segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Were the gods astronauts? I don't think they were Jurists and of Federal Supreme court of Brazil

Eram os deuses astronautas? Não acho que eles eram Juristas e do Supremo Tribunal Federal do Brasil


Gilson Lima. Doutor em Sociologia das Ciências. Professor e Pesquisador da pós-graduação do Centro Universitário Metodista IPA. Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA). 





Essas últimas semanas estamos novamente surpreendidos com a habitual arrogância de uma Instituição cartorial quase intocável desde a Proclamação da República, vê-la manifestando tão explicitamente sempre surpreende, não é mesmo? A Justiça não se se considera pública e muito menos uma atividade pública do Estado. Ela está inacessível aos mortais comuns há Séculos.
Dizem alguns que o Conselho Nacional de Justiça extrapolou solicitando dados anônimos de contas correntes de funcionários públicos como são os Juízes do Estado Brasileiro. Afirmam que o cidadão comum não pode ser considerado suspeito por que é Juiz. Mas que lógica é essa? Deveria ser totalmente, ao contrário, todo funcionário público - por ser funcionário público - deve ter seus dados bancários e de impostos totalmente abertos a sociedade. Afinal eles são pessoas que optaram para serem funcionários públicos e não privados.
A imagem que retenho do Supremo Tribunal Federal é de um local de altos palanques e togas, diversas e negras onde até o servidor do Estado que serve o cafezinho tem uma capa mini esvoaçante. Não é fácil nem servir aos deuses.
A aguerrida Dra. Eliana Calmon já afirmou que quase metade dos magistrados paulistas esconde seus rendimentos e que por trás da crise está um movimento corporativista para enfraquecer o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Mesmo que fosse necessário o Conselho Nacional de Justiça quebrar sigilo bancários de juízes - a ministra negou que isso ocorreu. Para ela, não houve quebra de sigilo fiscal ou bancário e muito menos devassa e vazamento de informações sigilosas. O mais interessante é que as inspeções repercutidíssimas em São Paulo – já foram realizadas há quatro anos - e só agora veio a tona, bem depois, do mesmo ter ocorrido em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Amapá Estados que já passaram pelo mesmo processo sem quase nenhuma repercussão ou crítica.
Em vez dos altos magistrados estarem incentivando a abertura ainda mais ampla da representatividade do Conselho Nacional de Justiça para que a sociedade possa realmente cobrar que a  Justiça efetivamente se seja sinônimo de ações precisas e rápidas de punições a todos os nos ameaçam a vida, que defenda sempre o direito de ser feliz e de ter a garantia da realização de nossas felicidades e paz em nossas sociedades.
Vivemos num país de bacharéis onde delegado não é da carreira, tem que ser advogado e exógeno da estruturação das carreiras policiais federais e estaduais. É preciso ser advogado, jurista, não apenas saber do código penal com precisão, mas ser jurista de nascença. Na verdade é quase necessário para tudo ser jurídico nesse país ser bacharel de direito, sobretudo,  quando o assunto trata de representação do “público”.
Vossa Excelência Marco Aurélio nos informou que: “A solução de eventual controvérsia entre as atribuições do Conselho e a dos tribunais não ocorre com a simples prevalência do primeiro”.  Ele legitima tamanha  “premissa”  tão logicamente imprecisa quanto autoritária de que ele não leu nada disso na Constituição.
Ora Excelência nós também não lemos. Também não encontrei lá meu nome e meu endereço (na constituição) e nem por isso  continuo a não saber voltar para casa.
Não é sobre isso que estamos falando Excelência. Estamos falando em ampliar os poderes e a representação interdisciplinar e social do Conselho Nacional de Justiça para que tenhamos uma Justiça de Primeiro Mundo. Nada contra sua indicação política por estar aí, apenas nos faça nos façam o favor de ajudar e não atrapalhar a consolidação da modesta democracia dos pobres mortais comuns daqui da terra. Excelências.

Gilson Lima. Doutor em Sociologia das Ciências. Professor e Pesquisador da pós-graduação do Centro Universitário Metodista IPA. Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA). 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

SÓ NO “QI” ESTÁ A EDUCAÇÃO? será que o universo da aprendizagem pode ser totalmente absorvido pela informação e o conteúdo computacional?


Esse texto eu resgatei de meus rascunhos de 2002. Na época não publiquei porque, certamente, naquela época poucos entenderiam o que estava efetivamente tratando. A internet ainda nem tinha chegado mais intensamente nas universidades. São fragmentos de leituras e diálogos com autores, muitos deveriam ter sido citados, mas que não me recordo mais a origem precisa. Um fragmento dele foi publicado, em algum lugar da internet que também não me lembro mais.


Gilson Lima. Sociólogo da Ciência.
gilima@gmail.com



Contempla o céu, a terra. o mar; tudo o que resplandece neles ou sobre eles; tudo o que rasteja, ou voa, ou flutua; tudo tem formas porque tudo tem número. Retira-lhes o número e nada serão... Pergunta o que te deleita ao dançar e o número responderá: “Estou aqui!” Examina a beleza da forma corpórea, e desco­brirás que tudo está em seu lugar graças ao numero. Examina a beleza do movimento do corpo, e verás que tudo está no seu devido tempo graças ao número. Santo Agostinho.


