo de nosso DNA de modo a não necessitar interação social de
aprendizagem para ser replicada. O disparo do processo constitutivo ocorre
muito facilmente de dentro para fora e de fora para dentro quando acontecemos
no mundo.
A ontogenética não. Mesmo estando lá gravada,
necessitamos de atividade social e de interações sociais junto ao mundo onde
acontecemos para disparar seu processo de consolidação. É praticamente uma
atividade exógena e de fora para dentro.
A filogenética não necessita passar por um processo
obrigatório e antecipado de aprendizagem disciplinar e treinamento social e de
interação no mundo onde acontecemos.
É o caso de um cavalo. Vem de fábrica que ele é um
ser de quadrúpede. Ele tem no seu DNA gravado que ele tem que ficar de pé em
quatro patas. Assim, logo que ele nasce, em alguns instantes e quase
magicamente, lá está o filhote se levantando sem necessidade da mãe ou pai dele
ensinar como fazer isso.
Falar para nós vem de fábrica. Não precisaremos
entrar na escola para aprender. Não será imediato como ficar de pé, mas está lá
gravado.
Então, falar logicamente e regras de ato de fala integrado numa cultura social de linguagem oral é um processo mais complexo e exige uma
interação social com uma determinada cultura que compartilha esses códigos e para interiorizá-los. Mas todo o processo de execução da fala está lá pronto, só precisa ser
apreendido comunitariamente.
Grunhir, emitir os sons está tudo ali.
A oralidade vem junto no programa do nosso núcleo. Não precisamos nem ir para a escola aprender a falar as línguas. Tem toda uma área fisiológica pronta para ela ser executada. Não requer - sequer - plasticidade neural.
Uma criança, inclusive, está apta a aprender todas as línguas faladas no planeta sem sotaque até os cinco anos de idade. Nem precisaria ir para a escola para isso. Só conviver com quem fala e permitir que suas interações orais ocorram.
Vamos para um exemplo mais fisiológico: a visão. Temos dois olhos. Não nascemos enxergando uma imagem única compartilhada com os dois olhos. Teremos que aprender a fazer isso. Nosso núcleo do DNA tem lá essa informação. Mas nascemos olhando com cada olho a mesma coisa. Ou seja, cada olho vê a mesma coisa. Nossa visão é embasada e duplicada até aprendermos rapidamente fazer com que os dois olhos atuarem em parceria para formar uma única imagem. Agora, na verdade, nosso olho não enxerga nada. Ele apenas é um acesso inicial de sinais de luz e as imagens são efetivamente formadas no córtex visual que fica na parte de trás do cérebro.
Mas é isso. A razão, a lógica é uma criação de uma tecnologia social. Não é natural dos humanos. Mas sua execução oral foi absorvida na codificação de nossas redes moleculares e de modo muito intuitivo, inato.
Tudo isso são exemplos, para mostrar a complexidade e a importância do processo cerebral para nosso corpo e nossa vida. Mas isso não se reduz ao cérebro.
Então o mesmo podemos dizer sobre o ato de falar logicamente em códigos orais é uma tecnologia que rapidamente pode ser apreendida em situações normais se permitirem que tenhamos acesso à iniciação diária a elas numa determinado período para isso.
Já podemos encontrar nos postulados da filosofia da linguagem essas considerações. Dois dos mais eminentes filósofos da linguagem John Langshaw Aunstin e Ludwig Joseph Wittgenstein, já se colocaram contrários à tese de que a função da linguagem seja única ou essencialmente descrever o mundo. Chama-se essa ideia de "falácia descritiva" (descriptive fallacy).
Wittgenstein, no início das suas investigações filosóficas, caracteriza sua teoria com as seguintes palavras: "As palavras da linguagem dão nome aos objetos; as proposições são combinações desses nomes". Porém no aprofundamento de seus estudos emerge junto o conceito de jogo de linguagem, que segundo ele próprio, os atos de fala envolvem uma "prodigiosa diversidade" de jogos de linguagem.
Outra questão que Wittgenstein, levanta é a de um vínculo estreito entre falar e agir. Os jogos de linguagem, como quaisquer outros jogos, são para ele atividades guiadas por regras e existem tipos bem diferentes de regras que vão de regras técnicas (como as regras de culinária para cozinhar), os atos de fala envolvem regras sintáticas (regras de declinação, por exemplo).
O filósofo constata que para obedecermos uma regra, comunicar algo regrado, dar uma ordem, jogar uma partida de xadrez são antes de mais nada, expressões costumes (usos, instituições). Isso aproximou Wittgenstein muito uma estreita relação entre o conceito de regra e o conceito de erro. Por um lado, erros só podem ocorrer quando houver uma regra que diferencie entre o comportamento correto e o incorreto.
Isso tem implicações para um universo não lógico da linguagem, pois ela liga intimamente o conceito de jogo de linguagem ao conceito de modo de vida. Por Wittgenstein assim, as práticas comuns da vida diária que subjazem a diversos jogos de linguagem, foram moldadas por certas convicções e regras fundamentais oriundas de modo de vida que envolvem de modo mais amplo uma "representação do mundo".
