Gilson Lima
Desde Gaia, Geia ou Gé (em
grego: Γαία, transl.: Gaía), a mitologia grega, nos mostra a Mãe-Terra como um
ente integrado.
O primeiro a entender e indicar de modo macro e mais sistemático a vida enquanto Planeta Vivo - pelo que sei - foi Leonardo da Vinci. No entanto, foi a abordagem de Lynn Margulis descrita no livro: O planeta simbiótico - Uma nova perspectiva da evolução que se ampliou a consciência dessa perspectiva.
Esse livro feito para que o público
leigo possa se inteirar da nova onda gerou ainda mais intensamente uma
silenciosa revolução que aconteceu no meio acadêmico mundial.
A visão simbiótica aponta e atira, preferencialmente, contra
o dogmatismo acadêmico.
A Biologia sofreu abalos em seus mais profundos alicerces. O
epicentro deste terremoto pode ser descrito em uma palavra - simbiose. Por causa dela estão sendo
revistas à genética, a evolução celular e as explicações científicas para a
origem da vida.
Nosso Planeta é simbiótico. Não é só uma formação rochosa
inorgânica. É vivo. Com todo um macro sistema de proteção a fragilidade da vida
(atmosfera, etc...).
Hoje, sabemos mais precisamente quando a vida apareceu na superfície da Terra, mas como surgiu essa pequena película complexa em nosso planeta, ainda é um evento coberto de muitos mistérios. É do conhecimento da ciência que a vida existente hoje, tenha começado há cerca de 3,5 bilhões de anos. No entanto já foram encontrados estruturas microcelulares, com tamanhos e formas de bactérias modernas em rochas sedimentares com 3,8 bilhões de anos de idade. Então, parece razoável supor que a vida já existia nessa época. Na escala geológica, esta é uma faixa bem estreita – de 200 a 500 milhões de anos, no máximo.
Tomemos, pois, como referência que a vida tenha começa há 3,5 bilhões de anos, com seres unicelulares que se assemelham a bactérias e algas, e chega à arrebatadora diversidade de formas vivas atuais, incluindo nós. A Terra é apenas um bilhão de anos, mais velha do que os primeiros registros de vida já descobertos. Se compararmos a idade da Terra à de um homem de sessenta anos, veremos que a vida surgiu rapidamente em nosso planeta. O tempo que foi necessário para que a vida aparecesse da Terra pode ser comparado com o tempo que um ser humano demora para atingir hoje a adolescência.
A vida sem cooperação de longo agora não evolui (simbiogênese). Não estamos cooperando nada com nosso Planeta vivo. Ele está com febre. Agravou ainda mais quando o padrão de consumo ocidental está se universalizando com China, Índia,...
Nos tornamos ainda mais uma bactéria antibiótica, patogênica para o planeta..
Imagine o que o Planeta fará para
combater a febre.
Nosso futuro? De um longo agora?.... Será Vênus? Será uma
Lua? Temos esse "poder" de aniquilar a vida? Ao contrário,
nossa mediocridade bárbara e predadora está nos levando ao suicídio, mas não da
vida, mas de nossa espécie.
A metáfora da febre criei a partir da visão de Matrix de um
lado a turma da técnicociência transformando nossa espécie em mera bateria orgânica (vida) para Androides e sistemas maquínicos e cibernéticos assimbióticos
e não numa diração para uma espécie evoluída de mesclados cyborgues simbióticos.
De outro a catástrofe da queima do
estoque de oxigênio por motores, máquinas e mecanismos de combustão em escala
planetária nesse padrão de moderno consumo industrial.
O predador não evoluído é como bactérias patogênicas que
atacam a cooperação da nossa rede simbiótica e, no caso, da rede simbiótica do
Planeta.. Infeções, febres e efeitos colaterais são consequências de um planeta febril.
Qual o futuro de um LONGO AGORA da
nossa espécie em proliferação predadora?
No esforço de tentativa de dar uma amplitude a simbiogênese como uma teoria social que tenho feito, defendo que é preciso enfrentar algumas noções ainda limitadas e submersas da ecologia, em teorias do desenvolvimento (com adjetivo de ser ou não sustentado, etc.).
Não precisamos de desenvolvimento, mas de reciclar nossa relação com o planeta. É preciso enfrentar também a noção de meio ambiente. O symbios (quando a vida acontece no mundo) acontece junto sempre com o mundo. Não existe um meio ambiente lá e um "sujeito racional" aqui. Estamos dentro. Fazemos parte da rede simbiótica em cooperação ou conflito.
As abordagens de muitas tribos primitivas eram simbiogênicas. Um dos conceitos tribais de homem branco era: "aquele que caga na água que bebe".
Antes de derrubarem uma árvore eles colhiam os galhos podres..... O homem "racional" desenvolvimentista acredita que o meio ambiente seja apenas recursos ilimitados para seus interesses egocêntricos. É o tal de humanismo. O homem emoldurado em si mesmo.
Não somos humanos, somos uma espécie simbiótica complexa em transformação permanente. Estamos como estamos (humanos - se somos) por estarmos agora e não por que somos ou seremos. Não fomos antes e nem serremos "humanos" no futuro. O ponto de mutação do salto civilizatório não é tecnológico e ou do conhecimento, mas quando rompermos com a gênese do predador e voltarmos a complexidade de nossa inteligência para a cooperação com a rede da vida planetária num LONGO AGORA. É isso ou o suicídio da espécie mais complexa e inteligente que esse planeta já acolheu - até agora.
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