Há na ciência contemporânea duas grandes correntes de pensamento que, após terem corrido paralelas por muito tempo, começam a tomar canais sedutores que apontam para sua convergência futura. As circunstâncias desse encontro determinarão qual delas será posteriormente vista daqui para frente como mera tributária da outra.
De um lado está a crença dos físicos nas “leis da natureza”, associada com a simetria, como a base primeira da lógica no universo. Essas simetrias estão vinculadas nesse caso à representação do espaço e do tempo como um contínuo indivisível.
Em contraste com essa visão, há outra em que é a computação abstrata, em vez da simetria, que aparece como a mais fundamental de todas as noções. Nessa imagem da realidade, considera-se que a lógica digital que está em sua base governa algo discreto e não contínuo do universo.
O grande enigma irresolvido, que fica para o futuro, será mesmo ter que decidirmos qual é o governo da representação mais fundamental do mundo: a simetria ou a computação.
Assim, dirão: será o universo um caleidoscópio cósmico ou um computador cósmico? Um padrão ou um programa? Ou nenhum dos dois? Ou ao contrário, são as regras que regem o processo de computação que determinam que leis da natureza são possíveis?
A decisão nesse caso também exigirá - por conseguinte -  que saibamos se as leis da física controlam a capacidade máxima da computação abstrata. As leis da física imporá limites a sua velocidade e abrangência?
Antes de mostrar quão pouco temos a dizer sobre essa decisão, convém tomar cuidado com ela, em si mesma. Vejamos.
Ao longo de toda a história do pensamento humano existiram paradigmas dominantes do universo. Com freqüência essas imagens mentais nos dizem muito pouco sobre o universo e muito mais sobre a sociedade que estava empenhada em seu estudo. Para aqueles gregos antigos que desenvolveram uma perspectiva teleológica sobre o mundo como produto dos primeiros estudos sistemáticos das coisas vivas, o universo era um grande organismo. Para outros, que julgavam que a geometria devia ser reverenciada acima de todas as demais categorias de pensamento, o universo era uma harmonia geométrica de formas perfeitas. Mais tarde, na época em que se fizeram os primeiros relógios mecânicos e mecanismos de pêndulo, a imagem do universo pós-newtoniano como um mecanismo tornou-se dominante, e mil naves de apologéticas partiram em busca do Relojoeiro Cósmico. Para os vitorianos da Revolução Industrial, o paradigma preponderante foi a máquina a vapor e as questões físicas e filosóficas que ela suscitava com relação às leis da termodinâmica e ao destino final do universo levavam a marca dessa época de máquinas. Assim, em nossos dias, talvez a imagem do universo como um computador nada mais seja que o último prolongamento previsível de nossos hábitos de pensa­mento. Amanhã o paradigma poderá ser outro. Qual? Haverá algum conceito profundo e simples que está atrás da lógica, assim como a lógica está detrás da matemática e da computação?
A primeira vista, as noções de simetria e computação parecem muito distantes entre si, de tal modo que a escolha entre elas teria de ser taxativa. Mas a simetria estabelece as mudanças possíveis e as “leis” que dela resultam podem ser vistas como uma espécie de software que roda em algum hardware — o hardware material de nosso universo físico. Essa representação - implicitamente - é uma das visões particulares da relação entre as leis da natureza e o universo físico quase dogmatizada pelo conhecimento moderno ocidental.
Vê a natureza e o universo (a natureza e a cultura) como concepções separadas, independentes. A simbiose tem consequências fatais nessa abordagem. Termina o processo mecanico da disciplinarização, termina o saber técnico perital sem reflexividade, termina a ideia de homem sem symbios com a natureza.
Assim, poderíamos também imaginar o software sendo rodado num hardware diferente, um dualismo a-simbiótico. Essa representação parece nos conduzir, portanto, a um conflito potencial com a crença numa Teoria que desintegra as condições de existência até mesmo das partículas elementares e suas leis que a governam.
Á primeira vista, o sucesso da visão continuísta do saber reducionista do mecanicismo que "explica" o mundo físico parece opor-se à perspectiva computacional discreta. Os lógicos empreenderam uma guerra de desgaste contra a noção de um contínuo de números ao longo dos últimos 80 anos. Os mesmos  receios e temores que tomaram alguns matemáticos que definiram a introdução dos números irracionais como apenas um mito conveniente que simplifica artificialmente as leis da aritmética e os objetos físicos que são entidades de causalidade racional postuladas, arredondadas e simples junto ao fluxo da existência se somam a novos temores agora sobre a recursividade computacional frente a simetria causal, a linearidade, a sequencialidade,....



Onde está o QI do BIT[1]?


A computação é o aspecto mais básico da realidade? Para isso teríamos de constatar que o universo só faz coisas computáveis. 
O campo das manifestações matemáticas, analógicas do universo teria de ser limitado à alçada dos construtivistas. Essa é a pena a pagar pelo abandono do contínuo e o apelo a aspectos computáveis do mundo como base para a explicação do todo. 
Já descobrimos, contudo, muitas operações mesmo matemáticas que não são computáveis e já pudemos espreitar muitas delas.
No estudo da cosmologia quântica, encontramos vários exemplos em que a listagem das superfícies exigidas são uma operação não-computável e não pode ser efetuada sistematicamente por meio de um número finito de passos computacionais do tipo máquina de Turing. Há necessidade de um elemento novo para gerar cada membro do conjunto. Pode ser, é claro, que haja outro modo de calcular a quantidade observável em questão e que dispense a realização dessa operação não-computável, mas pode ser que não haja e tornam de fato a computabilidade menos provável.
Se examinarmos equações diferenciais parciais que descrevem a propagação de ondas de algum tipo, sejam elas ondas quânticas ou gravitacionais que se propagam através da geometria do espaço-tempo, encontraremos o mesmo problema. Quando o perfil inicial da onda é descrito por uma função contínua, mas não-diferenciável duas vezes, pode não existir nenhuma solução computável da equação de onda em duas ou mais dimensões espaciais. 
O x do problema é a irregularidade do perfil inicial. Se este for diferenciável duas vezes, todas as soluções das equações de onda são computáveis. Mas se, no nível mais fundamental, as coisas forem discretas e descontinuas, podemos ser vítimas do problema da não-computabilidade.
As soluções dessas dificuldades residem por certo num conceito ampliado do que entendemos por computação. 
Tradicionalmente, os cientistas da computação definem a capacidade máxima de computação de qualquer computador, seja do real ou imaginário, como a da máquina idealizada de Turing. Uma vez que o mundo é fundamentalmente um sistema quântico, qualquer tentativa de explicar seu funcionamento interno em termos de um paradigma computacional deve se fundar numa sólida incompreensão do que é de fato a computação quântica e do que ela pode realizar e a máquina de Turing não. O paradigma computacional tem muitas afinidades com a visão quântica do mundo. Ambos são discretos; ambos possuem aspectos duais como evolução e mensura­ção (compute e leia). Mas seria possível apresentar mais argumentos ainda em favor da relação entre o quantum e as simetrias da natureza. Quase um século de detalhados estudos dos físicos amalgamaram os dois numa união indissolúvel. Qual posição poderia o paradigma computacional vir a ocupar após um investimento similar de refle­xao e energia?

O Incognoscível: deixe de citar e diga-me o que você sabe. Ralph Waldo Emerson.