As representações do mundo e as formas de vida não são nem certas nem erradas, mas compõe um campo de razões, racionalizades compartilhadas, uma teia lógica como crenças compartilhadas. Quem quiser induzir alguma outra pessoa a aceitar uma delas, apenas pode fazê-lo por persuasão, mas não necessariamente mediante uma fundamentação, pois somente há razões dentro de uma forma de vida ou de uma representação do mundo.
Então já nos postuladores da filosofia da linguagem, o uso descritivo e explicativo da linguagem é apenas um entre muitos possíveis e, portanto, não deve ser visto como o uso autêntico ou essencial da linguagem. Não há, assim, nenhum motivo para reduzir, mesmo logicamente, a linguagem normativa à linguagem descritiva ou para considerar o processo anterior do ato de fala menos importante ou de menor valor do que a linguagem lógica.
Assim, a lógica (no sentido mais amplo de Wittgenstein) embututida nos jogos de linguagem só pode ser entendida mediante a consideração do comportamento não-verbal e outras circunstâncias fáticas.
Por exemplo, contra então a possibilidade de que todos os
pressupostos sejam discutíveis pode-se objetar que, na discussão de pressupostos, devem-se estabelecer, algo pré-lógico, até mesmo dentro do conceito de pressupostos, que não é concebível não tê-los numa situação de vida onde tudo precisa ser fundamentado por raciocínios.
Isso tem uma enorme implicação para que o próprio Austin integre na sua teoria da linguagem o conceito inseparável
da linguagem ao dizer, ao ato de fala. Os atos de fala são assim, ações apenas que se realizam por estarmos dizendo
algo. Por exemplo, quem diz:
"prometo que virei amanhã" ou "eu lhe asseguro que vi um
cachorro" não está apenas
dizendo algo, mas está também fazendo algo: no primeiro caso, está fazendo uma promessa, no segundo,
afirmando que viu algo.
Na sua teoria, Austin ainda distinguia expressões que constatam algo três tipos de atos diferentes: o ato locucionário
(locutionary), o ilocucionário (illocutionary) e o perlocucionário
(perlocutionary).
O ato locucionário consiste na expressão de um enunciado com um significado determinado. Por sua vez, ele pode ser
subdividido em três atos: fonético (phonetic), fático
(phatic) e rético (rhetic). O ato fonético é a
expressão de certos sons; o ato fático, a expressão de palavras segundo uma determinada gramática; o ato rético, o uso de
palavras para dizer algo determinado (sense) sobre algum tema ou algo
determinado (reference). O ato rético determina
o que é tradicionalmente chamado de "significado"
(meaning). Por isso, Austin fala de um sentido locucionário (locutionary meaning) do ato do discurso.
A parte muito original da teoria de Austin é o conceito do ato
ilocucionário). O ato ilocucionário é
o que se faz dizendo algo. O que se faz dizendo algo
precisa ser distinguido do que se faz por dizer algo: O primeiro depende
de convenções, o último, de efeitos práticos em dada situação.
Ao dizer a alguém: "prometo ajudá-lo na sua mudança", estou fazendo uma promessa e ao fazer isso
também posso surpreender, agradar ou assustar a pessoa a quem estou prometendo
ajuda. A produção de tais efeitos mediante
expressões é o que Austin chama de ato perlocucionário.
No entanto, o cerne da teoria de Austin está o ato de
fala como ato ilocucionário, ou seja, como
ação convencional. O fato de que os atos de fala sejam ações convencionais significa que não são
possíveis na ausência das regras sobre as quais são baseados. O conceito de ato de fala, como o de jogo de linguagem, aponta assim para o conceito de regra. Austin não tenta formular essas regras
explicitamente. Em vez disso, elabora
uma classificação dos possíveis defeitos dos atos de fala. Nessa doutrina de erros (doctrine of the
infelicities) são descritos os modos pelos quais os atos de fala podem falhar
ou ser bem-sucedidos como ações.
Quando acontece um ato de fala mal sucedido é porque então alguém afirma algo sem crer no que diz. Quem afirma
algo, dá a entender que acredita naquilo. Não se pode dizer: "O
gato está deitado no tapete, mas eu não acredito
nisso", ainda que essa frase não tenha defeitos lógicos nem gramaticais.
Torna-se claro com isso que há outras regras que servem de base à
linguagem como ação além das regras da lógica e da gramática. Um dos méritos da teoria dos atos de fala é ter
tornado clara a importância dessas
regras que se podem designar como "regras pragmáticas".
Então um ato de fala pode ser defeituoso não somente
porque o que foi dito é falso
ou incorreto, mas também pode ser, como diz Austin, "infeliz" ou malsucedido (unhappy) como ação.
