Gilson Lima
Encontrar o centro de atividade das redes epidêmicas é encontrar o que Malcolm Gladwel definiu: o ponto de desequilíbrio. O ponto da virada. É preciso estar atento as pequenas coisas que podem fazer grande diferença.
Um parêntese inicial. Então. Pediram para exemplificar a questão do centro de atividade na mineração de dados numa rede. Então vai um exemplo, bem conhecido e que vem muito a calhar nos tempos atuais.
É preciso entender que é no
centro de Atividade da Rede que se localizará: O PONTO DA VIRADA OU DO
DESEQUILÍBRIO. (Aquela menor diferença que faz toda a diferença).
Vamos “imaginar” um surto
do SARS-COV-2. Suponha que, no verão próximo ao final do ano, mil turistas norte-americanos
cheguem ao Rio de Janeiro contaminados e com a COVID-19. Vamos imaginar um
ciclo de 24 horas.
Digamos que o índice de
infecção desse vírus é de 2%, o que quer dizer que uma em cada 50 pessoas que
têm contato com um portador do vírus fica doente e ou mesmo que muitos estejam
assintomáticos não deixam de ser vetores de contaminação.
Digamos que esse seja
exatamente o número de pessoas com quem um carioca médio – nas viagens de metrô
e na convivência com os colegas de trabalho – entra em contato todos os dias. 50
pessoas por dia.
O que temos, então, é uma
doença em equilíbrio. Os mil turistas americanos transmitem o vírus para mil
indivíduos no dia da chegada. No dia seguinte, essas mil pessoas
recém-infectadas passam o vírus para mais outras mil; mas, ao mesmo tempo, os
mil turistas que iniciaram a epidemia estão recuperando a saúde. Com o
equilíbrio entre os que estão adoecendo e os que estão se curando, a doença
segue num ritmo constante, porém discreto durante todo o verão e o outono.
No entanto, logo ali adiante aproximam-se as festas de fim de ano. O bairro de Copacabana do Rio estará tomado de gente para ver os fogos. Metrôs e ônibus ficam apinhados de turistas e de pessoas indo às compras. Agora, em vez de ter contato com 50 indivíduos por dia, o morador de Copacabana agora se vê diante de, digamos, 55 pessoas por dia.
De repente, o equilíbrio
se desfaz. Os mil portadores do vírus passam a se encontrar com 55 mil pessoas
diariamente, e o índice de infecção é de 2%. Isso significa que haverá 1.100
novos casos da doença no dia seguinte. Esses 1.100, por sua vez, estão agora
transmitindo o vírus a 55 mil pessoas também, de forma que no terceiro dia
haverá 1.210 moradores de Ipanema gripados; no quarto dia, serão 1.331; e, no fim
da semana, quase 2 mil, e assim por diante, subindo numa espiral exponencial
até que O Rio de janeiro esteja em meio a uma epidemia de COVID-19 a todo vapor
em 25 de dezembro.
Aquele momento em que o
portador médio do vírus da COVID-19, que antes tinha contato com 50 pessoas por
dia, passou a se encontrar com 55 indivíduos diariamente foi o Ponto da Virada
ou o Ponto de Desequilíbrio. Esse é o onde se situa o centro de atividades da
rede de contaminação desse vírus. Que gera sua força oi pode gerar sua fraqueza
para combatê-lo.
Significou o patamar em que um fenômeno comum
e estável – um surto moderado da doença – transformou-se numa crise de saúde
pública. Num gráfico de representação de grafos e vértices, nesse caso, seria
aquele onde a linha de repente dá uma engrossada fora do comum em suas linhas
de conexão.
