quinta-feira, 18 de agosto de 2011

EXOESQUELETO: Indicações para um brainstorm

Do uso militar à imediata reabilitação de paraplégicos!
 
Gilson Lima – Sociólogo da Ciência. Porto Alegre. Sócio proprietário da empresa NITAS: inovação e tecnologia. Brasil. Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA).

E-mail: gilima@gmail.com.

 Quando se trata de andar e correr, os humanos dão um show de eficiência. Nossos tendões e músculos são capazes de armazenar e liberar quando necessário, até 40% da energia que gastamos para andar.
Isso não pode ser feito facilmente por meio dos motores tradicionalmente utilizados nas pernas por caminhada assistida de exoesqueletos ou nas pernas robóticas utilizadas em outros equipamentos.
Imitar bem o andar de um ser humano não é o mesmo que não afetar esse andar. Nossas pesquisas descobriram que, além de interferir um pouco com o balanço normal do corpo, os exoesqueletos fazem com que seu portador consuma 10% a mais de oxigênio do que o andar normal, devido ao esforço para compensar essa interferência. É justamente nesse inconveniente que os pesquisadores vão trabalhar agora.
Geralmente os exoesqueleto necessitam de outros artefatos para a execução da ampliação da força da pessoa, geralmente são mecanismos hidráulicos que auxiliam a mover as pernas – por isso a sua necessidade de energia -, pois o exoesqueleto atua dirigindo uma parte do peso diretamente para o solo.
Até hoje, a maioria dos exoesqueletos utiliza atuadores de alta potência, muito grandes e trata o usuário como um boneco que controla o movimento, mas a maioria das pesquisas atuais com exoesqueleto é apenas para fins militares. O conceito do exoesqueleto militar para fins de guerra visa não a redução ou eliminação de déficits motores para fins de restauração ou reabilitação de lesões ou acidentes sofridos, mas a amplificação da força humana como a da possibilidade de carregar mochilas pesando 30 ou até 90 quilos em longo trajetos tornando-se algo comum e sem esforço para soldados e, até mesmo, para quem gostar de acampamentos selvagens.
Existem modelos militares mais “antigos” desde 2007 e 2008 que não são apenas mecânicos (mas não tanto inflexíveis como o ARGO estudado). Por exemplo, o projeto do Departamento de Robótica da Universidade de Berkeley (Estados Unidos) poderá representar um alívio para as costas desses mochileiros.
Trata-se de um exoesqueleto ergonômico que combina um sistema de controle humano com músculos robóticos. Esse sistema para ser ergonômico se tornou então altamente manobrável e tecnicamente robusto, de forma que o usuário possa andar, agachar-se, dobrar-se e virar-se sem reduções significativas na sua agilidade.
Hoje podemos sonhar com exoesqueletos mais leves e mais flexíveis. O projeto Berkeley Lower Extremity Exoskeleton, um exoesqueleto para membros inferiores, por exemplo, é altamente cibernético que consiste de pernas mecânicas que são rigidamente conectadas às pernas do usuário. O exoesqueleto inclui uma bateria e uma mochila capaz de suportar grandes pesos. Ele possui mais de quarenta sensores incorporados e diversos atuadores hidráulicos que formam uma rede local para o exoesqueleto e funcionam de forma muito parecida com o sistema nervoso humano.
Os sensores, incluindo alguns incorporados na sola dos sapatos, estão constantemente fornecendo informações ao computador central, que pode então ajustar a força liberada pelo equipamento conforme o trabalho que o usuário estiver executando.
O uso militar do exoesqueleto de Berkeley pode ser aplicado também para benefícios de saúde auxiliando médicos, bombeiros e equipes de resgate, que podem ter seu trabalho de remoção de vítimas bastante facilitado, bem como, o equipamento também poderá auxiliar – até mesmo - pessoas com deficiências de musculatura, que poderão voltar a andar normalmente.
Os exoesqueletos que visam à ampliação dos movimentos e da força muscular como o de Berkeley não precisam necessariamente de um joystick ou teclado para dirigir o equipamento. A máquina pode ser projetada de forma que o piloto se torne uma parte simbiótica integrante do exoesqueleto, ampliando a força dos movimentos feitos naturalmente, sem a necessidade de qualquer treinamento. Nos testes, que acessamos do exoesqueleto militar o piloto movimentou-se carregando o próprio exoesqueleto, que pesa 45 quilos, mais uma mochila pesando 32 quilos; a sensação descrita foi de que ele carregava algo como dois quilos.
Outra noção importante aqui é a de exoesqueleto passivo. Passivo por que se trata de um exoesqueleto que facilitam o carregamento de seu peso nas caminhadas de modo a liberar a dependência ativa da força muscular do paciente diante do seu próprio peso existente. Ou seja, o processo é feito como se o exoesqueleto pesasse zero quilograma.
Os engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts em Cambridge, Estados Unidos desde 2007 trabalham num projeto de exoesqueleto militar totalmente passivo que inova em pelo menos dois aspectos essenciais o de Berkeley: além de transferir até 80% do peso de uma mochila que o soldado carrega diretamente para o solo, libera não apenas os músculos, mas também a estrutura óssea da pessoa, por isso ele é considerado virtualmente passivo, não exigindo um gerador de energia ou baterias para auxiliar na passividade.
Assim, um exoesqueleto passivo torna mochilas mais leves e permite carregar peso muito intensos em trajetos longos graças ao desenvolvimento de estruturas mecânicas que facilitam o carregamento de peso sem depender da sua própria força muscular.
A pessoa que "veste" esse exoesqueleto coloca seus pés sobre botas ligadas a uma série de tubos e articulações que vão até a base da mochila. Com isso, o peso da mochila vai para as botas e não para as pernas e os pés do usuário.