Segundo Austin, em How to do things with words, "verdadeiro"
e "falso" não expressam uma
simples relação nem uma simples qualidade nem qualquer coisa simples,
mas que tais palavras apontam para "uma dimensão
geral de crítica que admite a possibilidade de sustentar que, em dadas circunstâncias, em relação a um auditório
determinado, para certos fins e com certas intenções, o que
se disse foi próprio ou correto como coisa
oposta a algo incorreto". Uma tal fundamentação deve ocorrer tanto quando se trata de verificar se um conselho é bom
ou se um veredito é justo, como também quando se
discute sobre a verdade de uma proposição.
Em todos esses casos, o importante é se o ato de fala foi expresso adequadamente, tendo em
conta os fatos, os propósitos do falante e a situação em seu conjunto.
A teoria dos atos de fala de Austin contém
(1) uma precisão do que significa dizer que falar uma
língua é uma atividade governada por regras; porque deixa claro que (2) o uso da linguagem normativa não se diferencia, em alguns pontos importantes, da linguagem descritiva;
porque oferece (3) um sistema de conceitos básicos cuja utilidade se tornará evidente.
O interessante é que ela não se realizava no mesmo local da execução
mecânica da fala no encéfalo. Por exemplo, podemos falar só pensando e ser executada sem necessariamente falarmos oralmente e isso envolvia uma fisiologia independente. Chamam a
isso de compreensão, mas é mais complexa que isso, mas indica que para compreendermos uma linguagem não necessitamos necessariamente ter que falá-la ou executar o seu som, realizar os processos mecânicos no corpo da oralidade social e
sonora de qualquer das linguagens que conhecemos.
Acessamos, interagimos numa estrada sináptica da linguagem, mas a inteligência está
em tudo e em todo o lugar. Uma inteligência inata corporal. Ela está em todo o
lugar de nosso corpo e simultaneamente, ao mesmo tempo.
Você respira, bate o coração, libera hormônios, caminha sem tropeçar e
não nota nada disso. É que nosso fluxo de consciência é serial e não paralelo é
fractal e não sistêmico. É analógico e não lógico. É descentralizada e não
localizada num lugar determinado e sedentário.
Sempre dou um exemplo. Você está dirigindo um automóvel numa rodovia simples de duas faixas únicas. Decide ultrapassar um caminhão quando se posiciona ao lado dele se dá conta que vem um veículo rapidamente na sua direção e você em contramão terá que tomar muitas decisões para não se chocar. Sua inteligência inata apaga o sistema imune e te bombardeia de adrenalina e cortisol. Tudo terá que ser decido quase instantaneamente.
O cérebro e suas lógicas atrapalharão. É muito lento para te salvar. Tudo é realizado de modo “inconsciente”. Por que conscientemente só prestamos atenção em uma coisa ou pouca coisa de cada vez, mesmo que várias estejam acontecendo simultaneamente.
A nossa vozinha interior seja uma parte importante desse holofote interno, que
ilumina um foco de atenção e ignora os demais. Ela teria evoluído porque é uma
maneira eficaz de organizar pensamentos complexos e guiar nossas ações. Um fio
que une a mente dispersa.
No caso do domínio de uma língua mãe, verificamosnas pesquisas que a partir de sua consolidação no encéfalo outras sonoridades linguísticas são desconsideradas ou descartadas até os seis, sete anos. Isso vai condicionando uma trilha dominante que vai se abrindo na claridade da floresta neural e ai mesmo tempo, eliminando outras possibilidades de trilhas de acesso desse processo de aprender facilmente e sem sotaque outras línguas.
É
como se toda aquela floresta apta a aprender todas as línguas fosse se
reduzindo a uma trilha ampla, larga de uma língua mãe nativa e as outras
possibilidades de trilhas vão sendo descartadas e eliminadas. Nosso cérebro vai
reduzindo seu o potencial de conexões. O cérebro funciona assim: o que usa ele mantém e potencializa, reforça
e o que não usa ele descarta.
As questões da linguagem se perderam de
complexidade ainda mais com a emergência da falácia cognitivista da
inteligência substituindo cada vez mais o conceito de razão. O conceito de cognição emergiu no final do Século
XIX e foi se imperando frente ao campo da comunicação e linguagem do que já era
deveramente reducionista no universo do racionalismo.
Vamos à história. Sempre ajuda. Se buscarmos quando de fato começa a aparecer na literatura o termo cognição veremos que o "conceito" de cognição emerge praticamente junto a lógica booleana no final do Século XIX. Cada vez mais associando-se e se fundindo ao significado de conhecimento. Cognição = conhecimento. Uma redução bárbara. Uma redução muito maior do que a redução realizada pelo conceito de razão dos gregos ao conhecimento, uma redução que a ciência moderna adotou focando mais no genômetra. Ou seja, que mesmo com as emoções e o inconsciente ficavam de fora da inteligência, era um entendimento bem mais amplo na antiguidade.
A palavra cognição (Kognition, Kognitiv) só aparece na literatura psicológica apenas na era moderna..., mas já efetivamente com as tentativas da redução lógica para decodificar o pensamento.[1]
Primeiro cientistas, filósofos e matemáticos analíticos no final de Século XIX e início do Século XX, queriam identificar de que é feito o pensamento e a função da materialização psico mentais da consciência no final de Século XIX e início do Século XX.