Por que o mundo seria matemático ou geométrico? Mas, pensando bem, não é verdade que a maioria das coisas que encontramos no dia-a-dia parecem tudo menos matemática? A matemática fica relegada à descrição de um mundo estrutural peculiar, mais simples do que aquele de que participamos no dia-a-dia. Além disso, não encontramos nada de matemático com relação a emoções. Como, então, quando falamos de uma confiança matemática. Quais são as coisas que não podem ser incluídas nessa concepção física? Parece que elas existem, mas, o mais das vezes, são excluídas sob o pretexto de não serem cientificas. Uma explicação não muito diferente da do famigerado Mestre de Balliol[2] de quem se dizia “aquilo que ele não sabe não é saber”.
O fosso entre as duas culturas — ciência e huma­nismo — alargou-se consideravelmente desde o início do século XXI. Percebemos que existem recintos sagrados do templo máximo da ciência em que o symbios não está convidado a participar (de ambos os lados).  Aquelas pessoas faziam seus cultos dedicados à opinião política e consciência dominada pela auto-reflexão tomadas por crenças e sentimentos de ideologias romantizadas do amor são consideradas adeptas de uma tagarelice ausente de atividades intelectuais e práticas de fins em si mesmas, frouxamente limitadas pelas exigências do conhecimento complexo.
Porém, no symbios, temos uma mente treinada para atuar e reagir de determinadas maneiras a tipos particulares de inputs múltiplos e simultâneos ausentes dessa contradição.
Assim, enquanto a informação "lógica" encontra uma estrutura já pronta que podia ser acomodada com a simbiose a informação, isso não resiste à compressão mais ampla de facetas sugestivas. Nosso cérebro não é bom em efetuar precisões algorítmicas, pois somos permeados analogicamente por temperos químicos-emocionais sobre a informação e fatos que nos são disponíveis quando acontecemos no mundo. Alguns ramos da experiência se prestam claramente melhor a essa sublimação que outros.
Nas ciências pejorativamente cunhadas como “duras”, a característica mais importante favorável à compressão algorítmica é a existência de idealizações concretas de fenômenos complicados.
Uma estrela típica como o Sol, permite uma aproximação excelente para esse ponto de vista. Tratar o Sol como esférico e tendo a mesma temperatura em toda a sua superfície evidentemente é um absurdo desproporcional. Nenhuma estrela é assim exatamente esférica e superficialmente isotérmica. Todas as estrelas são de tal modo que não se podem fazer diversas idealizações desse tipo e as descrições resultantes delas serão muito imprecisas. 
Em seguida, flexibilizando um pouco as idealizações, podemos prosseguir rumo a uma descrição que admita a presença de pequenas não-esfericidades. Essa seqüência passo a passo de aproximações são cada vez menos entendidas por operações “computáveis” no sentido de Turing. Em contrapartida, muitas das ciências “brandas”, que procuram aplicar matemática a coisas como comportamento social, motins em prisões ou reações psicológicas, não conseguem produzir um corpo considerável de conhecimento sólido, porque as matérias com que lidam não permitem idealizações óbvias e frutíferas. Fenômenos complicados, especialmente aqueles que têm aspectos não passíveis de compreensão algorítmica são intrinsecamente imprevisíveis porque reagem ao ato da investigação, não podem ser substituídos por simples aproximações. 
Não é fácil imaginar como se poderia modelar uma “sociedade aproximada” ou uma “paranóia aproximada”. Esses fenômenos não permitem o uso efetivo do mais bem-sucedido instrumento da mente para dar sentido à complexidade.
Na prática, isso pode expressar o fracasso de nossas mentes em encontrar o caminho certo a seguir na busca de idealizações, ou pode ser a conseqüência de alguma incompressibilidade intrínseca aos fenômenos em questão. 
A ciência se sente mais em casa ao enfrentar problemas que exigem técnica que  reclamam discernimento profundo. Por técnica entendemos a aplicação sistemática de um procedimento seqüencial — uma receita. O fato de esta abordagem do mundo ser tantas vezes frutífera atesta o poder da generalização. A natureza usa as mesmas idéias básicas vezes sem conta, em diferentes situações. A marca dessas reaplicações é seu caráter matemático. A busca daquela técnica cuja aplicação seria capaz de decodificar a mensagem da natureza em todas as circunstâncias está condenada ao fracasso.
As lições que aprendemos com os teoremas de Gödel, Church e Turing sobre o alcance e as limitações das sistemas lógicos são muitas vezes esquecidas no dia a dia da produção científica. Os aspectos mais acessíveis e quantificáveis do mundo têm a propriedade computáveis e existem procedimentos definidos para decidir sobre isso. Porém, a verdade não é uma dessas propriedades das coisas tipo de um número primo ou um conjunto sutil de propriedades que podem apenas ser listadas. 
A maioria dos sistemas lógicos têm a propriedade de serem listáveis, mas não computáveis e todos os seus teoremas podem ser listados, mas não há um procedimento automático para examinar uma formulação e decidir se ela é ou não um teorema.
Se o mundo matemático não tivesse o teorema de Gödel, toda propriedade de qualquer sistema que contivesse aritmética seria listável. Poderíamos escrever um programa definido para desempenhar cada atividade. Sem as restrições que Turing e Cliurch impuseram à computabilidade, toda propriedade do mundo seria computável. Decidir se esta página é um exemplo do português escrito segundo as regras da gramática é um problema computável. 
As palavras podem ser confrontadas com as de um dicionário de referência e as construções sintáticas podem ser verificadas sequencialmente, mas a página continuaria não tendo nenhum significado para um leitor que não soubesse português.
Tudo bem que com o tempo esse leitor poderia ir aprendendo português e um número cada vez maior de elementos desta página se tomaria significativo para ele. No entanto a propriedade da significabilidade é portanto listável, mas não computável. Assim também, decidir se esta página é algo que o leitor vai querer escrever no futuro é uma propriedade listável, mas não computável.
Nem todos os traços do mundo podem ser classificados em listáveis ou computáveis. 
Por exemplo, a propriedade de ser uma formulação verdadeira num sistema matemático particular não é nem listável nem computável. O que podemos é nos aproximar da "verdade" com precisão cada vez maior, introduzindo um número crescente de regras de raciocínio e acrescentando outras pressupostos axiomáticos, mas jamais poderemos capturá-la inteiramente por meio de um conjunto finito de regras.
Beleza, simplicidade, verdade, são todas propriedades prospectivas. Não existe uma fórmula mágica a que se possa recorrer para gerar todas as variedades possíveis desses atributos. Eles jamais podem ser plenamente esgotadas. Nenhum programa ou equação pode gerar toda a beleza ou toda a feiura.
As propriedades prospectivas das coisas não podem ser capturadas em nenhuma teoria de tudo. Também nenhuma explicação não-poética da realidade pode ser completa.
O alcance das Teorias computáveis é imenso, mas limitado; são partes necessárias de uma compreensão plena das coisas, mas estão longe de serem suficientes para desvendar todas as sutilezas de um universo como o nosso. 
A computabilidade informacional seja microfísica dos elétrons bits ou pixels, seja do infogene e sua bioquímica, seja nanométrica ou seja macroscósmica podem conter elementos que transcendem nossa visão atual compartimentada dos ingredientes da natureza moderna newtoniana, mas mesmo assim são limitadas e o nosso mundo contém atributos prospectivos. 
Não há fórmula capaz de nos fornecer toda a verdade, toda a harmonia, toda a simplicidade, pois ao ver através de todas as coisas do tudo por um parâmetro lógico nos deixaria sem ver muita e muita coisa fora dele.
Nenhuma teoria ou compreensão pode ser uma teoria de tudo e poderá jamais permitir uma compreensão total sobre tudo, gostemos ou não disso. 

