A Simbiogênese enfim está presente na luta contra a dengue, zika e chikungunya. A simbiogênese, como sabem, é minha abordagem que tanto defendo e minha sina que não envolve vacinas.
A pedido. É importante deixar claro que esse caminho simbiótico é totalmente diferente do projeto que modifica geneticamente o mosquito. Todos já sabem da minha posição crítica a hegemonia dessa ciência cognitiva.
A primeira vez que defendi na Fiocruz foi numa palestra que proferi em 11/11/2010 intitulada: Reinventando o Universo do Humano com a Ciência em Ação (a emergência dos simbióticos). Rio de Janeiro. Hotel Sofitel Rio - Av. Atlântica, em Copacabana, no VII Seminário Internacional de Nanotecnologia Sociedade e meio Ambiente.
O Seminário foi organizado pela Fiocruz, tomada de muitos ouvintes de vários países.
Enfim, a simbiogênese como defendo, iniciou-se na Fiocruz meses depois, ainda até hoje é vista e tomada de modo marginal e minoritário, como de resto do mundo.
Já alguns anos, foi demonstrado um caminho eficaz e natural para eliminar as doenças da dengue, zika e chikungunya que ocorre através do mosquito carteiro que nos entrega o vírus.
Nessa simbiose, envolve-se a bactéria Wolbachia. Mais uma de nossas amigas, como são 99% das bactérias no Planeta.
Trata-se de Inserir a Wolbachia nos mosquitos carteiros e assim, ela é capaz de bloquear a transmissão desses vírus aos seres humanos durante a picada. Algo descoberto por cientistas que compartilham a simbiótica que tanto defendo e em 2010. Ou seja, muito mais que uma década.
imagem: Célula do inseto com presença da Wolbachia
Wolbachia é um gênero de bactérias que infectam artrópodes (maior filo de animais existentes, representados por animais como os gafanhotos, as aranhas, os caranguejos, as centopeias e os piolhos-de-cobra), incluindo uma alta taxa de insetos. Além destes, infectam também aranhas, isópodos (pequenos crustáceos), e uma série de nematodos - filo de animais cilíndricos espetacularmente alongados - o do grupo das filárias (que geram a popularmente chamada de elefantíase). Foi primeiramente identificado em 1924 por Hertig e Wolbach em Culex pipiens, uma espécie de mosquito.
90% dos mosquitos não nos fazem mal além de incomodar com suas picadas. Mas alguns transmitem vírus que fazem grandes estragos antibióticos na nossa rede biótica.
No caso, a bactéria é introduzida nos mosquitos e transmitida pelas fêmeas para todos seus ovos — assim, vai passando de geração em geração. A Wolbachia é encontrada naturalmente em cerca de 50% de todas as diferentes espécies de insetos.
É um método natural, os mosquitos não são geneticamente modificados, nem a bactéria. Ela é muito comum na natureza e é inserida no ovo do Aedes aegypti, que não a tem naturalmente. Os mosquitos vão se multiplicando e vão passando a Wolbachia para seus descendentes. Assim, com o tempo, vamos ter uma proporção aumentada de mosquitos com a bactéria. As fêmeas não vão transmitir os vírus, é como se elas estivessem "vacinadas naturalmente" e os simbióticos imunes.
Após serem produzidos nas "biofábricas", os mosquitos são liberados na área urbana já adultos ou enquanto ainda são ovos. Dentro do programa, a liberação deve ser feita uma vez por semana e a quantidade de insetos depende do tamanho da população que vive naquele local. 12 pequenas cidades já estão fazendo isso no Brasil. Apenas testes. Não se compara aos investimentos das vacinas e seu modelo militar de arma de guerra. A simbiogênese ainda é marginal, mas já está presente. Isso é um grande passo.
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Gilson Lima. Cientista aposentado depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade, criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi por vários anos pesquisador acadêmico e industrial coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neurorreabilitação em diferentes cidades e diferentes países, principalmente europeus.
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