Ainda no Século XIX, entretanto, George Boole, um matemático autodidata inglês, escreveu um livro com o título: Investigação das leis do pensamento (An Investigation of the Laws of Thought), publicado em 1854, que foi muito apreciado. Meio século mais tarde, o matemático e filósofo Bertrand Russell satirizou Boole como o descobridor da “matemática pura”. Boole perguntava-se se realmente existiam leis que regiam o pensamento. No livro “An investigation of the laws of thought”, [2]
Boole responde a essa pergunta reduzindo a lógica do pensamento humano à operações matemáticas. Embora Boole não tenha explicado o pensamento humano, ele demonstrou o poder e a generalidade surpreendentes de uns poucos tipos, porém simples, de operações lógicas.
Ele inventou um “protocolo” para descrever e manipular proposições lógicas e determinar se elas eram verdadeiras ou não. Essa que mais tarde foi qualificada como uma “linguagem” binária hoje foi denominada de álgebra booleana.
No século XIX, George Boole deu à lógica de Aristóteles uma base matemática com um sistema de lógica algébrica.
Boole queria provar que as leis do pensamento humano podiam ser expressas por equações algébricas. Essas equações ele imaginou que seriam usadas para descrever relações lógicas e, ao resolver as equações, qualquer um poderia chegar à solução correta para o problema.
A redução ao pensar a lógica booleana se intensificou quando demos o SALTO BINÁRIO PARA O ELÉTRON: a lógica agora se tornou energia maquínica.
O que detonou a aceleração
desse processo foi um outro matemático já no Século XX Claude Shannon, que
defendeu a aplicação da álgebra simbólica de Boole aos circuitos de comutação
elétrica. Assim, em sua tese, em 1929, a lógica booleana ganhou uma
nova camada:. a sua integração ao circuito elétrico. Isso foi inicialmente realizado brilhantemente então pelo matemático Claude Shanonn[3].
Shannon além de integrar a lógica binária no circuito elétrico forneceu uma medida de quantidade de dados, cuja unidade seria o bit (Bynary Digit, um termo introduzido pelo próprio Shannon).
Agora além de materializar o pensamento, Shanonn determinou uma medida ao bit. Agora podemos até quantificar o processo do sinal cognitivo no circuito elétrico e quase em quilo.
O bit, se tornou uma medida quantitativa de representação descontínua (lógica discreta), já em 1948 antes mesmo da invenção do computador. Considerada agora a menor unidade de um impulso magnético isolado a ser enviado através de um circuito.
Visto isoladamente, o bit não forneceeia nenhuma informação que um ser humano possa considerar significativa, entretanto, em grupos de oito (quando são chamados de bytes), representam todos os tipos de dados processados ou armazenados nos computadores, inclusive as letras do alfabeto e os dígitos de 0 a 9. Convencionou-se então chamar o processamento e armazenamento de dados em bit, de digital.
A lógica binária, se integrou definitivamente a energia. A energia dos elétrons. A lógica deixou de ser realizada apenas por processos mentais ou registros físicos em papéis e tintas.
Isso gerou uma das mais profundas alterações depois de milênios no texto linear do pagus latino[4] (a página linear, direcional, homogênea, sucessiva, sequencial), indutor da rigidez da casualidade hierárquica, mas ainda gerador de uma hermenêutica de leitura em profundidade.
A leitura do texto em pagus, tem perdido sua potencia de influência formadora e novos leitores de telas emergem e é uma das maiores implicações do pensamento cognitivo: a perda da influência da hermenêutica de profundidade que vai sendo substituída mais ativamente a partir da emergência do hipertexto em ampla escala no Planeta.
A hermenêutica de profundidade, desde o final do Século XX, vai sendo substituída por uma cognição de navegação em links rápidos, muito mais relacionais do que profundos, muito mais fuídos e dinâmicos do que a leitura linear e muito menos sequencial, mas com baixíssima profundidade hermenêutica e altamente veloz.
O que conta na cognição integrada ao circuito elétrico é mais a interatividade, as audiências das interações do que a compreenção.
É óbvio que a linguagem oral, a lógica escrita linear é uma ferramenta sofisticada para pensar. Até mesmo a busca da precisão pela codificação cognitivista, computacional da linguagem, também, mas é também óbvio que não é a única e nem pior, nem é a mais complexa conunicacão. E o óbvio no mundo atual das certezas cognitivas, precisa cada vez ser mais explicitado.
Vimos que pensamos de muitas formas além o próprio discurso. No entanto, os testes de QI ainda são repletos de tarefas que envolvem, por exemplo, a rotação de formas geométricas no nosso teatro mental. Se reduzirmos a inteligência aos processos cognitivos da maquinismo altamente veloz na estrada do circuito elétrico, ficaremos presos a eles e seremos extremamente reducionistas frente a idéia de existir inteligência fora da vida, uma inteligência abiótica.