Imaginemos os humanos como os artrópodes, os humanos tivessem uma estrutura totalmente passiva para resguardar os seus corpos. Esse é o conceito.
Uma versão de exoesqueleto militar americana mais recente deste projeto tem uma versão que não é só mecânica e têm transistores, 40 sensores, atuadores hidráulicos e baterias de lítio que formam uma rede local que consome muita energia. Ele foi projetado exclusivamente para o carregamento de mochilas ou outros tipos de cargas apoiadas nas costas. Os testes, feitos com uma mochila de 32 quilogramas, demonstraram que quase 26 quilogramas deixaram de impactar o usuário, apoiando-se diretamente no solo.
O conceito está virando realidade para os soldados e quem desenvolve a tecnologia efetivamente militar é a empresa de armamento Lockheed, que já testa em algumas bases dos Estados Unidos.
Um outro projeto de exoesqueleto militar da empresa e os designers do Berkeley Bionics of California também é digno de nota. Trata-se do ‘Human Universal Load Carrier’, ou apenas “HULC”, os combatentes conseguem carregar mais de 90 quilos fazendo um esforço mínimo nos músculos. A ferramenta também tem como missão poupar a condição física de seres humanos. No campo de guerra, os soldados poderiam utilizar o artefato articulado para andar a 11,2 km/h por um longo período sem sentir cansaço muscular – e com a possibilidade de chegar até 16 km/h. Não vimos nenhum teste ou protocolo de coleta de oxigênio com exoesqueleto publicada, mas os autores afirmam que a ferramenta ajuda a diminuir o consumo de oxigênio (de 5 % a 10%).
Outra característica importante é a portabilidade do exoesqueleto. Algumas tecnologias de locomoção para humanos já foram desenvolvidas, inclusive, para fins militares, mas esta parece ser a mais próxima de se tornar um produto final, principalmente, pela facilidade de transporte, montagem e capacidade de compactação da peça. Em trinta segundos, vimos algumas demonstrações, o usuário conseguia ter seu “segundo esqueleto” removido e reduzido para uma forma portátil.
O peso do exoesqueleto que testamos o Argo é de 5, 7 quilograma, muito inferior da média dos exoesqueletos militares que pensam cerca de aproximadamente 24 quilos no módulo básico: tronco e pernas. Isto, será alterado por que os militares estudam formas de incrementar a tecnologia com ombreiras (para carregar objetos ainda mais pesados), sensores, sistemas de aquecimento e arrefecimento.
Um caminho para a melhoria da performance dos exoesqueleto é o do estudos de novas molas que podem dar um novo impulso as pernas robóticas.
Novas molas podem tornar possível acumular energia em um passo e liberá-la para impulsionar o próximo passo. As molas permitem também dar aos exoesqueletos o gingado característico do andar humano, que reflete bem o aproveitamento que fazemos da energia. Pesquisadores criaram uma perna robótica (ao lado) que eles batizaram de perna ECD (Electric Cable Differential). No protótipo, não existem engrenagens entre os motores e as demais peças, somente cabos de aço. As peças estruturais da própria perna são construídas de uma fibra de vidro especial, com um comportamento semelhante ao dos arcos de flecha. É uma abordagem não-tradicional em robótica.
Também, os tipos de atuadores são importantes. O design tradicional dos exoesqueletos cibernéticos utilizam motores, mas é teoricamente possível criar-se um andar gingado sem eles, mas o exoesqueleto ficará imenso e consumirá uma quantidade enorme de energia. Os atuadores pneumáticos, por sua vez, têm um funcionamento maleável como as molas, mas são muito mais difíceis de se controlar com precisão.
Uma outra abordagem normalmente utilizada emprega equipamentos hidráulicos, que também não são exatamente a melhor escolha quando se deseja construir um equipamento que seja leve e rápido. Foi o que vimos no experimento do Argus que utiliza essa solução.
Também processos de molas colocadas na altura dos tornozelos e da cintura, além de um sistema de amortecimento junto ao joelho, permitem que o equipamento imite bem o andar normal de um ser humano, necessitando para seu funcionamento de uma fonte de energia de apenas 1 watt de potência. Existem exoesqueletos capazes de permitir o carregamento de pesos muito maiores, mas exigindo até 3.000 watts de potência, supridas por um gerador acionado por um pequeno motor a gasolina.
Imitar bem o andar de um ser humano não é o mesmo que não afetar esse andar. Nossas pesquisas descobriram que, além de interferir um pouco com o balanço normal do corpo, os exoesqueletos fazem com que seu portador consuma 10% a mais de oxigênio do que o andar normal, devido ao esforço para compensar essa interferência. É justamente nesse inconveniente que os pesquisadores vão trabalhar agora.
A alimentação da máquina móvel geralmente é por baterias de lítio, mas há uma versão para longas jornadas, que possuem um gerador JP8 com capacidade de duração de 3 dias (8 horas de caminhadas diárias por volta de 4,8 km/h).
Para um brainstorm é preciso considerar também as poucas inciativas da indústria de produzir em escala exoesqueleto para fins de reabilitação.
A Honda tem investido em exoesqueleto para reabilitação. A Honda adotou um enfoque diferente, acreditando que, para auxiliar uma pessoa simplesmente a caminhar mais facilmente, é necessário um aparato muito mais simples. O objetivo do equipamento é auxiliar pessoas idosas e pacientes em recuperação a caminhar sem esforço excessivo e apresentou recentemente no Japão uma versão de dispositivo de pernas robóticas destinada a dar mais mobilidade a idosos e evitar o cansaço de trabalhadores que precisam passar muito tempo de pé.
(FOTO: Mini-exoesquelto da Honda que auxilia no andar).  