[1] Como todos sabem Bit é na linguagem da computação, é a unidade de informação expressa como escolha entre duas possibilidades (de binary digit, isto é, dígito binário). Jogo de palavras entre it (pronome impessoal) e bit, algo como “a essência a partir dos bits”.
[2] Balliol é um dos muitos colégios que constituem a Universidade de Oxford Foi fundado por volta de 1268.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

CONVERSAÇÕES com Michael Foulcault e Gilles Deleuze



VIVENDO A AGONIA DAS SOCIEDADES DE SOBERANIA E SOCIEDADES DE CONTROLE DISCIPLINAR. 


Gilson Lima – Sociólogo da Ciência – IPA. Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA). 
E-mail: gilima@gmail.com  
Blog: http://glolima.blogspot.com/



Foucault situou a emergência das sociedades disciplinares do conhecimento nos séculos XVIII e XIX até quando elas atingem seu apogeu no início do século XX. A partir do final da segunda grande guerra vivemos suas efetivas quedas e agonias de hábitos que insistem em esclerostenosenarmos.


Elas viabilizaram organizações físicas e de conhecimento presas em grandes meios de confinamento. As pessoas, entretanto, mesmo antes do apogeu das estruturações complexas em redes não cessavam de passar de um espaço fechado a outro, cada um deles com suas leis: (primeiro a família, a polis, a escola, a corporação,...)  quando passava de uma clausura a outra, de um campo de saber para outro você não estava mais preso no território do domínio funcional. Saía da sua família para a rua (talvez por isso o tão louvado horário comercial), depois da rua, a diversão. O mesmo acontecia quando você não estava mais preso na caserna ou na escola. Depois vinha a fábrica e Deleuze diz: "de vez em quando o hospital e eventualmente a prisão". Esse último talvez o único meio mais reconhecido aos mortais como um efetivo meio de confinamento por excelência. Por isso Foulcaul nos seus primeiros estudos e pesquisa se focou tanto na prisão que serviu pra ele de modelo analógico, mas ele também disse ao ver operários:  “pensei estar vendo condenados". Hoje os robôs operários comprovam isso. Confinavam humanos como máquinas funcionais cognitivas que eram moldadas pelos próprios meios de confinamento (inclusive a escola fabricava máquinas cognitivas para um mundo do trabalho funcional da esteira e do moderno saber mobilizado pela separabilidade e pela fragmentação. Uma tarefa desligada do pensar no criar, de uma mente sem corpo, de um cérebro-mente, um pensar cognitivo  típico do mundo dos códigos,  mas não do mundo e dos estados de mentitude como nós humanos nele acontecemos.


Foucault analisou muito bem o projeto ideal dos meios de confinamen­to, visível especialmente na fábrica: concentrar # distribuir num espaço escasso de conhecimento. Tomado por processos lineares, geradores de eventos sequenciais - um após outro- presos no trilho do tem da história. Decorrente de um tempo sucessivo, seqüencial e serial e por isso cumulativo e direcional.  Um embarque de viagem  seguro e determinado ou pseudo-pré-determinado (metas). Um destino preciso por ser  encadeado numa casualidade controlada. Assim como as linhas e colunas que escrevemosa num texto pagus, um texto linear com letras que se prendem a outras, parágrafos que encadeiam outros, capítulos que se entregam ao próximo e assim sucessivamente. 


Comporíamos assim um quadro fechado numa noção de tempo onde  um passado determina o presente; que determinará o futuro. Uma cadeia causal, tão simplória, mas que durou tanto quanto uma crença religiosa do tipo dessas difíceis de se remoldarem.


Por fim, produzimos uma realidade homogênea ou mais facilmente de pseudocontrolar. Nesse quadro também a ciência torna-se cega tal qual a justiça racional. A diferença é que a ciência torna-se cega mesmo quando potencializa o olho com seus potentes microscópios e macroscópios - o que é um paradoxo. Para os cientistas cegos da imagem e da energia que cria e se auto-recria derivando o que o poeta chama de acontecimento. É muito simplório um mundo que somente podemos capturar os fatos (os mesmos presos nos trilhos do trem da história). 


 Desde Einstein aprendemos a compor o tempo sempre no espaço (espaço-tempo). O tempo sempre é relativo numa singularidade do espaço situacional que observadores e observados  vivenciam.

Uma lástima que a matemática de Einstein até hoje não chegou no ensino básico e médio no Brasil. Tristes trópicos. Algo que me estranha muito é a situação do ensino da matemática no Brasil. Nosso sistema Capes (pós-graduações) produziu e conta com os mais importantes e reconhecidos matemáticos do mundo, mas a matemática que se ensina nas escolas (mesmo nas ditas privadas de excelência) podem ser consideradas " horrorosas" , com cobertura de pavor do pior tipo, um ensino massacrante, desconectado do universo dos estudantes e incentivador de decorebas de fórmulas frias que ninguém vê sentido algum.
O projeto científico de Descartes, Newton,  ... acabou por reproduzir um conhecimento humano separado da matemática e uma física racional separada do humano não racional.  Para a maioria dos estudantes das humanidades nada restava a não ser fugir  da matemática. Talvez por isso encontro tantos sociólogos sem vocação de um saber expandido. Podem falar o que quiser do Fernando Henrique Cardoso, mas ele sempre levou a matemática com respeito assim como  seu mestre Florestan Fernandes que também  sempre mostrou em suas pesquisas e publicações uma vocação matemática num tempero social em excesso.
Voltemos a agonia das  sociedades de soberania consolidadas na Europa - principalmente - depois da revolução francesa e da emergência do saber por disciplinas com seus territórios funcionais de competência confinadas.