Nunca fomos bons no maquinismo lógico executado pelo encéfalo, muito menos na cognição computável. A memória computável, maquínica e inteligência viva são processos muito distintos. Podemos agora ampliar nosso córtex vivo em cooperação com as máquinas cognitivas embutidas no circuito elétrico. Somos muito mais hábeis em esquecer do que em lembrar. Isso torna a vida inteligente e permite a vida ser complexa do que a matéria computável.
Agora que criamos máquinas muito mais precisa e velozes para isso, deveríamos libertar a vida em cooperação simbiótica e retomar ainda mais a complexidade dos processos mentais analógicos e não maquínicos.
Aliás nosso cérebro é muito ruim de da cognição e deveríamos estar mais liberados pela o exercício da ineligência inata agora que transferimos as atividades cognitivas (maquinicas, mas mentais) para máquinas muito mais velozes e efcientes para realizá-las.
Sempre fomos ruins para andar com os pés, nem voar como são tão bons os pássaros, mas nossas máquinas velozes de vôos alçam lugares impensáveis para a vida dos pássaros e nossos veículos motorizados da terra e água, são muito mais capazes de fazer isso mais rápido que nossos pés e braços. Mas isso não os tornan máquinas inteligêntes. Podem acoplar em uma cooperacão simbiótica evolutiva ou não, mas nunca serão dotadas de vida em sí. Muito menos máquinas que fazem tantos estragos antibióticos a vida no Planeta quando operam suas atividades em plenitude podem ser consideradas de possibilidades simbióticas plenas.
Não que as habilidades disciplinares não naturais e adquiridas não sejam importantes. A lógica, a capacidade de raciocinar da consciência sináptica, fazermos cálculos e de memorizar dados e nomes são tarefas importantes e úteis. Mas o nível da complexidade da inteligência inata é incomparável aos limites dessas habilidades quando executadas no cérebro.
Nem mesmo nossa mente é boa na cognição e na lógica racional e nem é feita para codificar coisas e processos lógicos que podemos ver ou nomear. O esforço de explicar o que se passa na nossa cabeça – e não conseguir – é um velho conhecido da civilização. Se livros, e músicas continuam sendo escritos, compostos e pintados, é porque cada um de nós sabe que não existe uma sequência de palavras, sons ou imagens capaz de descrever exatamente o que sentimos.
O mistério do que acontece dentro das nossas mentes é desconfortável para a ciência de militância da verificação – mas também a força por trás das coisas mais bonitas que fazemos está longe do que ainda entendemos.
Para a ciência cognitivista hegemônica, desde então, confunde o pensar com cognição e só se vincula a computabilidade ao universo da consciência. Aqui é preciso lembrar-se da maravilhosa descoberta do poder do insciente freudiano que faz tanto sentido. Para os freudianos só 1% dos processos mentais de pensamento são conscientes e 99% são processos mentais são inconscientes. Repito, dos processos mentais.
Vimos que pensar como um ser racional é algo muito lento, imaginem imaginar com códigos linguísticos.
Por isso o modo humano sapiens, moderno de pensar não é natural. Mas mesmo ele tão antinatural é um processo vivo e, sobretudo, em bases de um campo inato analógico.
Mas a psicanálise é moderna e iluminista, ainda tenta ampliar o poder da consciência racional para dominar o vazio do universo inconsciente em busca de dominar um nada que nos domina e que existe sem sabermos. Ainda está presa no dilema consciência sináptica ou a inexistência dela, o inconsciente.
É diferente de se dar conta que consciência é um tipo singular de pensar e acontecer no mundo. Sequer podemos reduzir o pensar ao raciocinar, que é uma tecnologia ainda mais redutora ou de pensar racionalmente, ou pior ainda de reduzir o pensar como sinônimo de cognição e a cognição a de conhecer.
Na linguagem e em alguns aprendizados temos um tempo certo para isso acorrer. Chamamos de Janela de Aprendizado. Quando a janela fecha, ela praticamente não abre mais. Na verdade é como as trilhas neurais não usadas fossem sendo descartadas pelo xixi.
É o que acontece em tudo quase tudo quando recém nascemos. Diferente do cavalo, no exemplo anterior, nós não nascemos tão prontos. Quanto menos complexos, mais pronto se nasce essa é a regra para a vida na matéria orgânica. Quanto mais complexo mais frágil. Num caracol, a vida que se auto move é a parte mais frágil. Para se auto mover temos que ser moles e conduzir eletricidade lenta e muito, mas muito e muito mais lenta que numa matéria inorgânica como o silício. Nós que somos muito complexos seremos muito mais dependentes de cuidado social para se consolidar. Se sozinhos ficamos ao nascermos, sucumbiremos. Nossa filogenética é social. Somos simbioticamente dependentes de um cuidado do outro quando nascemos. Na verdade, assim seremos por toda a vida. Mas quando nascemos temos muito que atuar no ambiente para moldar como nosso corpo será na sua potência de complexidade.
De imediato, estudando o cérebro humano, percebi rapidamente que a oralidade em línguas comunitárias e a escrita cada uma mesmo dentro de suas diferentes características filogenéticas e ontogenéticas, são subprodutos do desenvolvimento de uma tecnologia da inteligência viva presa ao universo da lógica computável, mas possível de ser replicada maquinamente.