Estamos pensando num micro dispositivo que podemos testar para um novo protótipo do ARGO do caso estudado. A Honda também apresentou ano passado um protótipo de mini-exoesqueleto que auxilia a andar também. O objetivo do equipamento é auxiliar pessoas idosas e pacientes em recuperação a caminhar sem esforço excessivo. Ele utiliza motores planos sem escovas que permite a redução das dimensões do exoesqueleto para apenas 2,8 kg. Também tem uma bateria de íons de lítio de 22 V e 1 Ah que permite o funcionamento ininterrupto do exoesqueleto por 2 horas, com o usuário andando a uma velocidade de 4,5 km/h. Ou seja, o conceito de exoesqueleto está agora sendo utilizado na reabilitação. O equipamento está sendo desenvolvido desde 1999, mas embora ainda não esteja disponível comercialmente.
Outro produto da Honda é um conceito de exoesqueleto dirigido para aliviar o peso de pessoas idosas ficarem de pé. Trata-se de um conceito de sentar sobre as pernas de pé. Um equipamento tem um assento, parecido com o selim de uma bicicleta. As pernas robóticas propriamente ditas ficam entre as pernas do usuário. Fazendo as vezes de pés, as pernas robóticas vêm equipadas com um par de sapatos, integrados ao equipamento.
Segundo a empresa, o novo equipamento de assistência ao caminhar, integrado ao seu mecanismo de suporte do corpo, reduz a carga sobre os músculos das pernas e as juntas.
Um outro exemplo interessante e inteligente é o das pernas robóticas para o dia-a-dia.

(FOTO: Pernas robóticas dão mobilidade e aliviam cansaço de trabalhadores e idosos). 

Um mecanismo inteligente dirige a força auxiliar do equipamento para o centro de gravidade da pessoa e controla essa força de forma totalmente sincronizada com os movimentos das pernas do usuário. Isso torna possível o uso das pernas robóticas em todas as atividades do dia-a-dia, permitindo, por exemplo, que a pessoa se agache e levante ou suba escadas, de forma totalmente natural, sem a necessidade de um controle explícito sobre o equipamento.
Pensamos que esse dispositivo é um achado importante da Honda para fins de exoesqueleto. Todos que atuam em reabilitação de um modo ou de outro tem a devida consciência da importância dos processos que envolvem o centro de gravidade para apoio explícito e implícito dos membros inferiores.
Um destaque final de exoesqueleto é o do airbag para idosos criados pela Empresa Japonesa Mitsuya Uchida. Trata-se de um exoesqueleto que visa previne que idosos se machuquem ao cair no chão. O equipamento, que é amarrado em volta do corpo, infla em 0,1 segundo quando detecta que está acelerando em direção ao chão. Estranhamente, um bolsão fica atrás da cabeça e outro atrás do quadril. Não há proteção contra quedas frontais.
O produto é feito para amortecer uma queda usando então as duas bolsas de ar separadas: uma atrás da cabeça e outra em volta dos quadris. Também o pescoço é protegido colocando a cabeça em posição que evite o risco de danos. O produto foi criado principalmente para idosos que sofrem de epilepsia.
O Japão tem uma grande população de idosos, com até 30 milhões de pessoas acima de 65 anos e a enorme população no Japão clamou para que alguns fabricantes os auxiliassem.
Com essa exceção e a da Honda, ainda não encontramos pesquisadores de reabilitação que já planejam fabricar seus exoesqueletos para venda, embora afirmem que a tecnologia possa vir a ser utilizada por alguma empresa interessada. Eles, em geral, encontram em fase de pesquisa que visa a melhoria continua dos próprios produtos com vistas à sua utilização como um equipamento futuro de uma próxima geração.
Quando se trata de andar e correr, os humanos dão um show de eficiência e deixam os robôs – por exemplo- a anos-luz de distância. Nossos tendões e músculos são capazes de armazenar e liberar quando necessário, até 40% da energia que gastamos para andar.
Isso não pode ser feito facilmente por meio dos motores tradicionalmente utilizados nas pernas dos próprios robôs e nas pernas robóticas utilizadas em exoesqueletos e em outros equipamentos para caminhada assistida. Hoje podemos sonhar com exoesqueletos mais leves e mais flexíveis.
Até hoje, a maioria dos exoesqueletos utiliza atuadores de alta potência, muito grandes, e trata o usuário como um boneco que controla o movimento de um robô, mas como disse já algum tempo um dos maiores especialistas nesse campo: “Eu acredito que isto se deve em grande medida ao fato de que nós ainda não entendemos totalmente a dinâmica do andar e do correr. Quanto tivermos entendido, os exoesqueletos poderão ser muito menores, menos aparentes e mais úteis," (Jonathan Hurst, da Universidade Carnegie Mellon, 2008).