Segundo Foucault os diferentes modos de controle formam va­riações inseparáveis de  um sistema geométrico cuja linguagem é numérica (o que não quer dizer ne­cessariamente binária). Os confinamentos são moldes, distin­tos moldagens, mas os controles são uma modulação, como uma moldagem auto-deformante que muda a cada instante, ou como uma peneira cujas malhas mudas­sem de um ponto a outro. Se os jogos de televisão mais idiotas têm tanto sucesso é porque exprimem adequadamente essa situação.
Segundo Deleuze as sociedades disciplinares têm dois polos: a assinatura que indica o indivíduo (um número em si- que pode ser um nome em si, uma unidade de sie o número de matrícula institucional que indica sua posição para além de si.
 É que as dis­ciplinas modulam. Uma interessante incompatibilidade entre os dois polos e é por isso que eles se anulam totalmente o outro de si criando um poder massificante além de si - confinado num outro sem si.


Não há necessidade de ficção científica para se conceber um mecanismo de controle moldado a cada instante. Félix Guattani ima­ginou uma cidade onde cada um pudesse deixar seu apartamento, sua rua, seu bairro, graças a um cartão eletrônico que abriria as barreiras; mas o cartão poderia também ser recusado em tal dia, ou entre tal e tal hora; o que conta não é a barreira, mas o computador que detecta a posição de cada um, -lícita ou ilícita, e opera uma modulação universal.
O estudo sócio-técnico dos mecanismos de controle, apre­endidos em sua aurora, deveria ser categorial e descrever o que já está em vias de ser implantado no lugar dos meios de confinamento disciplinares, cuja crise todo mundo anuncia. 


Finalizando, muitos jovens pedem estranhamente para serem “motivados” na escola do confinamento e solicitam novas certificações para novos confinamentos. Caberia quem sabe a eles descobrir aonde estão sendo levados a servir, assim como seus antecessores descobriram, não sem dor, a finalidade das disciplinas. Como disse Deleuze: "os anéis de uma serpente são ainda mais complicados que os buracos de uma toupeira".

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

                         
SÍNTESE RÁPIDA DO SEMINÁRIO DE NANOTECNOLOGIA, SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE
Período:
25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2011
Um relatório completo. Estará disponível no site da Renanosoma. 

PATROCÍNIO:
PALAVRA DO COORDENADOR.
Dr. Gilson Lima. Pesquisador CNPQ/IPA
Diante das imensas dificuldades que enfrentadas este ano para consolidar as parcerias de patrocínio para a realização pela primeira vez na região sul do oitavo seminário de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente, julgamos que fomos vitoriosos. Primeiro por envolver também pela primeira vez parcerias locais de financiamento (CORREIOS-RS e BANRISUL), bem como uma rede de apoio de infraestrutura de auditórios, veículos, de tecnologia e palestrantes que gratuitamente contribuíram para a difusão dos conhecimentos proporcionados pelo evento (UFRGS, PUCRS, UNISINOS, FUNDACENTRO).
Apesar das dificuldades, muitas delas proporcionadas pela própria rede que coordena o seminário (muitas instituições científicas e heterogêneas gerando dificuldades de respostas rápidas as exigências dos patrocinadores), o mesmo foi marcado por algumas inovações que deram muito certo.
Uma delas começou antes do evento com materiais preparados em Oficinas de Vídeo no Rio de Janeiro e em São Paulo desde agosto de 2011 envolvendo estudantes do ensino básico e com seus resultados apresentados no próprio Seminário. O envolvimento da Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul proporcionou a alunos selecionados de diversas escolas da rede pública e de Estudantes de Escolas Particulares como o Colégio Americano e Colégio Leonardo da Vince a participação em workshops preparados especificamente para eles entrarem introdutoriamente no universo do mundo manométrico.
Também envolvemos pela primeira vez, Centrais Sindicais e Patronais (FIERGS-SENAC) que estiveram juntamente com o Dieese e cientistas para debater a política de ciências de ponta no Brasil e no Rio Grande do Sul. O resultado foi a decisão de organizar um novo Fórum de Política Científica e industrial em Porto Alegre em Janeiro de 2011.
É importante destacar também a importância de apresentarmos pesquisas aqui realizadas no Rio Grande do Sul, destacando a área de saúde (nano fármacos, pesquisas de reabilitação, aparelhos de sintetização artificial de fala, exoesqueleto, infravermelho para crianças cadeirantes, células troncos e nano moléculas,...).
Nesse particular, destacamos a possibilidade de integração entre pesquisas de reabilitação e exclusão aqui realizadas com o SENAI, SENAC e possível difusão de produção industrial de produtos já patenteados na área de saúde.
Foi surpreendente a escassa existência nas indústrias gaúchas de laboratórios de pesquisa de conhecimento, de efetivos cientistas e pesquisadores e surpresos pela tecnologia de ponta ainda estar sendo feita quase que exclusivamente pelas universidades e seus centros de pesquisas o que denota uma urgente necessidade de transferência de produção de tecnologia para dentro das próprias indústrias no Rio grande do Sul diante de um mundo cada vez mais competitivo no âmbito do conhecimento.


Representante CUT, Representante da FIERGS, Físico Acadêmico, Representante do DIEESE – parte da mesa discutindo políticas de alta ciência e integração da sociedade.


Tema: Convergência do conhecimento para o melhoramento humano e implicações filosóficas

As atividades do turno da noite foram iniciadas com demonstrações de experimentos de pesquisas com interface cérebro, máquina e corpo para estudantes cadeirantes, lesionados cerebrais e tetraplégicos. As pesquisas foram realizadas na pós-graduação do Centro Universitário Metodista – IPA, juntamente com Dr. Gilson Lima – IPA.  Após as demonstrações foi proferida uma conferência do Dr. Donaldo Schüler. Filósofo. Implicações filosóficas da interface homem, cérebro e máquinas.
O coordenador destas atividades foi o Sr. Luis Renato Balbão Andrade, FUNDACENTRO/RS.

Dr. Gilson Lima apresentou algumas demonstrações de seu grupo de pesquisa- NITAS coordenado por ele e pelo seu colega Doutor Fleming Pedroso.  Acima foto de sintetizador microeletrônico móvel para portadores de déficits de fala e apoio de aprendizagem escolar.



Acima foto de Gilson Lima demonstrando processo de integração e comando de tela totalmente pelo corpo através de infravermelho permitindo inclusão digital para crianças com lesões neuronais severas. Comandam o corpo com cabeça, olhos, boca,...
Está sendo montado um kit de inclusão escolar para uma turma de crianças da rede pública estadual em convênio com a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio Grande do Sul. (foto abaixo).