Vamos para algumas descobertas que obtive nas minhas pesquisas de bancada e pesquisas clínicas com pacientes.
Pilotagem
de telas com micro ritmos corporais e neurorreabilitação
Então iniciei minhas descobertas simbióticas e mergulhei por mais de 15 anos na criação de produtos, processos e criação de protocolos clínicos de neurorreabilitação magnética com displays e microrrítimos corporais.
Gilson Lima em atividades de pesquisa
clínica de terapia magnética com resultados e revelações surpreendentes
Fotos de pesquisa em neurorreabilitação simbiótica
que coordenei numa escola pública em Porto Alegre
Minhas primeiras descobertas:
O cérebro não só se comunica fisicamente pelas
sinapses
Você certamente já ouviu falar de neurônios e sinapses e como essas
conexões fazem nosso cérebro funcionar.
Mas essa provavelmente não é a história toda. Os neurônios apresentam um
comportamento coordenado mesmo quando não estão fisicamente conectados entre si
por sinapses. O mais
interessante é que mesmo quando eles realizam as sinapses eles não se tocam.
O interessante, nessa questão é que, sem querer, utilizando displays de telas digitais, para acelerar o processo de aprendizagem das crianças com lesão cerebral descobri que existe um campo magnético de uma energia informacional onde acontecem as interações simbióticas entre as células e das células com o ambiente no cérebro.
É uma ruptura imensa saber que no próprio cérebro, as células não só se comunicam fisicamente pelas sinapses.
Está demonstrado. Ondas magnéticas, sonoras e de luz interagem com esse campo continuamente. Recebemos esses sinais externos e eles invadem nosso organismo e tem implicações na interação com as células do corpo todo.
Pesquisas clínicas de neuro aprendizagem
que coordenei vidando através da interação com telas e displays acelerar o processo de aprendizagem das crianças
com lesão encefálica na fissura de Sylvius
O cérebro, estejamos acordados ou dormindo, está mergulhado em uma constante atividade magnética - uma atividade que não se limita às conexões entre neurônios se comunicando uns com os outros.
Na verdade, o cérebro está envolvido em inúmeras camadas sobrepostas de campos magnéticos, gerados pelos circuitos neurais de inúmeros neurônios que se comunicam continuamente.
Até alguns anos atrás esses campos ou não eram vistos ou vistos como uma
espécie de 'bug' cerebral (espécie de erros cerebrais, não insetos rasteiros no cérebro[5]), que ocorrem durante a comunicação neural.
Os campos elétricos do cérebro fazem muito mais e podem, de fato,
representar uma forma adicional de comunicação neural, um comunicação a
distância, sem conexões diretas. Um tipo de neurônios de comunicação sem fios,
neurônios wireless.
Assim enquanto os neurônios ativos dão origem aos campos elétricos
extracelulares, os mesmos campos retroalimentam os neurônios e alteram seu
comportamento, mesmo que os neurônios não estejam conectados fisicamente - um
fenômeno conhecido como conexão ou acoplamento efático.
O velho paradigma da ciência acreditava que a comunicação neural se
localizasse apenas nas sinapses. Porém, já identificamos um meio adicional de
comunicação neural através do espaço extracelular, independente das sinapses.
Está demonstrado que os campos magnéticos extracelulares existem em todo
o corpo, embora no cérebro sejam particularmente fortes e robustos em algumas regiões
específicas, como no hipocampo, que está envolvido na formação da memória, e no
neocórtex.
É uma ruptura imensa saber que no
próprio cérebro, as células não só se comunicam fisicamente pelas sinapses.
As flutuações contínuas desses domínios extracelulares são a marca
registrada de um cérebro vivo e funcionando em todos os organismos, e sua
ausência é um forte indicador de um cérebro em coma profundo, ou mesmo morto.
Anteriormente, os neurobiólogos assumiam que esses campos eram capazes
de afetar, e mesmo controlar, a atividade neural, somente durante condições
patológicas graves, como convulsões epilépticas, as quais induzem campos muito
fortes.
Poucos estudos, entretanto, tinham efetivamente avaliado o impacto dos
campos não epilépticos, muito mais fracos, mas muito mais comuns.
É muito difícil conduzir um experimento in vivo na ausência de campos
extracelulares para observar o que muda quando os campos não estão presentes.
Isso já foi registrado experimentos realizados em cérebros de ratos,
focando alguns campos oscilantes, chamados potenciais de campo local, que
surgem a partir de poucos neurônios.
Campos elétricos então afetam o cérebro. É um achado mais inesperado e
surpreendente, que minhas pesquisas em neurorreabilitação indicavam de que
mesmo esses domínios extracelulares extremamente fracos são capazes de alterar
a atividade neural e a plasticidade celular.
É o que fiz em pesquisas de neurorreabilitação envolvendo interação com displays.