Os Pontos da Virada e de
desequilíbrio são momentos de grande sensibilidade. Mudanças feitas exatamente
nesses momentos decisivos podem ter consequências enormes. A SAR-COV-2 se
tornou uma epidemia quando o número de cariocas em contato com um portador do
vírus da doença pulou de 50 para 55 por dia. Contudo, se essa pequena mudança
(essa pequena diferença faz toda a diferença) e se tivesse acontecido na
direção oposta – caso o número tivesse caído de 50 para 45 numa semana, por
exemplo –, essa alteração teria empurrado a quantidade de vítimas da doença
para 478 numa semana. E, com mais algumas semanas nesse patamar, a COVID-19
levada pelos americanos teria desaparecido totalmente do Rio de janeiro.
Cortar o número de
expostos de 70 para 65, de 65 para 60 ou de 60 para 55 não teria sido
suficiente para acabar com a epidemia. Mas uma mudança bem no Ponto da Virada,
de 50 para 45, teria.
As epidemias envolvem a ação das pessoas que transmitem agentes infecciosos, do agente infeccioso em si e do ambiente em que o agente atua. Segundo Malcolm Gladwell, como dissemos, existem três agentes vitais de mudança que manifestam uma epidemia, o que ele chamou de: 1. A Regra dos Eleitos; 2. O Fator de Fixação e 3. O Poder do Contexto.
1. A Regra dos Eleitos
Os eleitos indicam que em determinados processos, como o de uma pandemia, tratar todas os agentes como iguais pode se tornar um desastre. Alguns economistas chamaram esse fenômenos de o princípio 80/20[1].
Trata-se da ideia de que, para eles, em
qualquer situação, cerca de 80% do “trabalho” é feito por 20% dos
participantes. Na maioria das sociedades, 20% dos criminosos cometem 80% dos
crimes. Vinte por cento dos motoristas causam 80% de todos os acidentes. Vinte
por cento dos bebedores de cerveja tomam 80% de toda a cerveja.
Agora
em se tratando de epidemias, entretanto, essa desproporcionalidade é ainda
maior: uma porcentagem mínima de pessoas faz a maior parte do estrago.
Pesquisas
anteriores de pandemias que examinaram as pessoas que procuravam clínicas de
saúde públicas para se tratar da doença no período de seis meses de um surto indicou
que cerca da metade de todos os casos vinha, essencialmente, de poucos locais
ou de poucos agentes que representavam em torno de 6% da área geográfica da
cidade. Metade desses 6%, por sua vez, frequentava locais com aglomeração ou
ambientes de riscos como hospitais e postos de saúde.
São
os que fazem a epidemia crescer – os que estavam passando a doença para duas,
três, quatro e cinco outras pessoas. Em
outras palavras numa população superior a 100 mil habitantes –, a epidemia
sofre uma virada em consequência das atividades de poucas pessoas que viviam em
alguns poucos lugares e que frequentavam alguns poucos locais de riscos.
Identificar
essas pessoas (centro de atividades) é chave para o combate a disseminação.
Com
as epidemias sociais é exatamente esse processo que ocorre. A Regra dos Eleitos diz que é porque um tipo
de pessoas excepcionais possui a tendência, por meio de seus contatos sociais,
disseminar o vírus por toda a parte.
Outros
exemplos. Originalmente, as doenças de infecção aguda, podem ser tratadas rapidamente
antes que tenham chance de gerar infecções muitas outras pessoas.
Imaginemos
que depois, por causa de problemas de orçamento, a prefeitura decidiu fazer
cortes graduais. Assim o número de profissionais da área médica foi então
reduzido. A quantidade de consultas caiu
consideravelmente diante da tensão da demanda e a escassez de recursos. Ocorreu
também uma diminuição semelhante do número de pessoas que trabalhavam no
atendimento externo, diante da pressão e do aumento de contágio perante as
condições inadequadas de atendimento. Havia muita política – coisas que antes
eram comuns, como upgrades de computadores, deixaram de ser feitas. Manutenção
de equipamentos, a limpeza e tantos outros serviços de apoio essenciais para as
respostas a pandemia deixaram de dar respostas adequadas a demanda. O setor de
compra foi incapaz de dar a manutenção necessária do estoque de remédios e
insumos. Os remédios faltaram. Os números de óbitos aumentam consideravelmente
e os cadáveres se amontoam, colapsa também os serviços funerários. Doentes
infectados sem o devido tratamento e isolamento amplificam a disseminação do
vírus, o contágio e o caos se estabelece.