Bibliografia:

ARGO Medical Technologies (2011). “Technology”
http://www.argomedtec.com/technology.asp  Acesso em 28/07/2011.
https://rewalk.com/




BERKELEY Bionics (2011) “Exoskeletons”. http://berkeleybionics.com/exoskeletons Acesso em 27/07/2011.

CITI (2011) “História Da Robótica”. www.citi.pt/educacao_final/trab_final_inteligencia_artificial/historia_da_robotica.html.
Acesso em 19/08/2011.

CONOR James Walsh, et all. A Quasi-Passive Leg Exoskeleton for Load-Carrying Augmentation. Department of Mechanical Engineering, 2007. MIT, 77 Massachusetts Avenue, CAMBRIDGE, MA 02139, USA †MIT Media Lab, 20 Ames Street, In: http://web.mit.edu/walshcj/www/publications/exoHUMANOIDS2007.pdf  Acesso em 19/08/2011.


DEMEC (UFMG) (2011). “A História da Robótica (Automação)”. ftp://novell.demec.ufmg.br/lrss/Robotica_Graduacao_Pos/Aula1A_historico.pdf.
Acesso em 19/08/2011.

EMMER, G (2011) “EXOSKELETON Information about the coming revolution of
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Acesso em 19/08/2011.


EZABELLA, F. Máquinas fazem paraplégicos andarem. Ciência. São Paulo, 12 dez. 2010.
Folha de S.Paulo. p. C14.

HOWSTUFFWORKS Brasil (2011) “Como funciona o ASIMO”. http://informatica.hsw.uol.com.br/asimo.htm  Acesso em 19/08/2011.

KORCKIEVICZ B. (2010) “ReWalk: Tecnologia para deficientes”.
http://www.nerdrops.com/noticias/tecnologia-noticias/rewalk-tecnologia-paradeficientes.
Acesso em 19/08/2011.

JUNIOR, José de Moura, et al. Robótica na Reabilitação de Pessoas com limitações. Universidade Paranaense (Unipar). http://ftp.unipar.br/~seinpar/artigos/Junior-Moura.pdf

LYN S. Lippert. Clinical Kinesiology and Anatomy. MS, PT - FOURTH EDITION, 2010.


FUKAYA; Kiyoshi; UCHIDA, Mitsuya. Protection against Impact with the Ground Using Wearable Airbags. http://www.jstage.jst.go.jp/article/indhealth/46/1/46_59/_article  Acesso em 19/08/2011.FORNASARI, Carloss Alberto. Manual Para Estudo Da Cinesiologia. São Paulo: Editora Manole, 2001.



KAZEROONI, H. et al. On the Control of the Berkeley Lower Extremity Exoskeleton (BLEEX). http://ieeexplore.ieee.org/xpl/freeabs_all.jsp?arnumber=1618670 Acesso em 19/08/2011.


IEEE International Conference on. Print ISBN: 0-7803-8914-X , 2005.

LIPPERT, Lynn. Clinical Kinesiology for Physical Therapist Assistants. http://www.amazon.com/Clinical-Kinesiology-Physical-Therapist-Assistants/dp/0803612435 Acesso em 19/08/2011.


LIMA, Gilson. Relatório de caso: exoesqueleto aplicado ao suporte clínico e físico de reabilitação de paciente etraplegico, 2001. Nitas, Centro Universitário Metodista IPA.

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REWALK (2011) “ReWalk-I Now Available”. http://rewalk.us/ Acesso em 19/08/2011.

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ROBOTICALIVRE (2011) “Robótica Livre – A História da Robótica”. http://www.roboticalivre.com/introduc-o-e-historia-da-robotica-3.html  Acesso em 19/08/2011.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

EXOESQUELETO: para além da cadeira de rodas!

O corpo em simbiogênese com as máquinas e suas interfaces musculares e cognitivas está sendo redirecionado e situado numa simbiozona que envolve os limites da sua realidade orgânica, molhada e genética informacional, com a realidade seca, sílica, metálica, chumbada, do mundo inorgânico dos utensílios, artefatos e das máquinas que inter-co-agem em simbiose com a vida. (LIMA, Gilson: 2005)[1]


[1] LIMA, Gilson. Nômades de Pedra: Teoria da Sociedade Simbiogênica contada em prosas. Porto Alegre
: Escritos, 2005, p. 161.