Pesquisa que
coordenei envolvendo neurorreabilitação magnética em plasticidade encefálica
utilizando displays e micro ritmos corporais sem todo físico nas telas
No cérebro dos mamíferos, nós sabemos que os campos extracelulares podem
facilmente ultrapassar 2 ou 3 milivolts por milímetro. Nossos resultados
sugerem que, sob tais condições, o efeito se torna significativo.
Se um
campo magnético imposto externamente vai impactar o cérebro também depende de qual
área do cérebro o campo é dirigido. Depende dos protocolos.
Durante as crises epilépticas, que são anomalias patológicas no campo podem atingir até 100 milivolts por milímetro - esses campos interferem fortemente nos disparos neurais e dão origem a estados super-sincronizados.
A atividade de um campo magnético - mesmo de campos elétricos externos -
sobre certas áreas do cérebro, durante estados cerebrais específicos, pode ter
fortes efeitos cognitivos e comportamentais. Isso já está demonstrado. Basta ir
adiante. Isso que demonstrei com meus pacientes de pesquisas. É uma área imensa
a explorar.
Então, tinha a intuição da oralidade ter um berço analógico e de complexidade de emergência em contexto gerador não programável, modo que se fixou na filogenética. Isso é totalmente diferente da escrita. A escrita, é uma tecnologia mais recente e não é filogenética, não se fixou na herança inata da espécie humana. É uma tecnologia social ontogenética.
Em síntese, a partir do aprimoramento da teoria social da simbiogênese (biosociologia) aplicada a neurorreabilitação, criei e coordenei diversos projetos envolendo tamvém a criação de uma tecnologia de interação simbiótica para pilotagem de telas com micro ritmos corporais, sem o toque físico nas atividades entre as máquinas cognitivas computáveis, tendo apenas a luz do ambiente como o oceano do espaço interacional entre corpo e comunicação com telas envolvidas e que mostraram muita eficácia reabilitadora com o processo de interação magnética não invasiva com o cérebro até mesmo para implementar plasticidade funcionais entre elas.
Os protocolos clínicos e de atendimentos foram se aprimorando e (com atividades individuais e em grupos), levando sempre em consideração as singularidades das lesões de cada um baseadas em analises precisas dos locais das lesões encefálicas e características cxlinicas pessoas atraves de diagnoses amplamente interdisciplinartes e cooperativas da clínica, da educação, da família, das engenharias de softwares, hardwares criados e integrados aos protocolos, até a consideração dos ambientes onde a vida dos pacientes aconteciam, nas escolas, nas famílias, nas amizades e nas redes sociais. Claro que a idade dos pacientes e a complexidade das lesões geraram diferentes respostas, mas os resultados sempre foram surpreendentes.
Se um campo magnético imposto externamente vai impactar simbióticamente ou não o
cérebro e o corpo dos pacientes, não
necessatará apenas de impulsos físicos, nem apenas de consideraros os momentos dos atendimentos, mas também as atividades que envolvem
o campo social de interação onde o paciente acontece no mundo. Porém, os resultados e análises precisam e dependerão sempre da localização das lesões para o aciobnamento das interfaces simbióticas e de protocolos corretos para a
pilotagem de tela sem toque físico na interação.
Descrição de caso de pesquisa com
resultados impressionantes com uma jovem de 22 anos.
[1] Ver verbete:
"Kognition, Kognitiv". Dicionário Histórico da Filosofia. PRINZ, W.
Kognition, Kognitiv. In: Joachim Ritter e Karlfried Gründer. Histisches
Wörterbuch der Philosophie. Vol. 4. Darmstadt: Wisseschaftliche
Buchgesellschaft, 1976, cols 866-877
[2]
BOOLE, George. An investigation of the
laws of thought. New York: Dover, 1958.
[3] SHANNON, Claude. A Teoria matemática da comunicação. São Paulo:
Difel, 1975.
[4] O textos pagus latino gera uma leitura subordinada
por registros à delimitação de página estática do pagus (em latim, campo ou local onde o camponês pisava). O texto pagus tem as seguintes características: 1)
É um texto escrito em páginas estáticas, demarcadas fisicamente por um plano
reto, do tipo tábua; 2) Tem um ciclo próprio (um início, um desenvolvimento
e um fim). É uma unidade isolada - um texto, um livro é uno, ou seja, uma
unidade em si mesma; 3) A organização da sua narrativa é linear, como se
seguíssemos uma linha, como se, cada vez mais, acumulássemos conhecimento numa
seqüência progressiva enquanto caminhamos na imaginante linha da leitura.
[5]
A história da
palavra inglesa bug disseminada na Internet demonstra bem o universo de decodificação
global das linguagens provenientes da cultura oral e escrita anteriores a era
das máquinas cognitivas (computacionais). Veja, em inglês falado, ates das
máquinas da computação significava inseto rasteiro, mas o inglês net das redes
transformou o entendimento dessa palavra com erro de programa no computador. De
onde veio isso? Durante alguns das os tecnólogos que trabalham com Harvard Mark
1, nos anos 40, não conseguiam entender porque a máquina estava emperrada.