Foto do Filósofo Donaldo Shüler refletindo sobre as implicações filosóficas da interface, homem, cérebro e corpo após as demonstrações. Brilhante participação. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Microscópio permite assistir movimento de moléculas

Microscópio permite assistir movimento de moléculas: O novo microscópio consegue filmar processos biológicos a respeito dos quais até agora só se podia teorizar.
Quantitative fluorescence imaging of protein diffusion and interaction in living cells
Jérémie Capoulade, Malte Wachsmuth, Lars Hufnagel, Michael Knop
Nature Biotecnology
07 August 2011
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nbt.1928

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

SINGULARISTA, TRANSHUMANOS E IDEOLOGIA CALIFORNIANA

SINGULARISTA, TRANSHUMANOS E IDEOLOGIA CALIFORNIANA.
Artigo para debater.
A singularidade é sobre pessoas ricas construindo um bote salva-vidas e pulando fora do barco”, comenta o jornalista britânico Andrew Orlowski, do portal sobre tecnologia da informação The Register.
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=70&id=877

terça-feira, 25 de outubro de 2011

CONTINUA HOJE o VIII Seminário Internacional de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente ocorrerá a primeira vez que esse itinerante seminário chega a Porto Alegre e ao Rio Grande do Sul.  Teremos teleconferências internacionais, mesas redondas com especialistas, palestras e workshops. Tudo sem custo nenhum. Basta se inscrever-se no site.
Entre na página. Vasculhe as notícias, se inscreve online. http://www.metodistadosul.edu.br/redessociais/seminarionanors/
O evento será transmitido online pela web com direito a direta interação no twitter do evento e fornecerá certificados.
AO VIVO NA INTERNET
Esperamos vocês.
Local de Realização: Centro Universitário Metodista IPA - Campus Central.
Endereço:Rua Cel. Joaquim Pedro Salgado, 80 - CEP 90420-060 - Bairro Rio Branco - Porto Alegre/RS.
Auditório.Oscar Machado.
Coordenador geral do evento.
--
GILSON LIMA.
"O que em mim sente está pensando" (Fernando pessoa)
Dr. Pesquisador Rede Metodista de Educação do Sul - IPA - Porto Alegre.
E-mail: gilima@gmail.com
gilson.lima@metodistadosul.edu.br
BLOG http://glolima.blogspot.com

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

VIII Seminário Internacional de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente

Meus caros e Minhas Caras.










































VIII SeminárioInternacional de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente ocorreráa primeira vez que esse itinerante seminário chega a Porto Alegre eao Rio Grande do Sul, visando a difundir e potencializar o debate e aconscientização da importância de um amplo tratamentointerdisciplinar sobre a nanociência e a nanotecnologia futura ecada vez mais presente de nossas sociedades contemporâneas. 

Dos temas:  nanomedicina e saúde, energia, cidades, educação, economia, interação homem e máquina, política de ciência de ponta no Brasil.
O evento serátransmitido online pela web com direito a direta interação notwitter do evento e fornecerá certificados.

Teremos teleconferências internacionais, mesas redondas com especialistas,palestras e workshops. Tudo sem custo nenhum. Basta se inscrever-seno site.
Entre na página. Vasculhe as notícias, se inscreve online.
Esperamos vocês.

Local de Realização: Centro Universitário Metodista IPA - CampusCentral.
Endereço: Rua Cel. Joaquim Pedro Salgado, 80 - CEP 90420-060 - Bairro RioBranco - Porto Alegre/RS.
Auditório Oscar Machado.

Coordenador geral do evento
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GILSON LIMA.
"O que em mim sente está pensando" (Fernando pessoa)
Dr. Pesquisador Rede Metodista de Educação do Sul - IPA - Porto Alegre.
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gilson.lima@metodistadosul.edu.br
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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Entrevista WEB Corpo, longevidade e pesquisas (ciência e nanociência)


‎ENTREVISTA PARA O PROGRAMA: NANOTECNOLOGIA DO AVESSO COM O SOCIOLOGO, DR GILSON LIMA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA DE PORTO ALEGRE from on Video. 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

EXOESQUELETO: Indicações para um brainstorm

Do uso militar à imediata reabilitação de paraplégicos!
 
Gilson Lima – Sociólogo da Ciência. Porto Alegre. Sócio proprietário da empresa NITAS: inovação e tecnologia. Brasil. Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA).

E-mail: gilima@gmail.com.