Enfim,
tratar todos agentes da rede de disseminação dos vírus como iguais é um grande
equívoco e com consequências terríveis numa pandemia.
Imaginemos
um outro cenário. Uma simples redução de cuidadores e profissionais da saúde,
por exemplo, que pode transformar qualquer infecção contagiosa em uma moléstia
crônica ou até mesmo em uma pandemia, de modo que seus portadores podem passar
a ter de três a cinco vezes mais tempo para transmiti-la. Isso nos leva a outra
regra o importante fator de fixação.
2. O Fator de Fixação
Uma das questões chave para esse é um princípio, bem conhecido em virologia, ou seja, quando alguma coisa altera o próprio agente epidêmico aumentando seu tempo de fixação. O agente infecioso muta e as pessoas continuam com o vírus. O vírus se fixa.
As
cepas virais que circulam numa epidemia de gripe, por exemplo, no início do
inverno são bem diferentes das que circulam no fim dessa estação. A mais famosa
de todas – a pandemia de 1918, a chamada gripe espanhola – foi identificada na
primavera daquele ano e era, relativamente falando, bastante fraca. Entretanto,
durante o verão, o vírus sofreu alguma estranha mutação e, nos seis meses
seguintes, acabou matando de 20 a 40 milhões de pessoas em todo o mundo. Nada
mudou na maneira como o vírus estava sendo transmitido. Mas, de repente, ele se
tornou muito mais letal.
Esse mesmo tipo de transformação drástica aconteceu com o
HIV. Aconteceu muito com pneumonia por Pneumocystis jirovecii[2] em aidéticos (antes
conhecido como Pneumocystis carinii[3]).
Todos nós somos portadores desse
microrganismo provavelmente desde que nascemos ou o contraímos logo depois. No
caso da maioria das pessoas, ele é inofensivo. O sistema imunitário o domina
sem dificuldades. No entanto, se o sistema é seriamente danificado por alguma
coisa, como o HIV, esse microrganismo se torna incontrolável e é capaz de
provocar uma forma letal de pneumonia. De fato, a pneumocistose é tão comum
entre os pacientes de AIDS que já é vista como um indício quase certo da
presença do vírus HIV.
Quando
se estudou a fundo o HIV que circulavam na década de 1950 eram muito diferentes
das de hoje. Eram tão contagiosas quanto as atuais. Mas fracas o suficiente
para que a maioria das pessoas – até bebês – conseguissem combatê-las e
sobrevivessem.
No
início da década de 1980 comunidades gays causaram a rápida propagação do vírus
HIV no início da década de 1980, o que gerou muito preconceito, mas a epidemia
também foi desencadeada porque o próprio HIV mudou. Por um motivo ou outro, o
vírus ficou muito mais letal. Uma vez infectada, a pessoa permanecia infectada.
Essa
ideia da importância da fixação no momento em que as coisas estão mudando tem
enormes implicações na nossa maneira de ver as epidemias sociais também.
Perdemos
muito tempo pensando em como fazer para que as mensagens se tornem mais
contagiantes – em como alcançar o maior número possível de pessoas com nossos
produtos ou ideias. Mas, quase sempre, o difícil na comunicação é descobrir
como ter certeza de que a mensagem não vai entrar por um ouvido e sair pelo
outro. Isso chamamos na comunicação de fixação. Não dá para tirá-la da cabeça.
Ela gruda na memória.
O
Fator de Fixação diz que há maneiras específicas de fazer com que uma mensagem
contagiante se torne inesquecível – existem alterações relativamente simples na
apresentação e na estruturação das informações que causam uma grande diferença
na intensidade de seu impacto.