Faziam e refaziam os programasse nada. Grace
Murray Hopper, uma oficial da marinha americana, matemática e pioneira da
programação, que era conhecida por ter uma grande capacidade de solucionar
situações difíceis de trabalhar ela encontrou o problema e documentou. Tratava-se
de um “bug” verdadeiro (um inseto rasteiro), que estava preso em um dos
milhares de relés eletromecânicos dentro da máquina paralisando o trabalho.
A partir daí, toda a vez que as máquinas
travavam alguém gritava para ver se tinha um bug preso nos mecanismos delas, encontrar
ou não um bug virou um comportamento que generalizou a ideia de erro para os programadores. Assim nasce
várias palavras do inglês net que se universalizou, como por exemplo: mouse e
tantas outras que rompe as fronteiras dos territórios das línguas faladas e se generalizam
por todo o Planeta onde reina os programadores da cognição maquínica e suas
culturas informacionais. Lembram-se do pânico dos programadores na virada do
milênio: gritavam desesperados que estávamos caminhando para o fim do mundo: o bug do milênio. Eu gozava muito desse
pânico dizendo que poderíamos enfrentar uma invasão de insetos rasteiros mais
tranquilamente do que o pânico generalizado pelos cognitivistas.
[i] Gilson
Lima. cientista, inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos
clínicos, escritor, músico.
Desde o início dos anos 90, quando concluiu sua tese de mestrado,
envolveu em sociobiologia que permitiu a elaboração da sua Teoria
Social da Simbiogênese, tendo por referência de base as pesquisas em
micro biologia celular de Lynn Margulis.
Ao mesmo tempo em que foi criando e processando a sua teoria
simbiótica, realizou múltiplas pesquisas de bancadas com invenções de produtos
e processos.
Iniciou suas pesquisas na complexidade em metodologias
informacionais e criticando a abordagem cognitivista computacional do cérebro e
mente, foi migrando para coordenar por quase duas décadas pesquisas clínicas de
pacientes com lesões neurais severas envolvendo interfaces simbióticas entre
micro ritmos corporais e displays (terapia magnética).
Na perspectiva da Teoria Social
da Simbiogênese, a sociedade é vista como um sistema complexo e dinâmico de
interdependências, onde os “indivíduos” e grupos estão constantemente se
influenciando e transformando uns aos outros.
A Teoria Social da Simbiogênese
propõe ainda uma visão mais integradora das diversas ciências sociais,
incluindo a sociologia, a antropologia, a psicologia e a biologia,... Segundo
Lima, cada uma das diferentes disciplinas tem uma perspectiva única e
importante para compreender as relações sociais, mas é necessário integrar
essas perspectivas para ter uma compreensão mais complexta do paradigma e mais
abrangente da sociedade.
A teoria da simbiogênese sugere
que a evolução dos seres vivos não ocorre apenas por meio da seleção natural,
mas também pela integração de novos elementos em suas redes bióticas. A partir
da incorporação de novas bactérias que se beneficiam mutuamente, os simbióticos
podem evoluir e se adaptar às suas condições de vida de forma mais eficiente.
A teoria da simbiogênese
pressupõe que as espécies em um ecossistema são interdependentes e se
beneficiam mutuamente em uma relação simbiótica. Essa interdependência não se
limita apenas aos organismos vivos, mas também inclui o meio ambiente físico.
Nesse contexto, a integração de novas bactérias na rede biótica pode levar a
uma nova espécie em evolução: os simbióticos.
Os seres humanos são exemplos
mais de simbióticos evoluídos na rede celular, pois contêm em seus corpos uma
grande quantidade de bactérias que desempenham funções vitais em seu organismo,
como a digestão e a produção de vitaminas, retardo do envelhecimento, etc. Essa
relação simbiótica entre os seres humanos e as bactérias que os habitam é
fundamental para a saúde e o bem-estar de toda a rede simbiótica.
Em seu último livro: Inteligência
Inata, defendeu que a partir da ampla incorporação evolutiva de
novas bactérias na sua rede biótica de longo agora que se beneficiam mutuamente,
os novos simbióticos podem ainda evoluir e se adaptar às suas condições de vida
de forma mais eficiente e mais longeva.
Para Lima, a emergência dos
simbióticos altamente evoluídos e de amplo potencial de inteligência inata,
ocorreu muito mais aceleradamente com os humanos nas últimas décadas, ainda que
a evolução de sua rede simbiótica em dinâmica cooperativa e fractal com a
inteligência inata encontra-se ainda em transição dominada pela velha
consciência sináptica humanista não cooperativa, racionalizadora, linear,
centralista e ainda dominantemente predadora com o ambiente onde os simbióticos
evoluídos acontecem no mundo.
Atualmente retomou sua
atividade como músico compositor, cantor que atuava na adolescência produzindo
atualmente suas canções e coordenando a Banda Seu Kowalsky e os Nômades
de Pedra. Suas músicas, shows, vídeos podem ser acessados no canal do
youtube.
https://www.youtube.com/c/seukowalskyeosnomadesdepedra
Webpage: http://www.seukowalsly.com.br
Último Livro:
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