Gilson Lima – Sociólogo da Ciência. Sócio proprietário da NITAS: Tecnologia e inovação. Porto Alegre/RS. Brasil.
Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA).
Blog http://glolima.blogspot.com
VEJA VÍDEO ABAIXO
ele mostra que batemos o record de 512 passos sequenciais com um paciente tetraplégico num exoesqueleto não robótico. Mapeamos também o consumo de oxigênio-energia no trajeto.
Clique em mais informações

https://www.youtube.com/watch?v=_xuoMSwMySw

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Educação Inclusiva no Rio Grande do Sul

O secretário de Educação do Rio Grande do Sul Clovis Azevedo conhece projeto de tecnologia assistida para classe especial
http://www.educacao.rs.gov.br/pse/html/noticias_det.jsp?PAG=1&ID=6763


Gilson Lima – Sociólogo da Ciência. Pesquisador CNPQ. Sócio proprietário da NITAS: Inovação e tecnologia. 
Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA).
E-mail: gilima@gmail.com.


O secretário de Estado da Educação, Prof. Dr. Jose Clovis de Azevedo, esteve na manhã da sexta-feira dia 17/06/2011, na Escola Estadual Cônego Paulo de Nadal para conhecer o projeto “Simbiogênese aplicada a reabilitação sócio-educacional", desenvolvido pelos pesquisadores Dr. Gilson Lima (foto acima) e o neurocientista Fleming Pedroso (abaixo).,  
Foto abaixo: Fleming Pedroso

O trabalho que iniciou há um ano tem como centro de estudo: corpo, mente, máquina e aprendizagem. A experiência desenvolvida com uma aluna da classe especial de deficientes múltiplos da escola consiste em integrar os processos pedagógicos de aprendizagem interagindo com softwares específicos adaptados as necessidades de cada um. No caso da aluna Fernanda a sua interatividade com a máquina ocorre através de movimentos físicos com a cabeça e com o piscar dos olhos, já que suas lesões motoras são graves, além de não ter habilidade da fala.

Segundo o pesquisador para a “redescoberta da mente na educação” precisa considerar as singularidades dos casos para ampliar a discussão dos processos de aprendizagem. A intenção é fazer um projeto piloto com toda a turma, de seis alunos, para que posteriormente o sistema possa ser ampliado em outras escolas.

Após a demonstração do projeto o secretário solicitou para o pesquisador Lima que apresente ao setor de Educação Inclusiva da Secretaria as demandas necessárias para a implantação do projeto piloto. “A escola tem um histórico excelente nesta área e vamos analisar as possibilidades para a ampliação deste trabalho”, disse Azevedo. Além disso, parabenizou o trabalho das professoras, Maria Ângela Braga e Fernanda Santos, da sala de recursos, pelo trabalho desenvolvido com as crianças e reconheceu que a escola é referência na Educação Inclusiva.

terça-feira, 14 de junho de 2011

BLOG de GILSON LIMA - Visualizações de página por país 2011 - até maio

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

MATRIX 1 (1999): análises e reflexões


 O texto a seguir sobre o Filme MATRIX 1 é uma transcrição de uma palestra-análise realizada no evento Filocine-IPA em Porto Alegre por Gilson Lima.

Gilson Lima. Sociólogo da Ciência. Pesquisador CNPQ. Sócio proprietário da NITAS: tecnologia e inovação. Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA).

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Matrix, no dicionário quer dizer:

O útero. O que dá forma, origem ou fundamento de algo que envolve ou contém. Substância intercelular de um tecido. Substância terrosa ou rochosa em que se encontra um minério ou mineral. Molde para fundição de peça de bronze e em matemática quer dizer: arranjo de símbolos num quadro retangular que, desenvolvidos, resultam num determinante.

PRELIMINARES!

