"O cérebro humano pesa cerca de 1,4 kg e representa cerca de 2% do peso do corpo. Contudo, consome mais de 20% de energia de todo o corpo. Dos alimentos que ingerimos, vai um quinto para o cérebro. Em momentos de escassez, o cérebro é para nós um luxo impensável. Como ao longo da evolução da raça humana houve épocas de grande escassez, o cérebro tinha de oferecer vantagens que compensassem o seu principal inconveniente: o seu elevado consumo de energia. Parece que para quem tivesse fome e tivesse de procurar raízes e frutos, seria melhor não ter cérebro, pois precisaria procurar menos 20%".
Nós temos um cérebro e por uma boa razão: ele contém alguns milhares de neurônios que nos permitem poder estar no mundo e poder fazer coisas que outros seres vivos não podem fazer. Graças ao cérebro, as pessoas são incrivelmente flexíveis, povoam toda a Terra e deram também o primeiro passo na Lua.
"Os tigres têm dentes mais aguçados, os elefantes são mais fortes, os leopardos são mais rápidos, os ursos polares suportam melhor o frio, as baleias nadam melhor e os albatrozes voam melhor. Em oposição a todos estes animais de excepção, contudo, o homem, graças ao seu cérebro, embora não particularmente especializado numa competência, pode enfrentar as mais diversas situações, trabalhos e problemas".
( Manfred Spitzer).

Seja quem seja, aprender muda. Quando aprendemos algo de novo, não ficamos na mesma; não só aprendemos mais quantidade de ensinamentos, como também nos transformamos. A recepção do que é novo significa sempre mudança em quem recebe. Para o sistema biológico, a aprendizagem funciona assim. Quando somos confrontados com a novidade, pensamentos desconhecidos mergulham na nossa mente. Nós nos transformamos quando aprendemos com o velho e com o novo e isso pode causar medo.
Aprender é literalmente facílimo. O bebê, ao fim de poucas centenas de dias, já consegue agarrar, andar, cantar e comunicar. Para as crianças em idade pré-escolar, isto não representa qualquer problema: elas estão em construção. Elas aprendem uma nova palavra em cada 90 minutos, sem medo. Para muitas pessoas a novidade pode parecer ameaçadora. Os risos reprimidos em dinâmicas de grupo em cursos e seminários demostram isso.
Podemos aprender e se aprende melhor com os nossos erros ou com os erros dos outros. Não esqueçam jovens que os mais velhos erraram mais e já aprenderam também com muitos de seus erros. Também continuam errando. Não custa estar atento e aprender com eles também.
Aprender não apresenta problemas, a menos
que alguma coisa não esteja bem na nosso cérebro, como, por exemplo, se estivermos cansados ou sob os
efeitos de drogas....