Gilson Lima
Pesquisador
industrial e cientista independente, Músico, inventor.
Os avanços significativos dos
estudos do cérebro começam com
SANTIAGO RAMON Y CAJAL: a abordagem neuronal! No final do Século XIX com
o isolamento do neurônio.. (desenho ao lado). A
presentado em um Congresso da Sociedade Anatômica em Berlim
em outubro de 1889. Cajal expôs
seus desenhos feitos em papel com tinta colorida e a
unidade básica do
cérebro - o neurônio - foi
formalmente isolada. (Não retículo contínuo – rede indissociada - proposto
por Camilo Golgi no mesmo período).
Cajal expôs evidências para
hipóteses sobre o sistema nervoso – os axônios das células são as saídas para
os impulsos nervosos e os dendritos as entradas - “Lei da Polarização Dinâmica”
e em
1906 um discípulo de Cajal cunhou a palavra
-sinapse- para
descrever a junção entre uma célula nervosa e outra.
A novidade atual é poder observar o cérebro em
funcionamento. Isso ocorre ha pouco tempo.
Há
100 anos sabemos que vemos com a parte de trás do cérebro, mas somente ha pouco
tempo têm-se obtido uma luz de como funciona essa parte cruzada e todo o
processo de informação cruzada em nosso cérebro.
O
neurônio é uma célula ramificada construída para produzir e gerar impulsos e ao
mesmo tempo transmitir conteúdos químicos.
São de tamanhos pequenos ou
com dendritos muito grandes (com maior capacidade de cooperar e atuar de modo
mais amplo). A parte elétrica é mais simples – tipo digital (ligado ou
desligado. As sinapses químicas são mais lentas, tem conteúdos e altera as informações.
Sabe-se das sinapses, mas não se explica o porquê (plexo mental complexo) o
cérebro é um complexo que aprende quando transmite conteúdo. ISSO É MUITO
SIGNIFICATIVO. Muda sempre. Está sempre mudando.
POR QUE DAS SINAPSES?
São conteúdos transportados
que são transmitidos. Por que o conteúdo vai adiante? Com toda uma logística de
eletricidade, íons, mas por que toda essa logística. Por que das sinapses?
É simples. Os impulsos
elétricos são apenas digitais (ligados ou desligados), mas o funcionamento do cérebro é bem mais complexo do que um computador.
Para muitos reducionistas, o
cérebro é apenas uma central telefônica, com cabos e transmissões de dados e impulsos...
Esse é um dos maiores equívocos das abordagens cognitivistas e computacionais
que movem toda a indústria da inteligência artificial e o imaginário da ficção
científica motivada por um futuro que não precisará mais de nós (humanos), pois
criamos e replicamos máquinas pensantes, superiores a nós mesmos.
A SINAPSE SURGE PARA MUDAR O
QUE ESTÁ SENDO TRANSMITIDO.
Não para transmitir.... Isso é muito mais complexo.
Quanto maior o número de
sinapses, maior o número de informações (duas sinapses são mais simples). A
mesma bioquímica acontece (no neurônio inicial), mas não será a mesma no
próximo neurônio.
O EFEITO LÍQUIDO É O SEGUINTE:
“A ESTRUTURA DA PRÓPRIA MORFOLOGIA SE MODIFICA QUANDO NÓS A UTILIZAMOS”.
Uma grande descoberta.
AGORA SABEMOS: que o cérebro
muda o tempo todo e a todo instante em que acontecemos no mundo. Só se não
usar. Células nervosas estão nesse momento crescendo e o stress, mata as
células e a precisão das novas lembranças (esquecemos mais estressados).
Células nervosas mudam a cada
ligação.
Usar
pouco o cérebro é ruim. Como usar uma louça de porcelana apenas no domingo
quando se tem visita, para não quebrar. O cérebro é o contrário, tem que se
usar muito para ele ficar cada vez melhor.
Se não usá-lo, ele se
fragiliza. É como se ter um supercomputador apenas para assistir TV. Isso nos
deixa burros, doentes e bestializados. São 23 bilhões de células nervosas
apenas no córtex, mais as sinapses que se estima ser em torno de um milhão de
bilhão. Um número e tanto.
Cada uma delas são impulsos
que modifica a si mesmo quando utilizadas.
Gilson Lima - Doutor em Sociologia das Ciências. Professor CNPQ (aposentado). Pesquisador Industrial. Pesquisador do CEDCIS – Centro de Estudos e Difusão de Conhecimento, inovação e sustentabilidade e pesquisador do LaDCIS - Laboratório de Difusão de Ciência, Tecnologia e Inovação Social. Colaborador do Núcleo de Violência e Cidadania do Programa de Pós-Graduação em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Dr. em Sociologia das ciências. Pesquisador da Rede Nanosoma – nanociência, nanotecnologia e sociedade. Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA). Pesquisador colaborador do Núcleo de Robótica Social in http://robotica.udl.cat/ r
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