Da cabeça dos irmãos Wachowski Andy e Larry Wachowski (escritores e desenhistas) saiu MATRIX.
Eles produziam desenhos em quadrinhos e tudo começou com uma encomenda para uma história em quadrinhos. Eles foram se concentrando na ideia de Matrix e segundo Larry “todas as ideias que os dois tiveram na vida estão no filme desde quadrinhos, kung-fu e livros de ciência e ficção científica.
É perceptível além da dinâmica dos quadrinhos a simbiose entre oriente mais japonês com o ocidente. Eles sempre tiveram uma curiosidade maior: as lições da ficção científica sobre o que eles chamaram do problema da natureza da realidade.
Os dois enviaram o roteiro para Hollywood e que mandaram chamá-los e eles disseram. Tudo bem gostaram, mas somos nós que vamos dirigir escolher os autores e executar tudo.
Claro que tiveram que fazer quase tudo sozinhos e criaram também uma revolução no modo de produzir cinema de ficção na indústria cinematográfica. Como a de realizar cenas de 10 a 15 segundos com 12 pessoas simultâneas, lutas e perseguição de carros e animá-las com programas de imagens de movimento.
Os atores utilizavam uma roupa específica com sensores espalhados pelo corpo. A câmera capturava o movimento das pessoas com base nesses sensores. É uma roupa colada ao corpo (similar a de mergulho), com velcro para os sensores, colocados nas articulações (foram usados cerca de 50 sensores por ator). Cada sensor era como se fosse uma bolinha. Quando se abria a imagem no computador, só se via aqueles pontinhos. Tínhamos o trabalho de identificá-los e ligá-los, formando um esqueleto. Depois, era só adaptar a roupa e o rosto do ator a este esqueleto.
As marcas dos sensores eram capturadas por câmeras de motion capture[1] (em Matrix, foram utilizadas 32 delas). O Matrix não foi o primeiro filme a usar motion capture e, atualmente, todos os videogames de esporte são feitos com esse sistema. Pode-se modelar um brócolis, e ele vai se portar da forma desejada. Para os movimentos faciais do King Kong quando ele fala, por exemplo, foram postos sensores na boca de uma pessoa para capturar a sua expressão labial
A técnica de motion capture também foi utilizada nas cenas em que câmera e ator estavam muito próximos a carros - durante perseguição na auto-estrada principalmente em Matrix Reloaded. Nessa série de Matrix, as partes da sequência de Morpheus (personagem de Laurence Fishburne) em cima de um caminhão, por exemplo, foram construídas em 3D
No computador, esses pontos eram lincados, formando um "homem de palitinhos". Como se fosse um molde. Depois, esse esqueleto é texturizado em um software 3D (em Matrix, foi utilizado o Filme Box, da Kayadara). Chama-se de texturização da cena quando se aplica a imagem do ator esse tipo de molde (por exemplo, o rosto do agente Smith em vários personagens). Ou seja, o software dá vida aos esqueletos em movimento. Para isso, foi feito um escaneamento da superfície facial - desde tamanho do nariz a poros e pelos - e do corpo do ator. E os agentes Smith ainda foram duplicados depois, para se chegar à centena deles presente em algumas sequências.
Nesse programa, modela-se no esqueleto corpo e rosto desejados (é feito um escaneamento da superfície facial e corpo desses personagens que serão modelados). No ambiente 3D, tudo pode ser animável, inclusive a câmera. A técnica permite que o ator faça uma cena inviável com película. É possível, então, fazer com que objetos fiquem estáticos e a câmera continue em movimento. Isso pode ser visto nas cenas de briga com coisas paradas no ar e as câmeras passando.
A técnica expressa bem um mundo atual onde, em nosso mundo, todos os habitantes são cada vez mais nômades, conectados a uma realidade abstrata expandida, onde, depois de cada curva surgem novas curvas, depois de cada parada ou nódulo, surgem novos fluxos, novas e múltiplas bifurcações.
Somos nômades simbólicos. Vivemos ema a situação de estarmos ou não, com os nossos corpos inertes e fixos, não nos impede de experimentar a sensação de que sempre somos alguém no lugar, mas não inteiramente do lugar.
Encontramos no filme Matrix essa ideia, no qual corpos inertes de humanos, deitados sobre uma cadeira reclinável, navegam numa intensa simbiose por lugares, conexões e simulacros tão abstratamente autônomos da matéria corpórea como efetivamente reais.


EM BUSCA DE REFERÊNCIAS => Sobre Matrix na ficção científica: Realidade é um sonho!


É claro que a primeira fonte explícita influenciadora dos escritores e roteiristas de Matrix é Neuromancer.
Em 1984, o escritor norte-americano Wiliam Gibson lançou uma obra de ficção para adolescentes, chamada Neuromancer.[2] Poucos anos mais tarde, o autor transformou-se numa celebridade, por ter sido o primeiro a perceber o surgimento de uma realidade imaginária compartilhada nas redes dos computadores e que ele denominou cyberspace. Para Gibson, o cyberspace (ou ciberespaço, como o termo é conhecido na versão brasileira da obra) não é um espaço físico ou territorial, ele compõe-se de um conjunto de redes de computadores através das quais todas as informações (sob as suas mais diversas formas) circulam. O ciberespaço gibsoniano é uma “alucinação consensual” em que podemos nos conectar através de “chips” implantados no cérebro. A Matrix, como chama Gibson, é a mãe, é o útero da civilização pós-industrial onde os “cibernautas” vão penetrar. Ela será povoada pelas mais diversas tribos nômades que circulam em busca de informações vitais para as suas empresas ou para as suas vidas. A Matrix de Gibson, como toda a sua obra, constitui-se numa caricatura do real, do cotidiano pós-industrial. [3]
Na busca de suas referências teóricas de Matrix os irmãos Wachowski Andy e Larry Wachowski declararam explicitamente algumas. Eles exigiram da indústria hollywoodiana, eles mesmos roteirizar e escolherem os atores. Quando Keanu Reeves foi chamado para fazer o papel de Thomas Anderson de dia e de “Neo”, que de noite era hacker.
A primeira tarefa que os irmãos Wachowski Andy e Larry Wachowski deram ao ator Keanu Reeves foi a de ler antes do roteiro três livros:

1. O livro de Jean Baudrillard: Simulacro e Simulação[4]. As idéias de Baudrillard nesse livro são um realmente um argumento importante para esse filme. Os ícones religiosos passam a representar Deus (simular) estabelecer a simulação da ligação com ele possível com o próprio ícone. É simulação do ícone. Ele vira a medalhinha do painel do carro. Degrada o significado e acaba se tornando o próprio simulacro uma nova realidade em si mesma.
Numa cena inicial do filme com o hacker Neo os irmãos Wachowski querem explicitamente demonstrar suas influências teórica. 