O
mesmo acontece numa epidemia. A fixação é geradora de um impacto central.
Até
agora, o SARS-COV-2 tem demonstrado pouca capacidade de mutação, mas ele, por
exemplo, tem o agravante de gerar uma grande maioria de infectados que não
apresentam sintomas da doença, mas continuam a serem vetores de disseminação do
vírus. Um dos Centros de atividade desse vírus é a capacidade de localizar e
monitorar os assintomáticos. Por isso a testagem em escala de senso é chave
para o combate desse vírus.
3. O Poder do Contexto
O
efeito sazonal sobre o número de casos é tão forte que é fácil imaginar que
bastaria um inverno prolongado e intenso para retardar ou diminuir de modo
substancial – pelo menos durante uma estação – o crescimento da epidemia. O
frio favorece o vírus num corpo com um sistema imunológico estressado. O inverno aponta que os males estão a
caminho. Nos meses de inverno, o mapa muda de aparência. Os ambientes de
fecham, o oxigênio puro circula menos que o contaminado com as partículas
virulentas. Por outro lado, o calor favorece a aglomeração. As pessoas ficam
mais afoitas a saírem, aglomerarem em bares, praças e ambientes públicos
favorecendo o contágio.
Não
são apenas elementos evidentes, como a temperatura, que influenciam o
comportamento. A emergência global das redes sociais também geram mudanças mais
ou menos sutis e com inesperados fatores podem afetar a nossa maneira de agir. A
redes sociais, trouxe em escala global a proliferação da fabricação e
dificuldade de controle sobre notícias falsas que imprimem comportamentos de
riscos, bem como, a politização e ideologização do vírus enfraquecem as medidas
sanitárias seguras.
Quando
se vive cercado e pressionado por milhões de pessoas na rede, é quase uma
questão de sobrevivência psicológica impedir que elas fiquem interferindo em
sua vida o tempo todo, e a única maneira de conseguir isso são ignorá-las
sempre que possível.
Esse é o tipo de explicação relativa ao ambiente que, para nós, intuitivamente, faz sentido. O anonimato e a alienação que marcam a vida nos grandes centros urbanos tornam as pessoas duras e insensíveis.
Na verdade trata-se aqui do
princípio da conformidade. A conformidade se refere aqui na dificuldade de
manter nossas crenças diante dos outros. Trata-se da relação com o outro e nossa
incessante busca de aprovação, de aplausos. Todos precisamos de aceitação. É
muito difícil aplicar a máxima de Robert Lee
Frost um dos mais importantes poetas dos Estados Unidos do século. Frost
disse: "Duas estradas seguiam diferentes rumos num bosque. Peguei a menos
movimentada. Isso fez toda a diferença!
O dilema da conformidade gera uma cobrança subjetiva
permanente de reconhecimento. Um medo intenso de não ser aceito, de não ser
conforme o reconhecimento dos aplausos do público que o cerca. Inspirafo por Rosnai autor do Homem Simbiótico afirmo que os seres humanos quanto mais se complexificam menos
aptos se tornam para resolver os problemas coletivos complexos que eles mesmos
criam. Diferentemente das formigas, que se comportam como geniais agentes
coletivos e profundas idiotas individuais, os humanos estão se transformando em
geniais agentes individualizados e cada vez mais um profundo idiota coletivo.
O fordismo nos transformou em geniais agentes coletivos e imbecis
individuais. As redes sociais estão nos transformando em geniais agentes individuais e um perfeito
idiota coletivo.
A questão que as redes sociais nos impõe é que se é possível fabricarmos, socialmente, a subjetividade?
Antigamente,
a memória viva de um indivíduo estava limitada ao patrimônio de suas
experiências diretas e a um reduzido repertório de imagens refletidas pela
cultura; a possibilidade de dar forma a mitos pessoais nascia do modo pelo qual
os fragmentos dessa memória combinavam-se entre si, em abordagens inesperadas e
sugestivas.
