Gilson Lima
A ciência hoje, tal como na época de Newton, estende-se diante de um vasto universo a explorar. A era das descobertas básicas está longe de ter terminado, por mais que os tecnólogos insistem em seus brinquedinhos. Os físicos nem sequer compreendem:
Por que os objetos caem no
chão;
Por que os prótons em meio aos
átomos não se separam;
Por que os elétrons em órbita
não são sugados para dentro do núcleo;
Não compreendem como o magnetismo
permanente funciona;
O que faz as estrelas se
agregarem;
Por que as galáxias têm formas
espiraladas;
Como funcionam as manchas
solares;
Por que não conseguimos juntar
dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio para produzir água;
Não sabemos o que é o amor.
Não entendem o instinto e nem
de onde um pássaro adquire conhecimento para produzir um ninho;
Não sabemos como viajar além da
velocidade da luz sem se desintegrar e com esses foguetinhos de combustão não
saímos sequer de nosso quintal cósmico.
Não podemos nem sequer
considerar a simbiótica a medicina moderna como simbiótica, embora ela utilize as áreas de
diferentes bióticas;
Um médico preocupa apenas com o corpo físico e rejeita 75% das informações disponíveis quando se tenta fazer um diagnóstico.
Os protocolos de higiene mudaram desde 1888 por Pasteur, para
evitar a exposição de bactérias. Os protocolos antissépticos mudaram desde a
implantação de Joseph Lister, em 1850. Daí todas as bactérias e vírus foram
entendidos como inimigos numa guerra imbecil e predadora.
Os antibióticos, são nobres produtos
da lógica da fraternidade médica, desde Alexandre Fleming, 1940. O lado escuro
da sua força foi desconsiderado. Como bombas que matam e destroem nossas
bactérias amigas que levam a desbiotização, a fragilização da nossa rede
simbiótica, envenenam o sangue com toxinas geradoras de doenças autoimunes. Nem
vamos falar das bactérias fabricadas pelos antibióticos para se produzir mais
antibióticos. Uma dinâmica da morte em nome da saúde.
Em vez de cuidar do ar, da terra e dos alimentos cuidamos de produzir mais farmácias, hospitais como se esse fosse o papel dos Ministérios da Saúde e não como de fato são: Ministérios da doença.
Ministérios da Saúde cuidariam da terra, do ar e do que comemos. A
agricultura é estimulada a processos antibióticos de venenos mortais a vida, os
quais somos depois estimulados a colocar para dentro de nossos corpos vivos.
Aliás, a alimentação antibiótica,
do veneno é mais barata do que a pro-biótica e isso faz parte da maquinada indústria
da morte. Processamento de refinados é mais barato do que fibras.
A tributação serve para fazer
caixa e não produzir políticas de acesso e cuidado da vida.
Ainda têm as cirurgias, os
processos invasivos, que como exceções se tornam regras. Desde a anestesia, do éter e do clorofórmio
em torno de 1840 recursos sem os quais um paciente morreria de choque e
traumas de exceção, as cirurgias viraram regras.
Graças a aliança simbiótica
das células, nossas redes bióticas se tornaram pouco humanas, muito mais duradouras
e, conquistamos também a morte pelo envelhecimento, mas ainda como predadores
de consciência sináptica humana, não conseguimos entender as doenças do
envelhecimento como rede de múltiplas parcerias. Tratamos só das células humanas e
transformamos idosos em páreas.
Até o câncer, não é entendido,
como uma ruptura evolutiva prematura e sim como praga a ser devastado, os câncer³es não são compreendidos e enfrentados em maturidade. Ao contrário, em vez de aprofundar
a programação celular bombardeiam pacientes com raios x, venenos poderosos de quimioterapias
transformando muitos a zumbis vivos.
Enfim. Os médicos não
conseguem curar para sempre um simples resfriado, por não entenderem a dinâmica
viral e cooperativa do sistema imune simbiótico. Em vez de apostarmos nas
fábricas de células troncos e desprogramação da dinâmica da condenação uterina
da replicação celular, apostamos em transplantes, mesmo sabendo que a dinâmica da
rede biótica é de rejeitar permanentemente tecidos exógenos que com drogas
poderosas expõe pacientes a vida toda aos martírios e riscos de morte a um
simples resfriado comum.
A medicina quase sempre não
visa a cura, a prevenção, mas vive da doença e de processos antibióticos
(morte). Se 10% da energia de impedir a morte fosse dedicado a uma massificação
de processos simbióticos da medicina estaríamos numa nova dinâmica simbiótica.
Então. Vamos falar da ciência e menos da tecnologia, dessa tendência infeliz, de uma cultura obcecada que se instalou para uma destruição criativa de star-ups frente a instituições tidas como “burocráticas”, por serem lentas, se tornam inimigas da dita inovação tecnológica, da aceleração ilusória de "saber" evoluídos por pseudos agentes livres, os mesmos que em nome da evolucão acelerada, desvalorizam a lenta leitura de profundidade, a repetição e os aprendizados decorrentes dos erros da própria repetição, contra a rapidez superficial que não possui limites a exposicão da ignorância..., pois certamente, se quisermos evoluir simbioticamente numa escala global temos que mudar a estrada da tecnologia pela tecnologia e redescobrir as novas bases de refundamentação do conhecimento complexo, perdido pelo atalho das facilidades enganadoras do cognitivismo tecnólogo que nos paralisou.
Gilson Lima. [1] Cientista aposentado depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade, criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi por vários anos pesquisador acadêmico e industrial coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neurorreabilitação em diferentes cidades e diferentes países principalmente, europeus.
Tem formação original humanística e foi voltando seus estudos e pesquisas desde o início dos anos 90 para a abordagem da complexidade nas metodologias informacionais, depois na nanotecnologia e nos últimos 15 anos de carreira focou na neuroaprendizagem e reabilitação envolvendo a simbiogênese e interfaces colaborativas entre cérebro, corpos e displays.
Inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos clínicos.
Escritor. Muitas de suas atividades e textos estão disponíveis no blog: http://glolima.blogspot.com/
Atualmente retomou sua atividade como músico compositor, cantor que atuava na adolescência produzindo atualmente suas canções e coordenando a Banda Seu Kowalsky e os Nômades de Pedra. Suas músicas e shows vídeos podem ser acessadas no canal do youtube. https://www.youtube.com/c/seukowalskyeosnomadesdepedra
Último Livro:
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