A imagem acima é uma "foto" tirada de uma cena inícial do filme Matrix I. Nessa cena um grupo de pessoas bate na porte de "Neo". O hacker "Neo"atende a porta e vai buscar uma encomenda que está dentro de um livro. Ele vai na prateleira pega o livro e algo dentro dele, trata-se de um programa pirata (um disco) ali guardado. A surpresa é que nessa "foto" torada do filme podemos identificá-lo. Trata-se de Simulacro e Simulação de Jean Baudrillhard.


 Vamos ver o que disse o próprio Baudrillard antes de morrer sobre essa questão e homenagem:
Perguntado se ele gostou de Matrix sabendo que os autores atribuem uma grande influência dele sobre os personagens da trilogia Matrix ele respondeu que:

Baudrillard – “É uma produção divertida, repleta de efeitos especiais, só que muito metafórica. Os irmãos Wachowski são bons no que fazem. Keanu Reeves também tem me citado em muitas ocasiões, só que eu não tenho certeza de que ele captou meu pensamento. O fato, porém, é que Matrix faz uma leitura ingênua da relação entre ilusão e realidade. Os diretores se basearam em meu livro Simulacros e Simulação, mas não o entenderam. Prefiro filmes como Truman Show e Cidade dos Sonhos, cujos realizadores perceberam que a diferença entre uma coisa e outra é menos evidente. Nos dois filmes, minhas idéias estão mais bem aplicadas. Os Wachowskis me chamaram para prestar uma assessoria filosófica para Matrix Reloaded e Matrix Revolutions, mas não aceitei o convite. Como poderia? Não tenho nada a ver com kung fu. Meu trabalho é discutir idéias em ambientes apropriados para essa atividade”.

2. Out of Control. (Fora do controle – descontrolado. Livro de ficção científica de Kevin Kelly que fala dos sistemas de evolução de robôs.

3. Introducing Psycology. (introdução à evolução da psicologia onde na capa do livro vemos um primata com um cérebro humano moderno exposto em destaque). Autores Dylon France e Oscar Zarate.

Uma cena significativa entre o andróide e o Matrix. O agente Smith é produto da Matrix que aprendeu a dominar com sucesso as tecnologias da Inteligência artificial. O ódio de Smith pela humanidade foi programado pela IA. O discurso do agente com Neo apresenta claramente sua programação:

... os humanos são mamíferos obviamente (... um mamífero, que diga de passagem continua a mamar leite depois de ser desmamado pela sua mãe a custa de outros mamíferos). Todo animal procura instintivamente o equilíbrio com seu meio. Todo animal se vê a competir com outras formas animais. Os humanos são os únicos, dentre todas as espécies, capazes de sobrepujar os competidores”.
Smith chama os humanos de um câncer.

As células cancerígenas nos humanos são humanas assim como os seres humanos são mamíferos. Matrix tinha sido infectada pelo vírus da humanidade e o filme deixa claro que o agente Smith quer se libertar também de Matrix e que quer ter acesso aos códigos de Sião, não para aniquilar os revolucionários para se libertar.
Assim de modo quase bíblico o filme deixa demonstrar que a nossa escravidão tecnológica é uma servidão criada pela própria humanidade, produto do livre arbítrio precisamos de um novo renascimento para por fim a escravidão. No universo judaico cristão escravidão é pecado. No Éden, nosso primeiro útero era perfeito, mas os humanos se definiram pelo pecado. A primeira versão tecnológica do pecado é a roupa uma das nossas primeiras utilidades da tecnologia, por isso o renascimento de Neo se faz nu. Para libertar-se da escravidão da matrix.
Porém no filme a Salvação humana não está na humanidade e nem no andróide da Matrix e sim na simbiose.

Matrix I pode gerar um oceano de DEBATES e reflexões POSSÍVEIS. De possibilidades de Matrix fazer sentido filosófico, científico, acadêmico: ficção científica e realidade. Vamos publicar mais adiante em nosso Blog 3 novas postagens sobre um conjunto de laços que a rede reflexiva de Matrix 1 pode nos levar. Vejamos:


NÓ (1).  MATRIX: Da abordagem computacional da mente.

Da abordagem computacional da mente: computadores, cavernas e oráculos! Inteligência e inteligência artificial.
Memória, Cognição e cognitivismo: ABORGAGEM COMPUTACIONAL DO CÉREBRO E DA INTELIGÊNCIA DE MATRIX ESTÁ MUITO EQUIVOCADA.


NÓ (2)MATRIX: Da Realidade


O paradoxo da Realidade. Boudrilhard + desrealização vital. Da “natureza” da realidade. Simulacro e simulação (pós-modernidade).O dualismo das cenas do verde (Matrix) e do azul (fora da Matrix).
Baudrillard – “A noção de pós-modernidade não passa de uma forma irresponsável de abordagem pseudocientífica dos fenômenos. Trata-se de um sistema de interpretações a partir de uma palavra com crédito ilimitado, que pode ser aplicada a qualquer coisa. Seria piada chamá-la de conceito teórico”.
Vivemos na Matrix”O argumento da simulação e do simulacro. Ela existe? Gênero Real e Filosofia Virtual.  (pós-modernidade – de novo).
Baudrillard – “Os signos evoluíram, tomaram conta do mundo e hoje o dominam. Os sistemas de signos operam no lugar dos objetos e progridem exponencialmente em representações cada vez mais complexas. O objeto é o discurso, que promove intercâmbios virtuais incontroláveis, para além do objeto”.