 Quando se trata de andar e correr, os humanos dão um show de eficiência. Nossos tendões e músculos são capazes de armazenar e liberar quando necessário, até 40% da energia que gastamos para andar.
Isso não pode ser feito facilmente por meio dos motores tradicionalmente utilizados nas pernas por caminhada assistida de exoesqueletos ou nas pernas robóticas utilizadas em outros equipamentos.
Imitar bem o andar de um ser humano não é o mesmo que não afetar esse andar. Nossas pesquisas descobriram que, além de interferir um pouco com o balanço normal do corpo, os exoesqueletos fazem com que seu portador consuma 10% a mais de oxigênio do que o andar normal, devido ao esforço para compensar essa interferência. É justamente nesse inconveniente que os pesquisadores vão trabalhar agora.
Geralmente os exoesqueleto necessitam de outros artefatos para a execução da ampliação da força da pessoa, geralmente são mecanismos hidráulicos que auxiliam a mover as pernas – por isso a sua necessidade de energia -, pois o exoesqueleto atua dirigindo uma parte do peso diretamente para o solo.
Até hoje, a maioria dos exoesqueletos utiliza atuadores de alta potência, muito grandes e trata o usuário como um boneco que controla o movimento, mas a maioria das pesquisas atuais com exoesqueleto é apenas para fins militares. O conceito do exoesqueleto militar para fins de guerra visa não a redução ou eliminação de déficits motores para fins de restauração ou reabilitação de lesões ou acidentes sofridos, mas a amplificação da força humana como a da possibilidade de carregar mochilas pesando 30 ou até 90 quilos em longo trajetos tornando-se algo comum e sem esforço para soldados e, até mesmo, para quem gostar de acampamentos selvagens.
Existem modelos militares mais “antigos” desde 2007 e 2008 que não são apenas mecânicos (mas não tanto inflexíveis como o ARGO estudado). Por exemplo, o projeto do Departamento de Robótica da Universidade de Berkeley (Estados Unidos) poderá representar um alívio para as costas desses mochileiros.
Trata-se de um exoesqueleto ergonômico que combina um sistema de controle humano com músculos robóticos. Esse sistema para ser ergonômico se tornou então altamente manobrável e tecnicamente robusto, de forma que o usuário possa andar, agachar-se, dobrar-se e virar-se sem reduções significativas na sua agilidade.
Hoje podemos sonhar com exoesqueletos mais leves e mais flexíveis. O projeto Berkeley Lower Extremity Exoskeleton, um exoesqueleto para membros inferiores, por exemplo, é altamente cibernético que consiste de pernas mecânicas que são rigidamente conectadas às pernas do usuário. O exoesqueleto inclui uma bateria e uma mochila capaz de suportar grandes pesos. Ele possui mais de quarenta sensores incorporados e diversos atuadores hidráulicos que formam uma rede local para o exoesqueleto e funcionam de forma muito parecida com o sistema nervoso humano.
Os sensores, incluindo alguns incorporados na sola dos sapatos, estão constantemente fornecendo informações ao computador central, que pode então ajustar a força liberada pelo equipamento conforme o trabalho que o usuário estiver executando.
O uso militar do exoesqueleto de Berkeley pode ser aplicado também para benefícios de saúde auxiliando médicos, bombeiros e equipes de resgate, que podem ter seu trabalho de remoção de vítimas bastante facilitado, bem como, o equipamento também poderá auxiliar – até mesmo - pessoas com deficiências de musculatura, que poderão voltar a andar normalmente.
Os exoesqueletos que visam à ampliação dos movimentos e da força muscular como o de Berkeley não precisam necessariamente de um joystick ou teclado para dirigir o equipamento. A máquina pode ser projetada de forma que o piloto se torne uma parte simbiótica integrante do exoesqueleto, ampliando a força dos movimentos feitos naturalmente, sem a necessidade de qualquer treinamento. Nos testes, que acessamos do exoesqueleto militar o piloto movimentou-se carregando o próprio exoesqueleto, que pesa 45 quilos, mais uma mochila pesando 32 quilos; a sensação descrita foi de que ele carregava algo como dois quilos.
Outra noção importante aqui é a de exoesqueleto passivo. Passivo por que se trata de um exoesqueleto que facilitam o carregamento de seu peso nas caminhadas de modo a liberar a dependência ativa da força muscular do paciente diante do seu próprio peso existente. Ou seja, o processo é feito como se o exoesqueleto pesasse zero quilograma.
Os engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts em Cambridge, Estados Unidos desde 2007 trabalham num projeto de exoesqueleto militar totalmente passivo que inova em pelo menos dois aspectos essenciais o de Berkeley: além de transferir até 80% do peso de uma mochila que o soldado carrega diretamente para o solo, libera não apenas os músculos, mas também a estrutura óssea da pessoa, por isso ele é considerado virtualmente passivo, não exigindo um gerador de energia ou baterias para auxiliar na passividade.
Assim, um exoesqueleto passivo torna mochilas mais leves e permite carregar peso muito intensos em trajetos longos graças ao desenvolvimento de estruturas mecânicas que facilitam o carregamento de peso sem depender da sua própria força muscular.
A pessoa que "veste" esse exoesqueleto coloca seus pés sobre botas ligadas a uma série de tubos e articulações que vão até a base da mochila. Com isso, o peso da mochila vai para as botas e não para as pernas e os pés do usuário.
Imaginemos os humanos como os artrópodes, os humanos tivessem uma estrutura totalmente passiva para resguardar os seus corpos. Esse é o conceito.
Uma versão de exoesqueleto militar americana mais recente deste projeto tem uma versão que não é só mecânica e têm transistores, 40 sensores, atuadores hidráulicos e baterias de lítio que formam uma rede local que consome muita energia. Ele foi projetado exclusivamente para o carregamento de mochilas ou outros tipos de cargas apoiadas nas costas. Os testes, feitos com uma mochila de 32 quilogramas, demonstraram que quase 26 quilogramas deixaram de impactar o usuário, apoiando-se diretamente no solo.
O conceito está virando realidade para os soldados e quem desenvolve a tecnologia efetivamente militar é a empresa de armamento Lockheed, que já testa em algumas bases dos Estados Unidos.
Um outro projeto de exoesqueleto militar da empresa e os designers do Berkeley Bionics of California também é digno de nota. Trata-se do ‘Human Universal Load Carrier’, ou apenas “HULC”, os combatentes conseguem carregar mais de 90 quilos fazendo um esforço mínimo nos músculos. A ferramenta também tem como missão poupar a condição física de seres humanos. No campo de guerra, os soldados poderiam utilizar o artefato articulado para andar a 11,2 km/h por um longo período sem sentir cansaço muscular – e com a possibilidade de chegar até 16 km/h. Não vimos nenhum teste ou protocolo de coleta de oxigênio com exoesqueleto publicada, mas os autores afirmam que a ferramenta ajuda a diminuir o consumo de oxigênio (de 5 % a 10%).
Outra característica importante é a portabilidade do exoesqueleto. Algumas tecnologias de locomoção para humanos já foram desenvolvidas, inclusive, para fins militares, mas esta parece ser a mais próxima de se tornar um produto final, principalmente, pela facilidade de transporte, montagem e capacidade de compactação da peça. Em trinta segundos, vimos algumas demonstrações, o usuário conseguia ter seu “segundo esqueleto” removido e reduzido para uma forma portátil.
O peso do exoesqueleto que testamos o Argo é de 5, 7 quilograma, muito inferior da média dos exoesqueletos militares que pensam cerca de aproximadamente 24 quilos no módulo básico: tronco e pernas. Isto, será alterado por que os militares estudam formas de incrementar a tecnologia com ombreiras (para carregar objetos ainda mais pesados), sensores, sistemas de aquecimento e arrefecimento.
Um caminho para a melhoria da performance dos exoesqueleto é o do estudos de novas molas que podem dar um novo impulso as pernas robóticas.
Novas molas podem tornar possível acumular energia em um passo e liberá-la para impulsionar o próximo passo. As molas permitem também dar aos exoesqueletos o gingado característico do andar humano, que reflete bem o aproveitamento que fazemos da energia. Pesquisadores criaram uma perna robótica (ao lado) que eles batizaram de perna ECD (Electric Cable Differential). No protótipo, não existem engrenagens entre os motores e as demais peças, somente cabos de aço. As peças estruturais da própria perna são construídas de uma fibra de vidro especial, com um comportamento semelhante ao dos arcos de flecha. É uma abordagem não-tradicional em robótica.
Também, os tipos de atuadores são importantes. O design tradicional dos exoesqueletos cibernéticos utilizam motores, mas é teoricamente possível criar-se um andar gingado sem eles, mas o exoesqueleto ficará imenso e consumirá uma quantidade enorme de energia. Os atuadores pneumáticos, por sua vez, têm um funcionamento maleável como as molas, mas são muito mais difíceis de se controlar com precisão.
Uma outra abordagem normalmente utilizada emprega equipamentos hidráulicos, que também não são exatamente a melhor escolha quando se deseja construir um equipamento que seja leve e rápido. Foi o que vimos no experimento do Argus que utiliza essa solução.
Também processos de molas colocadas na altura dos tornozelos e da cintura, além de um sistema de amortecimento junto ao joelho, permitem que o equipamento imite bem o andar normal de um ser humano, necessitando para seu funcionamento de uma fonte de energia de apenas 1 watt de potência. Existem exoesqueletos capazes de permitir o carregamento de pesos muito maiores, mas exigindo até 3.000 watts de potência, supridas por um gerador acionado por um pequeno motor a gasolina.
Imitar bem o andar de um ser humano não é o mesmo que não afetar esse andar. Nossas pesquisas descobriram que, além de interferir um pouco com o balanço normal do corpo, os exoesqueletos fazem com que seu portador consuma 10% a mais de oxigênio do que o andar normal, devido ao esforço para compensar essa interferência. É justamente nesse inconveniente que os pesquisadores vão trabalhar agora.
A alimentação da máquina móvel geralmente é por baterias de lítio, mas há uma versão para longas jornadas, que possuem um gerador JP8 com capacidade de duração de 3 dias (8 horas de caminhadas diárias por volta de 4,8 km/h).
Para um brainstorm é preciso considerar também as poucas inciativas da indústria de produzir em escala exoesqueleto para fins de reabilitação.
A Honda tem investido em exoesqueleto para reabilitação. A Honda adotou um enfoque diferente, acreditando que, para auxiliar uma pessoa simplesmente a caminhar mais facilmente, é necessário um aparato muito mais simples. O objetivo do equipamento é auxiliar pessoas idosas e pacientes em recuperação a caminhar sem esforço excessivo e apresentou recentemente no Japão uma versão de dispositivo de pernas robóticas destinada a dar mais mobilidade a idosos e evitar o cansaço de trabalhadores que precisam passar muito tempo de pé.
(FOTO: Mini-exoesquelto da Honda que auxilia no andar).  