Agora
diariamente vivemos e assistimos um assalto à nossa subjetividade.
Inicialmente, realizado por fora de nossas mentes. Máquinas de modular
subjetividades pasteurizam ideias, criam vontades desejantes e produzem novas,
desmoronando com o mito da subjetividade dada. A subjetividade dada é, cada vez
mais, transformada num complexo processamento de co-auto- modulação simbiótica.
O
que está sendo reservado, no presente e no futuro, para a "civilização da
imagem?” Já afirmei na virada do milênio de que a nossa civilização
intensificará, cada vez mais, uma reprodução mimética, ampliada de si mesma,
transformando-nos em seres, também, cada vez mais simbólicos, inundados por um dilúvio
de imagens pré-fabricadas.
Em
todos os lados em que olho, encontro máquinas sensórias que capturam o real e o
processam em codificação determinando pela captura as constituintes de novas
espessuras vitais.
Inaugura-se,
assim, a fabricação social da subjetividade. Nossos territórios existenciais
são plugados nessas ondas precárias; surfamos em ondas eletrônicas de uma
mobilidade generalizada nas músicas, nas modas, nos slogans publicitários, nos
filmes, no circuito informático e telecomunicacional. O que não é captado pela
malha virtual é encarado como se não existisse para o mundo. Habitamos ondas e
velocidades em vez de lugares. Como nos alertou Ítalo Calvino: a velocidade
reduz as distâncias, “abole as perspectivas e a profundidade da nossa moderna
experiência sensorial que era baseada na cognição existencial”. [4]
A
chave para conseguir mudar o comportamento das pessoas, isto é, fazer com que
elas se preocupem com um vizinho que está necessitando de socorro, às vezes
está em detalhes mínimos de sua situação imediata. O Poder do Contexto diz
que os seres humanos são muito mais sensíveis ao seu ambiente do que pode
parecer.
[1]
Richard Koch, O Princípio 80/20. Rio
de Janeiro: Rocco, 2000
[2]
Pneumocystis jirovecii é uma
espécie de fungo, semelhante à levedura, que pertence ao gênero Pneumocystis. O
organismo é um importante patógeno humano, pois é causador de pneumonia,
particularmente entre os hospedeiros imunocomprometidos, como as portadoras do
vírus HIV.
A
pneumonia por Pneumocystis carinii, também designada de
pneumocistose, é uma das infecções oportunistas mais frequentes nas pessoas
infectadas com o VIH. Qual é a diferença
do HIV e aids. Não se trata de sinônimos. HIV (Vírus da Imunodeficiência
Humana) é o vírus causador da aids,
que ataca células específicas do sistema imunológico (os linfócitos T-CD4+),
responsáveis por defender o organismo contra doenças. VIH é a sigla para Vírus da Imunodeficiência Humana. HIV é a sigla em inglês para
Human Immunodeficiency Virus. SIDA significa Síndrome da Imunodeficiência
Humana Adquirida. Na
verdade, são diagnósticos diferentes – a infeção por VIH pode conduzir a uma
doença ou síndrome, condição conhecida como SIDA.
O VIH é um
virus e a SIDA é a condição que pode decorrer da infeção por esse virus. Assim,
pode ter-se uma infeção por VIH sem aquirir SIDA, sendo muitas as pessoas com
infeção por VIH que vivem durante anos sem desenvolver SIDA. A SIDA ocorre
quando o VIH condiciona danos importantes ou severos na imunidade (sistema
imunológico) e é uma condição complexa com sintomas que variam de doente para
doente. Os sintomas da SIDA estão relacionados com as infeções que um doente
pode apresentar como consequência de um sistema imunológico debilitado e,
consequentemente, incapaz de combater outras infeções, ao contrário do que
acontece em pessoas saudáveis. Estas podem incluir a tuberculose, a pneumonia,
outras infeções e, ainda, certos tipos de neoplasias (cancro).