NÓ (3).  MATRIX: Da simbiogênese:


Fusão corpo e máquina = estamos no rumo de Matrix? Corpo e Máquina (neomaterialismo – morte do corpo – morte do sujeito – o pós-humano). Ou por que o futuro não precisa de nós (humanos). Marx, materialismo e a infra-estrutura virou energia sedentárias ou nômades em movimentos e baterias localizadas. Nilismo e Matrix. Destino s Liberdade. Religião: Somos nós os escolhidos? Aprender a manipular a Matrix para ilusões próprias? Matrix. Budismo, mitologia e Matrix. Estamos na Matrix. Sabemos alguma coisa? Imortalidade e reencarnação. Felicidade Os postulados de Deus.


 O homem, a cultura, a técnica e a tecnologia. Homem nú (apenas a linguagem). Cultura x tecnologia. (dualismo) Quanto mais conhecemos o homem como um animal nu, desprovido de qualquer prótese instrumental mais sabemos de sua extinção. Existe razão nas máquinas? Sentimento e máquinas. Prótese simula o humano ou o humano é simulado pela prótese? No tempo em que as máquinas usurpam as atividades criadoras a pouco a fazer além de filosofar sobre a nossa própria impotência. Diagnósticos, preconceitos e auto defesa.  Catastrofismo e opositores do futuro sem nós.
Um dos problemas mais significativos da simbiogênese envolta na era da explosão criativa possibilitada cada vez mais pelos avanços da moderníssima indústria eletrônica e de outro o repasse da criação, do verdadeiro movimento criador para sistemas e programações pré-configuradas e o homem tornando-se funcionário da máquina. A prótase da máquina no homem transmuta o homem numa verdadeira prótese da máquina (não é a máquina que se torna extensão do homem (McLuhan, mas o homem, ao contrário que torna a extensão das potencialidades da máquina – um funcionário da máquina).


Aguardem as três novas publicações (sempre identificadas com o nome Matrix no título) elas darão continuidade a nossa rede de nós reflexivos de Matrix 1.


NOTAS:


[1] Motion capture (movimento de captura) é uma técnica em que os movimentos das pessoas são capturados a partir de sensores fixados em seus corpos. No esqueleto formado a partir desses sensores é feita a modelagem e texturização do corpo desejado. Origens: A técnica foi adaptada da medicina, onde era utilizada nos anos 70 para reconstruir as articulações de pacientes mutilados ou deficientes físicos. Em meados da década de 80, um amigo do médico italiano que desenvolveu a técnica a apresentou em uma feira de animação gráfica em Las Vegas.
[2] GIBSON, Willian. Neuromancer. São Paulo: Aleph, 2003.
Vejam minha resenha do livro in: http://www6.ufrgs.br/cedcis/arquivos_ladcis/informatica-sociedade/livros_e_referencias/neuromancer_-_william_gibson.htm
[3] A criação da idéia de sociedade pós-industrial foi ampla e originalmente difundida em BELL, Daniel. O avento da sociedade pós-industrial: uma tentativa de previsão social. São Paulo: Cultrix, 1977.
[4] JEAN BAUDRILLARD. Nascimento Reims, na França, em 1929. Sociólogo, filósofo e fotógrafo. Em 1966 começou a lecionar na Universidade de Paris X-Nanterre. Baudrillard refutou o pensamento científico tradicional, e baseou sua filosofia no conceito de virtualidade do mundo aparente. Além de criticar a sociedade de consumo e considerar as massas como cúmplices dessa situação, o francês desenvolveu nas últimas décadas uma crítica radical aos meios de comunicação. Faleceu em março de 2007 com 77 anos. Baudrillard, foi um dos fundadores da revista "Utopie", publicou além de Simulacro e Simulação (ainda não traduzido pelo português falado no Brasil) mais de 50 livros ao longo de sua carreira, dentre os quais: O Sistema dos Objetos (1968), A Sociedade de Consumo" (1970), À Sombra das Maiorias Silenciosas (1978), Simulacros e Simulação (1981), América (1988), Cool Memories I (1990), A Troca Impossível (1999), O Lúdico e o Policial (2000).


Gilson Lima - Doutor em Sociologia das Ciências. Professor CNPQ (aposentado). Pesquisador Industrial. Pesquisador do CEDCIS – Centro de Estudos e Difusão de Conhecimento, inovação e sustentabilidade e pesquisador do LaDCIS - Laboratório de Difusão de Ciência, Tecnologia e Inovação Social. Colaborador do Núcleo de Violência e Cidadania do Programa de Pós-Graduação em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Dr. em Sociologia das ciências. Pesquisador da Rede Nanosoma – nanociência, nanotecnologia e sociedade.  Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA). Pesquisador Colaborador do Núcleo de Robótica Social in http://robotica.udl.cat/ r
Escuela Politécnica Superior
Universitat de Lleida - UdL (España / Spain)