Estamos pensando num micro dispositivo que podemos testar para um novo protótipo do ARGO do caso estudado. A Honda também apresentou ano passado um protótipo de mini-exoesqueleto que auxilia a andar também. O objetivo do equipamento é auxiliar pessoas idosas e pacientes em recuperação a caminhar sem esforço excessivo. Ele utiliza motores planos sem escovas que permite a redução das dimensões do exoesqueleto para apenas 2,8 kg. Também tem uma bateria de íons de lítio de 22 V e 1 Ah que permite o funcionamento ininterrupto do exoesqueleto por 2 horas, com o usuário andando a uma velocidade de 4,5 km/h. Ou seja, o conceito de exoesqueleto está agora sendo utilizado na reabilitação. O equipamento está sendo desenvolvido desde 1999, mas embora ainda não esteja disponível comercialmente.
Outro produto da Honda é um conceito de exoesqueleto dirigido para aliviar o peso de pessoas idosas ficarem de pé. Trata-se de um conceito de sentar sobre as pernas de pé. Um equipamento tem um assento, parecido com o selim de uma bicicleta. As pernas robóticas propriamente ditas ficam entre as pernas do usuário. Fazendo as vezes de pés, as pernas robóticas vêm equipadas com um par de sapatos, integrados ao equipamento.
Segundo a empresa, o novo equipamento de assistência ao caminhar, integrado ao seu mecanismo de suporte do corpo, reduz a carga sobre os músculos das pernas e as juntas.
Um outro exemplo interessante e inteligente é o das pernas robóticas para o dia-a-dia.

(FOTO: Pernas robóticas dão mobilidade e aliviam cansaço de trabalhadores e idosos). 

Um mecanismo inteligente dirige a força auxiliar do equipamento para o centro de gravidade da pessoa e controla essa força de forma totalmente sincronizada com os movimentos das pernas do usuário. Isso torna possível o uso das pernas robóticas em todas as atividades do dia-a-dia, permitindo, por exemplo, que a pessoa se agache e levante ou suba escadas, de forma totalmente natural, sem a necessidade de um controle explícito sobre o equipamento.
Pensamos que esse dispositivo é um achado importante da Honda para fins de exoesqueleto. Todos que atuam em reabilitação de um modo ou de outro tem a devida consciência da importância dos processos que envolvem o centro de gravidade para apoio explícito e implícito dos membros inferiores.
Um destaque final de exoesqueleto é o do airbag para idosos criados pela Empresa Japonesa Mitsuya Uchida. Trata-se de um exoesqueleto que visa previne que idosos se machuquem ao cair no chão. O equipamento, que é amarrado em volta do corpo, infla em 0,1 segundo quando detecta que está acelerando em direção ao chão. Estranhamente, um bolsão fica atrás da cabeça e outro atrás do quadril. Não há proteção contra quedas frontais.
O produto é feito para amortecer uma queda usando então as duas bolsas de ar separadas: uma atrás da cabeça e outra em volta dos quadris. Também o pescoço é protegido colocando a cabeça em posição que evite o risco de danos. O produto foi criado principalmente para idosos que sofrem de epilepsia.
O Japão tem uma grande população de idosos, com até 30 milhões de pessoas acima de 65 anos e a enorme população no Japão clamou para que alguns fabricantes os auxiliassem.
Com essa exceção e a da Honda, ainda não encontramos pesquisadores de reabilitação que já planejam fabricar seus exoesqueletos para venda, embora afirmem que a tecnologia possa vir a ser utilizada por alguma empresa interessada. Eles, em geral, encontram em fase de pesquisa que visa a melhoria continua dos próprios produtos com vistas à sua utilização como um equipamento futuro de uma próxima geração.
Quando se trata de andar e correr, os humanos dão um show de eficiência e deixam os robôs – por exemplo- a anos-luz de distância. Nossos tendões e músculos são capazes de armazenar e liberar quando necessário, até 40% da energia que gastamos para andar.
Isso não pode ser feito facilmente por meio dos motores tradicionalmente utilizados nas pernas dos próprios robôs e nas pernas robóticas utilizadas em exoesqueletos e em outros equipamentos para caminhada assistida. Hoje podemos sonhar com exoesqueletos mais leves e mais flexíveis.
Até hoje, a maioria dos exoesqueletos utiliza atuadores de alta potência, muito grandes, e trata o usuário como um boneco que controla o movimento de um robô, mas como disse já algum tempo um dos maiores especialistas nesse campo: “Eu acredito que isto se deve em grande medida ao fato de que nós ainda não entendemos totalmente a dinâmica do andar e do correr. Quanto tivermos entendido, os exoesqueletos poderão ser muito menores, menos aparentes e mais úteis," (Jonathan Hurst, da Universidade Carnegie Mellon, 2008).

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